quinta-feira, 10 de junho de 2021

PENSANDO ANTES NAS CONSEQUÊNCIAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KORACH 5781

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PARASHÁ KORACH



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VÍDEO DA PARASHÁ KORACH
ASSUNTOS DA PARASHÁ KORACH
  • A Rebelião de Korach.
  • Moshé intercede por Israel.
  • A Punição de Korach, Datan e Aviram.
  • Os Incensários e a morte dos 250 seguidores.
  • Temor e Queixa.
  • Epidemia mortal.
  • Aharon salva o povo com incenso.
  • O Teste dos cajados.
  • O cajado de Aharon.
  • Temor do Santuário.
  • Deveres dos Cohanim e Leviim.
  • Presentes dos Cohanim.
  • Pidion Haben.
  • Presentes dos Leviim.
BS"D

PENSANDO ANTES NAS CONSEQUÊNCIAS - PARASHÁ KORACH 5781 (11 de junho de 2021)

 
"Na antiguidade, um rei saiu para caçar, acompanhado pelos nobres da corte. No caminho, cruzaram com um sábio, que proclamava em voz alta: "Aquele que me der cem moedas receberá um conselho que lhe será muito útil". O rei, ao escutar aquelas palavras, se interessou e perguntou que bom conselho era aquele.
 
- Senhor, primeiro me dê as cem moedas e imediatamente o aconselharei - respondeu o sábio.
 
O rei assim fez, esperando dele alguma coisa realmente extraordinária. Mas o sábio se limitou a dizer:
 
- Meu conselho é: "Nunca comece nada sem ter pensado no resultado final do que vai fazer".
 
Ao ouvir estas palavras, os nobres que acompanhavam o rei riram com gosto, comentando que o sábio tivera razão ao tomar o cuidado de pedir o dinheiro adiantado.
 
- Vocês não têm razão em rir do excelente conselho que este sábio acaba de me dar - objetou o rei - Certamente ninguém discorda do fato de que se deve pensar antes de fazer alguma coisa. Mas todos nós cometemos o erro de esquecer isso, e as consequências costumam ser trágicas. Eu valorizo muito este conselho recebido.
 
Procedendo de acordo com suas palavras, o rei decidiu não apenas ter o conselho sempre presente em sua cabeça, mas mandou também escrevê-lo nos muros do palácio e até gravá-lo em sua bandeja de prata.
 
Pouco tempo depois, um ministro ambicioso e traiçoeiro tramou um plano para matar o rei e usurpar o trono. Para tanto, subornou o médico real com a promessa de nomeá-lo primeiro-ministro caso ele introduzisse no braço do rei uma agulha envenenada.
 
Quando chegou o dia em que foi necessário coletar sangue do rei para fazer exames, o médico real percebeu que era a chance de colocar em prática o plano do ministro. Pediu aos ajudantes do rei algum objeto para colocar sob o braço dele no momento de tirar o sangue, caso algumas gotas pingassem. A bandeja de prata foi então trazida e colocada sob o braço do rei. O médico real não pôde deixar de ler: "Nunca comece nada sem ter pensado no resultado final do que vai fazer". O médico se deu conta que, se fizesse o que o ministro tinha lhe proposto, ele simplesmente poderia mandar executá-lo imediatamente, e assim não precisaria cumprir o trato e destruiria qualquer prova da sua traição.
 
O médico, assustado com seus pensamentos, começou a tremer tanto que mal conseguia segurar a agulha. O rei, ao perceber que o médico estava tremendo e suando, perguntou o que havia de errado. O médico começou a gaguejar e, ao ser questionado novamente, confessou o plano do ministro. O autor do complô foi preso e condenado à morte. O rei então perguntou aos nobres:
 
- Ainda riem do conselho daquele sábio? Foi o dinheiro mais bem gasto da minha vida"
 
Pensar nas consequências antes de tomar qualquer atitude é uma ideia tão óbvia que às vezes esquecemos de colocar na prática. Muitas tragédias poderiam ter sido evitadas se as pessoas pensassem antes de fazer as coisas.

Nesta semana lemos a Parashá Korach, que descreve mais uma tragédia que ocorreu com o povo judeu no deserto. Korach, o primo de Moshé, motivado pela inveja e pela busca de honra, começou uma rebelião contra Moshé. Ele conseguiu, com o auxílio de outros líderes, juntar muitos seguidores, além de causar uma insatisfação geral no povo judeu. Mas Moshé era o grande "herói", o salvador do povo, aquele que havia "subido ao Céu" para receber a Torá. Como Korach conseguiu jogar as pessoas contra Moshé?
 
Em primeiro lugar, aquele era um momento no qual o povo judeu já estava muito insatisfeito. Eles haviam recentemente recebido o decreto de que aquela geração não entraria na Terra de Israel, após os espiões terem falado mal da terra e o povo ter chorado sem motivo. Além disso, Korach usou a tática da "Leitzanut", fazendo piadas e zombarias com os ensinamentos da Torá transmitidos por Moshé. Desta maneira ele teve sucesso em plantar na cabeça das pessoas uma dúvida sobre a natureza Divina da nomeação de Moshé e sobre sua profecia. 
 
