quinta-feira, 12 de novembro de 2020

DEIXE A SUA CONTRIBUIÇÃO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT CHAIEI SARA 5780

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PARASHAT CHAIE SARA




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ASSUNTOS DA PARASHAT CHAIE SARA
  • Falecimento de Sara.
  • Compra de um local para o enterro.
  • A busca de uma esposa para Itzchak.
  • Critérios de Eliezer.
  • Rivka atende os requisitos.
  • Eliezer reconta toda a história para a família de Rivka.
  • Ytzchak se casa com Rivka.
  • Avraham se casa com Keturá e tem filhos.
  • Falecimento de Avraham.
  • Descendentes de Ishmael.
BS"D

DEIXE A SUA CONTRIBUIÇÃO - PARASHAT CHAIEI SARA 5781 (13 de novembro de 2020)


"O pai de Miriam costumava dizer, desde que ela era muito pequena:

- Quando você completar 12 anos, contarei a você o segredo da vida.

Conforme os anos passavam, Miriam ia ficando cada vez mais ansiosa. Em cada aniversário, o pai lhe lembrava do segredo. No dia em que Miriam finalmente completou 12 anos, ela mal conseguiu dormir. Logo de manhã cedinho ela acordou o pai, ansiosa para saber o segredo da vida. O pai então abriu um enorme sorriso e disse:

- Querida, agora eu te contarei o segredo da vida, mas você não poderá revelá-lo aos seus irmãos menores. Este é o segredo: vaca não dá leite.

- Não entendi, pai - disse Miriam, um pouco desapontada e confusa - Este é o segredo da vida, que eu espero há tantos anos? Tomamos leite de vaca todos os dias aqui em casa, como você diz que vaca não dá leite?

O pai deu um abraço na filha, abriu um enorme sorriso e explicou:

- Querida, vaca não dá leite, você tem que tirar. Você precisa acordar às 4 da manhã, entrar no curral cheio de fezes, amarrar o rabo e as pernas da vaca, sentar no banquinho e fazer o movimento certo. Somente então o leite sai. Esse é o segredo da vida: vaca não dá leite. Ou você se esforça para tirar, ou não terá leite."

Vivemos em uma geração que espera sentada as coisas acontecerem. Eu quero, eu peço, eu recebo. Mas a felicidade verdadeira resulta do esforço e da conquista. E, ao contrário, a ausência de esforço gera frustrações.

Nesta semana lemos a Parashat Chaie Sara (literalmente "A vida de Sara"), que começa descrevendo o falecimento de Sara, a nossa primeira matriarca. A perda foi muito dura para Ytzchak, seu filho. Ele somente conseguiu se consolar quando casou-se com Rivka, uma mulher virtuosa como Sara.

A Parashat descreve como foi o primeiro encontro entre Ytzchak e Rivka. Ela vivia com sua família em uma cidade chamada Aram Naharaim, e foi trazida a Israel por Eliezer, o servo de Avraham. Ytzchak e Rivka se encontraram no campo, quando Rivka chegava de viagem, conforme está escrito: "Yitzchak saiu para rezar no campo ao anoitecer... E Rivka levantou seus olhos e viu Ytzchak" (Bereshit 24:63,64). Mas por que é importante a Torá nos ensinar que Ytzchak estava rezando no campo, e que isto aconteceu no fim do dia?

De acordo com um ensinamento do Talmud (Brachót 26b), justamente das palavras "Yitzchak saiu para rezar no campo ao anoitecer" nós aprendemos que foi nosso patriarca Ytzchak que estabeleceu a Tefilá de Minchá, a reza da tarde. O Talmud também ensina que foi o nosso patriarca Avraham que estabeleceu a Tefilá de Shacharit, a reza da manhã. Mas há uma aparente contradição, pois em outro ensinamento o Talmud (Ioma 28b) se refere à Tefilá de Minchá como sendo "Tsiluta d'Avraham", literalmente "a reza de Avraham", e define que a Tefilá começa quando as paredes lançam sombras sobre o chão, isto é, pouco depois do meio dia. Portanto, se foi Yitzchak que estabeleceu a reza de Minchá, por que ela é chamada de "reza de Avraham"?

O Rav Moshé ben Maimon zt"l (Espanha, 1135 - Egito, 1204), mais conhecido como Rambam, em um dos seus ensinamentos Haláchicos, afirma que Yitzchak foi o patriarca que estabeleceu o conceito de rezar "Lifnot Haiom", que significa "no final do dia". Porém, o Rambam aparentemente fugiu da expressão utilizada pela Torá, de que Yitzchak rezou "Lifnot Erev", literalmente "ao anoitecer". Por que o Rambam escolheu mudar a linguagem do versículo?

