quinta-feira, 27 de julho de 2023

A INVEJA APODRECE OS OSSOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAETCHANAN 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  
Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAETCHANAN



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MENSAGEM DA PARASHÁ VAETCHANAN

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAETCHANAN
  • Moshé implora para entrar na Terra de Israel.
  • Fundamentos da Emuná.
  • Obediência a D'us.
  • Exílio e Retorno.
  • Cidades de Refúgio.
  • Repetição dos Dez Mandamentos.
  • Shemá Israel.
  • Mitzvá da Mezuzá.
  • Perigos da Prosperidade.
  • Recordando o Êxodo e transmitindo para as futuras gerações.
  • Advertência contra a assimilação quando entrarem na Terra de Israel.
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A INVEJA APODRECE OS OSSOS - PARASHÁ VAETCHANAN 5783 (28/jul/23)

"Uma cabra e um asno viviam juntos no mesmo estábulo. No início era uma convivência pacífica, pois cada um respeitava o espaço do outro. Porém, com o passar do tempo, o relacionamento se deteriorou. Tudo começou porque a cabra passou a invejar o asno, acreditando que ele estava sendo mais bem alimentado do que ela. Na verdade, não passava de um equívoco, pois como o asno mastigava mais a comida, dava a impressão de que ele estava o tempo todo com comida na boca. Chegou um momento em que a inveja da cabra se transformou em ódio e, sem poder suportar mais, ela quis se vingar do pobre asno, que na realidade nada tinha feito de errado. Certo dia, a cabra disse ao asno:

- Tenho dó de você, meu amigo. Sua vida é um tormento interminável, carregando cargas pesadas o dia inteiro, sem tempo para descansar. Acho que nosso dono não gosta muito de você. Se eu fosse você, fingiria um desmaio ao lado do fosso, para que lhe deem um descanso de alguns dias.

O asno, inocente, não percebeu a maldade da cabra e aceitou seu conselho. Algum tempo depois, fingindo um desmaio, deixou seu corpo cair ao lado do fosso. Porém, o asno não havia calculado a profundidade daquele fosso e, na queda, machucou todo o corpo, ficando entre a vida e a morte.

O dono do asno, desesperado pela situação de seu animal, chamou rapidamente o veterinário. Ele examinou o asno e receitou um remédio que era muito eficiente para devolver o vigor. Este remédio tinha como ingrediente principal o fígado de uma cabra. Sem outra opção, a cabra foi morta para que o remédio do asno fosse preparado. Após algum tempo, para a alegria do dono, o asno finalmente estava completamente curado."

Quem age com maldade acaba provando do seu próprio veneno. A cabra ficou cega pela inveja, que era completamente infundada. Se não tivesse tentado prejudicar o asno, poderiam estar vivendo em paz.

Nesta semana lemos a Parashá Vaetchanan (literalmente "E eu supliquei"), que continua trazendo os discursos finais de Moshé, em sua recordação dos principais acontecimentos durante os quarenta anos em que o povo judeu passou no deserto. Moshé começa relembrando das suas inúmeras súplicas para poder entrar na Terra de Israel, mas que foram sem sucesso, já que D'us, o único que realmente sabe o que é o melhor para cada um de nós, entendeu que o melhor para Moshé, como consequência do seu erro de golpear a pedra, era não entrar na Terra de Israel. Moshé aceitou a vontade de D'us e imediatamente parou de suplicar. Também em sua preparação para a entrada do povo judeu na Terra de Israel, Moshé lembrou os perigos da prosperidade, que podem levar a pessoa a se tornar orgulhosa e a se esquecer de D'us.

Outro trecho importante da nossa Parashá é a recordação dos Dez Mandamentos, entregues por D'us no Monte Sinai, sob o testemunho de mais de três milhões de pessoas. Apesar de o enunciado dos Dez Mandamentos trazido nesta Parashá ser praticamente igual ao enunciado dos Dez Mandamentos trazido na Parashá Itró, há algumas pequenas diferenças. O Rav Yehuda Loew zt"l (Polônia, 1525 - República Checa, 1609), mais conhecido como Maharal de Praga, explica que estas diferenças são resultado das naturezas distintas dos dois Livros da Torá, Shemot e Devarim. O Sefer Shemot traz a "visão" de D'us dos acontecimentos, enquanto o Sefer Devarim traz a visão de Moshé. Portanto, a Parashá Itró traz os Dez Mandamentos exatamente como D'us transmitiu a Moshé, enquanto na nossa Parashá são trazidos os Dez Mandamentos de acordo com a percepção e o entendimento de Moshé. Grande parte do povo que escutava os discursos naquele momento não havia presenciado a entrega da Torá no Monte Sinai. Moshé aproveitou para ensinar os Dez Mandamentos em suas próprias palavras, de acordo com a capacidade das pessoas de compreender.

Entre os Dez Mandamentos, há um que desperta um enorme questionamento: "Você não deve cobiçar a esposa do seu companheiro, você não deve desejar a casa do seu companheiro, seu escravo, sua serva, seu boi, seu burro, ou qualquer coisa que pertença ao seu companheiro" (Devarim 5:18). Comenta o Rav Avraham ben Meir zt"l (Espanha, 1092 - 1167), mais conhecido com Ibn Ezra, que muitas pessoas ficam surpresas com este Mandamento e questionam: como é possível uma pessoa não cobiçar em seu coração as coisas boas dos outros, que ela também desejaria ter? Em outras palavras, o Ibn Ezra está questionando que é aparentemente uma Mitzvá impossível de ser cumprida, já que a inveja é um sentimento natural do ser humano. Será que conseguimos controlar um sentimento? Como a Torá pode nos comandar a não sentir uma emoção que surge naturalmente quando alguém tem algo que gostaríamos de ter? Quando alguém reforma a casa ou constrói uma linda piscina, como esperar que seu vizinho não deseje ter também uma casa reformada ou uma piscina bonita?

