quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

PENSANDO NO FUTURO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT MIKETZ E CHANUKÁ 5780






Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.

   
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PARASHAT MIKETZ 5780:

São Paulo: 18h36                   Rio de Janeiro: 18h20
Belo Horizonte: 18h16                  Jerusalém: 16h07

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ASSUNTOS DA PARASHAT MIKETZ
- Os dois sonhos do Faraó.
- Yossef é chamado para interpretar os sonhos.
- Yossef se torna o vice rei.
- Yossef se casa com Osnat.
- A estratégia de Yossef é implantada no Egito.
- Yossef tem dois filhos: Efraim e Menashé.
- Começam os anos de fome no Egito.
- Yaacov manda seus filhos aos Egito
- Yossef reconhece seus irmãos, mas eles não o reconhecem.
- Yossef acusa os irmãos de serem espiões.
- Os irmãos de Yossef se arrependem.
- Yossef prende Shimon e exige a vinda de Biniamin.
- Yaacov se recusa a enviar Biniamin.
- A fome continua e Yaacov é obrigado a enviar Biniamin.
- Yossef testa seus irmãos e esconde cálice de prata na sacola de Biniamin.
- Biniamin é acusado de roubo e condenado a virar escravo.

PENSANDO NO FUTURO - PARASHAT MIKETZ E CHANUKÁ 5780 (27 de dezembro de 2019)

"Roberto era um vigia com uma enorme responsabilidade nas costas. Ele morava em um farol e sua função era manter a luz acesa durante todas as noites. Ele também era responsável pelo controle do suprimento de óleo que mantinha o farol aceso, para que nunca faltasse. O trabalho de Roberto era muito importante, pois o farol guiava grandes embarcações quando elas passavam por um canal muito estreito e perigoso, cheio de rochas.

Próximo ao farol havia uma pequena aldeia. Constantemente vinha algum morador procurar Roberto para pedir-lhe um pouco de óleo para acender lamparinas. Roberto, que gostava de ser visto com bons olhos pelas pessoas, nunca dizia não. Ele gostava da sensação de poder, de saber que as pessoas precisavam dele.

Porém, Roberto esqueceu-se de levar em consideração o consumo dos habitantes no cálculo do estoque de óleo necessário ao farol. Como cada vez mais moradores vinham procurá-lo, certa vez acabou todo o suprimento de óleo antes do momento programado. Pouco a pouco, a luz do importante farol foi enfraquecendo, até que apagou-se completamente.

Quando viu o farol apagado, Roberto apavorou-se com a situação que ele havia criado. Poucos instantes depois, um grande navio, cheio de tripulantes, aproximou-se do canal em alta velocidade e, sem o auxílio da luz do farol, bateu nas rochas e afundou. Infelizmente a consequência foi, além do milionário prejuízo, a irreparável perda de vidas humanas. No tribunal, Roberto acabou sendo condenado por sua falta de responsabilidade."

A atitude insensata e irresponsável de Roberto, pensando somente nas necessidades momentâneas, de forma egoísta, esquecendo-se das futuras consequências, causou uma grande tragédia. Precisamos sempre pensar no futuro, levar em consideração a consequência das nossas escolhas e dos nossos atos.

Nesta semana, junto com a Parashat Miketz (literalmente "No final de"), continuamos comemorando a Festa de Chanuká. A Parashat Miketz segue descrevendo a vida de Yossef no Egito. Depois de 12 anos na prisão, injustamente acusado de um crime que ele não cometeu, Yossef foi libertado para interpretar os sonhos do Faraó, nos quais sete vacas gordas e bonitas eram engolidas por sete vacas magras e feias, e sete espigas gordas e bonitas eram engolidas por sete espigas magras e feias. Muitos sábios egípcios tentaram desvendar estes sonhos, mas sem sucesso. Após interpretar corretamente os sonhos, de que haveria sete anos de fartura, seguidos por sete anos de fome, o Faraó elevou Yossef a vice-rei do Egito e nomeou-o responsável por armazenar comida para os anos de escassez. Mas qual é a conexão entre a Parashat Miketz e Chanuká?

