quinta-feira, 5 de março de 2020

PREOCUPAÇÃO COM O PRÓXIMO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT TETSAVÊ E PURIM 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
   
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT

PARASHAT TETSAVÊ 5780:

São Paulo: 18h10                   Rio de Janeiro: 17h56 
Belo Horizonte: 18h01                  Jerusalém: 17h05
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BS"D
ASSUNTOS DA PARASHAT TETSAVÊ

- Óleo para Menorá.

-  As 8 Vestes do Cohen Gadol:
1) O Efod ("Avental") e os Engastes.
2) O Choshen Mishpat ("Peitoral").
3) O Meil ("Manto").
4) O Tsits ("Tiara", Placa para a cabeça).
5) Avnet ("Cinto").
6) Ktonet ("Túnica").
7) Mitsnefet ("Turbante").
8) Michnassaim ("Calças").


- As 4 Vestes dos Cohanim simples.-
1) O Ktonet ("Túnica").
2) Avnet ("Cinto").
3) Migbaat ("Turbante").
4) Michnassaim ("Calças").


- A Consagração dos Cohanim.
- A Consagração do Altar.
- O Korban Tamid.
- O Mizbeach (Altar) de Incenso.

PREOCUPAÇÃO COM O PRÓXIMO - PARASHAT TETSAVÊ E PURIM 5780 (06 de março de 2020)


Reinaldo era um milionário. Certo dia, quando estava em uma longa viagem de carro, decidiu escutar um CD com aulas de Torá que havia pego na sinagoga. A aula era sobre o uso desequilibrado dos nossos bens materiais. O rabino estava explicando que a maioria das pessoas vive correndo atrás do dinheiro e fazendo de tudo para obtê-lo, mesmo sabendo que não poderão levá-lo depois da morte.

Reinaldo ficou muito irritado com o discurso do rabino. Pensou consigo mesmo que o rabino falava daquela maneira apenas por não ter condições de ter uma vida de luxo e conforto como a sua. Porém, aquelas palavras ficaram na cabeça dele e, naquela noite, ele não conseguiu dormir.

Na manhã seguinte, Reinaldo juntou todos os funcionários de sua empresa no refeitório. Todos acharam que ele faria algum comunicado importante. Porém, Reinaldo pediu para que alguém sugerisse uma forma de como levar as riquezas depois da morte. Os funcionários pensaram que Reinaldo tinha enlouquecido. Ele pôde escutar as risadinhas e os cochichos dos funcionários. Dias se passaram e ninguém veio trazer uma resposta a ele. Reinaldo começou a se sentir angustiado. Será que o rabino estava realmente certo?
 
Certo dia, um senhor religioso, com uma longa barba branca, veio ao escritório de Reinaldo. Ele informou que tinha ouvido a pergunta que ele fez aos funcionários e que tinha uma resposta para ela. Reinaldo estava ansioso para ouvir o que aquele senhor, que parecia ser muito sábio, tinha para falar. Mas, ao invés de responder diretamente a pergunta, o senhor perguntou se Reinaldo já havia viajado para o exterior. Reinaldo disse que havia visitado quase todos os países do mundo. Então, o senhor perguntou como ele havia feito para fazer compras nos Estados Unidos. Reinaldo, sem entender aonde aquele senhor queria chegar com suas perguntas, pacientemente explicou que, antes da viagem, havia convertido seus reais em dólares americanos. O senhor perguntou o que ele havia feito quando foi para a Inglaterra, e Reinaldo novamente explicou que havia convertido seus reais em euros. O sábio então questionou o motivo de ele não ter levado reais em suas viagens. Reinaldo riu da pergunta aparentemente tola, mas respondeu que os reais não tinham valor nos Estados Unidos e nem na Inglaterra. O sábio então concordou com ele e disse:

- Você quer ir para o Mundo Celestial após a sua morte, certo? Bom, no Mundo Celestial não aceitam reais e nem dólares. O nome da moeda de lá é "Mitzvót". Portanto, antes da sua "viagem", você precisa converter todo o dinheiro que você deseja utilizar em Mitzvót. Somente assim você poderá utilizar seu dinheiro lá.

