sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MENSAGEM ROSH HASHANÁ 5774

BS"D
 
MENSAGEM DE ROSH HASHANÁ 5774

 Parece incrível, mas em poucos dias mais um ano terminará. Já estamos começando os preparativos para Rosh Hashaná, na expectativa do que este novo ciclo nos trará. A verdade é que nunca imaginamos as enormes novidades e mudanças que nos esperam. Como aconteceu neste ano que passou, um ano cheio de mudanças, um ano de muito suor, de muita dedicação e, apesar de muitas dificuldades, um ano com muitas boas novidades. Em especial, o ano do nascimento de uma nova Kehilá em São Paulo, o Netivot HaTorá, da qual faço parte desde a sua fundação espiritual. Uma Kehilá que nasce comprometida em transmitir os incríveis conhecimentos da Torá, de uma maneira alegre e vibrante, para todos aqueles que têm interesses de aprender. Uma Kehilá de portas abertas a todos os que tiverem vontade de vir estudar, rezar e estar em um ambiente positivo e aconchegante.

Gostaria de mais uma vez agradecer a todos os leitores do email de Shabat, não de uma maneira geral, mas a cada um em particular, por mais um ano em que estivemos juntos semanalmente. Espero poder ter participado de muitas Seudót de Shabat, de muitas conversas familiares e de muitos papos de escritório. Espero ter contribuído para que cada um tenha dedicado alguns momentos semanais para a reflexão. Agradeço muito as perguntas, os comentários e principalmente as sugestões de melhorias que são enviadas. E agradeço pelos constantes pedidos para acrescentar nomes na lista dos que recebem o email. Quanto maior fica a lista, mais alegria me traz poder continuar divulgando os incríveis ensinamentos da Torá. A sabedoria é a única coisa que, quanto mais dividimos com os outros, mais ela aumenta, e por isso eu me alegro em poder dar a minha contribuição, apesar de ser apenas uma pequena gota em um enorme oceano de sabedoria.

Agradeço a D’us pela força, mesmo quando o cansaço às vezes parece querer vencer, no ritual semanal de quinta-feira de noite, que começa tarde da noite e não tem hora para terminar. E agradeço especialmente à minha família, pelo apoio incondicional e constante a este projeto que eu já me dedico há mais de 10 anos.

Aproveito a oportunidade para pedir perdão a qualquer um que possa ter se ofendido, por qualquer mensagem que eu tenha enviado ou por qualquer atitude que eu tenha tomado. Como ensinam os nossos sábios, “Não há pessoa no mundo que faz o bem e não comete transgressões”. Certamente não tive intenção de magoar ou ofender ninguém, mas muitas vezes, com a melhor das intenções, acabamos errando e magoando. Portanto, se alguém tiver alguma mágoa ou reclamação, por favor me avise para que eu possa pedir desculpas pessoalmente.

Que possamos aproveitar estes últimos dias do ano para aumentar nossos méritos, tentando crescer um pouco mais em Torá e Mitzvót, para que sejamos todos inscritos no Livro da Vida, com muita saúde, sustento, alegrias, paz e espiritualidade. Que neste ano de 5774 possamos continuar nos encontrando, semanalmente, neste maravilhoso mundo dos conhecimentos da Torá.

Com um enorme agradecimento e carinho,

Rav Efraim Birbojm

SHABAT SHALOM M@IL - ROSH HASHANÁ 5774


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FICANDO PRÓXIMO DO PAI - ROSH HASHANÁ 5774 (30 de agosto de 2013)

“No jardim de uma pequena casa havia algumas cadeiras de lona, nas quais as pessoas da família se sentavam para descansar e respirar o ar fresco do verão. Mas logo aquelas cadeiras começaram a ter um novo uso. A família havia crescido tanto que chegou um momento em que não cabiam mais todos os filhos na pequena mesa de jantar, gerando uma grande discussão. O pai, tentando acalmar os ânimos, falou:

- Meus queridos, a nossa mesa de jantar é pequena e não há lugar para todos. Eu gostaria de pedir que alguns de vocês pegassem seus pratos e sentassem nas cadeiras lá de fora. Quem estiver disposto a fazer isto receberá como recompensa uma porção dupla de comida.

