quinta-feira, 23 de abril de 2020

QUEM QUER VIDA? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT TAZRIA E METSORÁ 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHIÓT TAZRIA E METSORÁ 5780:

São Paulo: 17h24                   Rio de Janeiro: 17h12 
Belo Horizonte: 17h17                  Jerusalém: 18h39
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ASSUNTOS DAS PARASHIÓT
 
Tazria
 
- Impureza ao dar à Luz.
- A Tzaráat.
- Carne viva numa mancha.
- Tzaráat numa infecção.
- Tzaráat na queimadura.
- Pedaço de calva.
- Manchas brancas turvas.
- Calvície.
- Descoloração das roupas.
Metsorá
 
- Purificação de um Metsorá.
- A Oferenda do Metsorá pobre.
- Descoloração nas casas.
- Fluxos Masculinos.
- Fluxos Femininos.
 

QUEM QUER VIDA? - PARASHIÓT TAZRIA E METSORÁ 5780 (24 de abril de 2020)

 
"Rodrigo ligou para seu amigo Joel, pedindo a indicação de um bom fotógrafo para a festa de Bar Mitzvá do seu filho. Joel deu a ele o contato de Rubens, um excelente fotógrafo, que cobrava preços muito razoáveis.
 
- Ouvi falar dele - disse Rodrigo - Mas também ouvi coisas muito negativas sobre ele. Escutei que ele foi recentemente contratado para tirar fotos de um Bar Mitzvá, mas que chegou quase no final. Ele deixou de fotografar as melhores partes da festa. Não contrataria uma pessoa assim tão irresponsável!
 
- Você tem certeza que é verdade o que está me contando? - perguntou Joel, sem acreditar no que estava escutando. Ele conhecia bem Rubens, sabia que era um profissional muito sério e de boa índole.
 
- Tenho certeza absoluta. Era a banda do Rafael que estava tocando naquela festa, e foi ele que me contou sobre o fotógrafo. E conheço também outra pessoa que estava presente na festa e confirmou tudo.
 
- Talvez tenha sido um imprevisto, uma força maior - disse Joel, tentando julgar o fotógrafo favoravelmente.
 
- Não acredito que haja nenhum motivo justificável para o atraso dele. Ele deveria ter saído mais cedo de casa, prevendo um pneu estourado ou um congestionamento. Se ele não chegou a tempo, com certeza foi negligente! Não há nada que justifique tamanho atraso de um fotógrafo!  
 
Quando Joel desligou o telefone, estava em um dilema. Ele gostava muito de Rubens, mas será que poderia continuar recomendando o trabalho de alguém que não era confiável? No dia seguinte, decidiu verificar a história por conta própria. Ligou para Rafael, o músico da banda, e verificou que a história era verdade. Joel ficou profundamente decepcionado com Rubens e estava decidido a não indicá-lo a mais ninguém. Por obra do destino, no dia seguinte Joel encontrou Rubens na sinagoga. Incomodado, ele foi direto ao ponto e perguntou:
 
- É verdade que você chegou quase no final de um Bar Mitzvá, deixando a família sem o registro de muitos momentos felizes?
 
- Sim, é verdade - respondeu Rubens - Mas por que você está me perguntando isto?
 
Joel explicou que o havia indicado para a festa de um amigo, mas a pessoa havia recusado por causa de seu ato irresponsável naquele Bar Mitzvá. Rubens olhou para ele, incrédulo, e depois explicou o que havia acontecido:
 
- Que loucura! Que Lashon Hará terrível! O trabalho não era meu! O fotógrafo que havia sido contratado para o trabalho simplesmente não apareceu. Recebi uma ligação de emergência no meio da festa, para que eu fosse para lá imediatamente e tentasse salvar a situação. Apesar de estar muito ocupado naquele momento, larguei tudo o que estava fazendo e corri o mais rápido possível. Eu nem cobrei nada, fiz como um favor pessoal a eles.
 
Joel sentiu-se envergonhado. Por que não tinha sido mais cuidadoso? Por que havia acreditado tão rápido naquele Lashon Hará? Pediu perdão a Rubens por ter desconfiado dele e imediatamente ligou para seus amigos, para impedir que eles continuassem contando aquela mentira para outras pessoas" (História Real)
 
O Lashon Hará pode destruir vidas e prejudicar o sustento de pessoas honestas. Cuidado com a sua fala.

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Tazria (literalmente "Concebe") e Metsorá (literalmente "Pessoa contaminada com a doença Tzaráat"), cujo ponto em comum é uma doença espiritual chamada Tzaráat, que além de manchar a pessoa espiritualmente, também apresentava uma manifestação física, que eram manchas na pele da pessoa. O principal motivo para o aparecimento da Tzaráat era a terrível transgressão da Lashon Hará, falar de forma negativa sobre as pessoas, causando perdas financeiras, psicológicas, sociais ou espirituais. Uma das provas que a Lashon Hará estava diretamente conectada com a Tsaráat está nas palavras iniciais da Parashat Metsorá: "D'us falou com Moshé e disse: 'Esta deve ser a lei do Metsorá, no dia de sua purificação'" (Vayikrá 14:1,2). A palavra "Metsorá" descreve a pessoa que contraiu a doença espiritual de Tsaráat. O Midrash diz que a palavra "Metsorá" na realidade é a contração das palavras "Motsi Shem Rá", que literalmente significa "Aquele que traz um mau nome", isto é, aquele que denigre o seu companheiro.
 
