quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

QUEM ESTÁ NO COMANDO? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAIESHEV 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Sr. Yakov Aharon ben Rivka Raisla
Haim David ben Esther
Chaim Michael ben Matania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAIESHEV



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MENSAGEM DA PARASHÁ VAIESHEV

 
ASSUNTOS DA PARASHÁ VAIESHEV
  • Yaacov se assentou em Eretz Knaan.
  • Yossef fala mal dos irmãos.
  • 2 sonhos de Yossef: trigos e estrelas.
  • Yossef sai para procurar seus irmãos, a pedido de Yaacov, e encontra homem no caminho.
  • Irmãos de Yossef querem matá-lo.
  • Por sugestão de Reuven, Yossef é jogado no poço.
  • Reuven se ausenta.
  • Por sugestão de Yehudá, Yossef é vendido como escravo e levado ao Egito em caravana de especiarias.
  • Yehudá e Tamar.
  • Yossef é vendido ao Potifar.
  • A esposa do Potifar e a tentação de Yossef.
  • Yossef é enviado para a prisão.
  • Yossef interpreta os sonhos dos dois prisioneiros.
  • A interpretação de Yossef se cumpre.
BS"D

QUEM ESTÁ NO COMANDO? - PARASHÁ VAIESHEV 5783 (14/dez/22)

"David era uma criança muito esperta, a ponto de deixar seus pais confusos e muitas vezes sem resposta diante de suas reflexões e questionamentos filosóficos. Queria entender tudo e tinha um senso lógico muito afiado. Na escola os professores também sofriam para responder seus incríveis questionamentos.
 
Certo dia, David chegou ao refeitório da escola para o almoço. Após se servir de comida, ele viu que havia na mesa de sobremesas uma caixa com chocolates. Ao lado dos chocolates havia o seguinte bilhete: "Pegue apenas um chocolate. Lembre-se que D'us está olhando".
 
David ficou olhando para aquele bilhete, pensativo. Após pegar o seu chocolate, ele estava encaminhando-se para a sua mesa quando viu que entre as sobremesas também havia uma cesta com lindas maças. David imediatamente pegou um pedaço de papel, uma caneta e escreveu o seguinte bilhete: "Pode pegar quantas maças você quiser, D'us não está olhando. Ele está muito ocupado vigiando os chocolates".
 
A piada é engraçada, mas uma das bases da Emuná é que D'us vê tudo e controla tudo o que acontece, até os mínimos detalhes. Por isso, precisamos saber que dependemos Dele, e apenas Dele, para termos sucesso em qualquer área de nossas vidas.

Nesta semana lemos a Parashá Vaieshev (literalmente "E se assentou"). Após a Torá ter apenas mencionado os descendentes de Essav em um único capítulo, no final da Parashá Vaishlach, sem dar muita importância para eles, nossa Parashá começa a descrever de forma longa e detalhada os descendentes de Yaacov, que dariam origem às 12 Tribos de Israel. Mas há algo que precisa ser esclarecido antes de estudarmos os detalhes de suas vidas. Apesar de uma leitura superficial nos induzir a pensar que eles cometeram crimes hediondos, devemos saber que eles eram Tzadikim, pessoas retas, que cumpriam em todos os detalhes a vontade de D'us. A Torá coloca uma "lente de aumento" nos erros dos Tzadikim, para que possamos enxergá-los e aprender com eles.
 
