quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

QUANDO VOCÊ DOA, QUEM GANHA? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TERUMÁ 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Haim David ben Esther
Chaim Michael ben Matania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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MENSAGEM DA PARASHÁ TERUMÁ

ASSUNTOS DA PARASHÁ TERUMÁ
  • Doações para a construção do Mishkan.
  • Aron Hakodesh e a Kaporet.
  • Shulchan.
  • Menorá.
  • 3 coberturas do Ohel Moed.
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QUANDO VOCÊ DOA, QUEM GANHA? - PARASHÁ TERUMÁ 5783 (24/fev/23)

Nos anos 80, no auge da intifada, um soldado israelense chamado Ariel estava dirigindo um jipe do exército perto da cidade árabe de Ramala. De repente, um tiro disparado por um terrorista acertou-o em cheio. Ele caiu do jipe e seu corpo ficou estirado no asfalto. O terrorista, confiante que havia matado Ariel, fugiu. Alguns momentos depois, Yehoshua, um jovem israelense, estava dirigindo naquela estrada e avistou Ariel. Ele desceu do carro rapidamente, carregou Ariel até o seu carro e correu ao hospital israelense mais próximo. O setor de emergência estava a postos quando Yehoshua chegou com o ferido. Médicos e enfermeiras trabalharam em sintonia e com eficiência, realizando todos os procedimentos necessários para salvar a vida do soldado.

Vendo que a situação de Ariel parecia estar sob controle, Yehoshua saiu da UTI e foi embora para casa. Ele não estava procurando agradecimentos ou reconhecimento. Ele sentia que o que havia feito era o que qualquer judeu teria feito no lugar dele. Os pais de Ariel chegaram cerca de duas horas depois. Os médicos lhes disseram que, apesar de Ariel ter chegado em condições críticas e ter perdido muito sangue, ele teria boas chances de sobreviver. Quando os pais de Ariel perguntaram quem havia trazido seu filho, ninguém soube responder.

Após duas semanas, Ariel deixou o hospital e continuou seu tratamento em casa, que ficava em Ashdod. Sua mãe, a Sra. Sara, que era proprietária de um mercado, colocou um anúncio lá, perguntando se alguém tinha alguma informação a respeito da identidade do rapaz que havia salvado a vida de seu filho, para agradecê-lo pessoalmente. O anúncio ficou pendurado durante meses, mas ninguém apareceu com informações. Mesmo assim, a Sra. Sara deixou o anúncio pendurado na loja, como uma lembrança diária de sua gratidão a D'us.

Um ano após o acidente, a Sra. Esther, mãe de Yehoshua, foi fazer compras no mercado da Sra. Sara. Ela havia morado em Ashdod, porém havia se mudado há alguns anos para a cidade de Ranana e estava de passagem para visitar algumas amigas. Ela logo deparou-se com o anúncio procurando o salvador anônimo do soldado Ariel. Será que estavam falando do seu filho Yehoshua? Na época, ele havia lhe contado sobre um soldado ferido que ele havia ajudado a levar ao hospital. Ela se lembrava de ter ficado orgulhosa por ele não ter procurado reconhecimento ou agradecimentos. A Sra. Esther dirigiu-se ao caixa e perguntou com quem ela poderia falar a respeito do anúncio. A Sra. Sara, que estava no caixa, quis saber se ela tinha alguma informação a respeito. A Sra. Esther disse com voz trêmula: "Pouco mais de um ano atrás, meu filho Yehoshua voltou para casa me contando a respeito de um soldado que ele havia socorrido em uma estrada perto de Ramala. Pode ser que era seu filho?". As duas mulheres trocaram informações sobre o incidente e logo ficou claro que, de fato, Yehoshua era o salvador de Ariel. As mulheres se abraçaram, emocionadas.
 
Porém, o mais incrível ainda estava por vir. Enxugando as lágrimas, a Sra. Esther perguntou quantos anos tinha Ariel. A Sra. Sara respondeu que Ariel estava com 21 anos. A senhora Esther tentou conter as lágrimas.
 
- Você não se lembra de mim? - perguntou a Sra. Esther - Cerca de 22 anos atrás, nós duas estávamos grávidas. Na época eu ainda morava aqui em Ashdod. Eu já tinha dois filhos e não queria ter outro. Meu médico havia dito que poderia providenciar o aborto. Você escutou minha conversa com uma amiga e me chamou, tentando a todo custo me convencer a não abortar, a não terminar com a vida do meu filho antes dela começar. No início eu não queria escutar o que você me dizia, mas você não desistia! Até que, finalmente, você conseguiu me convencer. O querido filho que eu dei à luz foi o Yehoshua.

A Sra. Esther fez uma pausa, respirou fundo e disse as palavras que a Sra. Sara nunca mais iria esquecer: "Com suas palavras você salvou o meu filho e, anos depois, o meu filho salvou o seu filho!"

A Parashá desta semana, Terumá (literalmente "Porção"), descreve as instruções de D'us para a construção do Mishkan, o Templo Móvel que acompanhou o povo judeu durante os 40 anos no deserto. E a Parashá começa nos ensinando que o povo judeu foi "convidado" a participar da construção do Mishkan, trazendo doações de materiais, como está escrito: "Peguem para Mim uma porção" (Shemot 25:2). Porém, há algo estranho com a linguagem do versículo. A expressão mais apropriada seria "Deem para Mim", e não "Peguem para Mim". Por que esta mudança?

Em um nível mais simples, podemos explicar que, como D'us de fato é o Dono de tudo, é impossível falar em dar algo para Ele. O verbo "dar" normalmente implica que eu sou o proprietário e estou transferindo a propriedade para outra pessoa. Portanto, quando falamos sobre o Criador do Universo, não utilizamos a expressão "dar", e sim "pegar". Como D'us já é o Dono de tudo, quando doamos nós meramente "permitimos" a Ele pegar o que já é Dele.
 