Reinaldo ficou impressionado com a resposta daquele homem sábio. Realmente ele usava seu dinheiro de uma maneira egoísta e materialista, sempre pensando nos prazeres momentâneos. A partir daquele dia, Reinaldo mudou. Ele começou a prestar mais atenção às pessoas necessitadas e passou a ajudar os outros sem esperar nada em troca. Em outras palavras, Reinaldo começou a converter seu dinheiro em Mitzvót para que, quando saísse deste mundo, pudesse levar com ele uma grande fortuna."

Precisamos de dinheiro para sobreviver e ter uma vida confortável neste mundo. No entanto, também podemos usar nosso dinheiro para ajudar os outros. Não levaremos daqui nada do que acumulamos. Se usarmos o dinheiro para fins significativos, obteremos méritos que serão preciosos em nossa jornada espiritual eterna.

A Parashat desta semana, Tetsavê (literalmente "Ordene"), se alonga na descrição das roupas do Cohen Gadol, com todo o seu esplendor. E há um detalhe incrível nesta Parashá que a torna única: desde o nascimento de Moshé, na Parashat Shemót, até o fim da Torá, esta é a única Parashat na qual o nome de Moshé não é mencionado nenhuma vez. Também há outra curiosidade nesta Parashat que nos chama a atenção. Moshé faleceu no dia 7 do mês judaico de Adar, aos 120 anos. E sempre o Yortzeit (aniversário de falecimento) de Moshé coincide com a semana da Parashat Tetsavê, a Parashat na qual o nome de Moshé não é mencionado. Mas por que D'us omitiu o nome de Moshé em uma das Parashiót da Torá?

A resposta está na Parashat da semana que vem, Ki Tissá, na qual a Torá descreve um dos eventos mais trágicos da história do povo judeu: a construção do Bezerro de ouro, um ato de desespero do povo judeu que beirou a idolatria e quase levou ao extermínio do povo. D'us, em um momento de fúria, disse para Moshé: "Agora Me deixe, e Minha ira se acenderá contra eles, para que Eu os aniquile e faça de você uma grande nação" (Shemot 32:10). D'us pouparia apenas Moshé da destruição e reconstruiria o povo judeu a partir dele.
 
Este episódio nos lembra de outro trágico acontecimento na história do mundo. A humanidade havia se desviado dos caminhos de D'us e se corrompido. D'us então decidiu apagar do mundo todos os seres que havia criado. Somente Noach, uma pessoa reta, encontrou graça aos olhos de D'us. Ele e sua família foram escolhidos para reconstruir a humanidade. Eles receberam o comando de D'us de construir uma arca gigantesca, aonde levariam também alguns animais de cada espécie. Durante 120 anos Noach trabalhou para cumprir a vontade de D'us.

Porém, eram necessários tantos anos para construir esta arca? A verdade é que, apesar das suas enormes dimensões, certamente a arca poderia ter sido construída em muito menos tempo. Então por que o "projeto" durou 120 anos? Pois D'us queria dar mais uma chance para a humanidade. Noach teve tempo suficiente para fazer com que mais pessoas se arrependessem e ganhassem o direito de entrar na arca para serem salvos. Mas infelizmente conhecemos o triste final da história: mesmo depois de 120 anos, ninguém mais foi salvo. Como isto é possível? Noach era um Tzadik em seus atos, mas não se importou de verdade com o restante da humanidade. Quando ele escutou de D'us que ele e sua família seriam salvos, se tranquilizou. Não doeu como deveria ter doído em seu coração o fato de que toda a humanidade morreria. É por isto que o profeta Yeshayahu chama o dilúvio de "מי נח" (As águas de Noach) (Yeshayahu 54:9), demonstrando que, aos olhos de D'us, a "omissão de socorro" de Noach foi algo muito grave, como se Noach tivesse causado o dilúvio.