Há algo que chama a atenção na recompensa que Yossef recebeu, pois parece completamente desproporcional ao seu ato. É verdade que ele demonstrou uma enorme sabedoria ao interpretar corretamente o sonho do Faraó. O Midrash nos revela que não apenas ele interpretou-os corretamente, mas diversas vezes corrigiu o Faraó enquanto ele relatava os sonhos, pois o Faraó intencionalmente inseriu erros em seu relato para testar Yossef. Porém, após demonstrar esta incrível habilidade de interpretar sonhos, ele deveria ter sido convidado para ser o interpretador de sonhos oficial do reinado, não o vice-rei, uma pessoa que tinha um poder quase ilimitado sobre todo o Egito. A vida de todos os egípcios estaria nas mãos de Yossef. Por que o Faraó confiou tanto assim em alguém que apenas havia demonstrado uma habilidade de interpretar sonhos corretamente?

Poderíamos dizer que o motivo desta confiança não foi por Yossef apenas ter interpretado os sonhos do Faraó, mas também por ele ter trazido a solução para o problema. Após prever anos de fartura seguidos de anos de escassez, Yossef sugeriu que fosse armazenada parte da produção durante os anos de fartura para que nos anos de escassez o alimento estocado pudesse salvar as pessoas da fome. Porém, esta resposta não é suficiente para entender a atitude do Faraó. A ideia de armazenar comida durante os anos de fartura não demonstra uma inteligência especial. Na verdade, este é um conceito que qualquer criança sabe. Há muitas histórias infantis, como a cigarra e a formiga, que louvam a atitude daquele que tem a sabedoria de armazenar alimento na época de fartura para consumir na época de escassez. Então, o que o Faraó enxergou de tão especial na sugestão de Yossef, a ponto de nomeá-lo vice-rei, o segundo homem mais poderoso do maior império da época?

A Torá nos ordena a cuidarmos de todos os elementos da criação, com total respeito ao equilíbrio perfeito com o qual D'us criou o universo. Nos ensina o Midrash que quando D'us criou Adam Harishon, deu uma volta com ele por todo o Gan Éden, um jardim paradisíaco, e disse a ele: "Tudo isto Eu criei para você utilizar. Porém, é tudo Meu. Portanto, tome cuidado para não destruir Meu mundo". Deveríamos, portanto, ter uma maior consciência ecológica, buscando minimizar nossos impactos sobre a natureza. Podemos utilizar o que D'us nos deu, mas com respeito e cuidado. Porém, o que vemos na prática é que a humanidade não se importa muito com a forma com a qual utiliza os bens naturais. Enquanto o homem se preocupa em procurar vida em Marte, nos esquecemos de cuidar da vida no nosso planeta. Por mais lucros, empresas poluem rios, desmatam florestas e causam a extinção de algumas espécies de animais. Reciclamos pouco e não conservarmos a energia que utilizamos, colocando em risco as futuras gerações. Os líderes mundiais fazem encontros para debater o problema, mas acabam se tornando apenas reuniões hipócritas, que apenas mascaram os verdadeiros fatores que estão levando à destruição do nosso planeta: a ganância e o egoísmo. E, mesmo individualmente, também não abrimos mão dos nossos comodismos em prol de um uso mais sustentável dos recursos naturais.

A verdade é que não é fácil para uma pessoa realmente viver o agora pensando no futuro. Jovens não conseguem evitar começar a fumar, mesmo sabendo que suas vidas serão encurtadas. Não cuidamos da nossa alimentação, mesmo sabendo dos problemas futuros que uma alimentação desequilibrada causa ao corpo. Os problemas parecem tão distantes que agora pensamos: "o que importa o que vai acontecer só daqui a 30 anos?".

