quinta-feira, 22 de outubro de 2020

CONFIE NA SALVAÇÃO DE D’US - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT NOACH 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHAT NOACH




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VÍDEO DA PARASHAT NOACH
ASSUNTOS DA PARASHAT NOACH
 
- Noach encontra graça aos olhos de D'us.
- Construção da Arca.
- O grande Dilúvio e um ano na Arca.
- O corvo e a pomba.
- Noach e a família saem da Arca.
- Noach oferece um Korban.
- O pacto: Arco-Íris.
- Noach fica bêbado e é envergonhado por seu filho Ham.
- Knaan, filho de Ham, é amaldiçoado.
- Descendentes de Yafet, Ham, Knaan e Shem.
- A Torre de Babel e a dispersão.
- 10 Gerações de Noach a Avraham.
- 1º teste de Avraham: 13 anos escondido de Nimrod.
- 2º teste de Avraham: Ur Kassdim.
BS"D

CONFIE NA SALVAÇÃO DE D'US - PARASHAT NOACH 5781 (23 de outubro de 2020)

 
"Certa vez uma pessoa foi falar com o Rav Avraham ben Meir zt"l (Espanha, 1092 - 1167), mais conhecido como Ibn Ezra. Ele desabafou sobre todos os problemas e dificuldades que estava passando na vida e questionou sobre a bondade e a justiça Divina. Por que D'us estava mandando para ele tantos sofrimentos? Ele simplesmente não conseguia entender as contas de D'us!

O Ibn Ezra escutou atentamente o desabafo daquele homem amargurado. Mas, ao invés de responder, fez a ele uma pergunta:

- Dois amigos estavam sentados no intervalo do trabalho, um tinha trazido três pães e outro tinha trazido dois pães. Então chegou um terceiro amigo, que havia esquecido seu almoço em casa. Ele queria dividir com eles a comida, e estava disposto a pagar. Os amigos dividiram com ele os pães, de forma que cada um comeu a mesma quantidade. Na hora de pagar, o homem entregou a eles cinco moedas. O dono dos três pães disse que três moedas eram dele e duas moedas eram do outro. O dono dos dois pães, porém, exigiu que tudo fosse dividido igualmente, pelo fato de a comida ter sido dividida igualmente. Como não chegavam a um consenso, decidiram ir ao Beit Din. Se você fosse um dos juízes do Beit Din, o que você faria?
 
- Me parece óbvio que o primeiro homem está com a razão, ele deve receber três moedas, enquanto seu companheiro deve receber apenas duas moedas - disse o homem, com convicção.
 
- Porém, não foi isso o que o Beit Din decretou - disse o Ibn Ezra - O Beit Din decidiu que o primeiro homem deveria receber quatro moedas, enquanto o segundo homem deveria receber apenas uma moeda.
 
- Isto é um absurdo! - gritou o homem, enfurecido - Este segundo homem foi roubado pelo Beit Din! É revoltante! É uma grande injustiça!
 
- Calma, eu vou te explicar a lógica do Beit Din - respondeu calmamente o Ibn Ezra - Cada um dos cinco pães foi dividido em três pedaços, totalizando quinze pedaços. Portanto, cada um comeu cinco pedaços. O homem que tinha três pães contribuiu com nove pedaços. Se ele comeu cinco pedaços, portanto ele deu ao outro homem quatro pedaços. Já o homem que tinha dois pães contribuiu com seis pedaços. Se ele comeu cinco pedaços, portanto deu apenas um pedaço ao outro homem. Desta maneira, aquele que deu quatro pedaços deve receber quatro moedas, enquanto aquele que deu apenas um pedaço deve receber uma única moeda. A conta, portanto, é muito simples.
 
O homem, ao escutar a explicação do Ibn Ezra, ficou maravilhado e abriu um enorme sorriso, concordando com a enorme sabedoria dos rabinos do Beit Din. O Ibn Ezra virou-se para ele e disse, de forma carinhosa:

- Me diga uma coisa: se você não havia conseguido entender nem mesmo esta simples conta do Beit Din, como você quer entender as contas de D'us?"

Um dos pontos principais que devemos trabalhar para chegarmos na Emuná (confiança em D'us) completa é entendermos como D'us é ilimitado, enquanto nós somos pequenos e limitados.

Nesta semana lemos a Parashat Noach, que descreve um dos momentos mais tristes na história da humanidade. Poucas gerações após a criação do mundo, os seres humanos já haviam se desviado completamente dos caminhos Divinos e cometiam as mais diversas transgressões de forma aberta e descarada. D'us entendeu que aquelas pessoas não tinham méritos para continuar habitando o mundo e, por isso, decidiu mandar um Dilúvio. Dentre toda a humanidade, apenas Noach e sua família encontraram graça aos olhos de D'us e foram escolhidos para repovoar o mundo. O Dilúvio destruiu inclusive os animais que, influenciados negativamente pelos seres humanos, também haviam se desviado e misturado suas espécies.
 
D'us mandou 40 dias e 40 noites de chuva contínua, cobrindo toda a terra com água, a ponto de até mesmo a mais alta das montanhas ficar completamente submersa. Noach e sua família, além de poucos exemplares de cada espécie de animal, foram salvos através de uma Arca gigantesca, que Noach passou 120 anos construindo.
 
