quinta-feira, 11 de setembro de 2025

RAÍZES ESPIRITUAIS QUE NOS MANTÊM DE PÉ - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT KI TAVÔ 5785

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O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de

R' Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Sr. Avraham Favel ben Arieh z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ KI TAVÔ 5785



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PREPARAÇÃO PARA ROSH HASHANÁ
ASSUNTOS DA PARASHAT KI TAVÔ
  • Primeiros Frutos (Bikurim).
  • Declaração pela separação dos Dízimos.
  • Relacionamento de D'us e o povo judeu.
  • O novo pacto: as pedras escritas.
  • Tornando-se uma Nação.
  • A Brachá e a Klalá.
  • A Brachá pela obediência.
  • A Klalá pela desobediência.
  • O Pacto.
  • O discurso final de Moshé.
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RAÍZES ESPIRITUAIS QUE NOS MANTÉM DE PÉ - PARASHÁ KI TAVÔ 5785 (12/ago/25)

"Após a liberação dos Campos de Concentração, em 1945, milhares de judeus vagavam sem saber para onde ir e o que fazer. Seus corpos estavam quebrados pelos anos de fome, frio e trabalhos forçados, além de todos os tipos de torturas. Muitos haviam perdido suas famílias, seus amigos e tudo o que tinham na vida.
 
De repente, soldados aliados que haviam libertado os Campos de Concentração viram que os judeus começaram a se reunir nos barracos abandonados. Ficaram curiosos e foram ver o que eles estavam fazendo. Os soldados não acreditaram no que seus olhos viram. Formaram-se pequenos círculos de sobreviventes. Não havia livros, não havia bancos, mal havia pão. Mas alguns judeus começaram a repetir de memória trechos do Talmud que ainda recordavam. Outros se juntavam para ouvir, discutir e comentar.
 
Os soldados aliados não conseguiam entender. Como pessoas tão quebradas, fisicamente e psicologicamente, conseguiam se manter de pé, com tanta Emuná? Um senhor judeu então explicou a eles:
 
- Isso se compara a duas árvores. Uma é grande e possui muitas folhas, mas suas raízes são superficiais. Outra é pequena, com poucas folhas, mas tem raízes profundas. Quando vem um vento forte, a primeira cai, enquanto a segunda permanece de pé. Assim são os judeus: mesmo quando exteriormente não nos resta quase nada, nem folhas, nem força, nem aparência, mas nossas raízes estão profundas na Torá, permanecemos de pé, mesmo após uma tempestade tão violenta. Essas raízes podem nos sustentar em qualquer tempo de crise e dificuldade.
 
- Nossos corpos podem estar destruídos - finalizou o senhor, esboçando um sorriso - mas o estudo da Torá nos lembra que ainda somos um povo vivo."
 
Aqueles "Shiurim" improvisados eram um verdadeiro milagre. Do lado de fora, os ventos da destruição ainda sopravam, tentando arrancar os últimos vestígios de identidade judaica na Europa. Mas, dentro daqueles barracos, a chama da Torá reacendia os corações com uma força inesperada.

Nesta semana lemos a Parashá Ki Tavô (literalmente "Quando vocês vierem"), na qual Moshé trata, em seus discursos finais, principalmente de Mitzvót que seriam cumpridas apenas quando o povo entrasse na Terra de Israel, tais como levar os Bikurim (primícias) ao Beit Hamikdash, junto com um belo agradecimento a D'us, e a cerimônia das Brachót e Klalót nos Montes Eival e Guerizin.
 
No final da nossa Parashá, Moshé começou seu discurso final. E com estas palavras a Parashá termina: "Cumpram as palavras deste pacto e coloquem-nas em prática, para que tenham sucesso em tudo o que fizerem" (Devarim 29:8). A linguagem "Taskilu", traduzida como "tenham sucesso", vem da raiz "Lehaskil", que significa "ter sabedoria". A que tipo de sabedoria o versículo se refere, que está associado ao nosso sucesso?
 
