| | VÍDEO DA PARASHAT TOLDOT | | | ASSUNTOS DA PARASHAT TOLDOT - Ytzchak e Rivka fazem Tefilá.
- Rivka engravida.
- Bebê se mexe.
- Profecia.
- Nascimento de Yaacov e Essav.
- Venda da primogenitura.
- Fome na terra.
- Ytzchak e os Plishtim.
- Disputa pelos poços.
- O Casamento de Essav.
- Ytzchak fica cego.
- Ytzchak dá a Brachá de primogenitura para Yaacov.
- Ytzchak dá Brachá para Essav.
- Yaacov vai para a casa de seu tio Lavan procurar uma esposa.
- Essav se casa com a filha de Ishmael.
| | | USANDO O MAL PARA FAZER O BEM - PARASHAT TOLDOT 5781 (20 de novembro de 2020) Certa vez, um grupo de meninos saiu da Yeshivá, na cidade de Jerusalém, em um dia de inverno muito frio, para dar uma volta. Os meninos começaram a tremer, apesar de estarem bem agasalhados, pois o frio estava muito intenso. Naquele momento, passou um carrinho com uma pessoa vendendo chá quente. Os meninos correram até o carrinho de chá pra comprar um copo de chá bem quente e assim esquentar o corpo. Um dos meninos, porém, ficou olhando de longe. O vendedor de chá, após servir os outros meninos, perguntou a ele: - Ei, menino, você não quer um copo de chá? - Não, obrigado, eu odeio chá - respondeu o menino. O Rav Arieh Levin zt"l (Polônia, 1885 - Israel, 1969), estava caminhando na rua justamente naquele momento. Ele assistiu aquela cena e rapidamente correu na direção do vendedor de chá. Ele deu ao vendedor uma moeda, comprou um copo de chá quente e ofereceu ao menino. O menino agradeceu, pegou o copo de chá e bebeu de uma só vez o chá quentinho, para se esquentar naquele terrível frio. O vendedor de chá ficou surpreso e falou ao rabino: - Não estou entendendo. Eu perguntei a este menino se ele não queria um copo de chá, mas ele me respondeu que odeia chá. Porém, do jeito que ele bebeu, parece que ele ama beber chá! O Rav Levin deu um sorriso e explicou: - Olha, eu não sei exatamente o que foi que você escutou o menino falar. O que eu escutei foi que, em outras palavras, ele disse que não tinha dinheiro para comprar o copo de chá que ele tanto queria..." O grande segredo de fazer bondades verdadeiras é saber entender e interpretar as palavras dos outros. Muitas mensagens verdadeiras são transmitidas apenas nas entrelinhas. | | Atualmente há muitos palestrantes que se especializaram em estratégias de vendas, marketing e comunicação. Eles ensinam que o caminho para o sucesso profissional é dominar a arte da persuasão positiva, para conseguir o que você quer, quando você quer. Trata-se de uma espécie de manipulação profissional, que parece funcionar caso a pessoa domine bem as técnicas de persuasão. É a arte do controle, poderosa e muito sedutora. Mas será que é correto manipular as pessoas? A resposta está na Parashat desta semana, Toldot (literalmente "gerações"). A Torá continua contando a história dos nossos patriarcas Ytzchak e Rivka, descrevendo um pouco do enorme legado espiritual que eles nos deixaram. Quando Avraham percebeu que estava na hora de Ytzchak se casar, ele não queria que fosse com qualquer mulher. Ele pediu para que seu servo Eliezer viajasse para muito longe, para a terra de sua família, e somente lá procurasse a pessoa ideal, que tivesse as características necessárias para dar continuidade à construção espiritual que ele havia começado com sua esposa Sara. Rivka foi a escolhida como esposa para o filho de Avraham, em especial por causa de seu compromisso excepcional com a bondade e a generosidade. Embora ela tivesse sido criada em uma casa de idólatras e vigaristas, em uma cidade repleta de pessoas trapaceiras e desonestas, ela transcendeu as limitações impostas a ela por sua família e sociedade, e conseguiu se transformar em uma das nossas matriarcas, um dos pilares da humanidade. No início da nossa Parashat, somos informados três vezes em um único versículo que Rivka habitava entre os arameus, conforme está escrito: "E Ytzchak tinha quarenta anos quando tomou para si Rivka, filha de Betuel, o arameu, de Padan Aram, irmã de Lavan, o arameu, como esposa." (Bereshit 25:20). A palavra "Arameu", em hebraico "Arami", tem as mesmas letras da palavra "Ramai", que significa "enganador, trapaceiro". Lavan, o arameu, é conhecido na Torá como a sendo a personificação da enganação. Seu nome em hebraico, "Lavan", significa literalmente "branco". Em outras palavras, ele tem o "dom" de pintar qualquer ação ou intenção maléfica de branco. Por exemplo, após ter combinado com seu sobrinho Yaacov o casamento dele com sua filha Rachel, e fazê-lo trabalhar sete anos para isto, no dia do casamento ele trocou a noiva por sua outra filha, Leá. Quando questionado, Lavan simplesmente disse: "Não é o costume neste lugar casar a filha mais nova antes de casar a filha mais velha". Ele não sentia vergonha por seus maus atos, pelo contrário, ele tinha a habilidade de pintar a situação de uma maneira que parecia que ele estava certo e os outros estavam errados. E não apenas Betuel e Lavan, mas todos os habitantes