quinta-feira, 14 de novembro de 2019

HUMILDADE E RESPEITO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIERÁ 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
   
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PARASHAT VAIERÁ 5780:

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HUMILDADE E RESPEITO - PARASHAT VAIERÁ 5780 (13 de novembro de 2019)


Uma senhora simples, usando um vestido de algodão desbotado, e seu marido, trajando um terno velho, desceram do trem em Boston e dirigiram-se ao escritório do presidente da Universidade de Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia, e não tinham marcado entrevista. A secretária achou que aqueles dois, com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard. Eles pediram para falar com o presidente.

- Ele vai estar ocupado o dia todo - respondeu rispidamente a secretária.

- Não tem problema, nós vamos esperar - responderam timidamente os dois.

A secretária os ignorou por horas, esperando que eles desistissem. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um pouco frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.

- Se o senhor falar com eles alguns minutos, talvez resolvam ir embora - disse ela.

O presidente suspirou, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente deste tipo. Ele detestava vestidos desbotados e ternos velhos em seu escritório. Com o rosto fechado, foi até o casal.

- Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano - começou a mulher, com humildade - Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui. Porém, há um ano ele morreu em um acidente. Gostaríamos de fazer um monumento em honra dele em algum lugar do campus.

- Minha senhora - disse rudemente o presidente - não podemos construir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu. Se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério!

- Oh, não - respondeu rapidamente a senhora - Não queremos fazer uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício a Harvard.

O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o terno velho do marido, e exclamou:

- Um edifício? Os senhores têm ideia quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões de dólares em prédios aqui em Harvard!

A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:

- Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não abrimos a nossa própria?

O marido concordou. O casal Stanford agradeceu, levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso. De volta a Palo Alto, eles criaram ali a Universidade de Stanford, em homenagem ao seu filho, ex-aluno da Harvard.

A Parashat desta semana, Vaierá (literalmente "E viu"), começa com a história do encontro de Avraham com três anjos disfarçados de simples beduínos. Avraham estava com muita dor, no terceiro dia após seu Brit Milá, mas não poupou esforços para receber bem os beduínos e tratá-los como se fossem reis. Esta história é imediatamente seguida da ida dos anjos para a cidade de Sdom e a posterior destruição da cidade.

Explica o Rav Yaakov Kamenetsky zt"l que a Torá juntou estes dois incidentes pois ambos trazem uma grande ênfase na Mitzvá de "Hachnassat Orchim" (receber convidados). A história de Avraham beira a perfeição no cumprimento da Mitzvá de Hachnassat Orchim, em todos os detalhes. Avraham colocou em risco sua saúde e não poupou esforços para fazer com que seus convidados se sentissem completamente à vontade. Sdom representa justamente o contrário, a aversão completa pela Mitzvá de Hachnassat Orchim. Em Sdom, as pessoas eram torturadas caso ajudassem os pobres e necessitados. A vida de Lót, sobrinho de Avraham, foi ameaçada pelo povo de Sdom porque ele se atreveu a fornecer alimento e abrigo para visitantes.

Há outra lição neste contraste entre os atos de Avraham e os atos dos habitantes de Sdom. Após os anjos terem visitado Avraham, D'us revelou a ele Seus planos de destruir Sdom. Avraham reagiu com misericórdia em relação àqueles habitantes, apesar deles serem totalmente Reshaim (malvados). Avraham falou com D'us em um tom tão forte que, inicialmente, implorou para que Ele não ficasse bravo. Avraham insistiu várias vezes com D'us, tentando salvar a cidade inteira. Já Sdom cultuava o descaso pelo próximo e o total desinteresse pelas necessidades dos outros.

Mas há um aspecto ainda mais incrível no comportamento "Bein Adam Lechaveiro" (entre a pessoa e seu companheiro) de Avraham. Normalmente, quando uma pessoa se destaca em uma área ou em um traço de caráter, ela fica particularmente sensível e, portanto, mais rigorosa com o comportamento das outras pessoas nesta mesma área. Consequentemente, ela tende a julgar os outros com severidade por suas falhas nesta área. Por exemplo, alguém que é extremamente rigoroso em não conversar na Tefilá dificilmente tolera as conversas das pessoas que não se importam. Porém, apesar da grandeza de Avraham em Hachnassat Orchim e o comportamento oposto de Sdom nesta área, Avraham implorou para que D'us tratasse Sdom com misericórdia. Isso mostra que Avraham não foi vencido pelo Yetser Hará de ser mais rigoroso no julgamento dos outros nas áreas nas quais nos sobressaímos. Apesar do enorme abismo que havia entre seus atos de bondade e os detestáveis atos de Sdom, Avraham demonstrou uma grande preocupação pelo bem-estar deles.