Em outro ensinamento Haláchico, o Rambam afirma que nossos sábios estabeleceram a Tefilá de Minchá em um período conhecido como "Bein Haarbaim", que significa "à tarde", correspondendo ao horário de oferenda do Korban Tamid (oferenda diária no Templo) da tarde. Este Korban Tamid da tarde era oferecido às nove horas e meia do dia (horas contadas a partir do amanhecer, que varia durante o ano, mas que gira em torna das 15h30). Já na véspera da Festa de Pessach, esta oferenda era trazida às seis horas e meia do dia (horas contadas a partir do amanhecer, que varia durante o ano, mas gira em torna das 12h30), para também possibilitar a oferenda do Korban Pessach no mesmo dia. Esses dois horários do Korban Tamid da tarde definem dois períodos distintos, conhecidos respectivamente como "Minchá Guedolá" (literalmente "Minchá maior", pois ainda restava a maior parte do dia), que começa às seis horas e meia do dia e vai até às nove horas e meia do dia, e "Minchá Ketaná" ("Minchá menor", pois restava a menor parte do dia), que começa às nove horas e meia do dia e vai até o fim do dia. O Rambam ensina que, embora o momento ideal para rezar Minchá seja a partir do início de Minchá Ketaná, pode-se começar a rezar Minchá a partir do início de Minchá Guedolá.
 
O Rambam cita até mesmo um costume, que não praticamos atualmente, que remonta ao período dos Gueonim (sábios que viveram entre os séculos 7 e 9 e.c.), de fazer duas rezas de Minchá, uma em Minchá Guedolá e outra em Minchá Ketaná. Mas qual era a base desse costume? Se Minchá Guedolá e Minchá Ketaná definem apenas o horário a partir do qual podemos fazer a reza de Minchá, por que rezar duas vezes?
 
Finalmente, mesmo se o Korban era oferecido às nove horas e meia do dia, e às vezes às seis horas e meia do dia, por que os sábios se basearam nisso para dividir o tempo de Minchá em dois períodos? Por que não foi definido um único período, que começa das seis horas e meia e vai até o final do dia, período que incluiria os dois horários de oferenda do Korban Tamid da tarde?

Explica o Rav Yohanan Zweig que não há nenhuma contradição entre os dois ensinamentos do Talmud. Quando o Talmud identifica a hora de início da Tefilá de Avraham como "quando as paredes lançam sombras sobre o solo", significa que a reza de Minchá de Avraham se iniciava logo após o meio-dia, isto é, o horário de "Minchá Guedolá". E, de acordo com a Torá, Yitzchak rezou Minchá apenas próximo do anoitecer, o que significa que Yitzchak estava estabelecendo o momento oportuno para Minchá como sendo a "Minchá Ketaná".
 
Embora os parâmetros dos horários das rezas diárias foram definidos com base nos horários de oferenda do Korban Tamid no Templo, os canais de cada reza foram abertos pelos nossos patriarcas. Avraham foi responsável por estabelecer a Tefilá de Shacharit para os seus descendentes. Porém, apesar dele também já ter iniciado o conceito da Tefilá de Minchá, ele não fez isto de forma a deixar gravado para as futuras gerações. Esta tarefa, de abrir este novo canal espiritual, ele deixou para seu filho Yitzchak.
 
É por isso que Yitzchak estabeleceu a Tefilá de Minchá em um período diferente do anteriormente realizado pelo seu pai, pois Ytzchak é o patriarca responsável por instituir a Tefilá de Minchá. A reza pessoal de Avraham, em um horário diferente do que foi estabelecido por Ytzchak, somente ajudou a ampliar o período de tempo durante o qual o canal da Tefilá da tarde estaria aberto.

Deste ensinamento aprendemos algo incrível para a nossa vida. Ytzchak poderia ter se acomodado na vida. Ele poderia simplesmente pegar o "canal espiritual" da reza da tarde que seu pai já havia começado a preparar. Porém, ele se esforçou para abrir seu próprio canal, deixando um enorme legado para seus descendentes. Ele aprendeu muito com seu pai, absorveu dele toda a espiritualidade e os incríveis ensinamentos. Em muitos pontos, Ytzchak fez questão de trilhar exatamente os mesmos caminhos do seu pai. Porém, Ytzchak também se esforçou para criar seu próprio espaço, abrir seus próprios caminhos, deixar ao mundo suas próprias contribuições. Ele escolheu não se acomodar com o que já tinha pronto, ele queria fazer mais pelo mundo. Após as enormes contribuições que Avraham já havia deixado, Ytzchak também quis deixar a sua marca.
 
Poderíamos pensar que o título de "Av", patriarca, é algo vitalício, isto é, uma vez conferido, permanece com o indivíduo por toda a sua vida. No entanto, isso não está correto. Ter o título de "Av" significa que as ações deste indivíduo têm, naquele momento, um enorme impacto sobre a formação espiritual do povo judeu. Porém, este título não durava por toda a vida do indivíduo. Quando Yitzchak se tornou o "Av" da sua geração, Avraham deixou de funcionar como um "Av". O impacto para o futuro do povo judeu, a partir daquele momento, passou a ser definido por Yitzchak. Quase nenhuma informação sobre os últimos quarenta anos da vida de Avraham está registrada na Torá, pois naquele ponto Yitzchak já havia se tornado o "Av". Yitzchak, portanto, estabeleceu a Tefilá de Minchá com a força de um "Av".

Este é um ensinamento muito importante para os nossos dias. Vivemos em uma geração muito acomodada e, em termos espirituais, acabamos nos satisfazemos com muito pouco. Precisamos ter a vontade de crescer, de contribuir, de deixar a nossa marca no mundo. Ytzchak nos ensinou que, mesmo recebendo tudo pronto, valeu a pena o esforço, pois nossos atos podem fazer toda a diferença.
 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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