quinta-feira, 28 de novembro de 2024

NÃO HÁ NADA GARANTIDO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TOLDOT 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

R' Moishe Eliezer ben Dvora Chana

Avraham Yaacov ben Miriam Chava


--------------------------------------------------------

O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Camille bat Renée z"l    
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l  
  

--------------------------------------------------------

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
NEWSLETTER R' EFRAIM BIRBOJM
NEWSLETTER EM PDF
NEWSLETTER EM PDF
 
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


PARASHÁ TOLDOT 5785



         São Paulo: 18h20                  Rio de Janeiro: 18h06 

Belo Horizonte: 18h02                  Jerusalém: 15h59
Facebook
Facebook
Instagram
Instagram
YouTube
YouTube
Twitter
Twitter
Spotify
Spotify
Ayn Tová
Ayn Tová

MENSAGEM DA PARASHÁ TOLDOT

ASSUNTOS DA PARASHÁ TOLDOT
  • Ytzchak e Rivka fazem Tefilá.
  • Rivka engravida.
  • Bebê se mexe.
  • Profecia.
  • Nascimento de Yaacov e Essav.
  • Venda da primogenitura.
  • Fome na terra.
  • Ytzchak e os Plishtim.
  • Disputa pelos poços.
  • O Casamento de Essav.
  • Ytzchak fica cego.
  • Ytzchak dá a Brachá de primogenitura para Yaacov.
  • Ytzchak dá Brachá para Essav.
  • Yaacov vai para a casa de seu tio Lavan procurar uma esposa.
  • Essav se casa com a filha de Ishmael.
ARQUIVO EM PDF
ARQUIVO EM PDF
BLOG
BLOG
INSCREVA-SE
INSCREVA-SE
BS"D
NÃO HÁ NADA GARANTIDO - PARASHÁ TOLDOT 5785 (29/nov/24)
 
"Carla era uma dona de casa de primeira viagem. Recém casada, ainda não se sentia à vontade com os serviços domésticos, em especial com a culinária caseira, mas se esforçava. Certo dia, Carla sentiu um cheiro delicioso de comida vindo da casa de Suzana, sua vizinha. Nunca tinha sentido um cheiro tão bom! Ficou com água na boca, mas estava com vergonha de ir pedir a receita. De noite, tomou coragem, bateu na porta da vizinha e falou:

- Por favor, você poderia me dar a receita do que você cozinhou hoje de tarde? Estava um cheiro delicioso!

- Claro que sim - respondeu Suzana, muito prestativa - Vou agora mesmo buscar meu caderno de receitas.

Quando ela voltou, Carla anotou tudo, com muito cuidado para não esquecer nenhum ingrediente. Ela mal podia esperar para preparar aquele prato delicioso para o seu querido marido. Correu para a cozinha, separou os ingredientes e começou a cozinhar. Porém, o cheiro não estava tão bom quanto o da vizinha. E, quando finalmente o prato ficou pronto, foi uma enorme decepção. O gosto estava longe de ser ao menos agradável. Será que Suzana havia se enganado e passado a receita errada? Muito nervosa, Carla foi desabafar com a vizinha. Suzana, no entanto, conferiu a receita e viu que estava tudo correto. Ela não entendeu o que havia dado errado. Para acalmar Carla, Suzana se comprometeu a ir no dia seguinte cozinhar junto com ela. Carla, mais tranquila, agradeceu.

No dia seguinte, Suzana entrou na casa de Carla, que estava começando a separar os ingredientes. Porém, Suzana quase desmaiou com o que viu. Carla estava prestes a colocar os caros ingredientes em uma panela imunda, com restos de comida grudados do dia anterior. Era por isso que sua comida ficava horrorosa! Suzana deu risada, e com muita paciência, ensinou para Carla que não adiantava escolher os melhores e mais caros ingredientes se a panela utilizada não estivesse bem limpa."

Parece uma situação surreal, mas infelizmente fazemos isso com a nossa espiritualidade. Muitas vezes nos dedicamos ao estudo da Torá e ao cumprimento das Mitzvót, ingredientes muito preciosos. Porém, se os nossos traços de caráter não forem refinados, o resultado final certamente não será o desejado.

