| | VÍDEOS DA PARASHÁ BESHALACH | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ BESHALACH - Desvio da terra dos Plishtim.
- O Faraó se arrepende e persegue os judeus.
- A abertura do Mar.
- A morte dos egípcios.
- O Cântico do mar.
- O Cântico das mulheres.
- As águas amargas.
- Reclamação por comida.
- Man.
- Shabat.
- Água da Rocha.
- Amalek e a batalha eterna
| | | PEQUENOS MILAGRES DO COTIDIANO - PARASHÁ BESHALACH 5782 (14/Jan/2022) "Rafael, um rapaz de excelentes qualidades, após muitos anos saindo de Shiduch, ainda não havia conseguido encontrar sua "alma gêmea". Todos seus amigos já haviam casado, mas ele continuava solteiro. Quando seu irmão mais novo chegou à idade de se casar, Rafael lhe disse: - Não quero que você se prenda por minha causa nem que perca nenhuma oportunidade. Que você consiga construir seu lar o mais rápido possível! E, de fato, pouco tempo depois, seu irmão mais novo noivou. Rafael o ajudou em cada detalhe dos preparativos do casamento, sem sentir inveja. Mais dois anos se passaram e Rafael continuava sem encontrar sua "metade", e sua tristeza aumentava cada vez mais. Certo dia, decidiu telefonar para o irmão para conversar, pois já fazia algumas semanas que não falava com ele. Rafael sentiu que a voz do seu irmão parecia triste. Depois de muita insistência, o irmão desabafou que estava passando por uma situação financeira muito delicada. Já era quase véspera de Shabat e a geladeira e a despensa estavam vazias. Rafael ficou abalado com a situação do irmão. Imediatamente saiu de sua casa, em Bnei Brak, rumo à cidade onde vivia seu irmão, que ficava a duas horas de distância, levando suas economias. Ao chegar na cidade, entrou no supermercado local e encheu alguns carrinhos com vários produtos básicos. O valor da compra foi de três mil shekalim, e Rafael se apressou em levar tudo até a casa do irmão. Quando ele abriu a porta, não acreditou no que estavam vendo: várias sacolas, com todos os mantimentos necessários e em quantidade suficiente para algumas semanas. O irmão tentou recusar, mas Rafael o abraçou, lhe deu uma Brachá e apressou-se em voltar para casa. Antes de partir, ainda deu ao irmão um envelope com dois mil shekalim. Naquela mesma noite, a cunhada de Rafael tinha sido convidada para o casamento de uma amiga. Devido ao seu desânimo, ela tinha decidido não ir. Porém, agora, com a casa repleta de mantimentos, ela se animou e foi. Durante a cerimônia, percebeu que ao seu lado estava uma jovem rezando muito, com os olhos cheios de lágrimas. Após a cerimônia, resolveu puxar conversa, perguntando se ela precisava de ajuda. A jovem desabafou que estava tendo problemas com Shiduchim há muito tempo e não conseguia encontrar sua metade. Após uma pequena investigação, a cunhada de Rafael ficou sabendo que a jovem era uma excelente moça. Ela então disse à jovem que conhecia um rapaz de bom coração e ótimos traços de caráter. O referido jovem era, obviamente, o cunhado dela. O Shiduch ocorreu e, em pouco tempo, eles estavam noivando." É incrível perceber como D'us controla tudo. O fabuloso ato de bondade de Rafael foi o catalisador para a ida de sua cunhada ao casamento, onde acabou conhecendo uma jovem especial, que naquele exato momento estava rezando fervorosamente para D'us justamente ao lado dela. São os pequenos milagres do cotidiano. | | Nesta semana lemos a Parashá Beshalach (literalmente "Quando enviou"), que começa descrevendo o momento no qual o povo judeu saiu do Egito, após 210 anos de uma dura escravidão. D'us preparou o "grande final", endurecendo pela última vez o coração do Faraó e fazendo-o juntar um exército para perseguir o povo judeu. Quando os judeus se viram diante do Mar Vermelho, instransponível, e os egípcios quase os alcançando, eles gritaram para D'us. As águas do Mar Vermelho se abriram milagrosamente, permitindo que o povo judeu atravessasse em terra firme. Quando os egípcios tentaram passar, o mar se fechou sobre eles, matando-os e atirando seus corpos na praia. Naquele momento o povo judeu se sentiu realmente livre. A Parashá também traz outro grande milagre que aconteceu no deserto: o Mán, a comida milagrosa que caía do céu e alimentava o povo inteiro, mais de 3 milhões de pessoas. O povo reclamou com Moshé quando a comida que haviam trazido do Egito terminou, argumentando que, enquanto estavam no Egito, pelo menos tinham o que comer. D'us respondeu dizendo que mandaria para eles comida do céu. Mas há um versículo sobre o Mán que nos chama a atenção: "E D'us disse a Moshé: 'Eu farei chover pão para vocês do céu... Para que Eu possa testá-los, se seguirão a Minha Torá ou não" (Shemot 16:4). Mas a que teste D'us estava se referindo? