quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

FUJA PARA SALVAR SUA VIDA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAISHLACH 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Sr. Yakov Aharon ben Rivka Raisla
Haim David ben Esther
Michael ben Metania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAISHLACH



         São Paulo: 18h26                  Rio de Janeiro: 18h11 

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MENSAGEM DA PARASHÁ VAISHLACH

 
ASSUNTOS DA PARASHÁ VAISHLACH
  • Yaacov envia mensageiros.
  • Yaacov teve medo e se prepara para o reencontro com Essav.
  • Yaacov fica sozinho.
  • A luta com o anjo.
  • Yaacov encontra Essav.
  • Chegada a Shechem, Diná é sequestrada e desonrada.
  • Shimon e Levi vingam a honra da irmã, Yaacov fica furioso.
  • Yaacov viaja para Beth El.
  • A morte de Rivka e Dvora.
  • D'us muda o nome de Yaacov para Israel.
  • Rachel tem mais um filho: Biniamin.
  • A morte de Rachel e o enterro no caminho, em Beth Lechem.
  • Reuven mexe na cama de seu pai.
  • A morte de Itzchak.
  • A Linhagem de Essav, de Seir e reis de Edom.
BS"D

FUJA PARA SALVAR SUA VIDA - PARASHÁ VAISHLACH 5783 (09/12/22)

"Em uma pequena cidade da Europa vivia um grande rabino cabalista. Ele morava no terceiro andar de um prédio, e várias pessoas vinham até sua casa para aconselhar-se ou apenas pedir uma Berachá. Certo dia, em um momento em que ele estava sozinho em casa, um homem com problemas mentais entrou em seu apartamento, armado com uma faca. Apontando a faca para o rabino, ele disse em tom ameaçador:
 
- Rabino, pule já pela janela! Quero ver se toda a sua sabedoria e santidade poderá salvá-lo desta queda.
 
Enquanto dirigia-se em direção à janela, o rabino pensava em uma solução para salvar sua vida, pois certamente aquela queda o mataria, e tentar enfrentar o homem armado também não era uma opção. De repente, D'us o iluminou com uma ideia brilhante. Ele virou-se para o homem mentalmente desequilibrado e disse:
 
- Pular daqui sem me machucar não é algo difícil para mim. Se você quer realmente ver funcionando todo o poder da minha sabedoria, então o ideal seria que você me visse dar um salto lá de baixo e conseguir chegar até aqui em cima. Isto sim seria algo incrível, que demonstraria meu enorme poder. Você quer ver?

O homem com problemas mentais, maravilhado com a ideia, mandou o rabino descer e realizar a façanha, enquanto ele ficava olhando pela janela. O rabino desceu rapidamente as escadarias do prédio, correu pela rua e salvou sua vida."
 
O nosso Yetser Hará sempre vem tentar nos destruir, como este homem desequilibrado e armado. Ao invés de tentarmos enfrentá-lo, devemos fugir dele. Se ficarmos, o Yetser Hará certamente nos derrotará com a força da sua lábia.

Nesta semana lemos a Parashá Vaishlach (literalmente "E enviou"), que começa descrevendo a volta de Yaacov, após passar 34 anos longe de casa. Ele havia passado 20 anos convivendo com seu sogro Lavan, um pilantra que tentou enganá-lo centenas de vezes, e achou que seus problemas tinham terminado. Porém, seus problemas estavam apenas começando.
 
Sua primeira dificuldade no caminho de volta foi o ataque de um anjo, com quem lutou durante a noite inteira. O anjo não pôde vencê-lo, mas conseguiu ferir Yaacov em sua coxa, deixando-o manco. Depois Yaacov se reencontrou com seu irmão Essav. Yaacov havia fugido para escapar do ódio de seu irmão, um ódio que ainda fervia depois de tantos anos, pois Essav veio ao seu encontro acompanhado de 400 homens armados, deixando Yaacov muito estressado. No final, o reencontro terminou em um abraço emocionado dos irmãos.
 
