sexta-feira, 18 de maio de 2018

EMUNÁ NA PRÁTICA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT BAMIDBAR E SHAVUÓT 5778

BS"D
O E-mail desta semana foi carinhosamente oferecido pela Família Lerner em Leilui Nishmat de: 

Miriam Iocheved bat Mordechai Tzvi z"l

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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EMUNÁ NA PRÁTICA - PARASHAT BAMIDBAR E SHAVUÓT 5778 (18 de maio de 2018)

"John Smith, um professor de educação física de uma escola secundária dos EUA, havia instituído na escola a modalidade de "subir pela corda". As crianças precisavam subir até um ponto localizado a quatro metros e meio de altura. O professor treinava e ensinava os alunos a subirem essa distância no menor tempo possível. O recorde para essa modalidade era de 2,1 segundos. Este recorde não era batido havia três anos.

Durante três anos Bobby Polacio, um rapaz de 14 anos, havia treinado e se exercitado, motivado pelo sonho de quebrar esse recorde. Na primeira de suas três tentativas, Bobby subiu a corda em 2,1 segundos, igualando o recorde. Na segunda tentativa, o cronômetro parou em 2 segundos exatos, um recorde! Enquanto Bobby descia pela corda e toda a classe se aproximava para verificar o cronômetro, o professor sabia que teria que fazer a ele uma pergunta. Havia uma pequena dúvida em sua mente: será que Bobby havia ou não conseguido tocar a marca que ficava a quatro metros e meio de altura? Caso não tivesse conseguido, teria sido por uma fração de centímetros. Porém, só Bobby sabia a resposta. O professor então perguntou-lhe: "Bobby, você conseguiu tocar a marca?". Se ele dissesse que sim, o professor confiaria em sua palavra e o recorde com o qual ele sonhara desde os onze anos, e para o qual havia treinado diariamente, seria dele.

Com a turma já o cumprimentando por seu desempenho, o garoto magrinho e de pele morena balançou a cabeça negativamente. Nesse simples gesto, todos testemunharam um momento de grandeza. Com esforço e com a voz embargada, o professor anunciou à turma:

- Pessoal, este rapaz não bateu o recorde de subida pela corda. Porém, ele estabeleceu um novo recorde, mais importante, que vocês devem imitar. Ele disse a verdade. Bobby, estou orgulhoso de você. Você estabeleceu um recorde que muitos atletas nunca atingiram.

Bobby então aproximou-se para sua última tentativa. O ginásio estava em silêncio. Cinquenta rapazes e um treinador prendiam a respiração enquanto Bobby Polacio subia a corda em 1,9 segundos! Um novo recorde da escola e, talvez, um novo recorde nacional para um garoto daquela idade. John então falou para o rapaz:
 
- Bobby, aos quatorze anos, você é um homem melhor do que eu. Obrigado por ter subido tão alto hoje."

C
omo nos comportamos quando não há ninguém olhando? Nossa honestidade depende de testemunhas ou vivemos com a certeza de que D'us vê tudo o que fazemos?

Nesta semana lemos a Parashat Bamidbar (literalmente "No deserto"), que começa com a contagem do povo judeu. Porém, qual é a necessidade desta contagem, já que D'us sabe tudo? E por que D'us achou importante esta contagem estar gravada para sempre na Torá? Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que, da mesma forma que um colecionador de moedas já sabe quantas moedas tem, mas sente prazer em recontá-las muitas vezes, assim também D'us ama tanto o povo judeu que, mesmo sabendo quantos judeus havia no deserto, Ele fazia questão de recontá-los a todo momento.
 
E este amor que D'us sente pelo povo judeu nos conecta com a nossa próxima Festividade do Calendário Judaico: Shavuót, o dia da entrega da Torá, a data que mudou a história da humanidade. Neste dia, D'us pessoalmente entregou ao povo judeu os 10 Mandamentos, com cerca de 3 milhões de testemunhas, um nível de revelação da Presença Divina que nunca havia ocorrido anteriormente. A Torá que recebemos de D'us é o nosso guia moral eterno, a nossa fonte de espiritualidade, o nosso "Manual de Instruções" de como fazer o bem e de como viver a vida da maneira correta.
 
O primeiro Mandamento entregue por D'us foi "Eu sou Hashem, teu D'us, que te tirou da terra do Egito" (Shemot 20:2). De acordo com o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204), este Mandamento se refere a uma das 613 Mitzvót da Torá, a Mitzvá de Emuná, de acreditar em D'us. Porém, o Ramban (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) questiona esta opinião. Ele explica que a palavra Mitzvá, que significa "comando", pressupõe a existência de um Ser que está nos comandando. Portanto, de acordo com ele, acreditar em D'us não é uma das Mitzvót da Torá, pois esta crença precisa vir antes da pessoa poder cumprir qualquer mandamento. Não há sentido falar em Mitzvá sem o pré-requisito de acreditar em D'us.
 