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que o teste se refere ao cumprimento dos muitos mandamentos relacionados ao Mán, tais como pegar uma quantidade diária limitada por pessoa, pegar uma porção dupla na véspera do Shabat e não sair para procurar Mán no próprio Shabat, entre outros. Todos estes detalhes em relação ao Mán não eram testes simples. Para entendermos a dificuldade do teste, precisamos tentar trazer para a nossa realidade. Imagine alguém passando por dificuldades financeiras, com a geladeira e a carteira completamente vazias. Esta pessoa passa pelo supermercado kasher e vê uma placa promocional dizendo: "Carne kasher grátis". A pessoa quase não acredita nos seus olhos. Ela já estava se preparando para levar muitos quilos de carne para casa quando vê escrito em letras pequenas: "Leve somente o necessário para o seu consumo diário e volte amanhã para pegar mais". Será que a pessoa conseguiria pegar apenas a quantidade diária? E se amanhã acabasse a promoção? E se quando ela chegasse no dia seguinte a carne tivesse acabado? Este já seria um teste difícil para qualquer pessoa, mas seria maior ainda para alguém que está com a geladeira vazia. Este era o teste do Mán no deserto. Mesmo que o povo judeu havia presenciado vários milagres, eles não tinham como se alimentar e alimentar suas crianças naquele ambiente hostil. Certamente os pais estavam muito preocupados. D'us enviava uma porção diária de Mán, e as pessoas precisavam confiar que todos os dias aquele sustento estaria lá, em suas portas. Um gigantesco teste de Emuná. Já o Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) traz outra explicação interessante. O teste era para ver se os judeus continuariam seguindo a Torá mesmo após conseguir obter facilmente seu sustento. Em outras palavras, o teste seria ver como o povo reagiria à condição de fartura e tranquilidade. Eles continuariam confiando em D'us ou acabariam se acomodando? Continuariam enxergando o Mán como um milagre ou pensariam em algum momento que o Mán era parte da natureza do mundo? Se pararmos para refletir, qual milagre é maior, um pão vindo dos céus ou um pão vindo da terra? À primeira vista, consideramos o "pão do céu" como sendo um milagre maior. Porém, uma reflexão mais profunda vai nos mostrar que a diferença entre o que chamamos de "milagre" e o que consideramos como sendo "natureza" reside meramente na frequência da ocorrência. O fenômeno através da qual uma pequena semente plantada na terra floresce até tornar-se um grão é uma das maiores maravilhas, assim como cada detalhe da criação Divina. Se regularmente recebêssemos nossa comida "do céu", porém testemunhássemos uma vez apenas em nossas vidas como uma planta cresce de uma semente atirada na terra, nós chamaríamos isso de milagre e a comida vinda do céu de natureza. Nossos sábios ensinam que a abertura do mar foi um momento de revelação de D'us, como está escrito no Midrash: "Na abertura do Mar Vermelho, viu uma simples serva visões que o profeta Yechezkel ben Buzi não conseguiu ver". Ou seja, uma simples serva, naquele momento, encontrava-se em um nível profético maior do que Yechezkel, um dos maiores profetas da nossa história. O Rav Elazar Man Shach zt"l (Lituânia, 1899 - Israel, 2001) faz uma interessante pergunta: se ela viu mais do que o profeta Yechezkel, então por que continua sendo chamada de serva? A resposta é que ela viu, porém não foi além disso. Ter visto a revelação de D'us não produziu nenhuma mudança dentro dela, e por isso continuou sendo chamada de serva. Esse era o teste do Mán: quando o povo judeu visse aquele grande milagre acontecendo diante dos seus olhos todos os dias, como reagiriam? Teriam um imenso agradecimento a D'us ou se acostumariam e já não dariam mais atenção àquele gigantesco milagre? O Mán causaria neles alguma mudança, algum crescimento espiritual? Qual é a consequência de viver sem enxergar e despertar com os milagres de D'us? Quando D'us avisou a Moshé que o Faraó iria perseguir o povo judeu no deserto, assim Ele disse: "E o Faraó vai dizer sobre os filhos de Israel: 'Eles estão presos na terra, o deserto os cercou'" (Shemot 14:3). Como o Faraó pôde pensar, após todos os milagres que D'us havia realizado no Egito, que Ele iria abandonar os judeus agora que eles estavam livres? Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência perceberia que seria impossível aos egípcios causarem qualquer mal ao povo judeu! O Rav Simcha Zissel Ziv Broida zt"l (Lituânia, 1824 - 1898), mais conhecido como Alter MiKelem, explica que existe um princípio fundamental: o desejo cega o intelecto da pessoa e ela age de forma irracional. Mesmo um grande milagre não consegue acordar uma pessoa que está imersa em seu mundo de desejos e materialismo. Mesmo vendo o Mar Vermelho aberto diante dos seus olhos, o Faraó ainda quis perseguir o povo judeu, levando todo o seu exército para a morte. Milagres acontecem o tempo todo. Se prestarmos atenção, enxergaremos milagres mesmo nos pequenos detalhes do cotidiano. A forma como cada coisa acontece no momento exato, e como tudo segue o princípio do "Midá Kenegued Midá" (medida por medida), com nossos atos de bondade retornando a nós mesmos, é incrível. Mas milagres ocultos exigem reflexão, e é esta reflexão que pode nos transformar em pessoas mais elevadas. Portanto, nossa escolha é: enxergar que tudo o que acontece é um milagre de D'us e, desta maneira, se transformar em uma pessoa melhor, ou ficar cego e se transformar em um servo do mundo material. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |