sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

LÁGRIMAS DE ALEGRIA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYIGASH 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
    Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAYIGASH 5784



         São Paulo: 18h33                  Rio de Janeiro: 18h18 

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MENSAGEM DA PARASHÁ VAYIGASH

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYIGASH
  • Yehudá enfrenta o "vice-rei".
  • Yossef manda todos saírem da sala.
  • Yossef se revela.
  • Irmãos de Yossef voltam para casa, para buscar famílias.
  • Yossef manda presentes a Yaacov.
  • A família de Yaacov prepara-se para ir ao Egito.
  • Genealogia dos filhos de Yaacov.
  • O reencontro de Yaacov e Yossef.
  • O encontro de Yaacov e o Faraó.
  • A fome no Egito fica cada vez mais dura.
  • Yossef compra todo o Egito.
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LÁGRIMAS DE ALEGRIA - PARASHÁ VAYIGASH 5784 (22/dez/23)
 
"Um rabino e sua esposa receberam a missão de reabrir uma sinagoga nos arredores do Brooklyn, fechada há algum tempo. Os dois chegaram animados, mas quando viram a sinagoga, ficaram assustados. Ela estava muito mal cuidada, precisando de reforma. Eles chamaram um empreiteiro, verificaram o que precisava ser consertado e estabeleceram o cronograma para terminar as obras de forma a realizar a inauguração na noite de Purim.
 
Faltando cinco dias para Purim, uma tempestade de neve castigou a cidade por dois dias seguidos. O rabino foi à sinagoga e, para o seu desespero, viu que o telhado havia vazado. Uma parte do gesso, bem na frente do Aron Hakodesh, havia caído. Com muita tristeza, ele imaginou que precisaria adiar a inauguração.
 
Ele decidiu voltar para casa caminhando, para pensar em alguma solução. No caminho, passou por um bazar beneficente e decidiu entrar. Lá, encontrou uma bela toalha de mesa marfim, bordada com um trabalho maravilhoso e uma Maguen David no centro. O rabino comprou a toalha e voltou para a sinagoga, esperançoso. O mais incrível foi descobrir que a toalha era exatamente do tamanho necessário para cobrir o buraco no teto.
 
Quando ia pendurar a toalha, o rabino olhou pela janela e viu uma mulher idosa correndo, sem sucesso, para alcançar o ônibus que havia acabado de partir do ponto. Com dó dela, convidou-a para esperar dentro da sinagoga pelo próximo ônibus, já que estava muito frio. Ela aceitou, muito agradecida, sentou-se em um dos bancos e ficou aguardando, enquanto o rabino pendurava a toalha no local onde o gesso havia caído. Quando ele terminou, percebeu que a mulher estava com o rosto pálido e tremendo. Ao questionar se estava tudo bem, ela perguntou:
 
- Onde você conseguiu esta toalha?
 
O rabino contou sobre o bazar beneficente no caminho. Ela então pediu para que ele verificasse se as letras "EBG" estavam bordadas no canto direito da toalha. Para o assombro do rabino, ele viu que de fato as letras estavam lá! A mulher então começou a chorar. Muito emocionada, ela disse:
 
- Fui eu que fiz esta toalha, há 35 anos, na Polônia, antes da guerra começar. Eu e meu marido éramos pessoas abastadas, mas os nazistas tiraram tudo o que nós tínhamos e nos separaram. Depois disso, nunca mais nos vimos!
 
O rabino quis devolver a toalha para sua verdadeira dona, mas ela não aceitou. Ela estava feliz pela toalha estar agora embelezando uma sinagoga. Ela deixou seu endereço e telefone com o rabino, se despediram e ela partiu, levando no coração aquela triste lembrança do passado.
 
Na noite de Purim, a reinauguração foi um grande sucesso e a sinagoga estava lotada. No fim da noite, o rabino e sua esposa cumprimentavam todos na porta da sinagoga e agradeciam pela presença. Mas um senhor idoso continuou sentado em um dos bancos, olhando fixamente para a toalha na parede. Tomando coragem, ele perguntou ao rabino onde ele havia conseguido a toalha. Antes mesmo de o rabino responder, o senhor disse:
 
- Esta toalha é idêntica à que minha esposa havia bordado, há muitos anos, quando ainda morávamos na Polônia...
 
Quando o rabino ouviu aquelas palavras, entendeu que estava diante de um enorme milagre. Rapidamente pediu para que o senhor o acompanhasse, já que tinha uma surpresa. Ele levou aquele senhor para Staten Island, e foi ao encontro da "dona" daquela toalha. Quando se reencontraram, mal podiam acreditar. Foi como se tivessem voltado no tempo. A emoção tomou conta de todos quando eles se abraçaram e choraram durante muito tempo."
 
Após dificuldades, o sucesso vem com uma alegria muito maior. A "Mão Divina" fez uma história de dor e sofrimento terminar com um final feliz.

Nesta semana lemos a Parashá Vayigash (literalmente "E se aproximou"), que traz o desfecho de uma emocionante história que havia sido interrompida de forma abrupta. No final da Parashá da semana passada vimos que Yossef, que era o vice-rei do Egito e ainda não havia sido reconhecido pelos seus irmãos, mandou prender Biniamin. Acusado de roubo, Biniamin seria escravo no Egito para sempre. Era a forma de Yossef testar se seus irmãos haviam se arrependido de tê-lo vendido como escravo. Mas, para os irmãos, que não sabiam que tudo era parte de um plano, parecia um "beco sem saída" e a situação era desesperadora.
 