Porém, seu grande teste ainda estava por vir. Yaacov se assentou em uma cidade chamada Shechem, onde comprou um terreno por um valor muito elevado. Certo dia, quando sua filha Diná saiu para ver as moças da cidade, ela foi sequestrada por Shechem, o príncipe, filho do rei Chamor, e foi desonrada. Os filhos de Yaacov ficaram revoltados com aquele crime, a ponto de dois deles, Shimon e Levi, matarem todos os homens da cidade, por terem sido coniventes com o crime. Ninguém havia feito absolutamente nada enquanto Diná gritava por socorro. Depois disso, eles resgataram Diná e foram embora da cidade.
 
Porém, há algo que nos chama a atenção nos detalhes deste incidente. Após ter desonrado Diná, em um impulso para saciar seus desejos, o príncipe Shechem acabou se apaixonando por ela e quis "consertar" seu erro, propondo casar-se com ela, como está escrito: "E apegou-se sua alma à alma de Diná, filha de Yaacov. Ele amou a jovem, e falou ao coração da jovem". (Bereshit 34:3). Mas o que significa "falou ao coração da jovem"? Segundo Rashi (França, 1040 - 1105) ele falou palavras sedutoras, que tocaram o coração dela. Shechem disse para Diná: "Veja quanto dinheiro seu pai precisou gastar por um pequeno pedaço de terra. Eu me casarei com você, e você adquirirá a cidade e todos os seus campos".
 
Qual foi a reação de Diná? Isso é revelado no versículo que descreve a salvação dela: "E eles mataram ao fio da espada Chamor e seu filho Shechem, tiraram Diná da casa de Shechem e partiram" (Bereshit 34:26). De acordo com o Midrash, os irmãos de Diná tiveram que tirá-la à força da casa de Shechem, já que ela não queria sair de lá. Porém, o Rav Yerucham Leibovitz zt"l (Bielorússia, 1873 - 1936) faz um interessante questionamento. Como pode ser que Diná, filha do nosso patriarca Yaacov, foi seduzida por Shechem, a ponto de ser convencida a viver com ele? E, se não bastasse isso, seus irmãos ainda tiveram que arrastá-la à força! Como ela aceitou viver em um ambiente tão diferente ao que ela estava acostumada, na santidade da casa de Yaacov?

Talvez podemos ampliar mais a pergunta. Como entender todos os erros que vemos na Torá, cometidos por pessoas com tanto entendimento e sabedoria? E isso também se aplica aos nossos próprios erros. Como pode ser que, mesmo conhecendo a rigorosidade das transgressões, mesmo sabendo das terríveis consequências dos nossos maus atos, ainda assim tropeçamos, algumas vezes ainda tentando justificar nossos atos?
 
A resposta é que há uma força grande e poderosa que atua no ser humano: a sedução. Das palavras do versículo "e falou ao coração da jovem", vemos que a sedução é dirigida diretamente ao coração da pessoa e, portanto, é muito forte, ao ponto de praticamente não haver mais como se desvencilhar dela. Parece exagero, mas nem mesmo toda a sabedoria de Adam Harishon, o ser humano mais elevado que já passou pela face da Terra, foi suficiente para salvá-lo de sua transgressão, pois no momento em que o coração é seduzido, é difícil escapar.
 