 

Nesta semana lemos a Parashá Toldot (literalmente "Gerações"), que continua falando sobre a formação espiritual do povo judeu, através do nascimento dos filhos do nosso segundo patriarca, Ytzchak, como está escrito: "E estas são as gerações de Ytzchak, filho de Avraham; Avraham gerou a Ytzchak" (Bereshit 25:19). No final da Parashá da semana passada, Chaie Sara, Ytzchak havia se casado com uma mulher muito pura e correta, chamada Rivka, e a nossa Parashá recorda este casamento, como está escrito: "E Ytzchak tinha quarenta anos quando tomou por esposa Rivka, filha de Betuel, o arameu, de Padan Aram, irmã de Lavan, o arameu" (Bereshit 25:20).
 
Entretanto, ao observarmos com atenção estes dois primeiros versículos da Parashá, há algo que contrasta muito. Um nos recorda que Ytzchak era filho de Avraham, um dos pilares do mundo, aquele que representava a bondade, a misericórdia e a honestidade. É um grande orgulho ser um descendente de Avraham e poder contribuir e dar continuidade a tudo o que ele construiu. Porém, a família de Rivka já havia sido descrita na Parashá Chaie Sara. Por que recordar novamente que ela era filha de Betuel e irmã de Lavan, dois trapaceiros, desonestos e perversos, que usavam toda a sua sabedoria e o seu poder para fazer o mal? Esta recordação não era uma vergonha para ela?
 
Além disso, o versículo introdutório da Parashá traz uma aparente redundância ao afirmar que "E estas são as gerações de Ytzchak, filho de Avraham; Avraham gerou a Ytzchak". Não é óbvio que, se Ytzchak era filho de Avraham, então Avraham gerou a Ytzchak? Rashi explica a necessidade desta aparente redundância. Esta foi uma resposta da Torá aos zombadores da geração, que lançaram calúnias quanto à legitimidade da linhagem de Yitzchak. Mas qual era o argumento dos zombadores?
 
Na Parashá Vaierá, a Torá descreveu um dos momentos difíceis da vida de Avraham. Após a destruição de Sdom, Avraham decidiu mudar-se para um novo lugar e foi viver na cidade de Guerar, na terra dos Plishtim. A beleza de Sara era tão chamativa que ela foi novamente sequestrada e levada ao palácio de Avimelech, o rei dos Plishtim, exatamente como havia acontecido no Egito. Porém, mais uma vez D'us protegeu Sara e castigou Avimelech com uma praga, fazendo com que ele não conseguisse nem mesmo encostar o dedo nela. D'us então apareceu para Avimelech em um sonho e mandou-o devolver imediatamente Sara para seu marido, Avraham, e pedir para que ele, que era um profeta, rezasse pela sua cura. E assim Avraham fez, rezou por Avimelech e ele se curou.
 
Pouco tempo depois, Avraham foi agraciado com o nascimento de seu filho Ytzchak, um gigantesco milagre, já que ele tinha 100 anos, enquanto Sara tinha 90 anos e já tinha perdido há muitos anos a capacidade natural de gerar uma vida em seu ventre. Porém, ao invés de enxergarem a Mão de D'us neste milagre, o que disseram os zombadores da época? Eles alegaram que, uma vez que Sara não havia concebido por muitos anos enquanto estava casada com Avraham, mas engravidou imediatamente após passar a noite no palácio de Avimelech, então Yitzchak havia sido claramente gerado por Avimelech, e não por Avraham. É por isso que a Torá precisou reiterar que Yitzchak era filho de Avraham.
 
Mas por que a Torá achou necessário refutar os zombadores? O que a opinião deles importa para nós? Além disso, os detalhes da gravidez de Sara e o momento no qual ela deu à luz Yitzchak foram amplamente abordados na Parashá Vaieirá. Então por que apenas na Parashá desta semana, que começa com Yitzchak já com sessenta anos de idade, a Torá se incomodou em reafirmar que Ytzchak era filho de Avraham?
 