Explica o Rav Yssocher Frand que este conceito é a resposta para o nosso questionamento em relação à recompensa que Yossef recebeu do Faraó. A forma de pensar de Yossef, de guardar coisas para depois, era algo muito estranho ao Egito, por dois motivos. Em primeiro lugar, pois os egípcios eram muito imediatistas, preferiam o prazer momentâneo, mesmo que fosse à custa das necessidades futuras. Além disso, os egípcios eram extremamente egoístas, pensavam somente em si mesmos. Isto fazia com que seus olhos estivessem sempre voltados ao presente, às suas necessidades atuais, sem se importar com as futuras gerações. Quem deixaria de ter um pouco mais de prazer para deixar algo aos futuros descendentes?

É interessante perceber que isto não ocorria apenas com os egípcios antigos. Pesquisadores certa vez fizeram um renomado estudo com um grupo de crianças, que ficou conhecido como o "Experimento do Marshmallow". Algumas crianças, sem saber que estavam sendo filmadas, entravam individualmente em uma sala e recebiam um Marshmallow com a seguinte instrução: "Se você quiser, pode comer o seu marshmallow imediatamente, ou pode esperar 15 minutos para comer e então ganhar 2 marshmallows". Para nós, parece óbvia qual é a escolha correta, mas muitas crianças não conseguiram esperar os 15 minutos e acabaram comendo o seu marshmallow, perdendo a oportunidade de ganhar um segundo marshmallow. Quando os pesquisadores continuaram monitorando estas crianças, constataram que a maioria daquelas que conseguiram esperar os 15 minutos sem comer o marshmallow se tornaram adultos muito mais bem sucedidos em todas as áreas da vida.

Como consequência destas duas características, o imediatismo e o egoísmo, era culturalmente difícil para os egípcios pensarem em uma solução como a trazida por Yossef. Foi por isso que o Faraó conseguiu perceber uma enorme sabedoria em Yossef, pois ele conseguia vencer a prisão mental de somente viver no presente, e conseguia pensar em termos de futuro. Portanto, ele também seria a pessoa ideal para fazer cumprir este plano, com todos os seus detalhes e implicações.

Este conceito conecta a nossa Parashat com a Festa de Chanuká. Os gregos, com sua cultura helenista, que eles tentaram impor também ao povo judeu, ensinaram ao mundo o conceito do "Carpe Diem", de aproveitar o dia, aproveitar o momento, sem pensar no amanhã. É o culto do imediatismo, do egoísmo, da busca incessante de prazeres físicos, ignorando os valores espirituais nas decisões cotidianas. E esta é a luta da nossa geração contra os gregos, pois quando somos guiados por valores espirituais, certamente aprendemos a investir nas futuras gerações e aprendemos a abrir mão de alguns confortos para pensar no que ainda virá, conforme nos ensina o Talmud (Tamid 32a) "Quem é o sábio? Aquele que enxerga o futuro".
          
Chanuká são dias de reflexão: Será que estamos vencendo a filosofia grega? Vivemos como Yossef aconselhou os egípcios, isto é, guardando provisões para o futuro? Vivemos neste mundo material, limitado, pensando em juntar provisões para o Olam Habá (Mundo Vindouro), eterno, a época em que não poderemos mais juntar méritos, ou preferimos investir nosso tempo na busca de luxos materiais? Nos "experimentos do marshmallow" que temos na vida, será que passamos no teste? O mundo material se assemelha a uma pessoa que prepara-se para zarpar em um navio para uma longa viagem no mar. O que a pessoa comerá durante a viagem? Apenas o que ela preparou antes de zarpar. Da mesma maneira, teremos por toda a eternidade os frutos do que plantarmos neste mundo. Que este Chanuká seja o momento em que deixaremos de ser tão imediatistas e começaremos a pensar mais no nosso futuro e das gerações que ainda estão por vir.
      
SHABAT SHALOM E CHANUKÁ SAMEACH
 
R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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