O Talmud (Avodá Zará 19b) traz um ensinamento muito interessante em relação aos cuidados com a nossa fala. O Rav Alexandri andava pelas ruas da cidade e anunciava "Quem quer vida?". As pessoas, pensando que tratava-se da descoberta de algum elixir de vida longa, aglomeravam-se ao redor dele e diziam: "Nos dê vida". O Rav Alexandri então citava um versículo dos Salmos: "Quem é o homem que deseja a vida?... Guarda a sua língua do mal..." (Tehilim 34:13,14). Ele explicou ainda que, para as pessoas que pensam que a melhor maneira de guardar a língua é dormindo, o versículo continua e diz "Afaste-se do mal e faça o bem" (Tehilim 34:15), e explicou que não há "bem" exceto a Torá, como diz o Shlomo HaMelech, o mais sábio de todos os homens: "Pois Eu dei a vocês um bom ensinamento, não abandonem a Minha Torá" (Mishlei 4:2). Mas qual é a conexão entre a Torá e evitar a Lashon Hará?
 
A resposta está em uma história muito parecida, descrita em um Midrash, porém com algumas pequenas diferenças. Um vendedor ambulante costumava viajar de cidade em cidade, nas vizinhanças da cidade de Tsipori, e assim ele anunciava: "Quem quer o elixir da vida?". As pessoas, ao escutarem o que ele estava anunciando, achavam que ele estava vendendo algo milagroso, um elixir que garantia vida longa, e por isso se amontoavam ao seu redor. O Rav Yanai, que estava sentado estudando, chamou o vendedor ambulante para entrar e vender-lhe o elixir. O vendedor ambulante disse ao Rav Yanai que ele e pessoas como ele não precisavam do elixir. Mesmo assim o Rav Yanai insistiu mais uma vez. O vendedor ambulante foi até ele, pegou um livro de Salmos e mostrou-lhe os versículos "Quem é o homem que deseja a vida? Guarda sua língua do mal... Afaste-se do mal e faça o bem". O Rav Yanai disse então que durante toda a sua vida nunca havia entendido o significado daqueles versículos até a vinda daquele vendedor ambulante.
 
Este Midrash desperta muitos questionamentos. Em primeiro lugar, por que o vendedor ambulante precisou mostrar ao Rav Yanai o versículo escrito dentro do livro, se o Rav Yanai era um grande erudito e certamente sabia aquele versículo de cor? Além disso, o que o vendedor ambulante acrescentou ao Rav Yanai no entendimento do versículo, a ponto de ele dizer que não havia entendido o versículo até aquele momento? E, finalmente, se aquele homem era realmente um vendedor ambulante, de que servia ao seu negócio que as pessoas se amontoassem ao seu redor, escutassem um ensinamento de ética e fossem embora sem comprar nada? Se a profissão dele era sair pelas ruas apenas dando "sermões", carregando uma cesta nos ombros para fingir que era um vendedor ambulante, por que o Midrash o chamou de vendedor ambulante?
 
Explica o Rav Yaacov Kamenetzky zt"l (Lituânia, 1891 - EUA, 1986) que aquele homem citado pelo Midrash era realmente um vendedor ambulante, mas além de ter poções entre suas mercadorias, ele também tinha textos de Torá para vender e, para atrair compradores para os seus textos, ele gritava: "Quem quer o elixir da vida?". A prova disso é que o vendedor ambulante dizia "Quem quer o elixir da vida?", enquanto o Rav Alexandri dizia apenas "Quem quer vida?". Isto vem nos ensinar que proteger a língua do mal é a própria vida, enquanto o texto de Torá é o elixir da vida. Quando o Rav Yanai pediu para ver o elixir da vida, ele já sabia que guardar a língua representava a vida, mas ele não sabia como fazer para guardar a língua da maneira correta. O vendedor ambulante mostrou a ele o elixir, isto é, o texto de Torá, e este foi o fato novo para o Rav Yanai, de que o estudo da Torá é o elixir da vida, a "poção mágica" contra o Lashon Hará. Esta era a intenção do vendedor ambulante quando disse ao Rav Yanai que ele não precisava do elixir, isto é, dos textos de Torá, pois ele já estava sentado estudando Torá. É  por isso que o Rav Yanai ficou tão surpreso e disse que não sabia o quão simples era cumprir o que o versículo ensinava.
 
Nossos sábios ensinam que o povo judeu disse a D'us: "Já que Você nos advertiu tantas vezes na Torá sobre a severidade de falar Lashon Hará, Você também precisa nos dar um "freio" para as nossas bocas". D'us então respondeu: "Eu lhes dei a Minha Torá. Se vocês gastarem seu tempo aprendendo-a, não falarão Lashon Hará". Uma das maiores armas do Yetser Hará é a ignorância. Aquele que não estuda Torá se assemelha àquele que entra em um jogo de futebol sem saber as regras. Da mesma forma que o mundo material tem regras, assim também funciona no mundo espiritual. Se não as conhecemos, certamente as estamos descumprindo.
 
Nos ensina Shlomo HaMelech: "Morte e vida estão no poder da língua" (Mishlei 18:21). Se o homem utiliza o poder da fala para dizer palavras da Torá, incentivar pessoas ou repreender aqueles que fazem transgressões para ajudá-las a adquirir mais méritos espirituais, então esta pessoa está trazendo vida para ela e para o mundo inteiro. Por outro lado, se ela usa o poder da fala para se envolver em calúnias, afastar pessoas e criar intrigas, ela traz morte para o mundo e para si mesma. Através do estudo da Torá nós crescemos e nos transformamos em pessoas melhores. A Torá nos ensina qual deve ser o nosso comportamento em cada situação e como enxergar as coisas de forma positiva. Através de palavras bondosas nós construímos as pessoas. Portanto, está no estudo da Torá e no uso correto das palavras o verdadeiro poder de construir um mundo melhor.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

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