quinta-feira, 13 de agosto de 2020

TUDO DEPENDE DO REFERENCIAL - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT REÊ 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHAT REÊ 5780:

São Paulo: 17h30                   Rio de Janeiro: 17h18 
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VÍDEOS DA PARASHAT REÊ
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ASSUNTOS DA PARASHAT

- A Brachá e a Klalá.
- Santidade da Terra de Israel / Destruição das idolatrias.
- Altares particulares.
- Permissão de comer oferendas redimidas.
- Comidas sagradas consumidas apenas em Jerusalém.
- Permissão de comer comidas não consagradas.
- Princípios gerais.
- Proibição de copiar os rituais dos Knaanim.
- O falso Profeta.
- "Missionários"idólatras.
- A Cidade Apóstata.
- Responsabilidade do"Povo Escolhido".
- Animais proibidos para o consumo: Criaturas aquáticas e Pássaros.
- O Segundo Dízimo.
- Dízimos para o pobre.
- O Ano de Shmitá.
- Emprestando dinheiro.
- O Escravo judeu.
- Animais primogênitos.
- Shalosh Regalim: Pessach, Shavuót e Sucót.

TUDO DEPENDE DO REFERENCIAL - PARASHAT REÊ 5780 (14 de agosto de 2020)

 
"Em uma cidadezinha da Europa, Moishe, um homem muito pobre, vivia com sua enorme família em uma casa muito pequena. A situação estava ficando difícil, pois as pessoas literalmente estavam tropeçando umas sobre as outras. Não suportando mais, ele foi desabafar com seu rabino, explicando como se sentia sufocado com aquela situação. O rabino perguntou se ele possuía algum animal, e ele respondeu que possuía algumas galinhas, um cachorro, um gato e duas vacas. O rabino disse para ele colocar as galinhas para dentro de casa e tudo se resolveria. Apesar de não entender como isso iria solucionar seu problema, Moishe confiou no rabino e colocou as galinhas dentro da sua casa.
       
Na manhã seguinte, Moishe voltou até o rabino e reclamou que a situação estava ainda pior, a bagunça havia aumentado. O rabino então pediu para que ele colocasse o cachorro e o gato dentro da casa, assim tudo estaria solucionado. Mais uma vez ele escutou ao rabino, mesmo sem entender, e trouxe os animais para dentro de casa. Para seu desespero, tudo piorou ainda mais. A casa ficou mais apertada, o barulho estava insuportável, os animais brigavam e sujavam a casa toda. Moishe foi mais uma vez procurar o rabino, desta vez reclamando amargamente das condições nas quais estava vivendo. Para a sua surpresa, o rabino desta vez pediu para ele colocasse as vacas dentro da casa. Mesmo confuso, ainda assim ele escutou o rabino e trouxe as vacas para dentro de casa. No dia seguinte ele madrugou e foi falar com o rabino, desesperado e com raiva, pois a situação estava insuportável. As crianças estavam chorando sem parar, os animais faziam muito barulho e o cheiro era tão terrível que estava literalmente impossível viver naquela casa. O rabino então abriu um enorme sorriso e disse:
 
- Volte para casa e retire de lá todos os animais. Assim você resolverá todos os seus problemas.
 
Após removê-los de sua casa, Moishe apreciou imensamente o enorme espaço de sua casa e a tranquilidade. A partir daquele dia, ele nunca mais reclamou das suas condições de vida."
 
Esta conhecida história nos ensina que muitas vezes as situações podem mudar de acordo com a nossa percepção. Olhar as coisas na perspectiva correta é a dica para vivermos a vida mais leves e tranquilos.

Nesta semana lemos a Parashat Reê (literalmente "Veja"), que começa falando sobre os caminhos da Brachá, quando seguimos os ensinamentos de D'us, e os caminhos da Klalá (maldição), quando não seguimos os ensinamentos Dele. Já no final da Parashá, a Torá ressalta a importância de um traço de caráter que devemos nos esforçar muito para desenvolvermos: a generosidade. É nossa obrigação nos importarmos com cada ser humano, em especial aqueles naturalmente mais desprotegidos, como os convertidos, os órfãos e as viúvas. A Parashá nos adverte a não fecharmos os olhos e o coração diante de um necessitado, pois isto é considerado uma transgressão aos olhos de D'us, que criou um mundo baseado na bondade. Isto significa que todas as vezes em que pudermos fazer bondades e não nos importarmos, seremos severamente cobrados por isso. Tudo o que temos na vida é apenas um empréstimo de D'us, e se não utilizarmos nossos bens para fazermos bondades com o próximo, se nos importarmos apenas com as nossas próprias necessidades, é como se estivéssemos roubando de D'us.
 
Depois do assunto da generosidade, a Parashá termina falando sobre os "Shalosh Regalim", as "Três Peregrinações" do povo judeu, isto é, os nossos três Chaguim (Pessach, Shavuót e Sucót) nos quais todo o povo tinha a obrigação de ir para Jerusalém, para festejá-los no Beit HaMikdash, conforme está escrito: "E você deverá alegrar-se diante de Hashem, seu D'us. Você, seu filho, sua filha, seu servo, sua serva e o Levi que estiver em seus portões, e o convertido, o órfão e a viúva que estiverem entre vocês, no local onde Hashem, seu D'us escolher fazer repousar Seu Nome lá" (Devarim 16:11).
 