Através de um simples exemplo do cotidiano podemos entender a força da sedução do coração. Uma pessoa entra em uma loja de tecidos, em busca de um pano para fazer uma roupa. Após circular um pouco, a pessoa percebe que lá não encontrará o que está procurando, pois as mercadorias ou os preços não lhe agradam. Quando o vendedor percebe a insatisfação do cliente, rapidamente tira mais alguns tecidos da prateleira, estende-os na mesa, chama o cliente e diz: "Dê uma olhada nestes tecidos, com certeza fazem mais o seu estilo". Ele continua: "Para você posso fazer um desconto especial, você não vai se arrepender", ou ainda: "Nesta semana já vendi dezenas deste, é um dos mais procurados". Argumentos que qualquer pessoa inteligente percebe imediatamente que são vazios. Além disso, o cliente já conhece aquele vendedor, sabe que não pode confiar nele. Mesmo assim, as palavras acabam entrando no coração e fisgam a pessoa. Satisfeito, o vendedor corta o tecido escolhido, embrulha e finaliza a venda. O comprador, minutos depois, está saindo da loja, carregando sua cara mercadoria. Envergonhado, ele se questiona: "Como me deixei seduzir tão facilmente?".  
 
Qualquer semelhança não é mera coincidência. A sedução é a chave para compreendermos o motivo pelo qual tantas vezes transgredirmos, mesmo estando cientes da gravidade e das trágicas consequências da transgressão. Uma vez que o coração é seduzido, tudo mais é esquecido. Então, o que fazer para escaparmos desta força tão poderosa, que atua diretamente em nosso coração?
 
O único conselho para a pessoa se proteger da sedução é se precaver, não deixando chegar a uma situação na qual ela possa vir a ser seduzida. Aprendemos este conceito de uma interessante Mitzvá da Torá. Uma pessoa que queria ter mais controle sobre os seus desejos podia voluntariamente receber sobre si um voto de Nazir, no qual ela se proibia de ter proveito de uva e seus derivados, de cortar o cabelo e de se impurificar com mortos. O Talmud (Avodá Zará 58b) nos ensina que quando um Nazir queria ir a um lugar cujo acesso era através de um vinhedo, diziam a ele "Dê a volta", como medida de proteção para garantir que não transgredisse.
 
Shlomo HaMelech nos ensinou: "Se salve de uma mulher estranha, da estrangeira cujas palavras são suaves" (Mishlei 2:16). Rashi explica que o versículo não se refere ao adultério, e sim a tirar das costas o jugo das Mitzvót, e a expressão "palavras suaves" refere-se à sedução do coração. Continua Shlomo Hamelech e diz: "Dos lábios desta mulher estrangeira pinga mel" (Mishlei 5:3), isto é, a sedução atrai, sendo muito difícil se desvencilhar dela após ter caído em seus encantos. Então qual é o único conselho? "Afaste-se dela, e não se aproxime da entrada de sua casa" (Mishlei 5:8).
 
Após Avraham derrotar a coligação dos 4 reis, o rei de Sdom ofereceu para ele os despojos de guerra, uma enorme quantia de dinheiro e de bens. Como Avraham reagiu? "E Avraham disse ao rei de Sdom: 'Eu levanto minha mão ao D'us Altíssimo, dono do céu e da terra. Nem um fio e nem um cadarço de sapato eu não pegarei do que quer que seja seu, para que você não diga: 'Eu enriqueci Avraham'" (Bereshit 14:22,23). Rashi explica que a linguagem "Eu levanto minha mão a D'us" significa que Avraham fez um juramento que não pegaria nada dos despojos. Mas sabemos que Avraham não era uma pessoa materialista, alguém que gostava de lucros e dinheiro. Então por que ele ficou tão preocupado em relação aos despojos, a ponto de fazer um juramento? Pois Avraham conhecia o segredo da sedução do coração e, para fugir, foi sábio o suficiente para se proteger através de um juramento.
 
Se isso vale até para um gigante como Avraham, então entendemos que realmente não existe outra forma de lutar contra o Yetser Hará a não ser fugir da possibilidade de ser seduzido, pois o coração é seduzido com facilidade, a ponto de transgredirmos mesmo tendo claridade e sabedoria. Quando surge um teste, devemos fugir dele, diminuir as tentações, pois às vezes a fuga é a nossa verdadeira vitória contra o Yetser Hará. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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