A Parashá começa nos ensinando que o relacionamento entre os filhos de Yaacov não era de união e harmonia. Os irmãos de Yossef começaram a odiá-lo, com ciúmes por ele ser o filho preferido de Yaacov e por ter recebido de presente do pai um manto de tecido fino. O ódio ficou ainda pior quando Yossef começou a fazer Lashon Hará de seus irmãos, contando ao pai sobre atitudes erradas que eles faziam. Apesar das boas intenções de Yossef, que queria o melhor dos irmãos, e contava ao pai apenas para que eles pudessem ser repreendidos e consertassem seus atos, Yossef estava errado. Há diversas leis em relação ao "Shmirat Halashon" (cuidado com a nossa fala), e precisamos conhecê-las para não tropeçarmos. Em primeiro lugar, Yossef deveria ter julgado seus irmãos de maneira positiva, isto é, deveria ter dado a eles o benefício da dúvida. Na realidade, tudo o que ele suspeitava dos irmãos eram mal entendidos que, com apenas um pouco de verificação, poderiam ter sido esclarecidos. Além disso, de acordo com as leis de "Shmirat Halashon", antes de falar informações negativas sobre uma pessoa, mesmo que seja com propósitos construtivos, para que aquele que escuta ajude a pessoa que fez o erro, ainda assim é necessário antes falar com o próprio transgressor, pois talvez o problema pode ser resolvido sem precisar envolver outras pessoas. Se Yossef tivesse falado diretamente com os irmãos antes de ter ido falar mal deles para o pai, teria percebido que estava enganado em relação a eles.
 
Qual foi a consequência deste erro de Yossef? D'us é extremamente rigoroso até com os pequenos erros dos Tzadikim. Após ter sido falsamente acusado pela esposa do Potifar, um ministro do Faraó, Yossef ficou dez anos na prisão, um ano por cada irmão sobre quem ele falou Lashon Hará. Porém, mesmo depois dos dez anos terem passado, Yossef não foi libertado imediatamente, o que fica evidente no início da Parashá da semana que vem, Miketz, onde está escrito "E aconteceu que, ao final de dois anos, o Faraó sonhou" (Bereshit 41:1). O sonho do Faraó marcou a libertação de Yossef, pois ele foi o único capaz de interpretar seu sonho. Isso quer dizer que Yossef foi libertado apenas dois anos depois do fim de sua "pena Celestial". Por que ele não foi liberado imediatamente quando terminou de pagar pelo seu erro?
 
A resposta está em outro erro cometido por Yossef , que aparece no final da Parashá. Quando Yossef já estava na prisão há quase 10 anos, chegaram o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros do Faraó. Eles haviam sido descuidados com a comida do Faraó e foram mandados para a prisão para aguardar seu julgamento. Certo dia cada um dele teve um sonho, e Yossef os interpretou corretamente, avisando que em três dias o chefe dos padeiros seria condenado à morte, enquanto o chefe dos copeiros seria restituído ao cargo. Yossef então pediu ao chefe dos copeiros: "Mas lembre-se de mim quando as coisas estiverem boas para você e, por favor, faça-me um favor e mencione-me ao Faraó, e você me tirará desta casa" (Bereshit 40:14).
 
O Midrash nos ensina que, pelo fato de Yossef ter dito ao copeiro "lembre-se de mim", e depois "mencione-me ao Faraó", isto é, ter usado duas expressões de ajuda, dois anos foram adicionados ao tempo em que ele ficou aprisionado. Por que? Pois isso foi considerado uma falta de Emuná. Precisamos confiar somente em D'us, e não nas pessoas. Mesmo que certamente Yossef confiava em D'us, pelo fato de ele também ter confiado no chefe dos copeiros, lembrando ele duas vezes de ajudar a libertá-lo da prisão, Yossef foi castigado.
 
O Rav Chaim Soloveitchik zt"l (Bielorrússia, 1853 - Polônia, 1918) faz um interessante questionamento: o que teria acontecido se Yossef tivesse pedido uma única vez ajuda ao chefe dos copeiros? A priori, se ele foi punido com dois anos de prisão por ter pedido duas vezes, então provavelmente ele teria sido punido com apenas um ano de prisão por ter pedido uma única vez. Mas será que esta conta está correta?
 
