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VALORIZANDO OS ACERTOS - PARASHAT VAIECHI 5778 (29 de dezembro de 2017)
"Certo dia Ronaldo, um excelente professor de matemática, com muitos anos de experiência, entrou na sala de aula e, sem dizer uma palavra, começou a escrever a tabuada do 9 no quadro: 9x1=9 9x2=18 9x3=29 9x4=36 9x5=45 9x6=54 9x7=63 9x8=72 9x9=81 9x10=90. Logo começou a escutar risadinhas e cochichos entre os alunos. Ele tinha errado a equação 9x3, cuja resposta correta seria 27, não 29. Era algo contagioso, em pouco tempo todos os alunos da sala estavam rindo dele. Ronaldo então pediu silêncio, esperou todos se acalmarem e somente depois disse: - Queridos alunos, vocês acabaram de participar de uma experiência social. Eu errei de propósito o resultado desta equação, para ensinar a vocês uma das lições mais importantes de suas vidas. Não uma lição de matemática, mas uma lição de como o mundo se comporta diante dos erros dos outros. Eu escrevi na lousa 10 equações, mas ninguém me elogiou por ter acertado nove vezes, ninguém me deu os parabéns pelos acertos. Porém, todos me ridicularizaram e zombaram porque eu errei apenas uma única vez. - Assim é a vida - continuou o professor - Devemos aprender a valorizar as pessoas pelos acertos. Apesar das pessoas fazerem na vida muitos acertos, elas acabam sendo julgadas por um único erro. Ao invés de focarmos nos erros, devemos sempre valorizar os acertos". Esta lição se aplica a todos nós. Devemos fazer mais elogios e menos críticas. Devemos olhar mais o lado positivo e menos o negativo. Devemos cultivar mais o amor e o carinho e menos o ódio e a crueldade.
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Nesta semana lemos a última Parashat do Livro de Bereshit, chamada Vaiechi (literalmente "E viveu"). A Parashat conta que nosso patriarca Yaacov viveu por 17 anos no Egito, junto com toda a sua família, após o emocionante reencontro com seu filho Yossef, depois de 22 anos de separação. Era o início da formação do povo judeu, que ainda passaria pela terrível escravidão egípcia antes da entrega da Torá no Monte Sinai. Antes de falecer, Yaacov guardou para cada um de seus filhos algumas últimas palavras de extrema importância. Porém, algumas das palavras de Yaacov são tão profundas que precisam de explicação para que possamos entender o que ele estava transmitindo aos filhos e futuros descendentes. Por exemplo, para seu filho Yehudá, de quem sairiam futuramente os reis de Israel, Yaacov disse: "Yehudá é um filhote de leão. Através da sua presa, meu filho, você se elevou" (Bereshit 49:9). O que significam estas palavras? Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que para entender as palavras de Yaacov, antes precisamos lembrar o que ocorreu entre Yossef e seus irmãos. Os irmãos de Yossef eram pessoas retas e tementes a D'us, em um elevado nível espiritual. Eles começaram a suspeitar que Yossef não era uma pessoa correta e que seus sonhos, nos quais toda a família se curvava para ele, demonstravam um desejo secreto de roubar a liderança. Os irmãos se reuniram e chegaram a um veredicto de que Yossef merecia a pena de morte. Reuven sugeriu atirá-lo em um poço e, posteriormente, Yehudá sugeriu vendê-lo como escravo. Mas o que eles diriam ao pai quando voltassem para casa sem o irmão? Eles tiveram a ideia de rasgar a túnica de Yossef, que havia sido presenteada por Yaacov, e mergulhá-la no sangue de um animal. Ao voltar para casa eles mostraram a Yaacov a túnica rasgada e ensanguentada, sugerindo que Yossef havia morrido, atacado por um animal feroz no caminho. E assim foi a reação de Yaacov quando viu a roupa de seu querido filho Yossef: "A túnica é do meu filho, algum animal selvagem o devorou. Certamente Yossef foi despedaçado" (Bereshit 37:33). Aparentemente o plano dos irmãos havia funcionado, pois de acordo com suas palavras, Yaacov havia acreditado que Yossef tinha morrido ao ser atacado por um animal feroz. Porém, o Midrash (parte da Torá Oral) explica que as palavras "certamente Yossef foi despedaçado" tinham outra conotação. Yaacov secretamente suspeitou que Yehudá, que é comparado ao leão, um animal que despedaça suas vítimas, estava envolvido na morte de Yossef. É por isso que Yaacov utilizou em seu discurso as palavras "Yehudá é um filhote de leão", para deixar claro que ele suspeitava do envolvimento de Yehudá na suposta morte de Yossef. Porém, logo as palavras de Yaacov se tornaram um louvor para Yehudá: "Da sua presa, meu filho, você se elevou". De acordo