O dinheiro que a pessoa tem, portanto, não é de fato sua propriedade, e sim um depósito colocado em suas mãos por D'us, para ser administrado da maneira correta. Aquele que utiliza sua riqueza apenas para si mesmo pode ser comparado a uma mosca aprisionada em uma caixa contendo açúcar. A mosca pode comer o quanto desejar, porém nunca poderá deixar a caixa levando o açúcar. Uma pessoa que foi abençoada com muitos bens materiais neste mundo pode viver com conforto, porém não poderá levá-los com ela para fora deste mundo. A única maneira de levar dinheiro para o Olam Habá é utilizando-o para fazer Mitzvót. O Talmud (Baba Batra 11a) descreve um incidente envolvendo o Rei Munbaz, que distribuiu todos os seus tesouros e os tesouros de seus ancestrais nos anos de seca, dando o dinheiro aos pobres. Seus irmãos e a família de seu pai se uniram contra ele para protestar contra suas ações, e disseram-lhe: "Seus antepassados ​​acumularam dinheiro em seus tesouros e adicionaram aos tesouros de seus antepassados, e você está distribuindo tudo aos pobres?". O Rei Munbaz disse a eles: "Não, meus ancestrais armazenaram aqui embaixo, enquanto eu estou armazenando lá em cima. Meus ancestrais guardaram tesouros em um lugar onde a mão humana pode alcançar, e assim seus tesouros poderiam ter sido roubados, enquanto eu estou guardando tesouros em um lugar onde a mão humana não pode alcançar, e assim eles estão seguros". O único dinheiro que verdadeiramente pertence ao homem no Mundo Vindouro é o que ele dá para Tzedaká. Por isso, a pessoa não dá o donativo, e sim o recebe, quando o transforma em Mitzvá.
 
O Rav Shlomo Breuer zt"l (Hungria, 1850 - Alemanha, 1926) também traz uma reflexão profunda sobre esse conceito de "pegar um donativo". Sempre quando "doamos", isto é, fazemos Chessed com o dinheiro, estamos de fato fazendo mais para nós mesmos do que para a pessoa a quem estamos doando. Nos ensina o Midrash: "Mais do que o dono da casa faz pela pessoa pobre, a pessoa pobre faz pelo dono da casa". Ao fazer uma doação, o dinheiro que o pobre recebe é temporário. Talvez pague a próxima refeição ou parte do aluguel. É algo finito. Por outro lado, a pessoa que doa, além de adquirir o Mundo Vindouro, recebe outro enorme benefício: ela adquire o efeito positivo que este ato de doação provoca em sua personalidade, em sua alma e em sua autoestima. Ao ajudar outras pessoas, portanto, estamos recebendo muito mais do que estamos doando.

O Rav Breuer ressalta que a primeira vez que encontramos um ato de Chessed de um ser humano na Torá foi com Avraham Avinu e seus convidados, que na verdade eram anjos disfarçados. Ao observarmos os detalhes dos atos de Avraham, perceberemos algo interessante. A Torá também utiliza a expressão "pegar" nos atos de Chessed de Avraham. Por exemplo: "que seja pego um pouco de água" (Bereshit 18:4) ou "Eu vou pegar pão" (Bereshit 18:5). Avraham deveria ter dito "que seja dada um pouco de água" e "Eu darei pão"! A resposta é que Avraham estava ensinando uma lição aos seus descendentes: "Meus filhos, vocês devem saber, para todas as futuras gerações, que quando você ajuda alguém, você não está dando, você está recebendo". Quando uma pessoa ajuda outra, ela faz mais por si mesma do que pela outra. É isso que a Torá está nos ensinando com a expressão "Pegue para Mim uma porção". Não importa se a pessoa doa para uma instituição ou para um indivíduo necessitado, o doador realmente está recebendo muito mais do que está doando.

Ensina o Rav Simcha Cohen que muitos louvores são mencionados na Torá em relação àquele que dá Tzedaká. Por exemplo, está dito que por este mérito são rasgados maus decretos Celestiais, a pessoa é salva da morte e ajuda as rezas da pessoa a serem recebidas por D'us, entre outros benefícios. Por que a Tzedaká é tão exaltada? Pois ela traz benefícios a quem recebe, mas também para quem doa. Ela ajuda a pessoa que está passando por dificuldades físicas e psicológicas, e ajuda a pessoa que doou a se desconectar do seu dinheiro, algo que é extremamente difícil. Portanto, o doador também se eleva com seu ato.
 
Nos ensina o Talmud (Baba Batra 9b): "Todo aquele que dá um pequeno valor a um pobre recebe seis Berachót, mas aquele que o encoraja com palavras recebe onze Berachót". Portanto, mesmo que uma pessoa não tenha dinheiro, ela pode ainda assim cumprir a Mitzvá de Chessed com palavras de consolo e incentivo ao necessitado. Mas por que recebe ainda mais Berachót? Pois é mais fácil tirar dinheiro do bolso do que doar apoio emocional ao próximo. A fala é um dos fundamentos da nossa alma. Doar palavras de incentivo e apoio é, portanto, como doar parte de si mesmo. Além disso, apesar de ser inegável a importância de darmos dinheiro aos necessitados, sem nenhuma dúvida é ainda mais importante darmos apoio emocional, incentivo e elogios. Muitas vezes isso pode salvar vidas e impedir pessoas de fazerem atos impensados. Ajude sempre, com o que você puder. Mas o principal é que seja com o coração. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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