Além disso, o Sefer HaChinuch, em sua introdução, lista as "Shishá Mitzvót Tmidiót" (6 Mitzvót constantes), que são as 6 Mitzvót que temos a obrigação de cumpri-las o tempo inteiro. Entre elas está a Mitzvá de Emuná. Porém, a partir do momento em que uma pessoa já sabe que D'us existe e é eterno, teoricamente ela já cumpriu a Mitzvá de Emuná. Então como esta Mitzvá pode ser considerada uma das 6 Mitzvót constantes?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que, para responder estes questionamentos, antes de tudo precisamos entender o que está incluído no conceito de Emuná. Mesmo coisas que intelectualmente nós sabemos que são verdade, ainda assim estes entendimentos intelectuais podem não fazer parte da realidade de nossas vidas. Saber que D'us existe e que nada no mundo ocorre sem que seja Sua vontade não garante que este entendimento fará parte da nossa realidade imediata e pode não ter nenhuma influência na maneira como conduzimos nossas vidas.
 
Um exemplo impressionante de como isto ocorre é a forma como as pessoas se comportam quando ninguém está olhando. Nossa Emuná é baseada na premissa de que D'us é Onisciente, Onipresente e Onipotente. Então por que fazemos transgressões quando estamos sozinhos? Por que não nos envergonhamos de sermos desonestos quando os outros não estão olhando? Por um lado sabemos que D'us vê tudo, mas não conseguimos trazer esta consciência para os nossos atos do cotidiano.
 
Outro exemplo desta distância entre a nossa Emuná e os nossos atos pode ser enxergado na reação das pessoas quando acontece algo diferente do que elas esperavam. Normalmente ficamos irritados, pois gostaríamos que as coisas fossem sempre do nosso jeito. Porém, se sabemos que é D'us que controla absolutamente tudo o que ocorre, por que ficamos irritados? Não confiamos na bondade e na justiça de D'us?
 
Um terceiro exemplo é como ficamos preocupados com o futuro ou desesperados quando estamos diante de uma situação difícil. Mas se acreditamos em D'us e em Sua Providência, por que ficamos tão desesperados? Se sabemos que tudo o que Ele faz é para o bem, e que Ele cuida de cada um de nós com Supervisão particular, por que nos preocupamos tanto? Estas são provas de que, apesar de termos Emuná, ela não influencia automaticamente as nossas reações no cotidiano. Portanto, uma pessoa pode, ao mesmo tempo, acreditar em D'us e, mesmo assim, cometer transgressões ao não internalizar a realidade de Sua existência.
 
Isto ajuda a responder o questionamento do Ramban. Mesmo que seja necessária uma crença anterior da existência de D'us para que possamos cumprir qualquer Mitzvá, nós temos o comando de transformar este conhecimento teórico em parte da nossa realidade consciente. Nossas ações e nossos comportamentos devem refletir o nosso conhecimento de que D'us existe. Um exemplo incrível disto é trazido pelo Talmud (Brachót 60a), que nos conta uma história do nosso grande sábio Hilel, que estava caminhando pela estrada de volta para casa. Quando ele se aproximou de sua cidade, escutou um grito de desespero. Certamente uma tragédia havia acontecido em sua cidade. Porém, imediatamente ele declarou: "Eu estou confiante de que este grito não veio da minha casa". O Talmud utiliza um versículo para demonstrar o nível de confiança que Hilel tinha em D'us: "De escutar más notícias ele não terá medo. Seu coração está firme, confiante em D'us" (Salmos 112:7). Porém, como Hilel podia ter tanta certeza de que não havia acontecido algo ruim em sua casa? Somos limitados, não sabemos todos os cálculos de D'us. Quem pode afirmar, com tanta certeza, de que não está sujeito a passar por alguma tragédia em sua vida, se esta for a Vontade de D'us?
 
A resposta é que a confiança de Hilel estava baseada na Emuná que ele havia ensinado para sua família. Ele havia colocado no coração de todos em sua casa que, não importava o que acontecesse na vida, não deveríamos nunca gritar de angústia e desespero, pois tudo é orquestrado por D'us. Mesmo tragédias devem ser aceitas com tranquilidade de espírito e amor por D'us. O que Hilel estava afirmando não era a certeza de que a tragédia não havia atingido sua casa, pois isto estava apenas nas mãos de D'us. O que ele tinha certeza é que havia colocado com tanta força a Emuná no coração de seus familiares que, mesmo se tivesse ocorrido uma tragédia em sua casa, eles nunca reagiriam gritando com tanta dor e desespero.
 
Mas como Hilel chegou a este nível tão incrível? Ele passou por um processo contínuo de crescimento em sua Emuná, de trazê-la a níveis palpáveis, para ele e para sua família. A Emuná de Hilel não era algo apenas teórico, era parte da sua vida, era parte do seu comportamento diante das adversidades. É neste sentido que a Mitzvá de Emuná pode ser uma das 6 Mitzvót constantes. Sempre há algo para crescer, sempre há algo que podemos trazer para a nossa realidade de vida. Em honestidade, em tranquilidade diante das dificuldades ou em aceitação quando algo ocorre diferente da nossa vontade, podemos a cada instante colocar a Emuná na prática em nossas vidas. Somente assim nossos atos refletirão, de forma verdadeira, a Emuná que temos no coração.

SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT BAMIDBAR 5778:

São Paulo: 17h11  Rio de Janeiro: 16h59  Belo Horizonte: 17h06  Jerusalém: 18h55
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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