quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

MEDIDA POR MEDIDA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIESHEV E CHÁNUKA 5778

BS"D
O E-mail desta semana foi carinhosamente oferecido pela Família Lerner em Leilui Nishmat de: 
Miriam Iocheved bat Mordechai Tzvi z"l


Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
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MEDIDA POR MEDIDA - PARASHAT VAIESHEV E CHÁNUKA 5778 (08 de dezembro de 2017)

"Há muitos anos, uma senhora idosa faleceu em uma rua da cidade de Bnei Brak. Uma multidão se aglomerou, mas ninguém a conhecia. Encontraram documentos dela e descobriram que era moradora de outra cidade. Entraram em contato com vizinhos, mas eles disseram que ela era muito reservada, vivia sozinha e não tinha parentes.

Os rabinos não queriam que ela fosse levada ao Instituto Médico Legal (IML), pois os médicos de lá, que não eram observantes de Torá e Mitzvót, certamente fariam a autópsia do corpo, descumprindo a Halachá (Lei judaica) de cuidar da santidade do corpo mesmo depois da morte. Portanto, decidiram levar o corpo para dentro de uma sinagoga próxima, para fazer ali o velório e depois levar o corpo diretamente ao cemitério. Porém, quando o chefe da polícia soube que uma pessoa havia falecido no meio da rua, enviou uma viatura ao local. Os policiais disseram que, de acordo com a lei, estavam obrigados a levar o corpo daquela senhora para o IML. Porém, a multidão reunida no local, que aumentava cada vez mais, não permitiu que o corpo da senhora fosse levado. Uma grande confusão se iniciou e a polícia pediu reforços. A notícia se espalhou por Bnei Brak e, em poucos minutos, milhares de pessoas se reuniram ao redor da sinagoga, fazendo uma corrente humana, enquanto dentro da sinagoga centenas de mulheres recitavam Tehilim (Salmos) em volta do corpo.

A polícia, determinada a levar o corpo, começou a usar a força. Porém, as pessoas tentaram convencer o comandante da operação de que desta maneira haveria feridos e a violência poderia sair de controle. Conseguiram convencer os policiais de que o mais sensato seria permitir o enterro e encerrar a discussão. Após alguns minutos de negociação, o comandante cedeu e retirou os policiais.
 
A população de Bnei Brak pôde então iniciar o enterro daquela senhora, com milhares de pessoas acompanhando. Algo incrível estava acontecendo. Uma mulher desconhecida, sem parentes, saiu de sua cidade e foi para Bnei Brak, onde faleceu no meio da rua. Centenas de pessoas recitaram Tehilim por ela e milhares enfrentaram a polícia para que não fosse feita uma autópsia desrespeitosa em seu corpo. Além disso, aquela senhora sem parentes teve um enterro digno de grandes sábios de Torá, com milhares de pessoas acompanhando. Houveram discursos fúnebres proferidos por rabinos e uma pessoa foi apontada para falar o Kadish durante um ano por aquela senhora.
 
Finalmente, o motivo de tanta honra acabou vindo à tona. Uma pessoa que a conhecia da época da Segunda Guerra Mundial relatou que ela havia vivido por algum tempo em um gueto e arriscava a vida para enterrar as mulheres que faleciam, para que seus corpos não ficassem expostos e não fossem desprezados"

Esta é uma das características mais marcantes de D'us, o "Midá Kenegued Midá" (medida por medida). Da mesma maneira que fazemos bondades, assim somos recompensados; e da mesma maneira que erramos, assim D'us chama a nossa atenção, para que possamos entender a mensagem e melhorar nossos atos.

Nesta semana lemos a Parashá Vaieshev (literalmente "E se estabeleceu"), que começa descrevendo que Yaacov, após passar por muitos testes e dificuldades, se estabeleceu na Terra de Israel e achou que, a partir daquele momento, teria uma vida de tranquilidade. Porém, Yaacov não sabia que os planos de D'us eram outros e que um de seus maiores testes ainda estava por vir: passar 22 anos sem seu filho preferido, Yossef.
 