Ensinam os nossos sábios que devemos ter Emuná, confiar plenamente em D'us, saber que tudo o que acontece está sob o controle de Suas Mãos. Porém, dentro das regras que D'us definiu no mundo, Ele nos ordenou a fazermos a nossa parte, nos esforçando para que Sua Mão possa ficar oculta, resguardando o nosso livre arbítrio. Por exemplo, devemos confiar em D'us que teremos o nosso sustento, mas precisamos trabalhar, fazer o nosso esforço. O grande teste é não achar que foi o esforço que trouxe o nosso sustento, pois isso seria falta de Emuná. Também há um limite do quanto devemos nos esforçar. Por exemplo, alguém que quer jogar na loteria pode comprar apenas um único bilhete. Se ele comprar mais de um bilhete, estará demonstrando que não confia plenamente em D'us, pois se for a vontade Dele que a pessoa ganhe, um único bilhete é suficiente.
 
Este exemplo da loteria também se aplica à conduta de Yossef. Se ele tivesse pedido ajuda uma única vez, não teria recebido nenhum castigo, pois ele teria apenas cumprido sua obrigação de procurar um meio natural para livrar-se do sofrimento, ao invés de se apoiar em uma salvação milagrosa. Porém, ao repetir seu pedido, Yossef extrapolou no esforço necessário, demonstrando uma falta de Emuná.
 
Mas ainda assim a pergunta não está completamente respondida. Se a atitude de pedir uma única vez teria sido correta, e o erro de Yossef foi ter pedido uma segunda vez, então por que ele recebeu dois anos de punição, pelas duas vezes em que pediu ajuda ao chefe dos copeiros? O correto seria receber a punição de um único ano de prisão, apenas pela segunda vez em que ele pediu, que foi equivocada!
 
A resposta é que, ao pedir uma segunda vez, Yossef demonstrou que mesmo na primeira vez em que ele pediu ajuda, sua intenção não foi apenas se esforçar para procurar meios naturais. Ele acabou colocando sua esperança em um intermediário, um ser humano, ao invés de confiar unicamente em D'us. O segundo pedido simplesmente revelou que o primeiro pedido também foi feito com a intenção equivocada e, portanto, Yossef foi punido pelos dois.
 
É um teste difícil vivermos em um mundo onde o esforço para obtermos os resultados é obrigatório, mas, ao mesmo tempo, devemos saber que tudo vêm de D'us. O mundo material engana, nos induz a acreditarmos que os resultados foram fruto do nosso esforço, como dizemos todos os dias no Shemá Israel: "Não sigam seus corações e seus olhos, atrás dos quais vocês se desviam" (Bamidbar 15:39). Um dos entendimentos de "seguir os olhos" é acreditar nos esforços do mundo material. Portanto, é necessário um reforço constante na nossa Emuná, a certeza no coração de que tudo vem de D'us. Yossef demonstrou que aprendeu com seu erro, pois na Parashá Miketz, quando ele foi convocado pelo Faraó para decifrar seus sonhos, ele poderia pegar para si os créditos do seu dom, o que seria até mesmo importante para garantir sua liberdade. Porém, ele afirmou: "Não serei eu (que interpretarei seus sonhos). D'us dará uma resposta que trará paz ao Faraó" (Bereshit 41:16).
 
Este conceito da Emuná completa se conecta com a próxima parada do nosso Calendário Judaico: a Festa de Chanuka, que se inicia no próximo domingo de noite (18/dez). Em Chanuka nós relembramos um grande milagre: a vitória na batalha, quando um pequeno grupo, mal treinado e mal equipado, de uma família de Cohanim, conseguiu derrotar o maior império da época, os gregos. Porém, os vencedores não comemoraram fazendo desfiles militares, e sim com louvores e agradecimentos a D'us. A Festa de Chanuka não é uma lembrança da coragem dos combatentes, e sim uma lembrança da salvação através da intervenção Divina. É essa a mensagem que devemos levar para o ano todo: a vitória e o sucesso não vêm por causa da nossa sabedoria e do nosso esforço, e sim porque esta é a vontade de D'us. 

SHABAT SHALOM E CHANUKA SAMEACH

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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