Não é fácil olhar favoravelmente as fraquezas dos outros nas áreas nas quais nos destacamos. Quando uma pessoa se destaca em uma área, é difícil para ela entender como outras pessoas podem ser menos cuidadosas. Por exemplo, se uma pessoa é pontual, ela acha difícil compreender como as pessoas podem chegar atrasadas constantemente em seus compromissos. É muito claro para ela que se atrasar demonstra falta de consideração com o tempo dos outros. Como desenvolver um comportamento compreensivo como o de Avraham?

A solução está em outra característica na qual Avraham se destacou: a humildade. Em sua discussão com D'us, ele afirmou: "Eu sou apenas pó e cinzas" (Bereshit 18:27). Quando a pessoa tem humildade, ela aprende a reconhecer que todos têm forças diferentes e que pode haver áreas nas quais ela é mais fraca do que os outros. Além disso, a pessoa deve sempre se lembrar do incrível ensinamento do nosso sábio Hilel: "Não julgue seu companheiro até que você esteja no lugar dele" (Pirkei Avót 2:4). Os traços de caráter de cada pessoa são baseados em suas circunstâncias únicas de vida. Nunca podemos julgar com precisão outras pessoas, pois não sabemos como nos comportaríamos se estivéssemos na situação delas. Ao internalizar este ensinamento, reconheceremos que cada um tem seu próprio conjunto de forças e fraquezas, com base em vários fatores e, portanto, é errado ficar irritado com as fraquezas dos outros nas áreas em que somos fortes.

Encontramos outro exemplo da grandeza de Avraham na interação com pessoas que estavam em um nível mais baixo do que ele. A Torá se alonga muito ao descrever a refeição suntuosa que Avraham preparou aos seus visitantes, mesmo tratando-se de simples beduínos. O Rav Yissachar Frand ressalta que Avraham, em seu nível espiritual gigantesco, não era mais dependente dos prazeres materiais. Ele certamente tinha pouco interesse em se entregar aos prazeres da comida. No entanto, ele não impôs seu próprio nível de "separação do mundo físico" aos seus convidados. Por isso, não poupou esforços para oferecer a eles uma refeição luxuosa.

Não precisamos voltar aos tempos de Avraham para encontrar gigantes espirituais que estavam em níveis elevados e, ao mesmo tempo, sabiam respeitar cada pessoa em seu próprio nível espiritual. Na geladeira do Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) havia vários temperos e molhos. Embora o Rav Moshé Feinstein não dava grande importância aos prazeres gastronômicos, por viver em um nível espiritual mais elevado, no qual tais prazeres eram insignificantes, ele não exigia isto das outras pessoas.

Muitas vezes as pessoas acabam impondo aos outros seus próprios padrões de maneira negativa. Por exemplo, uma pessoa que é muito organizada, obviamente uma boa característica, provavelmente entrará em situações nas quais precisará compartilhar acomodações com outras pessoas, como um cônjuge, filhos ou um companheiro de quarto. Mas nem todas pessoas se esforçam para alcançar o mesmo nível de limpeza e organização do ambiente. Neste cenário, a pessoa organizada pode ficar frustrada e exigir que a outra organize a casa de acordo com seus próprios padrões elevados. Este é um exemplo de imposição da forma de fazer as coisas, e se torna uma maneira injusta de lidar com as pessoas. O correto é que a pessoa excessivamente arrumada aceite que outras pessoas não conseguem manter a casa organizada na mesma medida que ela. Se a pessoa organizada descobrir que não pode funcionar adequadamente em tal situação, deve encarregar-se de pessoalmente manter a organização do lar em seus altos padrões, e não exigir isto dos outros.

A Torá se alonga ao descrever a grande bondade de Avraham. Porém, uma de suas maiores qualidades foi justamente a humildade, que transparecia em seus incríveis atos "Bein Adam Lechaveiró". Apesar de ser um gigante, ele nunca impôs seus próprios altos padrões a outras pessoas e não os tratou de maneira rigorosa. Pois Avraham sabia que não é um objetivo correto nos tornarmos grandes aos olhos de D'us, mas desagradáveis aos olhos das pessoas.
 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

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