Quando Yossef ainda era muito jovem, começou a ter sonhos que retratavam seus irmãos se curvando diante dele. Os irmãos, que já tinham inveja do tratamento especial que Yaacov dava a Yossef, começaram a desenvolver um sentimento muito negativo em relação a ele. Os irmãos começaram a suspeitar que os sonhos de Yossef indicavam que, em seu subconsciente, ele planejava roubar a primogenitura de Reuven e, por isso, chegaram a odiá-lo.
 
Certo vez, a pedido de Yaacov, Yossef foi procurar seus irmãos, que estavam em um local distante pastoreando e não mandavam notícias há algum tempo. Ao verem Yossef se aproximando, os irmãos decidiram matá-lo, pelo crime de roubo da primogenitura. Reuven sugeriu que eles não derramassem o sangue de seu irmão com suas próprias mãos. Com sabedoria, deu a ideia de atirar Yossef em um poço, com a intenção de posteriormente salvá-lo. Porém, novamente D'us tinha outros planos e, no momento em que Reuven se ausentou, os irmãos o venderam. Começava a saga de Yossef, que chegou ao Egito como escravo, mas acabou tornando-se vice-rei.
 
Há algo interessante no versículo que descreve o poço onde Yossef foi jogado: "E o agarraram e o atiraram no poço. E o poço estava vazio, não havia água nele" (Bereshit 37:24). Porém, se o poço estava vazio, não é óbvio que não havia água nele? Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que a Torá está nos informando que água não havia no poço, mas havia cobras e escorpiões. Certamente os irmãos de Yossef não sabiam que no poço havia animais venenosos, pois a ideia de Reuven era justamente salvar a vida de Yossef. A Torá quer nos ensinar que D'us protegeu Yossef de forma milagrosa, pois apesar de o poço estar cheio de animais venenosos, nada aconteceu a ele. Ao contrário das suspeitas dos irmãos, Yossef era um grande Tzadik (Justo), digno da intervenção Divina para salvar sua vida.

Porém, esta explicação de Rashi, baseada em um ensinamento do Talmud, é difícil de ser entendida. Se havia cobras e escorpiões, por que o versículo inicialmente diz que "o poço estava vazio"? Um poço cheio de cobras e escorpiões não é um poço vazio! Além disso, como o Talmud sabe que havia cobras e escorpiões, e não paus e pedras afiados, que também poderiam ter causado danos a Yossef quando ele foi atirado no poço?
 
Explicam nossos sábios que se fossem paus e pedras, objetos inanimados que não saem do lugar, a Torá não teria dito que o poço estava vazio. Porém, cobras e escorpiões não ficam parados no mesmo lugar, eles ficam entrando e saindo do poço o tempo inteiro, então é considerado como se não estivessem ali. É por isso que a Torá descreve que o poço estava vazio e, apesar de não ter água, tinha cobras e escorpiões, que entravam e saíam o tempo todo.
 
É interessante perceber que a Parashá Vaieshev sempre coincide com a Festa de Chánuka, que se inicia na noite da próxima 3ª feira (12 de dezembro). Em Chánuca relembramos o milagre da batalha contra os gregos. Eles haviam construído um poderoso império que conquistou o mundo, inclusive Israel. Os gregos começaram a ensinar a cultura helenista aos judeus, inicialmente de maneira amigável, mas após verem que havia resistência, começaram a fazer uso da força, decretando a proibição do estudo da Torá e do cumprimento das Mitzvót. Os gregos também tentaram acabar com a santidade do Beit Hamikdash (Templo Sagrado), colocando lá suas estátuas de idolatria e transformando-o em um "Centro Cultural". Antes da chegada dos gregos, infelizmente o povo judeu passava por em um momento de fraqueza espiritual, a ponto de até mesmo o Serviço do Beit Hamikdash estar sendo feito sem alegria e entusiasmo. Muitos judeus se seduziram com as ideias gregas e se helenizaram, mas um pequeno grupo de judeus, vendo que o futuro do judaísmo estava em perigo, se levantou como um leão e, com táticas de guerrilha, conseguiu expulsar os gregos.
 
