quinta-feira, 18 de junho de 2020

LEMBRETE DAS NOSSAS RESPONSABILIDADES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT SHELACH LECHÁ 5780

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ASSUNTOS DA PARASHAT
- Explorando a Terra de Israel.
- Moshé reza por Yehoshua, seu Talmid.
- Calev vai para Hevron.
- 10 espiões voltam falando mal da Terra de Israel.
- Histeria e choro do povo.
- Ameaça de Destruição.
- O Decreto dos 40 Anos no deserto.
- Parte do povo tenta entrar "à força"
- Oblações para Sacrifícios.
- A Oferenda da Massa (Chalá).
- Oferendas de Pecado Comunal por Idolatria (não intencional).
- Oferendas de Pecado Individual por Idolatria (não intencional).
- Idolatria intencional.
- Mekoshesh: O homem juntando lenha no Shabat.
- A Penalidade por violação do Shabat.
- Shemá Israel.
- Tzitzit.
LEMBRETE DAS NOSSAS RESPONSABILIDADES - PARASHAT SHELACH LECHÁ 5780 (19/junho/2020)

"Havia um judeu que tinha um amor especial pela Mitzvá de Tsitsit. Certa vez ele sentiu o incontrolável desejo de cometer uma transgressão com uma mulher romana de moralidade duvidosa, e estava disposto a gastar quatrocentas moedas de ouro para saciar seu desejo. Porém, quando estava prestes a cometer a transgressão, os fios do Tsitsit que ele vestia o atingiram no rosto. O homem sentiu como se tivesse recebido um tapa na cara de D'us. Imediatamente ele arrependeu-se da transgressão que estava prestes a cometer e virou-se para ir embora. Porém, a mulher romana ficou inconformada. Nunca um homem havia resistido aos seus encantos. Ela disse:

- Não deixarei você em paz até que você me diga qual foi o defeito que você encontrou em mim!

- Não há nada de errado com você - respondeu o homem - Nunca vi uma mulher tão bonita quanto você em toda a minha vida. Porém, há um mandamento que D'us nos ordenou, chamado Tsitsit, e em relação a esta Mitzvá está escrito duas vezes a expressão "Eu sou Hashem, seu D'us", cujo significado é: "Eu sou Aquele que exigirá punição no futuro (para aqueles que transgredirem), e Eu sou Aquele que dará recompensa no futuro (para aqueles que cumprirem Minha vontade)". Eu estava prestes a cometer uma transgressão, mas o Tsitsit surgiu como se fossem quatro testemunhas protestando contra mim.

A mulher ficou surpresa. Ela precisava descobrir de onde vinha aquela força de vontade! Então ela disse:

- Não vou deixar você em paz até que você me diga seu nome, o nome da sua cidade, o nome do seu rabino e o nome do Beit Midrash (Centro de estudos) onde você estuda Torá!

O homem escreveu tudo em um papel e entregou a ela. Então ela levantou-se e dividiu sua fortuna em três partes: um terço foi doado ao governo romano, um terço foi destinado para ser distribuído entre os pobres e um terço ela levou consigo, junto com suas finas roupas de cama. Ela foi ao Beit Midrash do Rav Chiya, um dos maiores sábios da geração, e disse:

- Rabino, por favor, me instrua para que eu possa me converter.

- Minha filha - respondeu carinhosamente o Rav Chiya - Talvez suas intenções não são sinceras. Será que você gostou de um dos meus alunos? É este o motivo pelo qual você quer se converter?

Ela entregou a ele o papel que o homem havia escrito e contou o que havia ocorrido, mostrando que seu desejo de se converter era sincero e que tinha a intenção de receber sobre si o jugo das Mitzvót. O Rav Chiya então permitiu que ela se convertesse e se casasse com aquele homem. E aquelas roupas de cama, que antes seriam usadas com propósitos ilícitos, agora foram estendidas para cumprir a vontade de D'us" (Talmud Menachót 44a).

Esta é a força das Mitzvót. O Tsitsit é um lembrete do nosso amor por D'us e por Suas Mitzvót. É um lembrete da nossa retidão e da nossa força de vontade.
Nesta semana lemos a Parashat Shelach Lechá (literalmente "Envie para você"), que descreve o trágico incidente dos 12 homens que foram enviados para espionar a Terra de Israel, um ato condenado por D'us, pois a motivação daquela missão era a falta de Emuná. A Parashat também fala sobre a proibição de idolatria, sobre um homem que transgrediu o Shabat e termina com versículos que fazem parte do Shemá Israel, nossa maior declaração de Emuná. Nestes versículos do Shemá Israel aparece a Mitzvá de Tsitsit, conforme está escrito "E façam para eles Tsitsit sobre os cantos de suas roupas, por todas as gerações, e colocarão sobre os Tsitsit do canto um fio azul celeste. E será para vocês por Tsitsit, e olharão para ele e lembrarão de todos os mandamentos de D'us, e os cumprirão, e não se desviarão indo atrás do seu coração e dos seus olhos, atrás dos quais você erra. Para que você se lembre e cumpra todos os Meus mandamentos e sejam sagrados com D'us" (Bamidbar 15:38-41).

O Tsitsit parece ser uma Mitzvá simples e fácil, sem muita importância. Devemos colocar fios, amarrados de uma maneira especial, nas roupas que contenham quatro cantos. Porém, nossos sábios ensinam que esta é uma Mitzvá fundamental para o povo judeu e, se nos aprofundarmos nos detalhes dela, perceberemos que ela desperta muitas reflexões e questionamentos.

