sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ TERUMÁ 5771

BS"D
MUITA CALMA NESTE MOMENTO - PARASHÁ TERUMÁ 5771 (04 de fevereiro de 2011)
"Uma mãe e sua pequena filhinha faziam as compras do mês em um supermercado. A criança, já cansada, estava visivelmente irritada e começou a chorar. A mãe falou com a voz tranquila:
- Regina, calma, você consegue. Nós temos apenas que buscar mais algumas coisinhas e depois vamos embora para casa.
Algum tempo passou e a criança ficou ainda mais irritada. A mãe respirou fundo e disse calmamente:
- Tudo bem, Regina. Estamos quase terminando. Mais um pouquinho de paciência.
Quando finalmente estavam na fila do caixa, a criança teve um ataque histérico e se jogou no chão, aos prantos. A mãe, juntando todas as forças, disse sem alterar o tom de voz:
- Regina, calma. Nós vamos conseguir. Estamos quase lá.
No estacionamento, uma mulher parou a mãe e disse:
- Desculpe, mas eu não pude deixar de notar o que aconteceu na loja e queria cumprimentá-la pela paciência que você teve com a pequena Regina.
A mãe deu uma risada gostosa e explicou:
- Muito obrigado, mas a verdade é que eu sou a Regina"
O autocontrole é uma qualidade que não vem facilmente, precisa ser trabalhada e conquistada. Cada vez que controlamos impulsos como frustração, raiva e nervosismo, ganhamos um pouco mais de autocontrole. Ao contrário, brigas de trânsito ou entre torcidas de futebol nos mostram o que acontece quando as pessoas se entregam aos seus sentimentos ao invés de controlar as emoções e impulsos.
Em momentos que sentimos que vamos explodir, atitudes como falar baixo, contar até dez ou respirar fundo podem ser estratégias que nos ajudam a trabalhar nosso autocontrole.
********************************************
Nesta semana lemos a Parashá Terumá, que começa a descrever todos os detalhes da construção do Mishkan (Templo Móvel), o lugar onde a presença de D'us residia. O Mishkan acompanhou o povo judeu durante os 40 anos no deserto e, nos dias de Shlomo Hamelech (Rei Salomão), foi substituído pelo Beit Hamikdash (Templo Sagrado). Dentro do Mishkan havia vários utensílios, tais como o Mizbeach (altar de sacrifícios), a Menorá e o Aron Hakodesh (Arca Sagrada).
Em relação a estes utensílios, surge uma pergunta interessante: podemos entender o motivo de alguns dos utensílios fazerem parte deste lugar tão sagrado, como o Mizbeach e o Aron Hakodesh. Mas há um utensílio que aparentemente foge à regra: a Shulchan. A Shulchan era uma mesa de madeira totalmente revestida de ouro, e nela eram colocados 12 pães. Estes pães ficavam a semana inteira na mesa, e no Shabat eram consumidos pelos Cohanim (sacerdotes) e substiuídos por pães novos. O que há de especial em uma mesa com pães para que merecesse estar dentro do Mishkan, um lugar tão sagrado?
A pergunta se torna ainda mais intrigante se observarmos um dos versículos do Tanach (livro dos Profetas e Escrituras) que também descreve os utensílios do Beit Hamikdash: "O Mizbeach, três côvados de altura e dois côvados de comprimento, feito de madeira, e também os cantos; e o seu comprimento e as suas paredes eram de madeira, e ele me disse: 'Esta é a Shulchan que está diante de D'us' " (Yechezkel 41:22). Por que o versículo começa falando do Mizbeach e termina falando da Shulchan? Qual é a conexão entre estes dois utensílios?
Explica o Talmud (Torá Oral) que enquanto o Beit Hamikdash existia, o Mizbeach era o utensílio responsável pela expiação dos nossos pecados. Mas depois da destruição do Beit-Hamikdash, o responsável pela expiação dos nossos pecados é a Shulchan. Não a Shulchan que havia no Beit-Hamikdash, mas a Shulchan que cada um de nós tem em casa. Entende-se que o altar de sacrifícios sirva para expiação dos nossos pecados, mas como a nossa mesa pode ajudar nesta função?