da região de Padan Aram, os arameus, eram trapaceiros. Mas Rivka era diferente? A nossa Parashat descreve o que aparenta ser uma das maiores manipulações ocorridas na história da humanidade, que foi feita justamente por Rivka. Ela tramou um plano, nos mínimos detalhes, para enganar seu próprio marido, que já estava cego, de forma que ele desse a Brachá de Primogenitura a Yaacov, o filho preferido de Rivka, ao invés de dá-la a Essav, o verdadeiro primogênito. Foi um plano bolado com tanta astúcia e sabedoria que deixaria até mesmo Betuel e Lavan, os "reis da malandragem", com inveja. Rivka demonstrou, portanto, ao bolar o plano perfeito para enganar seu próprio marido, que também tinha este "dom" da trapaça, e que o utilizava na prática. Parece que Eliezer conseguiu tirar Rivka de dentro de Padan Aram, mas não conseguiu tirar Padam Aram de dentro de Rivka. Será que existe alguma diferença entre os atos de enganação de Lavan e o ato de enganação de Rivka? E por que a Torá está associando Rivka com Lavan, Betuel e os outros moradores de Padam Aram, aparentemente uma grande vergonha para ela? Explica o Rav Yohanan Zweig que há uma diferença fundamental entre a manipulação de Rivka e a manipulação de Lavan. Mas, antes de tudo, precisamos entender quais são as habilidades necessárias para manipular uma pessoa. Toda manipulação envolve uma compreensão profunda da situação de vida da outra pessoa, como o entendimento do que a faz funcionar, com o que ela se preocupa, do que ela tem medo e o que ela realmente deseja da vida. Todos os manipuladores devem ter esse "dom" extraordinário, de ser capaz de compreender profundamente o outro. E essa característica é realmente uma grande ferramenta para o nosso relacionamento interpessoal, mas tudo depende de como vamos utilizá-lo. A motivação é avaliar os outros para ajudá-los, ou conhecer os outros para ajudar a si mesmo? Rivka é considerado uma grande Tzadeket pois foi capaz de usar esse dom extraordinário para ajudar aos outros, não para tirar nada deles. Já seu irmão Lavan, e os outros habitantes de Padan Aram, eram Reshaim (perversos), pois usavam este dom apenas de forma egoísta, para tomar coisas dos outros, atendendo seus próprios interesses. É por isso que a Parashat começa mencionando a conexão de Rivka com a trapaça e a enganação dos arameus. Não apenas para elogiá-la por ter sido capaz de anular essa inclinação negativa, mas também para expressar o quão grande ela foi espiritualmente, por ter sido capaz de transformar esse poder, predominantemente negativo, em algo positivo, e aplicá-lo para fins nobres. Esta Parashat está nos ensinando dois fundamentos muito importantes. O primeiro fundamento é que quando D'us nos criou, Ele nos deu muitas "ferramentas de trabalho", que são os nossos traços de caráter. Nós já nascemos com alguns deles e adquirimos outros dos nossos pais e da sociedade onde vivemos. Portanto, não foi por acaso que Rivka nasceu justamente em Padan Aram, a "terra da malandragem". Ela precisava destas ferramentas de trapaça para fazer o bem. Por exemplo, esta "astúcia" permitiu que ela soubesse exatamente quem era seu filho Essav, apesar de todo o "teatro" que ele fazia para enganar as pessoas. Já Ytzchak, que não tinha esta "astúcia", não conseguiu perceber a enganação do seu filho. Esta ferramenta também permitiu que Rivka evitasse que uma tragédia acontecesse, caso Essav utilizasse a Brachá da primogenitura de uma maneira imprópria, profanando todo o potencial espiritual dela. Além disso, a Brachá pertencia verdadeiramente a Yaacov, pois Essav a havia vendido. Rivka utilizou a "astúcia" para que a verdade prevalecesse. O segundo fundamento é que podemos utilizar todos os traços de caráter para o bem, até mesmo aqueles que parecem mais indignos. O "dom" da trapaça pode ser utilizado para entender melhor os outros, saber exatamente o que eles precisam, quais são suas dificuldades e medos, ajudando-os a atingir seus objetivos. Por exemplo, as mulheres receberam esse poder de manipular para o bem. É só perceber como as mães lidam com seus filhos, dedicando muito tempo para conhece-los de verdade e entender o que cada filho precisa. Desta maneira, muitas vezes as mães conseguem "enganar" os filhos, para que eles façam o que precisam fazer. Com esta astúcia, as crianças pensam que estão no controle, fazendo o que querem, quando na realidade estão fazendo o que as mães sabem que precisa ser feito. Este é o dom que Rivka deixou de herança para nós. Precisamos utilizar nossas ferramentas para fazer o bem da melhor maneira possível. Gastar mais tempo para entender melhor as pessoas, refletir sobre as melhores maneiras de ajudar, dar mais atenção aos outros, de forma quantitativa e qualitativa. Que possamos compreender melhor os outros, para que possamos manipular o mundo de maneira positiva, isto é, transformar este mundo em um lugar melhor, mais justo e com mais valores. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |