quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

NÃO TROQUE O AMANHÃ PELO AGORA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAISHLACH 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

R' Moishe Eliezer ben Dvora Chana

Avraham Yaacov ben Miriam Chava


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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Camille bat Renée z"l    
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l  
  

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAISHLACH 5785



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MENSAGEM DA PARASHÁ VAISHLACH

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAISHLACH
  • Yaacov envia mensageiros.
  • Yaacov teve medo e se prepara para o reencontro com Essav.
  • Yaacov fica sozinho.
  • A luta com o anjo.
  • Yaacov encontra Essav.
  • Chegada a Shechem, Diná é sequestrada e desonrada.
  • Shimon e Levi vingam a honra da irmã, Yaacov fica furioso.
  • Yaacov viaja para Beth El.
  • A morte de Rivka e Dvora.
  • D'us muda o nome de Yaacov para Israel.
  • Rachel tem mais um filho: Biniamin.
  • A morte de Rachel e o enterro no caminho, em Beth Lechem.
  • Reuven mexe na cama de seu pai.
  • A morte de Itzchak.
  • A Linhagem de Essav, de Seir e reis de Edom.
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NÃO TROQUE O AMANHÃ PELO AGORA - PARASHÁ VAISHLACH 5785 (13/dez/24)
 
No início dos anos 1900, havia uma jovem judia cujo sobrenome era Shiff, que tinha uma voz linda e incrível. Seus talentos pareciam profissionais. Todos que a conheciam falavam sobre seu dom. Porém, para uma moça de família religiosa de Viena, vinda de um lar tradicional, cantar profissionalmente não parecia uma opção válida.
 
A notícia do talento incrível daquela moça se espalhou, até que chegou aos ouvidos de um famoso agente musical, que ofereceu a essa jovem estrela em potencial a oportunidade de investir na carreira artística, que certamente seria de muito sucesso. Emocionada, ela decidiu discutir o assunto com seus pais. Mas quando os pais ouviram que a espiritualidade da filha estava em risco, decidiram fazer de tudo o que estivesse ao seu alcance para não permitir que isso acontecesse. Porém, deslumbrada com o possível sucesso, a jovem se recusava a escutá-los.
 
O pai, desesperado, levou sua filha para conversar com vários rabinos, que tentavam, em vão, convencer a jovem a abandonar sua carreira artística em nome da Tzniut (recato). Sugeriram então ao pai que fosse até o Rav Yitzchok Meir Heschel zt"l (Ucrânia, 1861 – Áustria, 1935), o Rebe de Kopitshnitz. O pai não perdeu tempo e foi imediatamente com a filha falar com o Rebe. Com uma voz suave, o Rebe perguntou a ela:
 
- Diga-me, minha filha, por que você quer tanto entrar nesta carreira?
 
A jovem respondeu, com muita sinceridade, enquanto lágrimas corriam do seu rosto:
 
- Eu amo cantar. Mas, acima de tudo, quero ser famosa, conhecida no mundo inteiro. É importante para mim!
 
O Rebe fechou os olhos, imerso em pensamentos, contemplando as aspirações que a menina acabara de expressar. Depois de alguns momentos, o Rebe abriu os olhos e disse:
 
- Ouça com atenção, minha filha. O sonho de toda jovem judia é ser abençoada com uma criança que iluminará o mundo através do estudo de Torá. Eu lhe prometo que se você abrir mão de sua chance de fama, chegará um momento em que você será abençoada com uma criança que iluminará o mundo. Ele se tornará uma das maiores autoridades de Halachá do seu tempo, um legislador da geração. Sua fama virá, mas será através do seu filho.
 
A jovem enxugou as lágrimas e refletiu sobre a promessa incrível que o Rebe havia feito. Ela acabou aceitando a proposta e abriu mão da carreira musical. Aquela moça se casou e teve um filho chamado Shmuel, que se tornaria um dos maiores sábios da sua geração: o Rav Shmuel Halevi Wosner zt"l (Áustria, 1913 - Israel, 2015).
 
Certa vez, quando um rabino abordou o Rav Wosner para questionar a veracidade da história, ele ficou emocionado e, com lágrimas nos olhos, respondeu: "Agora tudo faz sentido. Quando eu era jovem, minha mãe sempre me encorajava a estudar bem e ser um judeu correto. Ela sempre me dizia: "Você não pode imaginar o que eu sacrifiquei por você". De fato, ela alcançou a fama, como a mãe de uma das luminárias de Torá da geração.
 

Na Parashá desta semana, Vaishlach (literalmente "E enviou"), Yaakov finalmente estava voltando para casa. Porém, incerto de como seria o reencontro com seu irmão Essav, ele enviou emissários com a seguinte mensagem: "Eu morei com Lavan e permaneci até agora" (Bereshit 32:5). Rashi (França, 1040 - 1105) traz duas explicações sobre o que Yaacov estava transmitindo para o seu irmão. Uma explicação é que "morei" é "Garti" (גרתי), que tem as mesmas letras de "Tariag" (תרי''ג), cujo valor numérico é 613. Yaacov estava transmitindo a Essav que, apesar de ter vivido com um grande perverso, longe de casa, ainda assim havia cumprido as 613 Mitzvót da Torá.
 
Rashi traz também outra explicação. "Garti" vem de "Guer", estrangeiro. A mensagem que ele estava transmitindo era: "Eu não me tornei um oficial ou alguém importante, e sim apenas um estrangeiro. Não vale a pena você me odiar por causa da Brachá do seu pai com a qual ele me abençoou: 'Você será senhor dos seus irmãos', pois isso não se cumpriu em mim". Em outras palavras, Yaakov estava dizendo: "Eu sei que você ainda está com raiva de mim porque eu 'roubei' as Brachót, mas você não precisa ficar chateado, porque elas não funcionaram. Aqui estou eu hoje, 34 anos depois, e não sou mais do que um estrangeiro, não sou dono de nada".
 
Também na continuação da mensagem Yaakov disse: "Eu adquiri bois e jumentos, rebanhos, servos e servas" (Bereshit 32:6). Rashi explica que assim ele estava dizendo: "Meu pai me disse na Brachá: 'Do orvalho dos céus e da gordura da terra'. Porém, estes bens não são nem dos céus e nem da terra". Novamente, o ponto principal era transmitir que as Brachót não funcionaram e, portanto, não havia motivo para Essav ficar chateado.
 
Porém, esta explicação desperta duas perguntas. Em primeiro lugar, Yaakov certamente não esperava que as Brachót de Yitzchak se cumprissem imediatamente. Brachót não são instantâneas. Estas Brachót somente se cumpriram muitos anos depois, quando o povo judeu retornou à Terra de Israel, a conquistou e se assentou nela. Yaacov sabia como funciona a Supervisão Divina, nem sempre as coisas acontecem imediatamente. É como começar um novo negócio. Todos sabem que um negócio não dá dinheiro nos primeiros anos. Uma pessoa não fecha seu negócio depois de 6 meses porque ainda não alcançou seu primeiro milhão. Em termos do cumprimento a longo prazo das Brachót de Yitzchak, 34 anos são apenas um piscar de olhos. Então, que tipo de argumento é esse, de que Essav não deveria ficar chateado pelo fato de as Brachót de seu pai não terem se cumprido?
 
O Rav Moishe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) faz uma pergunta ainda mais profunda. Essa abordagem, de tranquilizar Essav dizendo que "a Brachá não funcionou", dá a entender que Yaakov acreditava que a Brachá de Yitzchak, que na verdade era uma profecia, não era verdadeira! Ele parecia estar dizendo que a Brachá não valia nada! Yaakov realmente não acreditava que a Brachá de Yitzchak se tornaria realidade?
 