Porém, se D'us tem controle sobre tudo o que acontece, por que Ele permitiu que os gregos conquistassem Israel, impurificassem o Beit Hamikdash e nos impedissem de fazer nossa Avodat Hashem (Serviço Divino)? Ensinam os nossos sábios que foi por causa da marcante característica de D'us, de "Midá Kenegued Midá" (medida por medida). Como os judeus haviam se enfraquecido em sua dedicação aos Serviços feitos no Beit HaMikdash, é como se D'us estivesse dizendo a eles: "Já que vocês não se interessam mais pelo Beit Hamikdash, então Eu tirei de vocês e entreguei aos gregos". Porém, por que isto é considerado "medida por medida"? O povo judeu nunca deixou de fazer os Serviços do Beit Hamikdash, apenas estavam fazendo com displicência e descaso. Por que a punição veio através da anulação total dos Serviços, durante todo o tempo em que o Beit Hamikdash estava nas mãos dos gregos?
 
A resposta está no conceito aprendido do poço onde Yossef foi atirado. No mundo material, algo que fica o tempo inteiro entrando e saindo é como se não estivesse lá. Em espiritualidade o mesmo se aplica, isto é, se uma pessoa não é constante em seu serviço Divino, se sua espiritualidade é um "sobe e desce" constante, então aos olhos de D'us é como se ela não estivesse fazendo o seu Serviço Divino. Na época da invasão grega, os judeus tinham um potencial espiritual muito elevado, por isso foram cobrados por D'us de forma muito rigorosa. Mesmo que os Serviços do Beit Hamikdash nunca foram completamente interrompidos, pelo fato de estarem sendo feitos com desleixo e de forma não constante, então aos olhos de D'us foi considerado como se não estivessem mais sendo realizados. Midá Kenegued Midá, D'us tirou o Beit Hamikdash das nossas mãos e entregou nas mãos dos gregos. Quando os judeus se arrependeram e se levantaram como leões, demonstrando que estavam dispostos a retomar o Serviço Divino com vitalidade e alegria, então D'us os ajudou de forma milagrosa a vencerem a batalha contra os gregos. Como os judeus reacenderam o brilho de suas almas, Midá Kenegued Midá D'us fez o milagre das velas da Menorá, que tinham azeite suficiente para brilharem por um único dia, porém o brilho durou por oito dias. O número sete representa a natureza, enquanto o número oito representa o transcendental, a quebra da natureza do mundo. Os judeus quebraram sua natureza, da preguiça e da acomodação, e então D'us quebrou a Sua natureza.
 
Este é um conceito extremamente importante, que podemos aplicar também para as nossas vidas e para o nosso crescimento espiritual. Não estamos no mesmo nível de cobrança daquela geração tão elevada, mas nós também temos altos e baixos, dias em que é mais fácil cumprir as Mitzvót e dias em que tudo é mais difícil. Precisamos lutar para manter a constância e a alegria no nosso Serviço Divino. Precisamos procurar inspiração e formas de renovar as nossas Mitzvót, principalmente aquelas que são mais repetitivas, como a Tefilá. Isto pode ser conseguido, por exemplo, com o estudo e o entendimento mais profundo das Mitzvót. Quanto mais entendermos o que estamos pronunciando, certamente nossa Kavaná (intenção) e nossa empolgação serão muito maiores.
 
Em Chánuka vencemos os gregos e retomamos os Serviços do Beit Hamikdash. Que novamente em Chánuka possamos expulsar os gregos de dentro de nós e retomarmos, com alegria e vitalidade, o nosso serviço Divino.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHÁ VAIESHEV 5778:

                   São Paulo: 19h24  Rio de Janeiro: 19h10                    Belo Horizonte: 19h06  Jerusalém: 16h00
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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