quinta-feira, 27 de maio de 2021

SENTINDO O GOSTO DO SEU PRÓPRIO VENENO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BEHAALOTECHÁ



São Paulo: 17h08                  Rio de Janeiro: 16h56 
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ASSUNTOS DA PARASHÁ BEHAALOTECHÁ
  • Acendendo a Menorá.
  • Inauguração dos Leviim.
  • Responsabilidade dos Leviim.
  • O primeiro Pessach no deserto (2º ano).
  • Pessach Sheni.
  • Sinais Divinos para iniciar as viagens.
  • As Trombetas.
  • Moshé convida Itró (Chovev) a se juntar ao povo judeu.
  • A Viagem do Sinai.
  • A Arca Parte (Nun invertido).
  • Queixas e o fogo Celestial.
  • Reclamação do Man e desejo por carne.
  • Moshé reclama com D'us do peso do povo e D'us escolhe 70 anciãos.
  • A Codorniz e a praga.
  • Lashon Hará de Miriam e Aharon sobre Moshé.
  • D'us ressalta o valor único de Moshé.
  • A Punição de Miriam (Tzaraat).
  • riam de Quarentena fora do acampamento e o povo espera.
BS"D

SENTINDO O GOSTO DO SEU PRÓPRIO VENENO - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5781 (28/maio/2021)

 
"Um milionário antissemita foi comer em um restaurante luxuoso. Chegando lá, ele deu de cara com um judeu sentado. Seu sangue ferveu e ele decidiu humilhar aquele judeu. Chamou o garçom de lado e disse:
 
- Veja qual é o prato mais caro desse lugar e sirva a todos neste restaurante, menos àquele judeu.
 
O garçom fez conforme foi pedido. Logo as pessoas se levantaram para agradecer ao antissemita pelo presente. Porém, ao contrário do que ele esperava, o judeu também fez um aceno de agradecimento.
 
O antissemita ficou ainda mais irritado. Como estava determinado a humilhar aquele judeu, ele perguntou ao garçom qual era a sobremesa mais cara. Pediu para que servissem a todos, menos ao judeu. Feito isso, todos se levantam e agradeceram. Porém, novamente o judeu também lhe agradeceu, com um leve sorriso no rosto.
 
O antissemita estava agora explodindo de raiva. Ele estava determinado a destruir a honra daquele judeu. Perguntou qual era o vinho mais caro e pediu para que o garçom servisse a todos, menos ao judeu. Novamente todos lhe agradeceram e o judeu, não conseguindo mais disfarçar o sorriso, também acenou, agradecendo.
 
O antissemita, não aguentando mais, explodiu de raiva. Sem conseguir nem terminar seu jantar, ele levantou-se para ir embora. Pagou a conta milionária, dirigiu-se furiosamente ao judeu e perguntou:
 
- Como pode ser que você me agradece se você foi o único que não recebeu nada?
 
O judeu, com um enorme sorriso, respondeu:
 
- Pelo contrário, eu fui aquele que mais recebeu. Eu sou o dono do restaurante. Muito obrigado por tudo o que você gastou aqui."
 
A piada é engraçada, e nos ensina uma importante lição. Aquele antissemita, que queria tanto envergonhar o judeu, saiu de lá envergonhado. Nada como provar do seu próprio veneno.

Nesta semana lemos a Parashá Behaalotechá (literalmente "Quando fizer subir"), que começa falando sobre o acendimento diário da Menorá. A Parashá também fala sobre as responsabilidades da Tribo de Levi e das viagens do povo judeu no deserto.
 
Além disso, a partir desta Parashá, a Torá começa a descrever muitos erros do povo judeu durante os 40 anos em que esteve no deserto, como rebeliões, reclamações e choros sem motivo, que deixaram D'us extremamente irritado e causou com que o povo fosse castigado de forma muito dura por diversas vezes. O comportamento do povo era tão difícil que nem mesmo Moshé, com toda a sua humildade, amor e paciência, estava suportando o enorme peso, como está escrito: "Eu não consigo carregar sozinho toda a nação, pois é muito pesado para mim" (Bamidbar 11:14). D'us então orientou Moshé a escolher 70 anciãos do povo, sobre os quais seria acrescentado um pouco mais de espiritualidade, e eles ajudariam Moshé na difícil tarefa de conduzir o povo no deserto. De acordo com o Talmud (Sanhedrin 2a), esta foi a primeira formação do Grande Sanhedrin, a "Suprema Corte Judaica", que naquele momento não teria a função de fazer os julgamentos do povo, e sim de dar o suporte necessário para Moshé. E assim Moshé fez, exatamente como D'us o havia instruído.
 
Porém, a escolha dos 70 anciãos causou um incidente que é descrito na continuação da Parashá. Os 70 anciãos escolhidos deveriam ter se reunido com Moshé diante do Mishkan, mas dois dos anciãos escolhidos, Eldad e Meidad, ficaram no acampamento. Por estarem entre os nomeados, mesmo que eles não tinham se reunido com Moshé e os outros anciãos, eles receberam o acréscimo de espiritualidade e começaram a profetizar.
 