Qual é o ponto em comum entre estes dois eventos trágicos? Nas duas situações, D'us comunicou para os dois maiores Tzadikim de suas respectivas gerações, Noach e Moshé, sobre as futuras tragédias que ocorreriam. Por que D'us fez isso? Para dar a chance de eles atuarem como verdadeiros líderes, preocupados com as outras pessoas. Moshé passou no seu teste com louvor, mas Noach não. O Rav Ytzchak Luria zt"l (Israel, 1534 - 1572), mais conhecido como o grande sábio kabalista Arizal, conecta os dois eventos de maneira ainda mais profunda. Ele afirma que Moshé era a reencarnação de Noach, que havia recebido uma nova oportunidade para consertar seu erro do passado. Moshé viveu 120 anos, exatamente o mesmo tempo que Noach teve para salvar outras pessoas, mas que ele havia desperdiçado.
 
Quando Moshé escutou de D'us que ele seria poupado da destruição, ele poderia ter se acomodado. Porém, diferente de Noach, Moshé reagiu ao aviso de D'us de que todo o povo judeu seria apagado. Moshé se levantou e disse: "E agora, se Você puder ao menos perdoar o pecado deles! Mas se não, por favor, me apague do Seu livro que Você escreveu" (Shemot 32:32). Em outras palavras, Moshé estava fazendo um ato de "Messirut Nefesh", isto é, entregando sua própria vida em prol do povo judeu. Ele era um Tzadik, não havia transgredido na construção do Bezerro de ouro, mas não quis ficar sentado enquanto seus irmãos eram destruídos. Ele estava disposto a abdicar da sua própria existência se isto ajudasse na salvação do povo judeu. Seus apelos e rezas foram atendidas por D'us e o povo judeu foi perdoado. Para cumprir o pedido de Moshé, pelo menos em parte, D'us não o apagou de toda a Torá, mas o apagou de uma Parashat inteira.
 
Ao entregar sua própria vida em prol do povo judeu, Moshé estava consertando o ato egoísta de Noach. A prova disso é que a palavra usada por Moshé foi "מחני" (me apague), que contém exatamente as mesmas letras de "מי נח". Moshé viveu uma vida de entrega total ao seu povo. Ele foi um líder incrível, pois as necessidades do povo eram sempre mais importantes do que as suas próprias necessidades. Ele aprendeu a desenvolver sua sensibilidade, a ponto de sentir a dor de seus irmãos e estar sempre procurando formas de ajudá-los.
 
Estamos chegando à próxima parada do Calendário Judaico: a Festa de Purim, que se inicia na próxima 2ª feira de noite (10 de março), na qual revivemos a milagrosa salvação do povo judeu do terrível decreto de Haman, que queria a aniquilação de todo o povo. Um dos motivos pelos quais os judeus não tinham uma proteção Divina especial encontra-se nas palavras utilizadas por Haman para convencer o rei Achashverosh a matar os judeus: "Há um povo, espalhado e disperso entre os povos" (Esther 3:8). Os comentaristas explicam que isto não se refere apenas a uma dispersão física, mas principalmente a uma dispersão espiritual, isto é, a desunião do povo. Quando o povo judeu fica desunido, D'us se afasta. Por isso, parte da salvação foi justamente quando eles se uniram em prol de um único objetivo. Quando voltaram a sentir que um era responsável pelo bem estar do outro, em uma única noite toda a situação se reverteu favoravelmente ao povo judeu.
 
Noach foi cobrado por D'us por não ter se importado com aqueles que haviam se desviado do caminho. Nós também seremos cobrados por não nos importarmos com aqueles que estão afastados. Se não podemos trazer outras pessoas de volta aos caminhos de D'us através de aulas, que ao menos possamos sentir a dor deles. Não estamos isentos de ao menos rezar pelos nossos irmãos e nos importarmos de verdade com eles. Foi isto que nos salvou do exílio da Pérsia e, certamente, é isto que nos salvará do exílio no qual nos encontramos agora.
 

 SHABAT SHALOM E PURIM SAMEACH
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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