Explica o Rav Yochanan Zweig que a Torá precisou vir derrubar o argumento dos zombadores pois eles realmente tinham uma lógica que parecia válida. Após a reiteração de Avraham como pai de Yitzchak, a Torá relata que Yitzchak teve dois filhos, Yaakov e Essav. Yaacov escolheu o caminho do bem e da espiritualidade, e passava o tempo todo se dedicando ao estudo da Torá e ao aprimoramento dos seus traços de caráter, semelhante a Avraham e Ytzchak. Já Essav escolheu o caminho do mal e do materialismo excessivo, e passava o tempo todo caçando e enganando as pessoas. O comportamento de Essav reforçava as alegações dos zombadores, pois era difícil entender como alguém que era biologicamente parente de Avraham pudesse ser tão perverso. Portanto, os zombadores argumentaram que Yitzchak só poderia ser filho de Avimelech, pois em seu comportamento Essav se parecia muito mais com Avimelech do que com Avraham. Essav foi o progenitor de Amalek, que é descrito na Torá como "e ele não temeu a D'us" (Devarim 25:18). Este é o mesmo atributo com o qual Avraham definiu o povo dos Plishtim, como está escrito: "E Avraham disse: 'Pois eu pensei: Certamente não há temor de D'us neste lugar'" (Bereshit 20:11), dando ainda mais credibilidade à teoria de que Avimelech, rei dos Plishtim, era o avô de Essav. Portanto, nesta conjuntura, a Torá considerou necessário refutar as acusações maliciosas dos zombadores, que ameaçavam minar a herança e a santidade do povo judeu. Isso só foi feito quando Ytzchak tinha 60 anos, pois foi quando Essav nasceu.
 
Se pararmos para refletir sobre o argumento dos zombadores, aprenderemos algo incrível sobre a nossa espiritualidade. Da mesma maneira que uma pessoa herda materialmente as características de seus pais, poderíamos pensar que isso também acontece espiritualmente. Simplificando um pouco as complexas questões genéticas, pais loiros de olhos azuis vão ter filhos loiros de olhos azuis. Da mesma forma, esperaríamos que pais Tzadikim tivessem filhos Tzadikim. Era isso o que os zombadores acreditavam. Porém, isso não se aplica espiritualmente, pois não existe herança de espiritualidade. É verdade que uma criança que cresceu em uma casa equilibrada, sendo influenciada por bons atos o tempo todo, tem mais chances de fazer escolhas corretas na vida. Porém, em última instância, todos os seres humanos exercem seu livre arbítrio. Por isso encontramos muitos casos de filhos de Tzadikim que se desviaram do caminho. Apesar da retidão de Ytzchak, um verdadeiro "Korban" de D'us, seu filho Essav se tornou um tremendo perverso.
 
O contrário também pode acontecer, isto é, filhos de pessoas perversas podem se superar e se tornar pessoas de destaque em bondade. Foi justamente o que aconteceu com a nossa matriarca Rivka, que veio de uma casa de trapaceiros desonestos. É por isso que a Torá faz questão de recordar quem eram os parentes dela. Não para envergonhá-la, ao contrário, para dar a ela os devidos méritos. Rivka veio de uma casa com maus exemplos. Certamente sua educação foi completamente corrompida. Ela tinha tudo para ser uma pessoa desonesta e egoísta. Porém, Rivka conseguiu quebrar os traços de caráter negativos que estavam intrínsecos nela. Ela fez as escolhas corretas na vida e se tornou uma das matriarcas. E ela conseguiu fazer mais do que anular suas más características, ela teve a força de usar os maus traços de caráter com os quais havia sido educada para fazer o bem. Os trapaceiros conseguem "entrar na cabeça" de suas vítimas e, de forma muito sábia, enganá-las. Já Rivka conseguia "entrar na cabeça" das pessoas para entender como ajudá-las da melhor forma possível, onde elas realmente precisavam.
 
Fica desta Parashá, portanto, um ensinamento muito importante: não há nada garantido na educação dos nossos filhos. Por isso, além de obviamente nos esforçarmos para transmitir a eles o temor a D'us e o amor pelas Mitzvót, principalmente através do exemplo pessoal, precisamos também rezar muito por eles, pedindo a D'us que os iluminem em suas escolhas de vida. Podemos orientá-los, ensiná-los e educá-los, mas no final das contas a escolha será apenas deles mesmos.

SHABAT SHALOM 

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
--------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
--------------------------------------------

Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
Copyright © 2016 All rights reserved.


E-mail para contato:

efraimbirbojm@gmail.com







This email was sent to efraimbirbojm.birbojm@blogger.com
why did I get this?    unsubscribe from this list    update subscription preferences
Shabat Shalom M@il · Rua Dr. Veiga Filho, 404 · Sao Paulo, MA 01229090 · Brazil

Email Marketing Powered by Mailchimp