sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A MÃO QUE DIRECIONA NOSSO CAMINHO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BESHALACH 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BESHALACH 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ BESHALACH

ASSUNTOS DA PARASHÁ BESHALACH
  • Desvio da terra dos Plishtim.
  • O Faraó se arrepende e persegue os judeus.
  • A abertura do Mar.
  • A morte dos egípcios.
  • O Cântico do mar.
  • O Cântico das mulheres.
  • As águas amargas.
  • Reclamação por comida.
  • Man.
  • Shabat.
  • Água da Rocha.
  • Amalek e a batalha eterna.
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A MÃO QUE DIRECIONA NOSSO CAMINHO - PARASHÁ BESHALACH 5784 (26/jan/2024)
 
"O Rav Mordechai Pogramansky zt"l (Lituânia, 1904 - Suíça, 1950) foi um grande sábio de Torá da Europa. Certa vez, ele estava viajando de trem. Ele acabou sentando-se ao lado de outro judeu e os dois começaram a conversar. O homem se apresentou e disse que ele era Shochet (pessoa que realiza o abate Kasher) e também Mohel (pessoa que realiza o Brit Milá).
 
A conversa seguiu, mas eles ficaram tão envolvidos em um determinado assunto que acabaram perdendo a estação na qual precisavam descer do trem. Para tornar a situação ainda mais complicada, aquela era a última estação na cidade, e o trem rumava agora para outra cidade. O quadro era quase desesperador, por era véspera de Shabat e não haveria tempo suficiente para voltar para casa.
 
Quando o trem finalmente chegou na cidade, eles não tinham outra opção a não ser descer do trem e procurar algum lugar para passar o Shabat. Era uma cidade pequena, que ficava no meio do nada, e eles descobriram, decepcionados, que não havia comunidade judaica naquele lugar. Mas mesmo com tantas dificuldades e incertezas, o Rav Mordechai não se desesperou. Ele confiava muito em D'us e sabia que, se eles haviam perdido a estação, chegado àquela cidade, e justamente na véspera do Shabat, havia algum motivo para isso tudo.
 
Eles começaram a perguntar para as pessoas da cidade se havia ao menos algum judeu que morava lá, e descobriram que havia uma única família judia. Eles localizaram a casa onde esta família morava e bateram na porta, esperançosos de encontrar um lugar para passar o Shabat.
 
O dono da casa abriu e se assustou. Fazia tempo que ele não via outro judeu. O Rav Mordechai se apresentou, apresentou seu colega e explicou a situação deles. O homem, ao escutar os detalhes, começou a chorar muito. Após se acalmar um pouco, ele começou a contar sua história e o motivo do seu choro:
 
- Eu não acredito no que está acontecendo! É um milagre gigantesco! No Shabat passado, minha esposa deu à luz um menino. Eu não tenho como deixar a cidade e também não conheço nenhum Mohel que pudesse vir à esta cidade no Shabat. Eu queria muito que meu bebê pudesse ter o seu Brit Milá no oitavo dia, conforme a Halachá, mas não sabia o que fazer. A única coisa que eu podia fazer era rezar e pedir ajuda a D'us. Então Ele escutou minhas rezas e enviou, não apenas um Mohel, mas também um grande rabino para ser o Sandak do meu filho."
 
Precisamos estar sempre de olhos abertos para enxergar a Mão de D'us em tudo o que acontece em nossa vida. Não há acaso e nem coincidências.

Nesta semana lemos a Parashá Beshalach (literalmente "Quando enviou"). D'us havia acabado de mandar sobre o Egito as Dez Pragas, quebrando totalmente a resistência do Faraó, até que ele concordou em libertar o povo judeu. Porém, a liberdade não estava completa, pois eles ainda estavam psicologicamente presos ao Egito, já que sabiam que os egípcios poderiam ainda persegui-los. D'us então fez com que os judeus parecessem perdidos no deserto, como uma isca para que os egípcios realmente os perseguissem. Finalmente, D'us afogou os egípcios após abrir o Mar Vermelho, castigando-os "medida por medida" por terem afogado os bebês no rio Nilo.
 
Esta Parashá também traz o episódio do Man no deserto. Trinta dias após a saída do Egito, a comida que os judeus haviam levado ao deserto terminou e o povo começou a reclamar com D'us, como está escrito: "Os filhos de Israel disseram (para Moshé e Aharon): 'Quem dera tivéssemos morrido pela Mão de D'us na terra do Egito, quando sentávamos junto às panelas de carne, quando comíamos pão até nos fartar! Pois vocês nos trouxeram para este deserto, para matar de fome toda esta congregação" (Shemot 16:3). D'us respondeu, dizendo que mandaria uma comida dos céus, como está escrito: "Eis que vou fazer chover para vocês alimento do céu, e o povo sairá e recolherá o que for necessário para o dia, para que Eu possa testá-los, se seguirão ou não Meus ensinamentos" (Shemot 16:4). Mas que teste é este que D'us mandaria ao povo através do Man?
 
Rashi (França, 1040 - 1105) explica que o teste se refere ao cumprimento dos mandamentos relacionados ao Man. Por exemplo, pegar uma quantidade limitada por pessoa, não guardar para o dia seguinte, não sair para procurar Man no Shabat, etc. Eles seguiriam as instruções de D'us ou tentariam fazer da sua própria maneira?
 