A primeira coisa que nos chama a atenção neste versículo é que, junto com as quatro categorias de pessoas consideradas parte da família, isto é, o filho, a filha, o escravo e a escrava, a Torá também incluiu as pessoas da Tribo de Levi, o convertido, o órfão e a viúva, quatro categorias de pessoas que normalmente não tinham condições financeiras para comemorar os Chaguim e, portanto, não conseguiriam se alegrar. De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), as pessoas necessitadas são consideradas como se fossem parte da família de D'us. Se a pessoa cuidasse destes quatro necessitados, dando a eles as condições para também participar dos Chaguim com alegria, então "Midá Kenegued Midá" (medida por medida) D'us cuidaria de toda a família da pessoa.
 
Isto nos ensina que, durante as nossas alegrias, devemos pensar também em trazer alegria àqueles menos afortunados. Não podemos ser egoístas e esbanjar nosso dinheiro apenas com as nossas próprias necessidades, esquecendo daqueles que não tem condições. Muitos judeus que estão em melhores condições financeiras, nas épocas em que fazem alguma festa para um familiar, doam uma festa no mesmo valor para alguém menos afortunado. Isto é uma linda demonstração de se importar com os outros e querer compartilhar as alegrias.
 
Porém, outra coisa que nos chama muito a atenção é a continuação do versículo: "E você deve se lembrar que você foi escravo no Egito, e você deve observar e cumprir estas leis." (Devarim 16:12). Qual é a conexão entre estes dois assuntos, a obrigação de nos alegrarmos nos Chaguim, ajudando também os menos afortunados, e lembrarmos que fomos escravos no Egito?
 
A explicação mais simples é que D'us quer despertar a nossa empatia pelas pessoas. Muitas vezes é difícil sentir a dor e as dificuldades dos outros, especialmente quando nunca passamos pela mesma situação. Uma pessoa que nunca sentiu fome, que nunca passou por uma situação de não ter dinheiro para pagar suas contas, não consegue entender o desespero das pessoas que estão passando por este grande teste. Neste versículo, a Torá está nos ensinando a nos colocarmos no lugar do outro, tentando sentir a sua dor. Devemos ajudar os menos afortunados com generosidade, pois já fomos escravos no Egito, já passamos por sofrimentos e privações, e D'us nos ajudou.
      
Já o Rav Avraham Shmuel Binyamin Sofer zt"l (Hungria, 1815 - 1871), mais conhecido como Ktav Sofer, traz uma explicação ainda mais profunda. Algumas pessoas acham difícil ajudar os necessitados por estarem insatisfeitas com o que têm na vida. Elas estão tão preocupadas em acumular mais dinheiro e adquirir mais bens para si mesmas que não conseguem doar parte do que possuem aos outros. Durante os Chaguim, quando os gastos aumentam e não podemos trabalhar, reduzindo nossas entradas financeiras, fica ainda mais difícil doar para os outros. E mesmo se esta pessoa doar algo aos pobres, como está obrigada, o fará sem nenhuma alegria, o que transforma sua Mitzvá em algo completamente vazio.
 
É por isto que, neste momento em que a pessoa sente que está tudo difícil, a Torá pede para que ela se recorde de sua situação anterior, quando era um escravo no Egito, fazendo o dia inteiro trabalhos forçados e sobrevivendo com uma quantidade mínima de comida. Quando a pessoa lembra-se disto, automaticamente percebe o quanto sua vida é muito melhor agora. Desta maneira, ela estará feliz com o que possui e estará pronta para doar generosamente aos necessitados. Além disso, quando a pessoa refletir sobre o quão maravilhoso é ser livre, então a pessoa conseguirá cumprir as Mitzvót com muito mais alegria.
 
Explica o Rav Zelig Pliskin que o modo como reagimos às situações que surgem em nossas vidas depende de como nós as enxergamos. Quando uma pessoa pensa que estão lhe faltando coisas, isto é resultado do seu desejo de possuir mais do que já tem. No entanto, se a pessoa estava anteriormente em uma situação pior e agora ela tem mais do que possuía antes, ela vai apreciar o que tem. Isto vai permitir que ela experimente uma alegria maior em sua própria vida e também contribuirá para que ela queira compartilhar o que tem com os menos afortunados.
 
O Rav Zelig Pliskin exemplifica este conceito com um caso interessante que aconteceu com seu aluno. O rapaz estava certa vez no aeroporto Kennedy, nos Estados Unidos, aguardando seu voo para Israel. Porém, sem que a companhia aérea desse muitas explicações, o voo foi sendo adiado diversas vezes. Após dez horas de espera, o rapaz estava muito nervoso e irritado. As outras pessoas que estavam aguardando pelo embarque também já estavam impacientes e irritadas, todos reclamando em voz alta e gritando com os funcionários da companhia aérea. Porém, o rapaz percebeu que, entre os passageiros daquele voo, havia um casal de senhores que estavam sentados calmamente, aparentando estarem bem tranquilos. O rapaz aproximou-se deles e perguntou: "Como é possível vocês permanecerem tão calmos quando o nosso voo está tantas horas atrasado?". O senhor ensinou ao rapaz uma incrível lição de vida quando disse: "Filho, na Segunda Guerra Mundial nós passamos muito tempo em um Campo de Concentração. Esperar algumas horas no aeroporto por uma viagem não é algo que nos incomoda muito".
      
A nossa reação em relação ao que acontece na vida é relativa. A mesma situação pode ser vista de maneira positiva ou negativa e, portanto, sempre há uma possibilidade de vermos as coisas de uma ótica otimista. Se tivermos em mente que tudo o que temos é um presente de D'us, e que nossa situação atual é muito melhor do que poderia ser, então viveremos com muito mais tranquilidade e felicidade. Mesmos as nossas dificuldades, comparadas com tudo o que temos de bom, são pequenas. Devemos parar de reclamar e começar a agradecer por tudo o que temos de bom. Esta é a fórmula da alegria verdadeira.
                                                                                                                                               

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

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