sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

OS PEQUENOS ATOS E A PERSEVERANÇA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT MISHPATIM 5779






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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.

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OS PEQUENOS ATOS E A PERSEVERANÇA - PARASHAT MISHPATIM 5779 (01 de fevereiro de 2019)
Monty Roberts é um senhor americano que tem um lindo rancho em San Ysidro, nos Estados Unidos. Ele se envolve muito com causas sociais e gosta de ajudar em projetos para angariar fundos para jovens carentes. Certa vez, durante uma palestra em seu rancho para um grande número de pessoas, ele contou o motivo pelo qual se envolvia tanto com as causas sociais:

- Tudo remonta a uma história de um jovem que era filho de um treinador de cavalos itinerante. Este homem ia de estábulo em estábulo, de pista de corrida em pista de corridas e de rancho em rancho treinando cavalos. Como resultado desse estilo de vida, os estudos do garoto no colegial eram constantemente interrompidos. Quando estava no último ano, ele foi convidado a escrever um artigo sobre o que ele queria ser e fazer quando crescesse. Naquela mesma noite ele escreveu um documento de sete páginas sobre seu objetivo, de algum dia possuir um rancho de cavalos. Ele escreveu sobre seu sonho com riqueza de detalhes e fez até mesmo um desenho de um rancho de 200 hectares, mostrando a localização de todos os prédios, das estrebarias e da pista. Desenhou também os detalhes da casa que construiria, uma casa de 4.000 metros quadrados, sede de uma fazenda de 200 acres. Ele colocou grande parte de seu coração no projeto e, no dia seguinte, entregou-o ao professor. Dois dias depois, recebeu sua folha de volta. Na página frontal havia um grande "ZERO" em vermelho e uma anotação do professor que dizia: "Procure-me depois da aula". O garoto foi ver o professor depois da aula e perguntou: "Por que eu recebi um zero? Me esforcei muito em meu artigo!". O professor disse: "Você escreveu um sonho irreal para um rapaz como você. Você não tem dinheiro, vem de uma família itinerante sem recursos. Ter um haras requer muito dinheiro. Você tem que comprar a terra, tem que pagar para ter bons cavalos, fora os impostos. Não há nenhuma maneira de você alcançar isto". Em seguida, o professor acrescentou: "Se você reescrever seu artigo com um objetivo mais realista, vou reconsiderar a sua nota".

- O garoto foi para casa triste, mas pensativo - continuou contando o Sr. Monty Roberts - Ele pediu opinião ao pai do que ele deveria fazer. Seu pai disse: "Filho, você tem que colocar no papel o que você realmente sonha. Penso que é muito importante para você". Finalmente, depois de se sentar com o papel nas mãos por uma semana, o menino voltou para a escola com o mesmo trabalho, sem fazer nenhuma mudança nele. Ele disse ao professor: "Você pode manter a nota zero que me deu, mas vou continuar com o meu sonho".

O Sr. Monty Roberts voltou-se para o grupo que escutava atentamente sua história e disse:

- Estou contando esta história porque vocês estão sentados na minha casa de 4.000 metros quadrados, que fica no meio do meu rancho de 200 acres. Ainda tenho aquele artigo escolar emoldurado em cima da lareira. Aquele professor era uma espécie de ladrão de sonhos. Durante anos ele roubou um monte de sonhos das crianças. Felizmente, tive a força e a perseverança necessárias para não desistir dos meus sonhos. Passo a passo, conquista após conquista, alcancei finalmente meu objetivo maior. Esta é a lição que quero transmitir aos jovens carentes: se eles sonharem e correrem atrás dos seus sonhos, passo a passo, tijolo por tijolo, com perseverança e coragem, certamente alcançarão seus objetivos.

A Parashat da semana passada descreveu uma das experiências mais espirituais da história da humanidade: a entrega da Torá no Monte Sinai, envolvendo muito milagres e a demonstração do poder de D'us diante de todo o povo judeu, cerca de 3 milhões de pessoas. Esperaríamos uma continuação também incrivelmente espiritualizada na Parashat desta semana. Porém, para nossa surpresa, não é isto o que acontece. Na Parashat desta semana, Mishpatim (literalmente "Juízos"), a Torá traz uma imensa lista de Mitzvót que envolvem leis do nosso dia a dia, como a compensação por danos causados aos bens dos outros, tanto se o dano for causado de forma direta quanto se for causado de forma indireta, como um fogo que sai de controle ou um animal que escapa e destrói a propriedade de outra pessoa. Parece uma transição um pouco "anticlímax" depois de uma revelação espiritual tão incrível. Por que ocorreu esta aparente "mudança de marcha" tão grande? Por que a Torá não continuou, depois de descrever a entrega da Torá no Monte Sinai, com ensinamentos mais espirituais?

Explica o Ramban (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) que a verdadeira espiritualidade é alcançada através de pequenas atitudes. A conquista de elevados níveis espirituais somente é possível através de pequenas conquistas cotidianas. Um incrível exemplo disto pode ser encontrado no último dos Dez Mandamentos, o "Não cobiçarás". Este Mandamento nos proíbe de desejarmos o que pertence aos outros. Mas isto parece ser um nível completamente sobre-humano. Quem é capaz de olhar algo que o outro tem e nós não temos e, mesmo assim, não sentir nenhum desejo? Quem consegue cumprir com perfeição este Mandamento?