Todos querem ser pessoas mais elevadas e mais espirituais, e imaginamos que para isto são necessários grandes atos. Mas o judaísmo nos ensina que a santidade é atingida através de pequenos atos do cotidiano. Em qualquer ato que fazemos podemos nos comportar como animais ou podemos nos assemelhar aos anjos mais elevados. O ato de comer, por exemplo, pode ser apenas um ato baixo e mundano, ou pode ser uma experiência de elevação espiritual.
Explica o livro Lekach Tov que a palavra em hebraico para pão é "Lechem", que vem da mesma raiz da palavra "Milchamá", que significa guerra. Durante o processo de alimentação, é despertada uma verdadeira guerra dentro de nós. Por um lado nossa parte animal nos incita a comer tudo o que temos vontade. Por outro lado a nossa parte espiritual nos orienta a comer com ponderação, com o intuito de conseguir energia para cumprirmos nossa missão neste mundo. A mesa onde comemos, portanto, é um lugar extremamente sagrado, pois é uma oportunidade gigante para nos conectarmos com a espiritualidade ao controlarmos os nossos instintos animais.
Não existe prova maior de D'us do que a perfeição do nosso corpo humano. Centenas de processos extremamente complexos e, ao mesmo tempo, perfeitamente sincronizados. Cada pequeno detalhe do nosso corpo é perfeito e exato. Um exemplo é o processo digestivo, no qual os alimentos ingeridos pela boca são quebrados para poderem ser distribuídos por todos os órgãos. A maior parte do processo digestivo ocorre na barriga, entre o estômago e os intestinos. Então, se D'us criou nosso corpo com tamanha perfeição, por que Ele nos criou com a boca na cabeça e não na barriga? Para nos ensinar uma importante lição: que o ato de comer não deve ser feito com a barriga, e sim com a cabeça.
Este mesmo ensinamento podemos aprender observando, na natureza, a diferença entre a forma em que o ser humano e os animais se alimentam. A maioria dos animais, ao comer, se curvam e vão com a boca até a comida. Já o ser humano, ao contrário, leva a comida até a boca, sem precisar se curvar. Isto é porque os animais não tem autocontrole, eles comem quando estão com vontade, é a comida que comanda. Já o ser humano tem o poder de se autocontrolar e, por isso, é a cabeça que decide o que, quando e como comer.
Portanto, o ato de comer acaba sendo um grande teste para o ser humano, uma avaliação de sua conexão com os mundos espirituais. Não apenas o que comemos, mas também como comemos. Se comemos apenas os alimentos que D'us nos permitiu ou se comemos tudo o que temos vontade. Se recitamos Brachót (bênçãos) antes de comer, pedindo permissão para D'us, ou se comemos sem pensar em nada. Se comemos com educação, sentados à mesa, ou se comemos de pé. Se quando chegam vários pedaços de bife na mesa deixamos os melhores para os outros ou pensamos primeiro em nós mesmos. Se reconhecemos e agradecemos após estarmos saciados ou se levantamos da mesa e voltamos à nossa rotina sem nenhum sentimento de gratidão. Apesar de comer ser um ato físico, cada escolha correta nos eleva, nos ajuda a expiar os nossos pecados, nos ajuda a nos conectar um pouco mais com o mundo espiritual.
Uma pessoa que tem controle de seus desejos e sentimentos pode chegar ao nível dos anjos. Uma pessoa sem controle dos seus desejos e sentimentos vira um escravo das suas vontades e desce ao nível dos animais. Em um segundo de raiva, pessoas perdem grandes amizades e oportunidades na vida. Por alguns instantes de prazer, pessoas traem seus companheiros e destroem famílias inteiras. Tudo por causa do descontrole de alguns instantes.