Explica o Rav Yehuda Leib Chassman zt"l (Lituânia,1869 - Israel, 1935) que podemos perceber um fenômeno muito interessante, que demonstra nossa total falta de entendimento sobre o propósito da vida e onde devemos investir nossas energias. De acordo com o que estamos acostumados, quando uma pessoa investe seu dinheiro e esforços nos negócios e tem sucesso, ela recebe um grande reconhecimento do público. Todos dizem sobre ela: "Vejam como esta pessoa é hábil em prosperar em seus negócios". E esse reconhecimento acontece mesmo que qualquer pessoa sensata sabe claramente que o sucesso nos negócios não depende das mãos do ser humano, e sim das mãos de D'us, pois nós fazemos apenas a Shtadlut (esforço), mas os resultados são apenas de acordo com a vontade de D'us. A prova disso é que muitas pessoas sem grandes sabedorias, que muitas vezes nem mesmo cursaram uma faculdade, têm um enorme sucesso em seus negócios, enquanto outros, cheios de conhecimentos e títulos, mal conseguem sustentar suas famílias. E assim o mais sábio de todos os homens, Shlomo HaMelech, escreveu: "A corrida não é vencida pelos mais rápidos, nem a guerra pelos mais fortes. Nem sempre os sábios têm pão, nem os inteligentes riqueza, nem os instruídos reconhecimento" (Kohelet 9:11).
 
Porém, as coisas são diferentes quando se trata de Torá, Mitzvót e Temor a D'us. Mesmo que o sucesso nessas áreas está completamente nas mãos da pessoa, como ensina o Talmud (Meguilá 6b): "Se alguém disser para você: 'Não me esforcei e consegui', não acredite nele", justamente nesses assuntos não damos valor para aqueles que se esforçaram e não reconhecemos o sucesso que alcançaram. E quando alguém deseja se esforçar mais do que os outros nestas áreas, olhamos com desdém e questionamos: "Por que ele se esforça tanto assim? Parece um tolo desperdiçando seu tempo". Mas a Torá afirmou justamente o contrário: "para que tenham sucesso em tudo o que fizerem", isto é, nestas áreas devemos dar valor para as pessoas que se esforçam, pois o resultado é diretamente proporcional aos esforços feitos.
 
Por que esta inversão de valores acontece? Principalmente pois vemos imediatamente os frutos do sucesso nos negócios, quando a pessoa passa a ter muito mais prazeres materiais. Seu carro é importado, sua casa fica em um condomínio de luxo, suas viagens são extravagantes. Já o sucesso espiritual não tem ganhos aparentes, já que o Talmud (Kidushin 39b) afirma: "Não há pagamento de Mitzvót neste mundo". Portanto, devemos ser sábios para refletir e internalizar quão grande é o fruto que virá dos nossos esforços nas áreas espirituais. Antes de tudo, devemos saber que é uma recompensa infinita, como ensinam nossos sábios: "Uma hora de satisfação no Mundo Vindouro é melhor do que toda a vida deste mundo" (Pirkei Avót 4:17). Para termos noção do que significa "toda a vida deste mundo", imaginemos uma pessoa que viva os seis mil anos de existência do mundo e desfrute de todos os prazeres que os homens de todas as gerações experimentaram, desde a criação até o fim dos tempos, sem qualquer tipo de sofrimento. Mesmo um pequeno prazer no Mundo Vindouro é melhor do que toda vida de prazeres deste mundo, pois os prazeres mundanos, mesmo que sejam muito grandes, no fim terminam, mas mesmo um instante no Mundo Vindouro carrega uma satisfação eterna e é, portanto, incomparavelmente superior.
 