A resposta é que foi D'us quem nos criou e, por isso, Ele conhece muito bem Suas criaturas e seus limites. Da mesma forma que um treinador experiente não exige de seu atleta resultados que são inatingíveis, muito mais D'us não exige de nós o que é impossível. Portanto, se D'us nos ordenou a não desejarmos o que é dos outros, significa que isto é algo possível de ser atingido. E, ao nos ordenar a não desejar o que é dos outros, não apenas D'us está nos informando que isto é possível, mas também estava nos transmitindo como atingir este objetivo: passo a passo, através de pequenas conquistas diárias. Não há outra maneira.

Como isto acontece na prática? Uma vez que temos este objetivo, que é não desejar o que pertence aos outros, então precisamos de algumas diretrizes definindo os limites da propriedade pessoal e estabelecendo um sistema de proteção ao que pertence aos outros. Isto explica porque as leis da Parashat Mishpatim vêm logo depois dos Mandamentos. A Parashat Mishpatim não é, portanto, uma diminuição da espiritualidade que vivenciamos com a entrega dos Dez Mandamentos, e sim o caminho para podermos cumprir as Mitzvót com o máximo nível de santidade. A única maneira de chegarmos ao nível de "anjos", de não desejar o que é dos outros, é sabendo dar valor e respeitando o que pertence aos outros.

Outro ensinamento de como podemos alcançar o objetivo de não desejar o que é dos outros também está implícito no próprio enunciado do Décimo Mandamento: "Você não deve cobiçar a casa do seu vizinho. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, o seu servo, a sua serva, o seu boi, o seu jumento ou o que quer que seja do teu próximo" (Shemot 20:14). Há uma grande redundância neste versículo. Por que a Torá traz tantos exemplos do que não podemos cobiçar se, no final da lista está escrito "o que quer que seja do teu próximo", que já inclui todos os exemplos trazidos?

A resposta é que a razão pela qual desejamos as posses, profissões e vidas das outras pessoas é porque não vemos "o que quer que seja do teu próximo". Imagine se todos nós entrássemos em uma grande sala e colocássemos na mesa todos os problemas e presentes que compõem nossas vidas. Então todos os pacotes seriam misturados, nos dando a chance de pegarmos qualquer pacote que desejássemos. Certamente cada um de nós pegaria de volta nosso próprio pacote, incluindo os nossos problemas, porque estaríamos vendo a "totalidade" das nossas vidas e das vidas das outras pessoas. E, em um contexto geral, nossas vidas não parecem tão ruins, afinal. D'us desenhou, com sabedoria ilimitada, um pacote personalizado para cada um de nós, com os recursos certos para alcançarmos nosso objetivo. A razão pela qual queremos viver a vida de outra pessoa é que não vemos o quadro completo. Vemos o carro chique e a casa grande, mas não vemos os problemas e dúvidas que o atormentam. A maior parte da vida real dos outros está escondida da nossa visão e, portanto, nossa percepção da verdade é muitas vezes bastante distorcida. Esta é a visão judaica da vida: o "bom" é bom, e mesmo o "não tão bom" também é bom. Ambos são presentes de D'us para serem usados ​​como degraus para a grandeza.

Esta mensagem é sugerida no Primeiro Mandamento: "Eu sou Hashem, teu D'us, que te tirou do Egito" (Shemot 20:2 ). Não teria sido mais grandioso e apropriado para o "currículo" de D'us Ele anunciar-se como o Criador do Céu e da Terra, ao invés de apenas como o D'us que nos tirou do Egito? A resposta é que isto certamente seria verdade se D'us estivesse interessado em se autopromover. No entanto, D'us está mais interessado em nos comunicar que Ele é nosso D'us pessoal e que está conosco nos momentos bons e nos momentos difíceis. Isso é bastante reconfortante. Assim como uma criança pode sentir a proximidade de um pai, tanto através da afeição quanto através da disciplina, também podemos sentir o amor de D'us nas dificuldades e reviravoltas de nossas vidas. Essa atitude pode fazer uma enorme diferença quando navegamos pelas águas desconhecidas da vida. Ao estarmos felizes com o que temos e até mesmo com o que não temos, por confiar que D'us somente quer o melhor para nós, então não sentiremos mais desejo pelo que os outros têm.

É um costume judaico não cortar o cabelo dos filhos homens até que eles atinjam a idade de 3 anos. Quando olhamos para a criança na véspera de seu corte de cabelo, com aqueles enormes cachos ou fios tão compridos, nos perguntamos: quando todo este cabelo cresceu? Até tão pouco tempo atrás ele nem tinha quase cabelo! Por que não vemos o cabelo crescer? Pois cresce tão pouco por dia que nem percebemos, só nos damos conta quando o cabelo já está comprido. Da mesma maneira, para crescermos espiritualmente, a única maneira é sermos perseverantes e constantes. Essa é realmente a chave para alcançarmos o crescimento. É dos pequenos atos cotidianos que depende a nossa verdadeira espiritualidade. Disto se trata a Parashat Mishpatim.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT MISHPATIM 5779:

São Paulo: 19h34  Rio de Janeiro: 19h20  Belo Horizonte: 19h17  Jerusalém: 16h37
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Chana Mirel bat Feigue, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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