D'us nos entregou a Torá com 613 Mitzvót, e cada uma delas tem um propósito específico. Mas há um ponto em comum entre todas as Mitzvót: elas nos ajudam a moldar nosso caráter, auxiliando principalmente no nosso autocontrole. Ao cumprir a Torá e passar por cima de um desejo, nos elevamos. Ao respirar fundo em um momento de raiva, nos tornamos pessoas melhores. Somente com muito esforço poderemos transformar o nosso próprio corpo, material e finito, em um lugar onde a presença de D'us pode residir.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
**************************************************************************
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:
São Paulo: 19h35  Rio de Janeiro: 19h19  Belo Horizonte: 19h20  Jerusalém: 16h35
**************************************************************************
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Ester bat Libi, Frade (Fanny) bat Chava, Chana bat Rachel, Léa bat Chana; Pessach ben Sima, Eliashiv ben Tzivia; Chedva Rina bat Brenda; Israel Itzchak ben Sima; Eliahu ben Sara Chava; Avraham David ben Reizel; Yechezkel ben Sarit Sara Chaya; Sara Beila bat Tzvia; Estela bat Arlete; Ester bat Feige; Moshe Yehuda ben Sheva Ruchel; Esther Damaris bat Sara Maria; Yair Chaim ben Chana; Dalia bat Ester; Ghita Leia Bat Miriam; Chaim David ben Messodi; David ben Beila; Léia bat Shandla; Dobe Elke bat Rivka Lie; Avraham ben Linda; Tzvi ben Liba; Chaim Verahamin ben Margarete; Rivka bat Brucha; Esther bat Miriam, Sara Adel bat Miriam, Mordechai Ghershon Ben Malia Rachel, Pinchas Ben Chaia, Yitzchak Yoel Hacohen Ben Rivka, Yitzchak Yaacov Ben Chaia Devora, Avraham Ben Dinah, Avraham David Hacohen Ben Rivka, Chaya Perl Bat Ethel, Bracha Chaya Ides Bat Sarah Rivka, Tzipora Bat Shoshana, Levona Bat Yona e Havivah Bat Basia, Daniel Chaim ben Tzofia Bracha, Chana Miriam bat Chana, Yael Melilla bat Ginete, Bela bat Sima; Israel ben Zahava; Nissim ben Elis Shoshana; Avraham ben Margarita; Sharon Bat Chana; Rachel bat Nechama, Yehuda ben Ita, Latife bat Renee, Avraham bem Sime, Clarisse Chaia bat Nasha Blima, Tzvi Mendel ben Ester, Marcos Mordechai Itschak ben Habibe, Yacov Eliezer ben Sara Masha, Yossef Gershon ben Taube, Manha Milma bat Ita Prinzac, , Rachel bat Luna, Chaim Shmuel ben Sara, Moshe Avraham Tzvi ben Ahuva, Avraham ben Ahuva, Miriam bat Yehudit, Alexander Baruch  ben Guita, Shmuel ben Nechama Diná, Avracham Moshe ben Miriam Tobá, Guershon Arie ben Dvora, Mazal bat Miriam, Yadah ben Zarife, Ester bat Elisa.
--------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L, que lutou toda sua vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possa ter um merecido descanso eterno.
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Avraham ben Ytzchak, Joyce bat Ivonne, Feiga bat Guedalia, Chana bat Dov, Kalo (Korin) bat Sinyoru (Eugeni), Leica bat Rivka, Guershon Yossef ben Pinchas; Dovid ben Eliezer, Reizel bat Beile Zelde, Yossef ben Levi, Eliezer ben Mendel, Menachem Mendel ben Myriam, Ytzhak ben Avraham, Mordechai ben Schmuel, Feigue bat Ida, Sara bat Rachel, Perla bat Chana, Moshé (Maurício) ben Leon, Reizel bat Chaya Sarah Breindl; Hylel ben Shmuel; David ben Bentzion Dov, Yacov ben Dvora; Moussa ben Eliahou HaCohen, Naum ben Tube (Tereza); Naum ben Usher Zelig; Laia bat Morkdka Nuchym; Rachel bat Lulu; Yaacov ben Zequie; Moshe Chaim ben Linda; Mordechai ben Avraham; Chaim ben Rachel; Beila bat Yacov; Itzchak ben Abe; Eliezer ben Arieh; Yaacov ben Sara, Mazal bat Dvóra, Pinchas Ben Chaia, Messoda (Mercedes) bat Orovida, Avraham ben Simchá, Bela bat Moshe, Moshe Leib ben Isser, Miriam bat Tzvi, Moises ben Victoria, Adela bat Estrella, Avraham Alberto ben Adela, Judith bat Miriam, Sara bat Efraim, Shirley bat Adolpho, Hunne ben Chaim, Zacharia ben Ytzchak, Aharon bem Chaim, Taube bat Avraham, Yaacok Yehuda ben Schepsl, Dvoire bat Moshé, Shalom ben Messod, Yossef Chaim ben Avraham, Dvora bat Moshé, Tzvi ben Baruch, Gitl bat Abraham, Akiva ben Mordechai, Refael Mordechai Ben Leon (Yehudá).
--------------------------------------------
Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).