sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

A CURA VEM ANTES DA DOENÇA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BESHALACH 5781

BS"D

O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) da minha querida e saudosa avó
 Sheindl bat Tzvi Mendel Z"L
 
 
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Sr. Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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PARASHÁ BESHALACH 5785



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ASSUNTOS DA PARASHÁ BESHALACH
  • Desvio da terra dos Plishtim.
  • O Faraó se arrepende e persegue os judeus.
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A CURA VEM ANTES DA DOENÇA - PARASHÁ BESHALACH 5785 (31/jan/25)
 
"O Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) era médico na corte do sultão no Egito. E, naquela época, algo incrível aconteceu. Durante todo o tempo em que ele serviu lá, o sultão nunca adoeceu e nenhuma doença o afetou. Um dia, o sultão chamou o Rambam e disse:
 
- Estou um pouco preocupado. Na verdade, como posso saber que você é realmente um bom médico? Desde que você chegou aqui, você nunca provou sua habilidade, pois eu nunca adoeci. Quem pode me garantir que, quando eu adoecer, você será capaz de me curar?
 
- O verdadeiro Médico é o Criador - respondeu o Rambam - Como está escrito: 'pois Eu sou D'us, que cura você'. E esse Médico disse ao Seu povo: 'toda doença que Eu coloquei no Egito, não colocarei sobre você'.
 
- Portanto - concluiu o Rambam - a maior prova da habilidade de um médico é a prevenção de doenças, e não a cura daqueles que já estão doentes."
 
A prevenção de doenças não é apenas algo conveniente para os pacientes, mas também testemunha a grandeza do médico. Maior do que o médico que cura uma doença é aquele que mantém o paciente sempre saudável.
 

Nesta semana lemos a Parashá Beshalach (literalmente "Quando enviou"), que descreve a triunfal saída do povo judeu do Egito, após as 10 pragas enviadas por D'us terem destruído totalmente a estrutura do Egito e ter quebrado a arrogância do Faraó, que inicialmente havia perguntado "Quem é D'us?", mas agora se via obrigado a aceitar, completamente humilhado, o poder infinito do Criador do mundo.
 
Porém, o castigo de D'us ainda não estava completo. Os egípcios ainda precisavam pagar o preço por terem jogado os bebês no rio. Então D'us fez um enorme milagre para o povo judeu. Eles viram as águas do Mar Vermelho se abrirem diante dos seus olhos. Os judeus passaram em segurança, mas quando os egípcios, obstinados em recapturar seus escravos, foram passar, as águas se fecharam sobre eles, afogando-os. Seus corpos foram atirados na praia, para que os judeus pudessem testemunhar a morte de seus captores e torturadores.
 
Logo depois, os judeus chegaram em um lugar chamado Mará, onde receberam algumas Mitzvót, como as leis de Shabat e da Vaca vermelha. D'us então deu uma garantia ao povo judeu: "Se você ouvir a voz de Hashem, teu D'us, e fizer o que é reto aos olhos Dele, e ouvir os Seus mandamentos, e guardar todos os seus estatutos, toda doença que Eu coloquei no Egito não colocarei sobre você, pois Eu sou D'us, que cura você" (Shemot 15:26). Rashi explica que "estatutos" se refere às Mitzvót que são "Decretos do Rei", isto é, sem aparente razão lógica, e nas quais o nosso Yetser Hará normalmente encontra brechas, dizendo: "Qual é o sentido da proibição dessas coisas?". Por exemplo, a proibição de usar uma mistura de lã e linho, o ritual da Vaca vermelha e comer carne de porco, entre outras. Se tivermos força para cumprir até mesmo as Mitzvót nas quais não encontramos nenhum sentido lógico, por causa das nossas limitações, então D'us nos garantiu uma proteção especial contra as doenças.
 
Porém, se prestarmos atenção neste versículo, surge uma dúvida. Se D'us estava garantindo que não colocaria sobre nós as doenças que atingiram o Egito, por que o versículo termina dizendo que Ele é o D'us que nos cura? Se não haverá doença, também não será necessária nenhuma cura!
 
O Rav Moshé Schreiber zt"l (Alemanha, 1762 - Eslováquia, 1839), mais conhecido como Chatam Sofer, explica este versículo através de uma parábola sobre dois tipos de médicos. Há um tipo de médico que não mantêm um vínculo constante com os pacientes que os procuram. Quando alguém adoece, vai ao médico e recebe o tratamento adequado. O pagamento que esse médico recebe dos pacientes não é fixo. Para cada consulta, ele cobra de seus clientes o valor devido.
 
Por outro lado, há outro tipo de médico, conhecido como "médico de família". Este médico mantém um relacionamento constante com determinadas famílias, que lhe pagam um salário fixo, independentemente de estarem doentes ou saudáveis. Como seu salário é recebido sem relação direta com o estado de saúde de seus pacientes, é do interesse do médico que eles permaneçam saudáveis o tempo todo e não adoeçam. Afinal, se ficarem doentes, ele terá um grande fardo ao tratá-los e precisará se preocupar com sua recuperação. Portanto, ele lhes dá instruções sobre como manter sua saúde e, assim, todos se beneficiam: os pacientes mantêm sempre um bom estado de saúde, enquanto o médico não precisa se esforçar muito para curá-los e salvar suas vidas. 
 
