quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

IMPONDO NOSSOS LIMITES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ ITRÓ 5785

BS"D

O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô
 Bentsion ben Yehoshua Z"L
 
 
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Sr. Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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PARASHÁ ITRÓ 5785



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ASSUNTOS DA PARASHÁ ITRÓ
  • A chegada de Yitró
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  • Requerimento para a liderança
  • Chegada ao Monte Sinai
  • Preparação para receber a Torá
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  • Leis sobre a construção de um Altar.
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IMPONDO NOSSOS LIMITES - PARASHÁ ITRÓ 5785 (14/fev/25)

"A casa do Rav Avraham Yeshayahu Karelitz zt"l (Bielorússia, 1878 - Israel, 1953), mais conhecido como Chazon Ish, estava sempre muito movimentada. Pessoas do mundo inteiro o procuravam com perguntas, pedidos de conselhos ou apenas para receberem uma Brachá. Certa vez, um homem o procurou em busca de um conselho.

- Rav, o que eu devo fazer se tal coisa acontecer? - perguntou o homem, preocupado.

O Chazon Ish escutou com atenção, mas respondeu que preferia não responder, pois a pergunta não era relevante naquele momento, já que tratava-se de algo apenas hipotético. Ele tranquilizou o homem e disse:

- Não se preocupe. Se realmente tal situação ocorrer, volte e eu o aconselharei sobre o que fazer.

- Mas, me diga, o que você acha que eu deveria fazer em tal circunstância? - insistiu a pessoa - Se isso acontecer, qual deverá ser o meu comportamento? Como eu devo reagir?

Após a insistência daquele homem, o Chazon Ish respondeu de forma mais enfática:

- Por favor, não se ofenda, mas escute bem o que eu vou te dizer. Você acha que quando dou conselhos às pessoas, são simplesmente palavras da boca para fora? Quando eu dou um conselho, eu penso sobre o que a pessoa perguntou, analiso cuidadosamente a situação, invisto meu tempo e energia no problema, uso meu conhecimento de Torá e meu bom senso para chegar a um conselho apropriado. Eu estaria gastando de forma desnecessária as energias do meu limitado armazém desse recurso em um caso que é apenas hipotético, e isso eu prefiro não fazer. Trabalhar para a comunidade é algo nobre, mas tem um custo alto. Quando se trata de uma situação onde minha ajuda é realmente necessária, fico feliz em doar do meu tempo e da minha energia. Porém, quando não se trata de algo realmente necessário, preciso conservar minhas forças."

Pessoas que se dedicam muito a assuntos comunitários precisam conhecer e estabelecer seus limites. É muito louvável a pessoa estar sempre à disposição para ajudar todos os que necessitam, mas também é muito louvável a pessoa saber falar "não" quando seus limites forem ultrapassados. E isso não se aplica apenas para pessoas públicas, mas para cada um de nós, em nossos esforços para ajudar os outros. Ajude sempre com toda a força que puder, mas saiba definir quanto você realmente pode.

 

Nesta semana lemos a Parashá Itró, que, entre outros assuntos, fala sobre Itró, o sogro de Moshé, e descreve alguns de seus traços de personalidade interessantes. Itró, acompanhado de sua filha Tsipora e de seus netos Guershom e Eliezer, se encontrou com Moshé no meio do deserto, muito tempo depois deles terem se separado, para que Moshé pudesse cumprir a ordem de D'us de libertar o povo judeu da escravidão egípcia.
 
Itró era um ser humano acima da média, uma pessoa especial, um grande pensador, alguém que deixou sua marca no mundo. De acordo com o Rav Yerucham Leibovitz zt"l (Bielorússia, 1873 - 1936), a singularidade de Itró residia no fato de ele ser uma pessoa extremamente crítica, isto é, possuir o "dom da crítica". Quando Itró observava uma situação, imediatamente avaliava se ela era apropriada ou não. Quando ele se juntou ao povo judeu no deserto, Moshé estava julgando o povo através de um sistema que havia sido aceito por centenas de milhares de pessoas. Itró, de repente, criticou seu genro, como está escrito: "O que você está fazendo não é bom!" (Shemot 18:17). Como resultado dessa crítica, Moshé mudou todo o sistema, reformulando completamente a metodologia de administração da justiça dentro do povo judeu.
 
Porém, deste acontecimento surgem alguns questionamentos. Em primeiro lugar, de onde Itró obteve esse "dom da crítica"? Além disso, será que ser crítico é uma característica boa? E, finalmente, qual era exatamente o ponto que Itró estava criticando e que Moshé, com toda a sua sabedoria e elevação espiritual, não havia percebido que estava errado?
 
Antes de tudo, para entender esta característica de Itró, precisamos observar um pouco sua história de vida. Nossos sábios ensinam que Itró investigou pessoalmente todas as religiões do mundo. Ele próprio foi um sacerdote de idolatria e experimentou todas as idolatrias em busca da verdade, mas todas o deixaram espiritualmente insatisfeito, até que ele finalmente chegou ao judaísmo, à crença em um D'us único. Ele reconheceu a verdade, converteu-se e tornou-se judeu.
 