Ao escutar que receberiam o dobro de comida, todos os filhos levantaram-se rapidamente da mesa e se dispuseram a comer lá fora. Apenas um dos filhos permaneceu sentado. Quando o pai questionou se ele não havia se interessado na proposta de receber o dobro de comida, ele respondeu:

- Eu não vou abrir mão de sentar ao lado do meu pai por nenhuma porção a mais de comida. Quando eu estou ao seu lado, posso observar seus movimentos e aprender com você, para ser como você quando eu crescer. Mas se eu sair para comer lá fora, o que eu vou ver? Um monte de vacas e cabras vagando pelo pasto. É isto que vai me ensinar a ser uma pessoa melhor?”

Algumas vezes aceitamos um pouco mais de prazeres do mundo material para se afastar de D’us, o nosso Pai. Em Rosh Hashaná, mesmo que estivemos afastados de D’us durante o ano inteiro, nos focamos em voltar para casa, voltar ao que é correto, novamente ter D’us e Seus ensinamentos como nosso modelo de vida e de conduta.

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Na próxima quarta feira de noite (04 de setembro) é Rosh Hashaná, o Dia do Julgamento. É um dia especial, no qual estaremos começando as fundações de um novo ano, com novas perspectivas de vida. Mas Rosh Hashaná desperta alguns questionamentos. Em primeiro lugar, que intenções precisamos ter nas Tefilót (rezas) de Rosh Hashaná? O que precisamos pedir para o novo ano? Mais dinheiro? Sucesso no trabalho? Saúde?

Além disso, desde o começo do mês de Elul, o último mês do ano, iniciamos a preparação para o Dia do Julgamento. Durante 30 dias acrescentamos nas rezas da manhã e da noite o Salmo “Ledavid” (Salmo 27). Como este Salmo nos ajuda na preparação para Rosh Hashaná?

E finalmente, no dia de Rosh Hashaná, após a leitura da Torá, lemos na Haftará um trecho do Livro dos Profetas que conta a história de Chana, a mãe do profeta Shmuel. Por que nossos sábios escolheram ler justamente este trecho em Rosh Hashaná?

Nos ensina o Talmud (Rosh Hashaná 18a) que “em Rosh Hashaná todas as criaturas do mundo passam diante de D’us como “Bnei Maron”. O que significa a expressão “Bnei Maron”? O próprio Talmud traz três diferentes opiniões. De acordo com a primeira opinião, são as ovelhas que, quando contadas, passam por uma abertura estreita, uma de cada vez. De acordo com a segunda opinião, é um local com um caminho muito estreito e um precipício dos dois lados, por onde passa somente uma pessoa de cada vez. E de acordo com a terceira opinião, são os soldados do Rei David, que saíam em fila para a guerra, um de cada vez.

É interessante perceber que, na realidade, as três opiniões expressam a mesma ideia: no dia de Rosh Hashaná, a humanidade não é julgada toda de uma vez, como uma grande massa. Cada ser humano passa sozinho diante do Criador no momento do seu julgamento. Mas o que isto significa? Sabemos que D’us poderia nos julgar todos de uma vez, pois para Ele nada é impossível. Qual a mensagem que D’us quer nos transmitir ao nos ensinar que o julgamento de cada ser humano é individual?

Existem vários ensinamentos diferentes que podemos aprender desta afirmação do Talmud. Em primeiro lugar, caso o julgamento fosse coletivo, poderíamos pensar que nem tudo é verificado, talvez alguns detalhes passam batido. Mas pelo fato de sermos julgados sozinhos, nos sentimos mais responsáveis por nossos atos, sabemos que nenhum pequeno detalhe passará despercebido. Nem mesmo os pensamentos e as intenções do coração são ignorados por D’us no momento do nosso julgamento de Rosh Hashaná.

Há outro aspecto desta realidade de sermos julgados sozinhos e não em conjunto. Quando olhamos para trás e refletimos sobre os nossos erros, na maioria das vezes colocamos a culpa nos outros. Sempre foi o outro quem começou o problema, sempre o outro foi intransigente. Mas no momento do julgamento de Rosh Hashaná estamos sozinhos diante de D’us, não há mais ninguém conosco e, portanto, não há em quem colocar a culpa. Rosh Hashaná é o momento em que devemos assumir, de maneira madura, nossos erros e defeitos, ao invés de buscar sempre a culpa nos outros.

