quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

MARIONETES NAS MÃOS DO CRIADOR - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYIGASH 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Sr. Yakov Aharon ben Rivka Raisla
Haim David ben Esther
Chaim Michael ben Matania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAYIGASH 5783



         São Paulo: 18h36                  Rio de Janeiro: 18h21 

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MENSAGEM DA PARASHÁ VAYIGASH

 
ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYIGASH
  • Yehudá enfrenta o "vice-rei".
  • Yossef manda todos saírem da sala.
  • Yossef se revela.
  • Irmãos de Yossef voltam para casa, para buscar famílias.
  • Yossef manda presentes a Yaacov.
  • A família de Yaacov prepara-se para ir ao Egito.
  • Genealogia dos filhos de Yaacov.
  • O reencontro de Yaacov e Yossef.
  • O encontro de Yaacov e o Faraó.
  • A fome no Egito fica cada vez mais dura.
  • Yossef compra todo o Egito.
BS"D

MARIONETES NAS MÃOS DO CRIADOR - PARASHÁ VAYIGASH 5783 (30/dez/22)

 "Nos anos 80, o Irã estava envolvido em uma sangrenta guerra com o Iraque. Na cidade de Shiraz, no Irã, muitos jovens eram convocados diariamente para o serviço militar, entre eles jovens judeus. Certa vez, Menashe foi convocado. Felizmente ele não iria para a frente de batalha, ficaria no escritório, como contador do exército. Porém, mesmo assim, ele precisava participar diariamente de todos os treinamentos militares, para se preparar para a guerra junto com os outros soldados.
 
Certo dia, Menashe estava sentado na sala de aula, com dezenas de soldados árabes, aprendendo sobre campos minados e como neutralizar bombas. De repente, alguém entrou na sala de aula e pediu a ele que fosse urgentemente ao escritório central, pois o general o estava chamando. Menashe estranhou. O que poderia ser tão urgente, para que fosse necessário tirá-lo do meio de um treinamento importante? Assim que ele entrou no escritório, o general lhe deu um forte tapa na cara e disse:
 
- Seu judeu sujo! Você cometeu um erro nos seus cálculos. Você não consegue lidar nem mesmo com dados simples! Eu vou fazer você pagar caro por este erro!
 
Menashe ficou apavorado. Ele sabia que poderia ser punido de forma muito dura. Em sua cabeça passava somente um pensamento: "Por que D'us está fazendo isso comigo?". Menashe tentou manter a calma. Respirando fundo, ele começou a explicar ao general sua planilha, mostrando que não havia errado nos cálculos. Enquanto eles estavam discutindo sobre o assunto, ouviram o som de uma explosão muito forte. Seria algum ataque dos iraquianos? Menashe e o general deitaram-se no chão, para se proteger.
 
Algum tempo depois a verdade veio à tona. Enquanto Menashe estava no escritório do general, o instrutor do curso de explosivos foi demonstrar na prática como desativar uma mina. Porém, ele fez algo errado e a mina explodiu, matando todos os soldados. Apenas Menashe, que estava fora da sala de aula, sobreviveu"
 
É incontável o número de histórias nas quais situações que pareciam ruins demonstraram ser, na realidade, grandes salvações. Este é o conceito da "Hashgacha Pratit", saber que D'us acompanha de forma particular cada pequeno evento que ocorre em nossas vidas, tudo com o propósito de nos fazer bondade.

Nesta semana lemos a Parashá Vayigash (literalmente "E se aproximou"), que continua descrevendo a saga de Yossef e seus irmãos. Yossef havia testado seus irmãos, acusando Biniamin de roubo e condenando-o a ser escravo, para ver se eles estavam arrependidos de tê-lo vendido como escravo. Após Yehudá dizer que estava disposto a ficar como escravo no lugar de Biniamin, Yossef não aguentou e finalmente se revelou aos irmãos, deixando-os em estado de choque. Eles mal podiam acreditar que aquele jovem, que aos 17 anos havia sido vendido como escravo, agora havia se tornado o vice-rei do Egito, uma das pessoas mais poderosas do mundo.
 
Depois da emocionante revelação, Yossef disse aos irmãos: "E agora, não fiquem tristes, não se aflijam por terem me vendido, pois foi para propiciar o sustento que D'us me enviou à frente de vocês" (Bereshit 45:5). Yossef tentou deixá-los à vontade, demonstrando que não guardava nenhum ressentimento e assegurando-lhes que tudo o que havia acontecido com ele era parte de um grande plano de D'us.
 
Precisamos tentar trazer as histórias da Torá para o nosso cotidiano. Se nos colocássemos no lugar de Yossef, teríamos sido tão generosos? Yossef sofreu muito devido ao que seus irmãos lhe causaram. Quando relembramos sua história de vida, percebemos que Yossef foi muito maltratado. Ele foi condenado à morte pelos irmãos, atirado em um poço cheio de cobras e escorpiões e retirado para ser vendido como escravo. Depois disso, quando Yossef imaginou que seus sofrimentos haviam acabado, ele foi injustamente acusado de importunar a esposa de Potifar e foi atirado na prisão, sem direito de se defender, onde sofreu por longos 12 anos. Não era uma prisão com ar condicionado e televisão, era uma masmorra subterrânea, provavelmente com condições precárias. Em resumo, foram anos de muitos sofrimentos, físicos e psicológicos.
 
Esperaríamos que Yossef, ao se revelar aos seus irmãos, exigiria um pedido de desculpas deles. Agora que ele era poderoso, poderia exigir que implorassem pelo seu perdão. No entanto, Yossef não fez nada disso. Ele teve uma abordagem misericordiosa, não se aproveitou do fato de "estar por cima". Tentou, além de tranquilizar os irmãos, consolá-los pelo erro que haviam cometido, dizendo: "Não fiquem chateados, tudo acabou se transformando em algo melhor. D'us me enviou aqui para fornecer comida para vocês".
 