O Rav Yssocher Frand explica que a primeira regra antes de entrar em uma negociação é "saiba com quem você está lidando". Voltando ao momento da venda da primogenitura, a Torá diz que Essav chegou do campo cansado e Yaakov disse a ele: "Venda seu direito de primogenitura para mim como este dia" (Bereshit 25:31). O Rav Ovadia MiSforno zt"l (Itália, 1475-1550) explica a nuance do termo "Kayom" (como este dia). Essav era uma pessoa que vivia para o "aqui e agora", apenas para o hoje. Quando alguém assim está com fome e quer um prato de comida, ele quer agora, e está disposto a vender algo muito valioso, como o direito de primogenitura, que poderia ser tremendamente valioso no futuro. Yaakov conhecia a atitude de Essav, havia identificado seu sistema de valores e, portanto, propôs um "preço de venda" para a primogenitura que ele sabia ser atraente para seu irmão. Yaakov sabia que essas Brachót eram algo que seria relevante e valioso não apenas para ele, mas também para todas as futuras gerações. Ele sabia que isso afetaria o futuro do povo judeu. Porém, gerações futuras não eram moeda de troca para Essav. Ele era um homem do presente, um homem do "Kayom". Ele estava interessado apenas em gratificação instantânea. Se não fosse imediatamente, não valia nada.
 
Neste contexto, podemos entender a abordagem de Yaakov em sua mensagem para Essav. Obviamente que Yaakov nunca duvidou das Brachót proféticas que Yitzchak lhe concedeu, mas sabia que eram um investimento de longo prazo. Ao mesmo tempo, ele sabia que estava lidando com Essav, para quem as coisas que não são "aqui e agora" não têm nenhum valor. Yaacov estava dizendo: "Veja, Essav, já se passaram 34 anos. Nada veio das Brachót que eu comprei de você". Aos olhos de Essav, o homem do "agora", 34 anos eram uma eternidade. Ao ver que nada havia saído imediatamente das Brachót, Essav se convenceria de que havia feito um bom negócio.
 
Entender a psicologia de Essav ajuda a explicar outra dificuldade. Antes do reencontro com Essav, Yaakov teve medo. Ele se preparou com Tefilót, presentes e preparativos para a batalha. Porém, ele tinha um "seguro de vida". Essav já havia declarado que, enquanto Yitzchak ainda estivesse vivo, ele não mataria Yaakov. Então por que Yaakov estava com tanto medo se Yitzchak ainda estava vivo naquele momento? A resposta é que quando se lida com uma pessoa como Essav, devemos saber que o desejo momentâneo pode dominá-lo. Embora ele possa ter pensado "eu não quero causar dor ao meu pai", um momento de desejo poderia fazer Essav querer matar Yaakov. Este é o caminho dos perversos, eles estão sujeitos aos seus desejos e vontades.
 
Quando lemos sobre Essav, nos sentimos tranquilos em relação a nós mesmos. Pensamos: "como Essav é tolo e perverso, ele só vive para o aqui e agora!". Porém, todos nós, em maior ou menor nível, também vivemos no "aqui e agora" e não levamos em conta o futuro a longo prazo, e muito menos a eternidade. Muitas pessoas colocam a maior parte do seu tempo, preocupações e interesses nas coisas temporárias da vida, seja dinheiro, carreira, bens ou outras coisas que nos atraem. Trocamos coisas que envolvem a eternidade por aquilo que é temporário. Quando chegam aos 50 anos, com seus filhos já crescidos, muitos percebem que passaram os últimos 30 anos da vida investindo apenas em suas carreiras, às custas de seus filhos. Quando finalmente "acordam", os filhos já saíram de casa. Infelizmente, em muitas escolhas nossas, o "aqui e agora" vem antes da eternidade.
 
Portanto, ao invés de dizer "que estúpido é Essav, que vende a primogenitura por um prato de comida, que troca seu Olam HaBá pelo Olam HaZé", precisamos nos perguntar quantas vezes caímos no mesmo erro. Precisamos ter uma visão de longo prazo na vida, pensar no futuro, investir na eternidade. Não é fácil deixar de ser um Essav, mas temos como modelo de vida Yaacov, alguém que sabia viver o hoje, mas sempre investindo no amanhã. 

SHABAT SHALOM 

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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