Já o Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) traz outra explicação. Ele diz que o teste era se as pessoas, ao receberem seu alimento sem esforço, ainda assim teriam o cuidado de guardar os mandamentos de D'us, visto que não teriam mais desculpas para não fazê-lo. Em outras palavras, o teste era para ver se os judeus continuariam seguindo a Torá mesmo após conseguir obter facilmente o seu sustento. O que eles fariam a partir daquele momento com seu tempo livre? Eles gastariam com vanidades ou aproveitariam para estudar mais Torá e se dedicar mais para a espiritualidade, conectando-se em um nível mais profundo com D'us?'
 
A explicação do Sforno é extremamente importante, pois este mesmo teste também acontece em nossas vidas. Será que conseguimos perceber as bondades de D'us em nossas vidas? E quando recebemos bondades de D'us, como as utilizamos? Gastamos em vanidades ou utilizamos para melhorar a nossa conexão com D'us?
 
Talvez o que estava por trás deste teste do Man é o "Akarat HaTov", saber reconhecer as bondades que D'us nos manda. Qual é o maior milagre, um alimento vindo dos céus ou um pão vindo da terra? À primeira vista poderíamos considerar um alimento que cai do céu como sendo algo muito mais milagroso. Porém, uma reflexão mais profunda nos faz chegar à conclusão que a diferença entre o que chamamos de "milagre" e o que chamamos de "natureza" está meramente na frequência em que ocorre. O fenômeno através do qual uma pequena semente plantada na terra floresce até tornar-se um grão é a maior das maravilhas, assim como cada detalhe da Criação. Se regularmente recebêssemos nossa comida do céu, e testemunhássemos uma vez apenas na vidas como uma planta cresce a partir de uma semente atirada na terra, nós chamaríamos isso de "milagre" e a comida vinda do céu de "natural".
 
O grande problema é que o bem que D'us nos proporciona a cada dia, como o nascer e o pôr do sol, é frequentemente desprezado, pois nós aceitamos a beleza da natureza com indiferença. Em nossas vidas particulares, normalmente falhamos ao não parar e refletir sobre os milagres do nosso dia-a-dia. Somente quando estes "milagres diários" são tirados de nós é que percebemos a grandeza do presente que tínhamos e deixamos de aproveitar. Quantas vezes escutamos uma pessoa doente dizendo "agora eu aprecio o valor de um corpo saudável", ou uma pessoa idosa dizendo "se ao menos eu tivesse aproveitado a minha juventude"?
 
Se D'us queria afogar os egípcios, para que fossem castigados "medida por medida", por que Ele não mandou uma enchente no próprio Egito? Por que a necessidade de abrir o Mar? Pois Ele quis sacudir, despertar as pessoas.  Por séculos o mundo havia testemunhado fenômenos naturais incríveis, tais como o crescimento da grama, o curso dos rios e a força dos mares, e chamavam isso de "natureza". No entanto, a humanidade havia esquecido que era somente pela vontade de D'us que a natureza seguia seu curso a cada instante. Por isso Ele realizou a magnífica abertura do Mar Vermelho, que teve repercussão no mundo inteiro. O Midrash diz que todas as águas, em todos os lugares no mundo, repentinamente abriram-se junto com o Mar Vermelho. Isto mexeu com as pessoas e, pela primeira vez, muitas consideraram a possibilidade de que talvez as correntezas e as ondas do mar não eram apenas fenômenos naturais, e sim uma manifestação da força Divina. Somente então muitos perceberam que a natureza de fato não era natural e automática, e sim, uma obra de arte de D'us.
 
Um dos versículos do "Cântico do mar", que o povo judeu recitou após ver os milagres da abertura das águas, diz: "Este é o meu D'us e eu O engrandecerei" (Shemot 15:2). A palavra "Zé" (este) denota que algo estava sendo apontado. O que os judeus estavam apontando no momento da abertura do Mar? Rashi explica que durante a abertura do Mar houve uma grande revelação da Presença Divina. Nossos sábios ensinam que na abertura do Mar até uma serva viu mais do que viu o profeta Yechezquel ben Buzi na Carruagem Celestial. Isso quer dizer que naquele momento uma simples serva encontrava-se em um nível profético maior do que o profeta Yechezquel, um dos maiores profetas da história do povo judeu. Mas o Rav Elazar Menachem Man Shach zt"l (Lituânia, 1899 - Israel, 2001) faz uma interessante questionamento: se ela viu mais do que o profeta Yechezquel, então por que ainda continua sendo chamada de "serva"? A resposta é que ela viu, mas não foi além disso. Tudo ficou restrito à ação de ver. Mesmo esta incrível visão não produziu nenhuma mudança em seu interior. Não houve nenhum despertar, nenhum crescimento e conexão com D'us. Por isso, ela continuou sendo apenas uma serva.
 
Certa vez um rabino estava dando aulas sobre as Pragas do Egito. Quando estava descrevendo a Praga do sangue, disse que naquela manhã havia acontecido um milagre: seu chá havia virado sangue. Os alunos se assustaram, mas o rabino explicou: o chá que ele havia bebido havia se transformado no sangue do seu corpo, distribuindo as vitaminas por todas as partes do corpo. Às vezes presenciamos milagres tão grandes quanto a abertura do Mar ou as Pragas do Egito, mas que são milagres ocultos, encobertos por uma capa chamada "natureza". Precisamos olhar além, perceber a Mão de D'us dirigindo os acontecimentos em nossas vidas. Quanto mais enxergarmos as bondades que Ele nos faz, mais poderemos reconhecer e agradecer tudo o que recebemos. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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