Em primeiro lugar, a Torá está afirmando que o Tsitsit deve servir como um lembrete da nossa obrigação de cumprirmos todas as Mitzvót. Porém, como o Tsitsit nos lembra de toda a Torá? Rashi explica que a Guemátria (valor numérico) da palavra Tsitsit (ציצית) é 600 ("Tzadi" é 90, "Yud" é 10, "Tzadi" é 90, "Yud" é 10 e "Taf" é 400). Quando adicionamos os 8 fios e os 5 nós, que fazem parte de cada canto da roupa, alcançamos um total de 613, correspondente às 613 Mitzvót da Torá. Mas como Rashi chegou ao número seiscentos da palavra "Tzitzit", se na Torá a palavra está escrita com apenas uma letra "Yud" (ציצת), totalizando 590, não 600? Respondem os nossos sábios que a palavra "Tsitsit" está escrita na Torá três vezes e, em uma destas vezes, está escrito "Letsitsit", com uma letra "Lamed" a mais, cujo valor numérico é 30. Dividindo o número 30 por três, o número de vezes que a palavra "Tsitsit" aparece na Torá, resulta em 10, que somado à Guemátria da palavra "Tsitsit" totaliza 600.

Porém, esta é a forma do Tsitsit nos lembrar de todas as Mitzvót da Torá? Parece muito improvável que, ao ver o Tsitsit, uma pessoa fará todos estes cálculos e, através disto, se lembrará de todas as Mitzvót de D'us! Então por que lembrar das Mitzvót desta maneira tão fora do convencional?

Além disso, o Ramban zt"l (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) também questiona a explicação de Rashi, de que devemos incluir os 5 nós e os 8 fios para atingir um total de 613. O Talmud (Menachót 39a) ensina que a obrigação do Tsitsit exigida pela Torá envolve apenas o nó principal, sendo que os outros quatro nós são parte de um mandamento rabínico. Portanto, por que Rashi incluiu os quatro nós "rabínicos" no cálculo feito para que o Tsitsit possa cumprir a obrigação de nos lembrar de todas Mitzvót da Torá?

Rashi também questiona o motivo pelo qual a Torá juntou três assuntos que são aparentemente muito diferentes: a proibição de idolatria, a transgressão do Shabat e a Mitzvá de Tsitsit. Ele responde que estas três Mitzvót formam a base do nosso relacionamento com D'us e são equivalentes a todas as outras Mitzvót juntas, como está escrito em relação ao Tsitsit: "e cumpra todos os Meus mandamentos". Porém, é compreensível que fazer idolatria seja equivalente a violar toda a Torá, pois significa negar a supremacia de D'us, da mesma forma que aquele que desrespeita o Shabat está negando a afirmação de que D'us é o Criador do universo. Mas qual é a base para que o Tsitsit seja equivalente a todas as outras Mitzvót, comparável à idolatria e cumprir o Shabat?

Finalmente, a Torá não nos obriga a usarmos Tsitsit o tempo inteiro, apenas caso uma pessoa vista uma roupa de quatro cantos. A obrigação que temos atualmente de usarmos o Tsitsit o tempo todo é apenas uma Mitzvá rabínica. Como pode uma Mitzvá, que nem sequer é uma obrigação constante, ser tão importante?

Explica o Rav Yohanan Zweig que, além dos elementos básicos que outras Mitzvót também contêm e seus efeitos espirituais, a Mitzvá de Tsitsit contém outro conceito fundamental. O Tsitsit é semelhante a um uniforme que identifica um escravo como pertencente ao seu dono. Por isso, não é coincidência que a Mitzvá de Tsitsit esteja incluída na leitura do Shemá Israel, pois usar Tsitsit indica uma reafirmação constante e contínua da aceitação do jugo das Mitzvót, sendo uma extensão do que declaramos no Shemá Israel.

Para aumentar a eficácia e potencial do Tsitsit como a ferramenta através da qual uma pessoa se lembra e reafirma seu compromisso de cumprir as 613 Mitzvót, ou seja, a expressão da sua aceitação do jugo das Mitzvót, a Torá declara "E faça para vocês Tsitsit". Isto significa que o lembrete não deriva de olharmos para os Tsitsit quando os estamos usando, e sim que os nossos sábios deveriam criar um lembrete utilizando os próprios Tsitsit, como uma pessoa que amarra um barbante no dedo para lembrar-se de algo importante.

Quando a pessoa amarra um barbante no dedo para lembrar-se de algo de grande significado, não é o barbante que tem uma importância primária, e sim o que ele deve recordar. Da mesma forma, a Torá comandou nossos sábios a encontrarem referências simbólicas dentro do Tsitsit, de modo que vesti-los se tornasse um lembrete da nossa aceitação do jugo de D'us. Portanto, fazer cálculos elaborados, incluindo até mesmo as leis rabínicas associadas ao Tsitsit, representam simbolicamente a aceitação de todas as Mitzvót. É muito mais eficaz um lembrete se fomos nós que criamos o simbolismo dele. O Tsitsit representa a demonstração do povo judeu de procurar maneiras, mesmo as mais complexas, de sempre nos recordarmos das Mitzvót de D'us.

É por essa razão que a Torá não nos obrigou o uso constante do Tzitzit. Se estivéssemos obrigados, a eficácia do Tsitsit como um lembrete teria sido diminuída, pois o motivo de usá-los teria se transformado em um ato que é feito apenas para cumprir um comando da Torá. Quando os rabinos criaram a obrigação de vestir constantemente o Tsitsit, esta Mitzvá tornou-se um lembrete muito mais eficaz, pois demonstra acima de tudo o amor pelas Mitzvót. Como o Tsitsit contém o princípio fundamental da aceitação do jugo das Mitzvót por amor, ele pode ser agrupado, junto com o Shabat e a proibição de idolatria, como um dos fundamentos de Emuná do povo judeu.
 
SHABAT SHALOM
 
R' Efraim Birbojm

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