Esse comportamento se alinha exatamente com o "dom da crítica" de Itró. Por natureza, ele era um buscador da verdade. Ele experimentou cada idolatria, não para buscar algum benefício pessoal, mas porque procurava a verdade. Quando não encontrava a verdade em uma idolatria, abandonava-a em favor de outra. Não desistiu da sua busca e não se deu por satisfeito até alcançar a verdade. Um indivíduo que pode examinar todas as religiões do mundo e dizer "não estou satisfeito, pois há algo aqui que não está certo", sem se acomodar, é o mesmo tipo de pessoa que pode olhar para uma situação e dizer: "Isso não está certo".
 
Porém, essa é uma característica boa ou ruim? Será que é bom ser uma pessoa crítica? A resposta é que, como ocorre com todas as características humanas, tudo depende de como ela é utilizada. A linha entre o Gehinom ("Inferno") e o Gan Eden ("Paraíso") é tão fina quanto um fio de cabelo. Uma pessoa pode ser crítica e ajudar a corrigir o mundo, merecendo o Gan Eden, ou pode ser hipercrítica e acabar machucando e prejudicando pessoas, merecendo o Guehinom. A crítica pode ser uma característica construtiva, pois a pessoa pode criticar buscando despertar o melhor nos outros. Porém, a crítica também pode ser uma característica destrutiva, pois a pessoa pode criticar apenas por inveja ou por orgulho, para sentir que é melhor que os outros. Então como saber identificar qual é a fonte das críticas?
 
O teste decisivo para saber se uma pessoa é positivamente ou negativamente crítica em relação aos outros é como ela se comporta em relação a si mesma. Se alguém aplica os mesmos padrões críticos rigorosos a si mesmo, é evidente que não está apenas interessado em reclamar e destruir os outros, mas sim em buscar a verdade. Usando a expressão citada no Talmud (Sanhedrin 18a), "alguém que primeiro julga a si mesmo e depois julga os outros", isso é sinal de que seu "dom da crítica" é positivo e pode ser elogiado. Uma pessoa só pode criticar os outros após submeter-se aos mesmos padrões rigorosos em relação aos seus próprios atos.
 
Itró criticou muito a si mesmo. Ele procurou e verificou religiões e filosofias que havia abraçado, e não teve medo nem preguiça de abandoná-las quando as considerou insuficientes. Essa autocrítica honesta lhe deu autoridade e credibilidade para oferecer críticas construtivas aos outros.
 
A crítica específica de Itró ao sistema de Moshé foi que ele certamente se desgastaria muito, tanto ele quanto o povo, pois era algo grandioso e pesado demais para alguém fazer sozinho. As palavras que que Itró utilizou para "desgastar" são "Navol Tibol", que significam literalmente "você murchará". O que estava incomodando Itró é um conceito que vem sendo muito discutido atualmente nas empresas: a "Síndrome do Burnout". De acordo com fontes médicas, a Síndrome de Burnout, também conhecida como "Síndrome do Esgotamento Profissional", é uma doença mental que surge após o indivíduo passar por situações de trabalho desgastantes, ou seja, que requerem muita responsabilidade, ou até mesmo por excesso de competitividade. Essa síndrome surge por excesso de trabalho associado com muita pressão. Estas eram exatamente as condições de trabalho de Moshé. Itró estava preocupado com a saúde física e mental de seu genro e o estava aconselhando: "Moshé, você está indo no caminho do esgotamento! Se você passar o dia todo e assumir para si ser o único juiz de todo povo, você pode até ser bem-sucedido por algum tempo, quem sabe por um ou dois anos, mas eventualmente isso drenará todas as suas energias. Você acabará murchando e não conseguirá mais continuar!".
 
Uma pessoa pode ter as melhores intenções. Ela pode ter desejos nobres de querer fazer bondade, doando de si aos outros. Mas até gigantes espirituais como Moshé precisam estar atentas e lembrar que não são "super-heróis" com força infinita. Quando alguém se doa demais, se esgotará demais e eventualmente não será capaz de continuar. Na devoção de Moshé ao seu povo, ele não tinha reconhecido isso. Ele queria fazer tudo, e achava que poderia fazer tudo. Ele precisou de Itró, alguém que olhou a situação de fora, para lhe dizer: "Parabéns pelas boas intenções, mas você não pode continuar assim. Nem por você e nem pelo povo. Eles terão um enorme benefício em um primeiro momento, mas as consequências do seu desgaste serão muito negativas a longo prazo".
 
Explica o Rav Yssocher Frand que é muito difícil traçar limites entre a devoção à comunidade, família e amigos, e as nossas necessidades particulares. Uma pessoa precisa saber dizer "Basta, eu quero me doar ao máximo, mas tenho meus limites". Isso também é parte da sabedoria e da maturidade necessárias para aqueles que querem se envolver em assuntos comunitários, para não chegarem ao esgotamento. Faça muitas bondades, mas sempre respeitando seus limites. Somente assim poderemos doar tudo o que gostaríamos, sempre com muita energia e por muito mais tempo.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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