Porém, mesmo quando terminaram-se os 40 dias de chuva, Noach e os animais ainda não puderam sair da Arca imediatamente. A quantidade de água que havia coberto o mundo era tão grande que foi necessário esperar quase um ano após o fim das chuvas para que as águas retrocedessem e todos pudessem sair.

Normalmente, quando chegamos na Parashat Noach, pensamos: "O que estudar novamente esta Parashat pode acrescentar na minha vida? Já conheço de cor esta história do Dilúvio, com todos os seus detalhes!". Porém, normalmente não refletimos sobre os ensinamentos da Torá e, por isso, deixamos passar lições incríveis. Por exemplo, a Torá descreve que as montanhas ficaram submersas. Isto incluiu as montanhas mais altas do mundo, que chegam a quase nove mil metros de altura. Isto significa uma quantidade de água absurdamente grande.
 
Há alguns meses, uma terrível chuva castigou a cidade de São Paulo, deixando muitas ruas completamente alagadas, alguns pontos com mais de um metro de altura de água. Em algumas regiões, a água só baixou completamente depois de alguns dias. Portanto, de acordo com as leis da natureza, o tempo necessário para que as águas do Dilúvio retrocedessem seria de muitos anos, e não apenas um ano. Se o mundo inteiro estava coberto de água, como podemos explicar o fenômeno de tanta água ter baixado tão rapidamente?
 
Afirma o Rav Yssocher Frand que a única forma de explicar que a terra secou tão rapidamente é entendendo que foi um milagre. D'us criou a natureza, com leis físicas muito rígidas. Porém, quando D'us atua sobre o mundo, Ele não precisa seguir as leis da natureza que Ele mesmo criou. Portanto, da mesma forma que milagrosamente Ele fez com que as águas cobrissem o mundo inteiro, também milagrosamente Ele fez com que elas retrocedessem em um ritmo muito mais rápido que o normal.
 
Porém, esta resposta ainda deixa um enorme questionamento. Se D'us baixou as águas de forma milagrosa, por que foi necessário que o milagre levasse tanto tempo? Já que tratava-se de um milagre que anulava as leis da natureza, D'us poderia ter secado a terra instantaneamente! Mas a Torá descreve que Noach precisou esperar muito tempo para poder sair da Arca. Ele precisou enviar uma pomba diversas vezes para verificar se a água já havia baixado completamente. E mesmo quando a pomba não retornou mais, demonstrando que a água já havia baixado, Noach ainda permaneceu na Arca por mais algum tempo. Por que tudo não aconteceu de forma imediata?
 
Responde o Rav Shimon Schwab zt"l (Alemanha, 1908 - EUA, 1995) que a Torá está nos trazendo um ensinamento extremamente importante para as nossas vidas, em especial quando estamos passando por um momento de dificuldade: é sempre necessário sermos pacientes quando aguardamos pela salvação Divina, tanto quando estamos com algum problema particular, quanto quando é um problema coletivo.
 
Esta mensagem é especialmente importante para a nossa geração, acostumada com coisas instantâneas. Quando queremos esquentar o almoço, basta colocar a comida por trinta segundos no microondas. Temos café instantâneo, sopa instantânea e macarrão instantâneo. Nossas mensagens enviadas a uma pessoa do outro lado do mundo pode ser visualizada instantaneamente. Temos no celular aplicativos para fazer movimentações financeiras sem gastar o tempo de ir até o Banco e esperar nas filas até sermos atendidos. Tudo o que fazemos atualmente precisa ser sem demora e sem espera. Somos a geração "Drive Thru", que sonha em pedir o sanduíche em um interfone e, poucos instantes depois, já recebê-lo pronto através de uma janelinha.
 
Porém, aprendemos do Dilúvio que D'us não age desta forma. Mesmo quando a salvação já estava encaminhada, mesmo que D'us já havia decidido terminar o Dilúvio e recomeçar a reconstrução do mundo, o alívio não foi imediato. O Talmud (Brachót 55a) diz que alguém que reza para D'us e verifica se suas rezas foram imediatamente atendidas certamente ficará desapontado, conforme nos ensina Shlomo HaMelech: "A esperança adiada deixa o coração doente" (Mishlei 13:12). Em geral, quando a pessoa vai a uma entrevista de emprego ou se inscreve no processo seletivo de uma universidade, ela abre o dia inteiro seu e-mail para ver se chegou alguma mensagem. Cada vez que ela abre o e-mail e ainda não há resposta, a pessoa sofre.
 
Quando alguém está doente, ele vai ao médico, recebe um tratamento e sente-se confiante que ficará curado. Porém, a cura não vem de forma imediata, leva algum tempo até o remédio fazer efeito. Também na área espiritual precisamos ser pacientes, esperar a salvação de D'us, mesmo que às vezes demore. Não podemos desanimar, muito menos desistir, de rezar, de pedir, de confiar em D'us. Precisamos de paciência, pois as coisas não ocorrem instantaneamente. Parte importante da nossa Emuná é acreditar que D'us não apenas faz o que é melhor para nós, mas também que Ele o faz no momento em que é melhor para nós. Da mesma maneira que as conquistas verdadeiras não acontecem em um sistema "Drive Thru", assim também é a salvação de D'us.
 

"Eu acredito, com Emuná completa, na vinda do Mashiach. E mesmo que ela demore, ainda assim eu esperarei pela sua vinda". (Um dos 13 Princípios da Emuná do Rambam)

 

SHABAT SHALOM

 
R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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