Moshé tentou reestabelecer a paz, conversando com os rebeldes e tentando convencê-los a desistir de sua causa, pois a rebelião era, em última instância, um ato contra D'us. Quando nossos sábios querem citar um exemplo de uma "Machloket" (disputa) que não é feita com boas intenções, mencionam a Machloket de Korach e seu grupo, mas o nome de Moshé não é mencionado, pois ele nunca fez parte da discussão. Porém, apesar de todos os esforços de Moshé, ele não teve sucesso em acalmar os ânimos. Os rebeldes estavam tão obstinados que nem mesmo milagres eram capazes de freiá-los.
 
Moshé percebeu que sua liderança realmente estava em risco, o que teria efeitos desastrosos ao povo judeu, pois o próximo passo seria tentarem quebrar a veracidade da própria Torá. Ele pediu então a D'us que ocorresse aos rebeldes algo sem precedentes, para desta maneira convencer quaisquer possíveis céticos de que sua nomeação era Divina. Moshé pediu a D'us que os líderes da rebelião tivessem uma morte que nunca havia acontecido, como está escrito: "Se eles morrerem a morte das outras pessoas... então não foi D'us que me enviou. Mas se D'us criar um fenômeno e a terra abrir sua boca e engoli-los, eles e tudo o que é deles, e eles descerem vivos ao poço, então vocês devem saber que estes homens provocaram D'us" (Bamidbar 16:28). Se o milagre acontecesse, isso convenceria as pessoas da escolha Divina de Moshé. No entanto, se o milagre não acontecesse, então a autenticidade de Moshé, bem como a validade de toda a Torá, ficariam sob suspeita.
 
Deste ensinamento surgem duas perguntas. Em primeiro lugar, por que Moshé quis correr um risco tão grande? Talvez Korach e seu grupo se arrependeriam de seu erro no último instante e, portanto, não estariam mais sujeitos a esta morte por decreto Divino. Isso daria a impressão de que Moshé estava errado e colocaria em risco até mesmo a credibilidade da Torá!
 
Além disso, o Midrash ressalta que, quando a terra abriu a sua boca para engolir os líderes da rebelião, também suas famílias e seus pertences foram tragados. Até mesmo bebês em idade de amamentação também receberam essa punição. Porém, nossos sábios ensinam que uma criança nunca pode receber pena de morte, em especial quando é uma morte aplicada diretamente pelos Céus, que só atingem pessoas acima dos vinte anos. Neste caso esta regra não foi aplicada. Por que os "procedimentos legais normativos" da Torá foram aparentemente suspensos neste caso?
 
Explica o Rav Yochanan Zweig que dentro da esfera jurídica judaica encontramos dois sistemas judiciais. O primeiro é o sistema implementado pelo Sanhedrin, o Grande Tribunal, e pelos tribunais inferiores. O segundo é o direito do rei de Israel, o governante soberano do povo, de julgar. As naturezas desses dois sistemas são muito diferentes. O Sanhedrin e os tribunais inferiores se concentram nos direitos do indivíduo. Portanto, elementos como a necessidade de duas testemunhas e advertência prévia são necessários para uma condenação. Porém, o sistema de justiça atribuído ao rei é completamente diferente. É responsabilidade do rei garantir o bem-estar da sociedade e, portanto, ele tem o direito de fazer o que considerar adequado para cumprir essa responsabilidade, mesmo sem a necessidade de testemunhas ou advertência prévia.
 
Segundo o Rav Avraham ben Meir zt"l (Espanha, 1092 - 1167), mais conhecido como Ibn Ezra, a rebelião de Korach foi um ato de separação do resto do povo judeu. Ao declarar que ele e seu grupo não estavam mais sujeitos à autoridade de Moshé, Korach perdeu o direito de ser julgado dentro do sistema judicial judaico, pois apenas aqueles que se consideram membros do povo estão sujeitos à jurisdição do Tribunal Rabínico. Moshé, portanto, lidou com eles em sua qualidade de rei. Ele viu o ato de Korach como uma declaração de guerra, que ameaçava minar a própria estrutura da sociedade judaica.
 
Portanto, a morte de Korach e seu grupo de seguidores rebeldes não foi decretada pela Corte Celestial. Esta foi uma ordem de Moshé, invocando seu direito como rei de Israel. Por isso, nem mesmo o arrependimento teria salvado Korach e seu grupo, pois a ação de Moshé foi necessária para erradicar qualquer dúvida das mentes do povo judeu quanto à capacidade de sua profecia. E até mesmo os bebês, portanto, também estavam sujeitas a este decreto. O rei de Israel tem o direito de fazer o que julgar necessário para a preservação de seu status. Moshé tinha esse direito, ainda mais nesta situação, na qual o ato de Korach foi uma verdadeira declaração de guerra, circunstância na qual o indivíduo perde todos os seus direitos.
 
Desta Parashá, aprendemos, portanto, a importância de sermos cuidadosos com os nossos atos. Se Korach tivesse pensado desde o início da sua rebelião nas possíveis consequências e nos impactos para todo o povo judeu, certamente ele não teria nem começado. Ele não mediu as consequências e não imaginou quantas pessoas teriam suas vidas destruídas, inclusive sua própria família, em sua ânsia por poder e honra. O mesmo vale para as nossas escolhas de vida. Como em um jogo de xadrez, devemos sempre pensar nas consequências de cada ato. Somente assim venceremos os desafios da vida.

 
SHABAT SHALOM


R' Efraim Birbojm

 

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