Se isso vale para apenas um instante de prazer, quanto mais para uma eternidade de prazeres no Mundo Vindouro, que uma pessoa merecerá ao cumprir uma Mitzvá. E se isso é o que mereceremos por uma única Mitzvá, quanto maior será nossa recompensa pela Mitzvá do estudo da Torá, que é equivalente a todas as Mitzvót da Torá juntas. E se tudo isso é a recompensa por uma única palavra de Torá, quanto mais por muitas palavras do seu estudo.
 
E tudo isso se refere aos méritos em tempos favoráveis, quando muitos se dedicam ao estudo da Torá. Mas o que podemos dizer sobre a recompensa que receberá aquele que estuda em tempos de enfraquecimento no estudo da Torá? Não há como mensurar a grandeza dessa recompensa, como ensina o Talmud (Yerushalmi Brachót 9:5): "Se você vê pessoas que desistiram da Torá, permaneça firme e se fortaleça nela, e você receberá toda a recompensa". Será enorme a recompensa concedida àquele que se esforça enquanto muitos se afastam da Torá. As pessoas que estão estudando recebem a recompensa de todos os que não estão estudando naquele momento.
 
Isso tudo se aplica ao indivíduo que estuda para si mesmo, mas pode ser aumentado caso o estudo traga também méritos aos outros. Ensinam os nossos sábios: "Todo aquele que bate no rosto de um judeu é como se tivesse batido no rosto da Presença Divina" (Sanhedrin 58b). Como a bondade de D'us é quinhentas vezes superior à Sua punição, então muito mais aquele que honra um judeu está honrando D'us. E se isso vale para honrar o próximo, muito mais para quem faz o bem ao próximo na prática. E se esta é a conta para bondades materiais, quanto maior será a recompensa daquele que dá ao próximo méritos espirituais e lhe proporciona vida eterna!
 
Há mais um fator multiplicador de méritos: o estudo da Torá dentro de um grupo de estudos. A Torá ensina que, se andarmos no caminho correto, receberemos a seguinte Brachá de D'us: "Cinco perseguirão cem (inimigos), e cem perseguirão dez mil (inimigos)" (Vayikrá 26:8). Porém, a proporção não está correta! Se cinco perseguem cem, isto é, vinte vezes mais, então cem deveriam perseguir dois mil, e não dez mil! Explica Rashi que daqui aprendemos a força do grupo. Portanto, muitos que estudam Torá não se compara a poucos que estudam.
 
Portanto, quanta vida eterna perde aquele que se torna negligente e não se ocupa do estudo da Torá. Ele acaba caindo espiritualmente, enfraquecendo a si mesmo e aos demais em volta. Mas, ao contrário, cada um que se esforça para manter seu estudo diário de Torá traz mérito para si mesmo e para todos ao seu redor. Em uma geração como a nossa, tão carente em relação ao estudo da Torá, a pessoa pode multiplicar sua recompensa milhares de vezes, sem limites. E, ao merecer uma luz tão maravilhosa da Torá, ele se eleva e eleva os demais junto com ele. Essa luz que ele cria no final retorna a ele, uma luz que jamais vai cessar.
 
Estamos chegando em Rosh Hashaná, e precisamos aumentar os nossos méritos. Como vimos, não há nada tão poderoso quanto investir no nosso estudo de Torá. Em primeiro lugar, pelo mérito do próprio estudo, que tem força para iluminar o mundo. Em segundo lugar, pela purificação espiritual que a Torá traz para cada um que a estuda. Em terceiro lugar, pois quanto mais estudamos, melhor podemos cumprir a vontade de D'us. E, finalmente, pois as leis da Torá nos tornam pessoas melhores, mais calmas e compreensivas. Em todas as áreas materiais, o sucesso está nas mãos de D'us. Porém, o sucesso no nosso estudo está nas nossas mãos, no nosso esforço, na nossa decisão de crescimento espiritual. É uma área na qual podemos iluminar todo o povo judeu, e esta luz voltará, nos ajudando no nosso julgamento de Rosh Hashaná e em todas as outras áreas da vida. 

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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