Como uma pessoa tem a força espiritual e psicológica para fazer isso? Afinal, Yossef era um ser humano, com sentimentos e fragilidades. Ele também estava submetido às emoções humanas de rancor e vontade de se vingar daqueles que fizeram tão mal a ele. Seria perfeitamente compreensível que um ser humano normal guardasse ressentimentos em tal situação. Porém, Yossef parece estar acima de tudo isso. Não apenas ele não guardou rancor, como também foi misericordioso e perdoou seus irmãos. Como ele conseguiu chegar neste nível?
 
Explica o Rav Yssocher Frand que Yossef está nos ensinando um segredo sobre como devemos lidar com pessoas que nos prejudicam. Normalmente nos irritamos e guardamos um profundo rancor. Porém, se a pessoa tem uma Emuná completa, se ela entende de forma profunda o conceito da "Hashgacha Pratit", de que há uma Providência Divina, um controle completo e soberano de D'us sobre tudo o que acontece no mundo, mesmo nos menores detalhes, então não há nenhuma razão para estar irritado com alguém que possa ter feito mal a ela.
 
Essas foram as palavras que Yossef falou aos seus irmãos. Ele disse que não guardava rancor, pois havia enxergado que este era obviamente o plano de D'us, o Todo Poderoso. Ele havia sido enviado com o propósito de sustentar sua família durante os anos de fome extrema. Se isso não tivesse acontecido, todos teriam morrido de fome. Yossef entendeu, de forma clara e plena, que somos todos marionetes, participando de um grande plano, do qual quem tem controle é apenas o Criador do Universo. É Ele quem está movimentando as "cordas" das marionetes. Se olharmos o mundo através desta perspectiva, um indivíduo que foi injustiçado pode dizer sinceramente àquele que o prejudicou: "Não tenho queixas contra você, porque tudo isso era parte da Hashgacha Pratit, tudo foi planejado, supervisionado e implementado por D'us".
 
Ensina o Talmud (Shabat 105b) que qualquer um que fica furioso é como se tivesse feito idolatria. Mas o que isso significa? Entendemos que perder a cabeça é algo grave, que pode levar a consequências desastrosas, mas qual é a relação entre ficar com raiva e fazer idolatria? A resposta é que ficamos com raiva porque achamos que as coisas não estão indo da forma como gostaríamos. Se uma pessoa tivesse uma Emuná verdadeira, se colocasse no coração que tudo ocorre sob a Hashgacha Pratit do Criador, perceberia que quando as coisas não acontecem do jeito que gostaríamos, é porque o Todo Poderoso quer desta maneira. Somos limitados, nosso entendimento e nossa visão são limitados, enquanto D'us é infinito e ilimitado. Portanto, quando ficamos com raiva, estamos negando que D'us governa o mundo. Essa é exatamente a filosofia da idolatria, que é acreditar que existem outras forças além de D'us que controlam o que acontece no mundo.
 
O Sefer Hachinuch expressa a mesma ideia. Na Mitzvá 241, que explica a proibição da Torá de se vingar, assim está escrito: "A razão para a Mitzvá é que uma pessoa deve saber e colocar no coração que tudo o que acontece com ela, seja bom ou ruim, vem de D'us. E mesmo que venha através da mão de um homem, nada acontece sem a vontade de D'us. Portanto, quando uma pessoa lhe causa dor ou angústia, você deve saber que suas próprias transgressões são a causa, e foi D'us que decretou que isso deveria acontecer. Você não deve pensar em se vingar da pessoa que lhe prejudicou, pois ela não é a causa verdadeira do seu infortúnio; a transgressão é a causa". O Sefer Hachinuch então cita um interessante acontecimento na vida de David Hamelech. Quando ele estava fugindo de Shaul Hamelech, David foi amaldiçoado por um homem chamado Shimi ben Gueira. Quando os homens que acompanhavam David quiseram matá-lo por suas maldições contra o rei, David disse: "Deixe-o amaldiçoar, porque D'us disse a ele para fazer isso" (Shmuel II 16:11). David atribuiu o sofrimento pelo qual estava passando aos seus próprios erros, e não a Shimi ben Geira.
 
A analogia é que, se alguém nos acerta com um bastão, não ficamos bravos com o bastão. Percebemos que o bastão não é a causa da nossa dor, e sim aquele que o segura. D'us usa certas pessoas como "bastões" para fazer a Sua justiça. É óbvio que a pessoa que nos prejudicou é responsável por suas ações e será julgada por seus maus atos. D'us utiliza o livre arbítrio das pessoas para cumprir Sua vontade, mas cada um prestará contas por suas escolhas. O "bastão" também terá que enfrentar o Julgamento Divino por seus atos. A Emuná apenas nos ensina a não direcionarmos a raiva ao agressor, pois se alguém nos fez algum mal, foi com a permissão de D'us, para algum propósito bom, como nos trazer limpeza espiritual ou nos salvar de um perigo maior.
 
David Hamelech, em sua grandeza, percebeu que seu problema não era com Shimi ben Geira, seu problema era consigo mesmo, era entre ele e D'us. Não é um nível fácil de autocontrole e de Emuná, mas se tivéssemos essa atitude na vida, sentiríamos muito menos ódio e rancor. Se levássemos essas palavras ao coração, isso nos ajudaria muito a corrigirmos nossos próprios erros, além transformar o mundo em um lugar mais harmônico. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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