O "Médico" do povo judeu é semelhante ao segundo tipo de médico. Como D'us ama o Seu povo, Ele não deseja que Seus filhos sofram ou adoeçam, como está escrito no Talmud (Sanhedrin 46a): "Diz-se que, no momento em que uma pessoa sofre, a Presença Divina diz: 'Minha cabeça está pesada, Meu braço está pesado'". Rashi explica que o Criador sofre até com o sofrimento dos perversos e, portanto, muito mais com o sofrimento dos Tzadikim.
 
Quando a Torá começa a falar sobre as leis de Kashrut, na Parashá Shemini, Rashi (Vayikrá 11:2) traz uma parábola interessante para explicar o motivo pelo qual D'us é tão seletivo com a nossa alimentação. Um médico foi certa vez visitar dois pacientes no hospital. Quando viu que um deles estava em estado grave, disse à família: "Deem a ele tudo o que ele pedir para comer". Quando viu que o outro estava se recuperando, disse à família: "Ele deve comer isso, mas aquilo e aquilo ele não deve comer". A família do segundo paciente questionou a atitude do médico: "Por que você tratou os dois pacientes de forma diferente? Por que você impôs restrições ao nosso parente, mas liberou a alimentação do outro?". O médico então respondeu: "Para aquele que não tem mais cura, eu permiti que dessem o que ele desejasse, pois não há mais o que fazer. Mas aquele que tem muita chance de viver deve se cuidar". Da mesma forma, D'us age em relação ao povo de Israel como um médico de família, que se esforça para que seus pacientes não adoeçam. Ao nos entregar as Mitzvót, limitando muitos alimentos e comportamentos, D'us já estava cuidando da nossa saúde, nos ajudando a não adoecer.
 
De acordo com o Sefer HaChinuch, uma das motivações que está por traz das Mitzvót de restrições alimentares é justamente a necessidade de manter o nosso corpo saudável. O corpo é um veículo para a alma, pois com ele a alma pode realizar suas atividades neste mundo. O corpo foi criado para o benefício da nossa alma. Ele é, sob o comando da alma, como um alicate na mão de um ferreiro. Com o alicate, o ferreiro pode produzir ferramentas adequadas. Se o alicate for forte e adequadamente moldado para segurar as ferramentas, o ferreiro poderá fazê-las bem. Mas se o alicate não for bom, as ferramentas nunca sairão bem moldadas e adequadas. Da mesma forma, se houver danos no nosso corpo, alguma funções espirituais, correspondentes a esses danos, serão anuladas. Por esta razão, a nossa Torá, que é completa e perfeita, nos afastou de qualquer coisa que cause estrago ao corpo. Nesse sentido, podemos entender que todos os alimentos proibidos pela Torá fazem mal ao nosso corpo. Muitos deles já foram comprovados pela medicina, como a mistura de carne com leite e animais cuja carne é extremamente maléfica, como o porco e o camarão. E mesmo se há alguns alimentos proibidos pela Torá cujo mal causado não é completamente entendido, nem por nós e nem pelos conhecedores de medicina, não devemos nos surpreender, pois o Médico confiável, que nos advertiu sobre eles, é mais sábio do que todos nós. E quão tolo e impulsivo é aquele que pensa que as coisas não causam dano exceto naquilo que podemos compreender.
 
De acordo com os méritos da pessoa e a qualidade da constituição do seu corpo, ela absorve mais ou menos a sabedoria Divina. Por isso, a pessoa deve sempre fazer esforços para o bem-estar do seu corpo, para preservar sua saúde e força. O corpo estará mais saudável ou mais doente de acordo com os alimentos que consome. O corpo se deteriora a cada dia, mas é reconstituído por uma boa nutrição. Por isso, foi uma grande bondade de D'us conosco, Seu povo, nos distanciar de todos os alimentos que prejudicam o corpo.
 
Isto também pode ser observado em outras proibições da Torá. Na Mitzvá que explica a impureza espiritual de uma mulher que deu à luz, o Sefer HaChinuch explica que não há dúvida de que todas as doenças vêm por causa de um excesso no corpo ou de um déficit, que aconteça por qualquer razão que seja. Enquanto a constituição de uma pessoa estiver em equilíbrio, o seu corpo não ficará doente. As transgressões que cometemos nos levam a desequilíbrios, em termos de um excesso ou um déficit do que precisamos para a nossa constituição. É isso que muitas vezes nos causam doenças.
 
Deste ensinamento da nossa Parashá aprendemos duas lições importantes para o nosso cotidiano. Em primeiro lugar, quando rezamos por nossa cura, devemos lembrar que estamos sempre dependendo da misericórdia de D'us. A todo momento devemos pedir para que D'us nos mantenha em um bom estado de saúde. O Talmud (Sanhedrin 44b) ensina algo importante em relação à nossa Tefilá por saúde: "Rabi Elazar diz: 'Sempre é preferível que uma pessoa reze antes que a dificuldade chegue'". Se estamos com saúde, não precisamos esperar adoecer para rezar. Devemos rezar todos os dias para que D'us mantenha a nossa saúde.
 
Além disso, devemos saber que todas as Mitzvót são para o nosso benefício e foram entregues por amor, pois D'us quer o nosso bem, e tudo o que Ele nos restringe é para a nossa proteção, pois se trata de algo que causa danos ao corpo e, consequentemente, ao funcionamento da alma. Cumprindo as Mitzvót e, assim, nos abstendo de tudo o que nos faz mal, estaremos ajudando D'us a nos manter saudáveis, no corpo e na alma.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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