Além disso, D’us também quer nos lembrar que em Rosh Hashaná comemoramos a criação do primeiro ser humano, Adam Harishon. Mas por que D’us o criou sozinho, não criou diretamente uma família completa? Muitos dos erros que cometemos são porque achamos que não somos nada. Em um mundo com bilhões de pessoas, qual a nossa importância individual? Por isso D’us criou Adam sozinho, e nos julga em Rosh Hashaná sozinhos, para ressaltar a importância de cada ser humano, como se cada um fosse um mundo por si só. Isto nos dá autoestima, nos dá a certeza de que D’us se importa, de maneira direta, com cada um de nós.

Por que lemos em Rosh Hashaná a história de Chana? A explicação mais simples é que ela foi lembrada por D’us em Rosh Hashaná e, após 19 anos casada, ela finalmente teve um filho, que se tornou um dos maiores profetas do povo judeu. Mas há uma explicação mais profunda, que conecta a história de Chana com uma característica muito importante para que nossas Tefilót possam ser escutadas por D’us.

Se Chana já estava casada há 19 anos, certamente ela já havia rezado muitas vezes. Por que D’us não havia escutado suas preces e súplicas até aquele momento? A resposta está na conversa que ela teve com o marido antes de ir fazer Tefilá no Mishkan (Templo). O marido de Chana viu que ela estava triste e questionou o motivo. Ela explicou que estava triste pois não tinha filhos. Ele então a consolou: “Eu não sou melhor para você do que 10 filhos?” (Shmuel 1:8). Aquela frase do marido foi um grande choque para Chana. Durante 19 anos ela pensou que seu marido estava rezando junto com ela e pedindo por filhos, mas agora tinha ficado claro para ela que seu marido não se importava que ela não tinha filhos. Naquele dia foi a primeira vez em que Chana rezou com a certeza de que estava completamente sozinha, havia apenas ela e D’us. E sua Tefilá foi tão profunda, criou uma conexão espiritual tão forte, que seus lábios se moviam mas sua voz não saia. Assim também devem ser nossas Tefilót, em especial em Rosh Hashaná. Devemos saber que tudo depende apenas de D’us, nossas vidas e todos os detalhes de tudo o que vai acontecer dependem apenas Dele. A cura não depende do médico, o sucesso não depende do chefe, tudo está no controle do Criador do Universo.

Se tivéssemos um encontro com D’us e Ele nos concedesse um único pedido, o que pediríamos? Alguns pediriam dinheiro, outros pediriam fama, os mais gulosos pediriam um suprimento eterno de comida e doces. David Hamelech, no Salmo “LeDavid”, nos ensina que ele pedia algo completamente diferente: “Uma vez eu pedi para D’us apenas um pedido: que eu possa sentar na Casa de D’us todos os dias da minha vida” (Salmo 27:4). Mas David Hamelech não precisava de mais nada? Certamente que precisava, como qualquer ser humano. Mas ele sabia que quando pedimos para estarmos perto de D’us, todo o resto está incluído.

Esta é a essência de Rosh Hashaná. Durante o ano não nos comportamos bem. Com a correria do nosso dia a dia, acabamos nos esquecendo de D’us. Seguimos as nossas vontades, mesmo sabendo que não estamos fazendo o que é correto. Rosh Hashaná é a hora de se arrepender e pedir para voltar para casa. Através do julgamento, D’us demonstra que Ele se importa conosco. Ele quer nos dar um ano de Brachót (Bençãos), Ele quer nos dar um ano de saúde e sucesso. Mas Ele nos pergunta: “Para que você está pedindo mais um ano de vida? Para estar próximo de Mim, sentado Comigo na Minha mesa, ou para passar um ano comendo lá fora, apenas para ganhar um pouco mais de prazeres materiais?”.

Que possamos nos preparar bem para o nosso julgamento, e que D’us possa nos escrever no Livro da Vida e das Brachót, para termos um ano com muita saúde, com bom sustento, com apenas boas notícias, e que finalmente seja o ano da Gueulá (Redenção Final), na qual nos reuniremos novamente, com todos os nossos parentes e amigos, no nosso Beit Hamikdash reconstruído.

SHETIKATEV VETECHATEM BESSEFER CHAIM TOVIM (Que sejamos inscritos e selados no Livro da Vida)

SHABAT SHALOM e SHANÁ TOVÁ

Rav Efraim Birbojm

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(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).