com Rashi, Yaacov estava louvando Yehudá por ter se elevado acima das suspeitas e ter se tornado o principal responsável pela salvação de Yossef. Mas por que Yehudá foi considerado o responsável pela salvação de Yossef? Quando os irmãos de Yossef decidiram matá-lo, condenado pela acusação de roubo da liderança, Reuven sugeriu aos irmãos jogá-lo em um poço, com a intenção de posteriormente salvá-lo. Mas os irmãos não sabiam que a intenção de Reuven era salvar a vida de Yossef. Aos olhos deles, a sugestão de Reuven era matar Yossef, mas de forma indireta, deixando-o morrer em um poço, sem que eles derramassem com suas mãos o sangue de seu irmão. Foi Yehudá que disse: "Que ganho teremos se nós matarmos nosso irmão e escondermos seu sangue? Venham, vamos vendê-lo aos Ishmaelitas" (Bereshit 37:26,27). Portanto, Yehudá foi quem abertamente quis substituir a pena de morte de Yossef pela sua venda, poupando assim sua vida. Porém, se prestarmos atenção nas palavras de Yehudá, perceberemos que, apesar dele ter salvado a vida de Yossef, seus atos não parecem ter sido muito altruístas. As palavras "o que ganharemos" demonstram um aparente lado egoísta, de quem queria ganhar algo com a desgraça dos outros. Yehudá certamente tinha boas intenções ao querer salvar Yossef de um decreto de morte, mas por que sugeriu vendê-lo, ao invés de dá-lo de graça aos Ishmaelitas, se toda a intenção era que a pena de morte fosse substituída por um decreto de escravidão? E se o ato dele foi tão egoísta quanto parece, por que Yaacov o louvou em suas palavras finais? A resposta está no entendimento mais profundo da psicologia do ser humano. Quando uma pessoa recebe algo de graça, ela não guarda da mesma forma cuidadosa como faria caso tivesse pago por isso. Quando não precisamos pagar por um objeto, nossa apreciação por ele diminui. Yehudá conseguiu convencer seus irmãos que vendê-lo como escravo substituiria a pena de morte que eles haviam decretado. Se a suspeita era que Yossef queria roubar a liderança e governar sobre seus irmãos, não seria necessário matá-lo, era suficiente que ele se transformasse em um simples escravo em uma terra distante. Porém, Yehudá queria garantir que Yossef seria bem tratado como escravo. Ele sabia que, caso Yossef tivesse sido dado de graça, isto é, se aqueles que o compraram não tivessem que gastar uma soma considerável, eles não se preocupariam em tratar bem Yossef e até mesmo perdê-lo não faria nenhuma diferença para eles. Portanto, pensando no bem estar de Yossef, Yehudá definiu um preço para a venda dele, garantindo que seus compradores teriam bastante interesse de preservá-lo e cuidar bem dele. Yaacov percebeu este pensamento nobre de Yehudá e, por isso, desejou louvá-lo por sua atitude digna. Mas há algo que nos chama a atenção no comportamento de Yaacov e que deve servir de modelo para nós. Yehudá e seus irmãos haviam cometido um erro grave. Apesar de serem Tzadikim, eles se deixaram cegar pela inveja e se equivocaram em seu julgamento. Certamente Yossef era uma pessoa correta e não mereceria a pena de morte, pois nunca quis roubar a liderança. Seus sonhos eram reflexos de sua pureza, pois eram profecias de que ele alcançaria a grandeza, o que realmente se concretizou no Egito. Porém, apesar deste grave erro de seus filhos, Yaacov preferiu concentrar seu foco no ato meritório de Yehudá, de ter se preocupado com o bem estar do seu irmão, e não no erro que ele cometeu. Yaacov poderia ter utilizado suas últimas palavras para criticar Yehudá por seu erro, mas preferiu utilizá-las para incentivar e apontar os acertos de seu filho. Esta é uma característica que precisamos trabalhar muito no nosso comportamento. O natural do ser humano é notar nos outros somente os defeitos e os erros, enquanto os acertos e qualidades são vistos como "ele não fez mais do que sua obrigação". Precisamos fazer o contrário, focar nos acertos e nas qualidades, enquanto os defeitos e erros devem ficar em segundo plano. A dica prática para conseguir chegar neste nível vem de uma importante Mitzvá: "Ame ao seu próximo como a você mesmo" (Vayikrá 19:18). Da mesma maneira que não gostamos quando os outros ignoram nossos acertos e apontam os nossos erros, assim devemos nos comportar em relação ao próximo. Enxergar erros é algo que qualquer pessoa pode fazer, mas para enxergar os acertos é necessário ter grandeza espiritual. Shabat Shalom R' Efraim Birbojm
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l.
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