quinta-feira, 17 de julho de 2025

NEM TUDO É O QUE PARECE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BALAK 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de

Sr. Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BALAK 5785



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ASSUNTOS DA PARASHÁ BALAK
  • Balak, rei de Moav, contrata Bilaam.
  • Bilaam pede permissão a D'us.
  • Mula de Bilaam e o anjo no caminho.
  • 3 tentativas de amaldiçoar o povo judeu convertidas em 3 Brachót.
  • A transgressão do povo judeu com as mulheres de Midian.
  • A transgressão pública de Zimri (Shimon) e Kosbi (Midian)
  • O zelo de Pinchás (Levi).
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NEM TUDO É O QUE PARECE - PARASHÁ BALAK 5785 (11/jul/25)

Era uma manhã clara e quente em Nova York. Como sempre, executivos, vendedores, corretores e consultores caminhavam rapidamente pelas ruas movimentadas de Manhattan, apressados para não perder nenhuma oportunidade. Entre eles estava Avraham, um empresário judeu ortodoxo, que tinha uma importante reunião marcada para antes das 9h00 em um famoso edifício comercial da região.
 
A reunião havia sido marcada com semanas de antecedência. Era uma chance rara de fechar um contrato que poderia mudar o rumo de sua carreira. Naquela manhã, Avraham vestiu seu melhor terno, pegou sua pasta e saiu de casa, confiante de que tudo daria certo. Para não correr riscos, decidiu sair um pouco mais cedo.
 
Ao sair, ele rapidamente chamou um táxi. Entrou e deu o endereço ao motorista. Porém, por algum motivo que até hoje ele não entende, o motorista não seguiu a rota correta. Ao invés de ir rumo ao sul, para o centro financeiro, o táxi seguiu para o norte. Ao perceber, Avraham começou a reclamar, mas o motorista parecia confuso, falava pouco inglês e não entendia o que Avraham dizia. Era desesperador, mas eles não conseguiam se comunicar.
 
Quando finalmente o motorista entendeu o erro, já estavam muito longe. O trânsito agora estava carregado e o relógio implacável. O suor escorria, e Avraham consultava o relógio a cada minuto, sentindo que um grande negócio escapava de suas mãos. Finalmente, sem mais chances de chegar na hora, ligou para o escritório e ouviu o inevitável: "Não podemos esperar. A reunião está cancelada".
 
Frustrado, nervoso, humilhado e com um senso de fracasso, ele pediu que o taxista o levasse de volta para casa. Estava irritado consigo mesmo, com o motorista, com o universo. Ele chegou em casa por volta das 9h20. Jogou a pasta no sofá, soltou o nó da gravata e ligou o rádio para escutar as notícias e tentar se distrair. Foi então que escutou uma notícia da qual nunca mais se esqueceria. Um avião havia se chocado contra a Torre Norte do World Trade Center. Logo depois, outro avião atingiu a Torre Sul. Era o dia 11 de setembro de 2001.
 
Avraham começou a tremer. A Torre Norte era onde sua reunião deveria ter acontecido. Ela foi atingida exatamente no horário em que ele estaria na reunião. O escritório onde o encontro estava marcado estava nos andares superiores da Torre Norte, justamente onde o impacto e as chamas tornaram a fuga impossível.
 
Naquele instante, tudo mudou. O que antes era raiva virou perplexidade. O que era decepção virou tremor. E o que parecia um erro revelou-se uma salvação com assinatura Divina. Dias depois, Avraham encontrou o Rav Paysach Krohn shlita e, com lágrimas nos olhos, contou: "Na hora, eu pensei: 'Como D'us pode estar fazendo isso comigo? Eu precisava tanto dessa reunião!'. Mas, agora, eu só consigo agradecer. D'us me mandou um anjo com sotaque estranho e um péssimo senso de direção. E esse anjo salvou a minha vida".
 
Quantas vezes, em nossas vidas, as coisas parecem dar errado quando, na verdade, estão dando muito certo, só que de um jeito que ainda não conseguimos enxergar?

Nesta semana lemos a Parashá Balak, que descreve um dos personagens de personalidade mais complexa de toda a Torá: Bilaam. Por um lado, ele tinha um nível espiritual compatível com o de Moshé, podendo se aconselhar com D'us sempre que quisesse, além de ter o dom de amaldiçoar ou abençoar povos inteiros. Mas, por outro lado, ele se entregava à busca de honra, luxúria e prazeres, mesmo moralmente abomináveis. Por exemplo, ele aceitou a proposta de Balak, rei do povo de Moav, de amaldiçoar o povo judeu, incluindo mulheres, crianças e idosos.
 
Apesar de D'us ter falado para Bilaam explicitamente que ele não deveria amaldiçoar o povo judeu, já que era um povo abençoado, ainda assim ele foi. D'us então mandou um anjo para impedir que a jumenta na qual Bilaam montava continuasse o caminho, como está escrito: "Bilaam levantou-se cedo, selou sua jumenta e acompanhou os emissários de Moav. A ira de D'us se acendeu porque ele foi, e D'us colocou um anjo no caminho para impedi-lo" (Bamidbar 22:22). Que anjo era esse? Rashi (França,1040 - 1105)
 identifica o ser celestial como um "anjo de misericórdia". D'us tentou impedir Bilaam, pois queria evitar que ele fizesse algo que o conduzisse à sua autodestruição. Caso ele fosse amaldiçoar o povo judeu, estaria se envolvendo em uma conduta que o levaria à morte.
 