Nossos sábios explicam que a Torá não foi entregue aos anjos, e sim aos seres humanos. D'us conhece nossa má inclinação, Ele sabe das nossas dificuldades. Tudo o que está acima do nosso controle, D'us não nos proibiu, pois Ele não quer que a Torá seja um tropeço para nós, e sim uma escada para o nosso crescimento. Portanto, se a Torá nos proibiu de sentirmos inveja do nosso companheiro, isto significa que é algo possível de colocarmos em prática. Mas como podemos fazer isso?

O Ibn Ezra responde com uma interessante parábola. Havia um camponês que, apesar de ser uma pessoa muito simples, era extremamente inteligente. Certo dia, caminhando para o trabalho, ele viu passando nas ruas a carruagem real, e na janela estava a linda princesa. O camponês ficou deslumbrado com a beleza dela, mas logo voltou à realidade e continuou seu caminho. Certamente este camponês não terá pensamentos de cobiça e nem o desejo de se casar com a princesa, pois ele sabe que é algo impossível, que nunca vai acontecer. Ninguém com o mínimo de intelecto deseja o que é impossível.

Além disso, todo indivíduo com o mínimo de inteligência deve saber que não conseguimos dinheiro ou qualquer outra conquista material através da nossa inteligência ou esforço, e sim apenas de acordo com o que D'us nos dá. Filhos, vida e sustento não dependem dos nossos esforços, e sim do "Mazal", o que foi decretado para a pessoa nos mundos espirituais.
 
Por isso, a pessoa inteligente não desejará nem cobiçará. Uma vez que um homem sabe que D'us proibiu a esposa de seu vizinho para ele, esta mulher será mais distante em seus olhos do que a princesa nos olhos do camponês. Ele ficará feliz com o que lhe foi destinado e não permitirá que seu coração cobice e deseje o que não lhe pertence, pois ele sabe que aquilo que D'us não quis lhe dar, ele não poderá adquirir por sua própria força ou plano. Ele, portanto, confiará em seu Criador, que o sustenta e que faz sempre o que é o melhor aos Seus olhos. Devemos nos treinar para perceber que se D'us deu a piscina para nosso vizinho, é algo que Ele quer que o vizinho tenha, e não nós. Desta forma, será algo que estará fora dos nossos desejos. Pessoas normais não desejam se casar com parentes de primeiro grau, mesmo que sejam pessoas muito bonitas, pois foram ensinadas desde a infância que este casamento é proibido. Assim também devemos ensinar aos nossos filhos, desde muito cedo, que o que pertence ao outro é certamente algo que D'us deu para eles, e não para nós, sendo, portanto, proibido para nós. Quanto mais trabalharmos este conceito no nosso intelecto, mais fácil será para não sentirmos inveja dos outros.

O Rav Simcha Zissel Ziv Broida zt"l (Lituânia, 1824 - 1898), mais conhecido como Saba MiKelem, ensina outra maneira de como podemos controlar nossa cobiça e inveja. Por acaso existem pais ou mães que desejem que seus filhos tenham menos posses e passem dificuldades pelo fato de terem sido pobres quando eram pequenos? Obviamente que não. Os pais ficam emocionados quando seus filhos têm mais do que eles e não precisam passar pelas dificuldades que eles passaram. Por que isto acontece? Pois eles amam seus filhos tanto quanto a si mesmos e, às vezes, até mais do que a si mesmos, e por isso eles ficam felizes quando seus filhos alcançam o que desejam. Se nós realmente cumpríssemos a Mitzvá de "ame ao próximo como a si mesmo", não sentiríamos inveja por outra pessoa possuir algo que não está ao nosso alcance. Ficaríamos felizes por ela, assim como ficamos felizes quando nossos filhos têm mais do que nós possuímos.
 
A inveja é, portanto, um sentimento muito negativo. Em primeiro lugar, é uma demonstração de falta de Emuná no Criador do mundo, de que Ele pode nos dar tudo o que Ele quiser, e se não deu, é porque não era necessário para o nosso trabalho neste mundo. Somente Ele sabe de verdade o que é o melhor para nós. Além disso, a inveja é uma força espiritual muito poderosa, que pode inclusive causar danos ao próximo. Porém, o invejoso não sabe que ele é o principal prejudicado pela sua própria inveja, como ensina o mais sábio de todos os homens, Shlomo Hamelech: "A inveja apodrece os ossos" (Mishlei 14:30), isto é, apodrece os ossos do próprio invejoso, pois a energia negativa criada acabará muitas vezes recaindo sobre ele mesmo.
 
Ensinam os nossos sábios: "Quem é o rico? Aquele que está feliz com sua porção" (Pirkei Avót 4:1). A pessoa com Emuná é uma pessoa mais tranquila. Vivemos mais leves quando sabemos que é D'us que controla tudo, e que somente Ele sabe o que é o melhor para nós de verdade. Devemos ficar felizes pelo que os outros têm, pois é isso que eles precisam, é isso o que D'us decretou para eles. Imagine que paraíso seria se pudéssemos ficar felizes com o que os outros têm da mesma maneira que ficamos felizes com o que nós temos. Este paraíso D'us nos entregou no último Mandamento. Não cobice e seja feliz.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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