A Torá registra que Yehoshua, o maior aluno de Moshé, ficou furioso com o comportamento deles. Eles haviam profetizado publicamente que Moshé iria morrer e que Yehoshua seria o responsável em conduzir o povo à Terra de Israel. Yehoshua então sugeriu a Moshé uma punição a eles, como está escrito: "Meu mestre Moshé, kelaim" (Bamidbar 11:28). O Rav Shmuel ben Meir zt"l (França, 1085 - 1158), mais conhecido como Rashbam, segue uma interpretação mais literal do versículo e traduz "kelaim" como "vamos encarcerá-los", da palavra "kela", que significa "prisão". Yehoshua queria que aqueles dois homens fossem punidos por seu descaramento de dizerem publicamente que Moshé iria morrer e não conduziria o povo para a Terra de Israel, o que ele considerava como sendo uma falsa profecia.

Rashi (França, 1040 - 1105), porém, traz esta explicação apenas como uma segunda interpretação da sugestão de Yehoshua a Moshé. Sua explicação principal está baseada na palavra "kalê", que significa "destruir". Em outras palavras, o que Yehoshua estava sugerindo a Moshé, segundo Rashi, era que aqueles dois homens fossem destruídos por causa da transgressão que tinham cometido. Mas o que significa que Yehoshua queria destruí-los? Será que eles mereciam pena de morte? Além disso, por que Rashi não deu preferência à interpretação mais literal, como fez o Rashbam? E, finalmente, como esta sugestão de punição trazida por Yehoshua se encaixava com o erro cometido, de terem profetizado no meio do acampamento?
 
Explica Rashi que quando Yehoshua sugeriu a Moshé que Eldad e Meidad fossem destruídos, não estava pedindo para que eles fossem mortos, e sim que fossem nomeados para posições públicas que exigissem o envolvimento com assuntos comunitários. Mas por que ter que se envolver com assuntos comunitários representaria a destruição deles?
 
Antes de tudo precisamos entender qual foi exatamente o erro de Eldad e Meidad. Como todos os anciãos que haviam sido convocados por Moshé, eles também deveriam ter ido se reunir diante do Mishkan, mas eles não foram e mesmo assim quiseram profetizar no meio do acampamento. Segundo o Ramban (Espanha, 1194 - Israel, 1270), a fúria de Yehoshua foi motivada por sua percepção de que, uma vez que Moshé convocou os setenta anciãos e deu a eles o dom da profecia, a relutância de Eldad e Meidad em estarem presentes era um ato de rebeldia, uma afronta contra a liderança de Moshé. Por isso mereciam receber uma punição.
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que, como Eldad e Meidad estavam fazendo um ato de rebeldia pública, eles poderiam ser vistos como exemplos pelas pessoas, que já estavam começando a ficar cansadas das constantes cobranças de D'us e os terríveis castigos que eles já haviam recebido por suas desobediências. Consequentemente, o encarceramento de Eldad e Meidad não seria a atitude recomendada, pois quando uma pessoa é um dissidente político, encarcerá-la traz mais atenção para sua causa e pode desencadear um movimento popular em seu apoio. Yehoshua sabia que eles se tornariam mártires da sua causa e, ao invés de silenciá-los, a prisão faria deles ainda mais populares. Então qual seria a solução para silenciá-los e não dar mais voz à causa rebelde deles?
 
Yehoshua teve uma grande ideia. Se Eldad e Meidad estavam se opondo à maneira como a liderança estava servindo à nação, a melhor atitude seria torná-los parte do sistema, deixando-os experimentar a dificuldade de lutar contra a pressão da comunidade. Colocá-los em cargos públicos, tendo que lidar diretamente com as constantes reclamações do povo, poderia ter dois resultados diferentes. Uma opção seria que aprenderiam a ter empatia, pois estando mais presentes, enxergariam os esforços de Moshé em fazer sempre o melhor pelo povo e perceberiam como as reclamações do povo e suas rebeldias eram sempre infundadas. Outra opção é que, ao colocar sobre eles a responsabilidade de assuntos comunitários, isso acabaria com eles, por causa de toda a preocupação e ansiedade que estes cargos acarretam. De qualquer forma, a oposição à liderança de Moshé se desmancharia, ou por transformá-los em pessoas que apoiavam e contribuíam com o sistema, ou por destruí-los em sua tentativa de reformar o sistema.
 
Apesar de a Torá ter sido entregue há mais de 3.300 anos, este ensinamento é extremamente atual. Vemos este fenômeno acontecendo no mundo inteiro, quando as populações passam o dia fazendo críticas aos governos, desgastando os seus líderes, muitas vezes embasadas em informações mentirosas. Os partidos de oposição, que deveriam estar preocupados em realmente construir um país melhor, através de críticas construtivas, estão apenas de olho nas próximas eleições, em sua sede pelo dinheiro e poder. É fácil ficar sentado no sofá criticando o sistema. Difícil é arregaçar as mangas, trazer sugestões e ajudar a fazer acontecer.
 
Isto não se aplica apenas às questões políticas, mas também às questões religiosas. É fácil ficar criticando o rabino e a diretoria da sinagoga, enquanto não fazemos absolutamente nada para ajudá-los em todas as dificuldades que acompanham a difícil missão de liderar uma comunidade. Para entender melhor o peso do trabalho comunitário, basta prestar atenção na linguagem com a qual Moshé revelou para D'us que estava muito pesado o seu trabalho: "Se é assim que Você me trata, por favor, me mate se eu encontrei graça aos Teus olhos, para que não veja a minha desgraça" (Bamidbar 11:15). Portanto, não podemos desprezar os esforços daqueles que se dedicam a conduzir uma comunidade. A Parashá nos ensina que podemos e devemos reclamar por um mundo melhor, mas somente se a reclamação foi justificada. Além disso, junto com a reclamação, arregace as mangas e ajude a trazer soluções para o problema.
 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle, Chaia bat Yehudit.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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