sexta-feira, 23 de maio de 2025

NÃO INVERTA AS PRIORIDADES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô

Meir ben Eliezer Baruch zt"l 

 
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de

Sr. Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5785



         São Paulo: 17h09                  Rio de Janeiro: 16h57 

Belo Horizonte: 17h05                  Jerusalém: 18h55
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VÍDEO DAS PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5785
ASSUNTOS DAS PARASHIÓT
BEHAR
  • Shmitá (O Ano Sabático).
  • Yovel (Jubileu) e o toque do Shofar em Yom Kipur.
  • Proibição de causar sofrimento (Onaát Mamon e Onaat Devarim).
  • Venda e Resgate da terra em Israel.
  • Casas em cidades muradas.
  • Casas nas Cidades dos Leviim.
  • Ajuda aos necessitados.
  • Leis dos escravos.
  • Resgate dos escravos que estão nas mãos de Goim.
BECHUKOTAI
  • Recompensas pela obediência.
  • Advertência e Passos de afastamento espiritual.
  • Punições por desobediência (5 séries de advertências).
  • Destruição e arrependimento.
  • Conclusão das advertências e consolo.
  • Avaliações de doações ao Kodesh.
  • Doações de animais e imóveis para o Mishkan e possível resgate.
  • Maasser de animais.


 
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NÃO INVERTA AS PRIORIDADES - PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5785 (23/mai/25)

 "O Rav Elchanan Wasserman zt"l (Império Russo, 1874 - Lituânia, 1941), um dos mais proeminentes alunos do Chafetz Chaim, foi um dos grandes líderes espirituais da Europa antes do Holocausto. Certa vez, um cachorro de rua entrou no Beit Midrash da Yeshivá e começou a andar entre os bancos. Alguns alunos ficaram com pena do animal e tentaram dar comida e água para ele. O Rav Elchanan, que estava presente, observou por alguns instantes o que estava acontecendo e a reação de seus alunos. Então, com uma voz muito calma, porém firme, ele se levantou e disse:
 
- A compaixão pelos animais é muito importante. A Torá nos ordena a não causarmos nenhum tipo de sofrimento desnecessário nos animais. Porém, mais importante ainda é manter o respeito pelo ser humano e pela Torá.
 
Ele explicou que o Beit Midrash era um lugar extremamente sagrado, dedicado à Presença Divina, e que permitir que um animal andasse livremente ali comprometia a honra da Torá. Por isso, ele instruiu que o cachorro fosse gentilmente retirado e concluiu:
 
- Há tempo e lugar para cada tipo de bondade e cada ato de misericórdia. Quando priorizamos o animal acima do ser humano, distorcemos a ordem da criação."
 
O cuidado com os animais é um valor da Torá, mas nunca se sobrepõe ao respeito adequado ao ser humano, à santidade da Torá ou à dignidade de um local sagrado.

Nesta semana lemos novamente duas Parashiót juntas: Behar (literalmente "No Monte") e Bechukotai (literalmente "Nos Meus estatutos"). A Parashá Behar traz a importante Mitzvá de Shmitá, o Ano Sabático, um dos pilares do nosso entendimento de que nosso sustento vem de D'us, não do nosso esforço. Já a Parashá Bechukotai fala sobre as Brachót e maldições que podem recair sobre o povo judeu, que variam de acordo com o nosso comportamento e o nosso comprometimento com a Torá e com as Mitzvót.
 
Na Parashá Behar, a Torá traz um versículo interessante: "O que a terra produzir durante o Shabat da terra será alimento para vocês… e para os seus animais e as feras que estão em sua terra" (Vayikrá 25:6-7). Durante a Shemitá, a Torá declara que todos os produtos da terra se tornam "Hefker", isto é, sem dono e, portanto, não se pode ter nenhum proveito financeiro da produção agrícola. Porém, estes versículos nos ensinam que o proprietário pode utilizar os frutos da terra para suas próprias necessidades alimentares e também para alimentar seus animais, desde que permita o mesmo acesso a qualquer outra pessoa ou animal.
 
Porém, há algo que chama a atenção neste versículo. A Torá usa a expressão "Lachem", que significa "para vocês", antes de mencionar "Livhemtecha", que significa "para os seus animais", colocando a alimentação do dono antes da alimentação de seus animais. Porém, esta ordem parece contradizer uma Halachá ensinada pelo Talmud (Brachót 40a): "É proibido uma pessoa comer antes de alimentar seus animais". O Talmud aprende este ensinamento das palavras do versículo: "E Eu darei erva no seu campo para os seus animais, e você comerá e se fartará" (Devarim 11:15). Primeiro a Torá ordenou dar alimento aos animais e somente depois nos permitiu comer e nos fartar. Então por que na nossa Parashá esta ordem foi invertida, e D'us nos deu a permissão de comer os frutos no ano de Shemitá antes de mencionar alimentar os nossos animais?
 
Uma questão semelhante é levantada pelo Rav Naftali Amsterdam zt"l (Lituânia, 1832 - Israel, 1916) na Parashá Chukat, quando D'us ordenou a Moshé: "Fale à rocha, e ela dará sua água. Você dará de beber à congregação e aos seus animais" (Bamidbar 20:8). Por que D'us ordenou que as pessoas fossem servidas antes dos seus animais?
 