Yehudá, que era o líder entre os irmãos, sem outra opção, foi confrontar o poderoso vice-rei do Egito. Após falar de forma muito dura, acabou se oferecendo para ficar como escravo no lugar do irmão, principalmente por saber a dor que causaria a seu pai caso Biniamin não voltasse para casa. Ao ver a reação dos irmãos, Yossef não conseguiu mais esconder sua identidade e se revelou, acabando com 22 anos de sofrimentos para toda a família. A história, que parecia uma tragédia iminente, terminou com final feliz.
 
Porém, ainda faltava algo para que a felicidade estivesse completa: o reencontro entre Yossef e seu pai, Yaacov. Assim o versículo descreve este emocionante reencontro: "E ele (Yossef) apareceu diante dele (Yaacov), ele abraçou seu pescoço e chorou excessivamente em seu pescoço" (Bereishis 46:29). Porém, chama a atenção o fato de o versículo estar no singular, e não no plural. Por que não está escrito "Eles abraçaram... e choraram"? Além disso, qual dos dois chorou? Rashi
(França, 1040 - 1105) esclarece que foi Yossef que abraçou Yaacov e chorou, mas Yaacov não abraçou Yossef e nem chorou, pois estava recitando o "Shemá".
 
Mas por que apenas Yaacov estava recitando o Shemá naquele momento? Se era o horário do cumprimento da Mitzvá de recitar o Shemá, por que Yossef não o estava recitando, já que existe o conceito de "Zrizim Makdimim LeMitzvót" (Os ágeis se antecipam para cumprir as Mitzvót), isto é, devemos cumprir cada Mitzvá o mais rápido possível. E se não era o horário de cumprir a Mitzvá, por que Yaacov estava fazendo o Shemá justamente naquele momento, ao invés de deixar para fazer mais tarde, após abraçar o filho?
 
O Rav Yehuda Loew zt"l (Polônia, 1525 - República Checa, 1609), mais conhecido como Maharal de Praga, responde que não era o horário de fazer o Shemá. No entanto, Yaacov sentiu uma gratidão avassaladora ao encontrar seu filho amado, são e salvo, tanto fisicamente quanto espiritualmente. Ele havia sentido muita dor e ansiedade durante os últimos 22 anos, pensando que Yossef estava morto. A alegria que Yaacov experimentou foi uma passagem muito rápida das trevas para uma grande luz, das profundezas da depressão para as alturas do êxtase. Isso aumentou o seu amor por D'us, que lhe havia feito esta grande bondade. Yaacov aproveitou assim a oportunidade para receber novamente o "Ól Malchut Shamaim" (a Realeza e reverência pelo Todo Poderoso), representado pelo Shemá, com ainda maior profundidade e intensidade do que tinha sido capaz de fazer até aquele momento da sua vida. Yaacov canalizou sua grande emoção ao amor e reverência por D'us e recitou, de forma instintiva e com grande emoção, o "Shemá Israel".
 
O Rav Yssocher Frand chama a atenção que, a partir da explicação do Maharal, entendemos que a alegria que Yaacov sentiu foi muito maior do que a alegria que Yossef sentiu. Mas por que esta diferença, se o evento foi o mesmo para os dois? Pois a alegria que vem depois de um grande sofrimento é muito maior do que a alegria que vem "do nada". Apesar de Yossef também ter passado por momentos de muito sofrimento, ele havia alternado a dor com momentos de grandeza e tranquilidade. Naquele momento ele já era, por dois anos, o poderoso vice-rei do Egito. Já Yaacov havia passado os 22 anos imersos na mais profunda tristeza e escuridão. Portanto, por Yaacov ter sofrido muito, ele experimentou uma felicidade maior do que Yossef e foi, portanto, quem recitou o Shemá.
 
O Rav Yitzchak Hutner zt"l (Polônia, 1906 - Israel,1980) questiona o fenômeno de Yossef ter chorado. Por que derramamos "lágrimas de alegria"? Choramos quando estamos tristes, mas também choramos quando estamos felizes. Isto não faz muito sentido! Por que as pessoas choram quando estão felizes? Qual é o significado disso?
 
Choramos no casamento dos nossos filhos. Choramos no nascimento de uma filha. Choramos no Bar Mitzvá do nosso filho. Por que? A resposta é que nos esforçamos tanto para criar os filhos que, quando finalmente chegamos a momentos especiais, como o Bar Mitzvá ou a Chupá, a alegria é imensa. Da mesma forma, quando alguém tem um filho, isso é precedido por meses de dificuldades e preocupações. Lágrimas de alegria são, portanto, o produto ou fruto das dificuldades que as precederam. Isso significa que as dificuldades potencializam a alegria.
 
Os "Portões das Lágrimas", que foram abertas durante o período das dificuldades que conduziram a esta fase feliz, não foram fechadas. Portanto, quando de fato ocorre a alegria, as lágrimas continuam. Os "Portões das Lágrimas" da dor e do sofrimento ainda permaneceram abertas. Já as alegrias que surgem do nada, que não envolvem nenhum tipo de esforço, dificuldade ou sofrimento, normalmente não provocam lágrimas.
 
Explicam os nossos sábios que "De acordo com a dificuldade, assim é a recompensa" (Pirkei Avót 5:23). Quanto mais nos esforçamos para construir algo, maior é a alegria da conquista. Isso também se aplica espiritualmente. Quanto maior a dificuldade de cumprirmos uma Mitzvá, maior a recompensa e a sensação de realização que vamos sentir. Por isso, ao invés de reclamar das dificuldades da vida, devemos olhá-las como potencializadores da nossa alegria. Pois é justamente através das dificuldades que a grande luz surgirá no final. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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