Porém, o próximo versículo diz: "A jumenta viu o anjo de D'us parado na estrada, com a espada desembainhada na mão" (Bamidbar 22:23). A imagem aterrorizante de um anjo com a espada desembainhada não combina com nosso conceito de "anjo de misericórdia". Talvez esperaríamos um ser angelical com auréola na cabeça e um sorriso, não uma espada. Então, como entender que este anjo assustador era um anjo de misericórdia?
 
O Rav Avraham Yaacov Pam zt"l (Lituânia, 1913 - EUA, 2001) explica que um anjo de misericórdia pode se apresentar sob diferentes formas e disfarces. Inclusive, às vezes ele pode parecer a criatura mais assustadora que já vimos. Como isso é possível? O que define a misericórdia de um anjo não é a sua aparência, e sim a sua função. O papel deste anjo era deter Bilaam, para o bem dele. E, para cumprir sua missão, ele fez o que era necessário. O aspecto misericordioso do anjo não está na aparência, e sim no fato de ele estar impedindo alguém de causar dano a si mesmo, não importando qual disfarce utilize para isso.
 
O Rav Pam trazia este conceito aos seus alunos da Yeshivá para explicar como lidar com as decepções da vida. Como muitos de seus alunos já estavam em idade de se casar, ele explicava que várias desilusões poderiam ocorrer no processo de buscar a pessoa certa. Um jovem pode conhecer uma moça e achar que este é o melhor Shiduch que poderia encontrar. Ele fica empolgado, cheio de expectativa, e então algo acontece e tudo desmorona. De repente, o iminente "Lechaim" é cancelado. Naturalmente, o rapaz e sua família ficam muito abalados e desapontados. Por que D'us fez isso? Ela parecia ser a pessoa perfeita! Tudo estava indo tão bem! O Rav Pam ensinava que mesmo nestas situações devemos ter uma Emuná completa. Isso inclui saber que muitas vezes na vida uma decepção momentânea foi a melhor coisa que poderia ter nos acontecido. D'us sabe muito mais do que nós. Ele sabia que aquela primeira pessoa não era a certa. O verdadeiro par, mais adequado, só apareceria depois. No momento em que o Shiduch desmorona, tudo parece uma tragédia, um desastre, como um anjo com sua espada desembainhada diante de nós. Mas, na verdade, trata-se de um anjo de misericórdia.
 
O anjo da misericórdia nem sempre vem com uma auréola na cabeça. Às vezes, ele se apresenta de forma assustadora. Na forma de um fracasso, de uma oportunidade perdida, de um cancelamento de voo. Nós enxergamos somente o momento, o instante, mas D'us enxerga longe. Ele sabe a verdadeira consequência das nossas escolhas. Às vezes o anjo de misericórdia vem vestido de tropeços, parece um anjo de destruição. Porém, ao nos impedir de nos prejudicarmos com nossas escolhas, ele cumpre com sucesso sua "missão de misericórdia".
 
E isso obviamente não se aplica apenas a casamentos. Isso vale para todas as áreas da vida. Nos negócios, empregos ou investimentos, nos qual a pessoa coloca muitas esperanças, apenas para ver tudo fracassar. A expectativa inicial é seguida de um balde de água fria. Quem nunca passou por isso? Mas, muitas vezes, aquela frustração de curto prazo, que levou a pessoa a mudar seus planos ou metas, se revela mais tarde como a maior Brachá que poderia ter ocorrido.
 
Um exemplo marcante provavelmente mudou a história do judaísmo americano. Antes de o Rav Yaacov Kamenetzky zt"l (Lituânia, 1891 - EUA, 1986) vir para os Estados Unidos, ele se candidatou a um cargo rabínico em uma cidade da Europa. Após passar por entrevistas e criar uma enorme expectativa, ele acabou perdendo a vaga para outro candidato. O Rav Kamenetzky ficou extremamente desapontado. Precisando de sustento, não teve escolha a não ser viajar para a América. Por um tempo, esteve em Seattle, Washington, e depois em Toronto. Terminou sua saga em Nova York, na Yeshivá Torá Vadaat, onde se tornou seu grande Rosh Yeshivá, inspirando ao longo dos anos milhares de alunos. Por outro lado, o rabino que ficou com a vaga na Europa, bem como todos os habitantes da cidade onde o Rav Kamenetzky queria trabalhar, foram dizimados pelos nazistas.
 
Se prestarmos atenção, encontraremos histórias assim em nossas vidas. Quantas vezes criamos expectativas, mas nos frustramos com fracassos. Pensamos que estávamos sendo bloqueados pelo Yetzer Hará, que nossos planos estavam sendo arruinados por "forças do mal". Mas muitas vezes nos enganamos, pois aquele que julgamos ser o Yetzer Hará pode ser, na verdade, um anjo de misericórdia.
 
O tempo mostrou que D'us tinha planos muito maiores para o Rav Kamenetsky, mesmo quando diante dele estava um anjo com a espada desembainhada. Mas é preciso tomar cuidado para também não nos decepcionarmos caso futuramente a Brachá que esperávamos não apareça. Se a pessoa perdeu uma oportunidade, ela deve saber que isto foi o melhor que deveria acontecer, mesmo caso não consiga futuramente enxergar a Brachá. Muitas coisas apenas entenderemos após sairmos deste mundo, quando D'us se revelará e as luzes se acenderão, nos permitindo enxergar o quadro completo. As Brachót não necessariamente estão onde imaginamos. O sucesso não está sempre onde esperamos. Devemos confiar, com plena tranquilidade, que tudo o que D'us faz é para o bem. Nós somos limitados, mas Ele vê o todo. Suas Brachót podem vir disfarçadas, mas certamente virão.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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