O Rav Avraham HaLevi Gombiner zt"l (Polônia, 1635 - 1682), mais conhecido como Maguen Avraham, responde esta última pergunta através de outro importante acontecimento na Torá. Quando Avraham Avinu mandou seu servo Eliezer procurar uma moça para se casar com Yitzchak, ele precisou empreender uma longa viagem. Quando chegou ao seu destino, conheceu Rivka, que estava ao lado de um poço. Ela primeiro deu água a Eliezer e somente depois ofereceu água aos seus camelos. O Maguen Avraham concluiu deste evento que a obrigação de servir primeiro os animais se aplica apenas às comidas, e não às bebidas.
 
Porém, o Rav Yochanan Zweig traz outra resposta, mais abrangente, que pode explicar todos os questionamentos sem a necessidade de fazer uma distinção entre comidas e bebidas. De acordo com o Rav Zweig, quando uma pessoa tem apenas uma porção de alimento, não há dúvida de que ela deve comê-la antes de oferecer aos seus animais. A exigência da Torá de dar primeiro aos animais somente se aplica quando há comida suficiente para os dois e, portanto, existe a responsabilidade de alimentar os animais antes. Outra exceção também ocorre quando a comida não pertence ao dono do animal, isto é, se alguém está dando o alimento de presente. Neste caso, a pessoa que está oferecendo o presente não tem responsabilidade sobre o animal do outro. De fato, poderia até ser considerado desrespeitoso alimentar o animal de uma pessoa antes de alimentar o seu dono.
 
Por isso, durante o ano de Shmitá, quando os produtos da terra não pertencem ao agricultor, mas são um presente de D'us, então o dono pode comer antes de dar aos seus animais. De modo similar, quando D'us deu água para o povo de Israel, de forma milagrosa, Sua responsabilidade estava em primeiro lugar com as pessoas, e só depois com os animais delas. Isso também explicaria a conduta de Rivka com Eliezer. Era ela que estava fornecendo a água, ela era a doadora. Logo, sua responsabilidade era com o ser humano em primeiro lugar, e não com os animais dele. Portanto, não é necessário nem mesmo diferenciar entre comida e bebida para responder os questionamentos.
 
Estamos em uma geração que infelizmente perdeu um pouco o seu equilíbrio e a noção correta das prioridades. Pessoas falam abertamente, sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento, que preferem ajudar um animal do que ajudar um ser humano. Pessoas dedicam horas de voluntariado para ajudar animais abandonados, mas não dedicam nem um minuto para ajudar crianças abandonadas. Sentem dó de um cachorro de rua, mas passam diariamente por dezenas de mendigos dormindo na rua e se alimentando de lixo e não se comovem. Sinal de que perdemos o foco do que é o principal e o que é secundário.
 
Os nossos traços de caráter são chamados de "Midót", palavra que também significa "Medidas". Qual é a conexão entre traços de caráter e medidas? D'us nos deu uma certa medida de cada característica para utilizarmos da forma correta. São ferramentas para podermos cumprir o nosso papel espiritual neste mundo. Porém, como as nossas características são "sob medida", quando as utilizamos da maneira errada, então esta "Midá" faltará onde ela seria efetivamente necessária. D'us nos deu uma certa medida de amor, para que possamos utilizar com os outros seres humanos. Por exemplo, cumprindo a Mitzvá de "Ame ao próximo como a si mesmo". Porém, muitas pessoas canalizam seu amor aos animais e plantas, e isto faz com que falte o amor pelos outros seres humanos. Não por coincidência, a "Lei do Reich de Proteção Animal", precursora da atual "Sociedade protetora dos animais", foi promulgada na Alemanha, em 1933, pelo partido nazista, o mesmo partido que assassinou a sangue frio milhares de mulheres, idosos e bebês inocentes. Como as pessoas canalizavam seu amor nos animais, então faltou amor e empatia com os seres humanos.
 
O Rav Moshe Feinstein zt"l (Império Russo, 1895 - EUA, 1986) foi o maior legislador da sua geração e, por isso, recebia diariamente dezenas de cartas com as mais variadas perguntas de Halachá. Certa vez, um homem judeu escreveu ao rabino contando que ele e sua esposa não conseguiam ter filhos e, por isso, a esposa havia desenvolvido um forte vínculo emocional com seu cachorro de estimação, tratando-o como um "filho adotivo". O homem sentia que isso estava afetando o equilíbrio emocional e espiritual do lar, e pediu orientação ao rabino sobre como proceder. O Rav Moshe respondeu com extrema sensibilidade, reconhecendo que o apego ao animal era compreensível diante do sofrimento do casal. No entanto, ele foi claro ao afirmar: "O amor por um animal não pode substituir o amor entre seres humanos ou entre pais e filhos. Há uma diferença essencial entre o valor da vida humana e a vida de um animal".
 
O Rav Moshe Feinstein não proibiu aquele casal de ter um cachorro, mas aconselhou que eles procurassem ajuda emocional e espiritual para restaurar o equilíbrio e a centralidade do ser humano na vida deles, mesmo diante da dor e da dificuldade de não terem um filho. Ele reconheceu o valor emocional que os animais podem ter, mas foi firme e inequívoco em dizer que o ser humano é superior e prioritário, inclusive nos relacionamentos.
 
Mesmo um sentimento tão nobre e puro como a compaixão deve ser guiado pela sabedoria da Halachá, e não por sentimentalismos ditados pela sociedade. O Rav Elchanan não permitia nenhuma forma de crueldade com os animais, mas foi firme ao lembrar que os seres humanos, especialmente em contextos espirituais, vêm primeiro. Os modismos sociais às vezes escondem grandes desequilíbrios e prioridades equivocadas. Cuidar bem dos animais é até mesmo uma Mitzvá, desde que antes tenhamos cuidado bem do ser humano, o centro da Criação.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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