quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

BLOQUEANDO AS MÁS INFLUÊNCIAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT MIKETZ E CHANUKÁ 5779

BS"D
Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
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BLOQUEANDO AS MÁS INFLUÊNCIAS - PARASHAT MIKETZ E CHANUKÁ 5779 (07 de dezembro de 2018)

Avraham estava muito preocupado. Jacques, seu único filho, era um bom menino, mas estava andando com más companhias. Avraham conversava muito com o seu filho, mas sempre que demonstrava preocupação, escutava a mesma resposta: "Não se preocupe, pai, o que eles fazem não me afeta". Porém, Avraham via que, aos poucos, sem perceber, o filho ia mudando suas atitudes e adquirindo maus hábitos. Ele pediu então ajuda a um homem muito sábio. O homem levou Jacques para um passeio em um enorme jardim. De repente, ele parou e pediu a Jacques que pegasse uma plantinha que crescia ali. O jovem segurou a pequena planta e facilmente a arrancou.
 
Continuaram caminhando mais um pouco, conversando, até que o sábio avistou uma planta um pouco maior. Ele pediu para que o jovem arrancasse também aquela planta. O jovem puxou com força e a planta saiu, com raiz e tudo. Algum tempo depois, o sábio viu um arbusto e pediu para que Jacques o arrancasse. Desta vez, o rapaz precisou usar toda a sua força para retirá-lo, mas conseguiu. Finalmente, o sábio viu uma árvore e pediu para que Jacques a arrancasse. O jovem agarrou o tronco e tentou arrancá-la, mas sem sucesso. Tentou várias vezes até que, ofegante, desistiu. O sábio então deu um sorriso e explicou:

- Assim também funciona com nossos maus hábitos, eles vão se enraizando dentro de nós. Quando andamos com más companhias, permitimos que os maus hábitos se tornem parte de nós, sendo cada vez mais difícil arrancar.

Aquele passeio mudou para sempre a vida de Jacques, que entendeu que a frase "isto não me afeta" é uma grande mentira que dizemos para enganar a nós mesmos.

Nesta semana lemos a Parashat Miketz (literalmente "No final de"), que continua contando sobre a saga de Yossef no Egito. Após ter sido vendido como escravo, ele passou por muitos altos e baixos na vida, até se tornar o vice-rei do Egito. Mas há algo incrível no comportamento de Yossef. Mesmo no Egito, um centro de idolatria e imoralidades, ele se manteve reto e temente a D'us. Yossef conseguiu ter dois filhos Tzadikim, que chegaram ao nível de fazerem parte das Tribos de Israel. Ele conseguiu bloquear todas as influências negativas do Egito.
 
Este comportamento de Yossef nos ajuda a entender porque a Parashat Miketz sempre é lida na época da Festa de Chanuká, na qual recordamos a vitória do povo judeu sobre os gregos. Os gregos haviam proibido o povo judeu de se ocupar com o estudo da Torá e o cumprimento das Mitzvót. Por isso, a expulsão dos gregos representa a volta do nosso Serviço Divino, com ainda mais fervor.
 
A Torá começa a descrever a criação do mundo com as seguintes palavras: "E a Terra estava vazia e desolada, e a escuridão pairava sobre a face do abismo" (Bereshit 1:2). De acordo com o Midrash (parte da Torá Oral), as linguagens "vazia", "desolada", "escuridão" e "abismo" são uma alusão aos 4 exílios que o povo judeu passaria durante sua história. A palavra "Choshech" (escuridão) está associada ao exílio grego. Mas por que justamente os gregos, que trouxeram tantas inovações ao mundo, como as artes, a arquitetura e o teatro, são considerados o "exílio da escuridão"? O Midrash explica que o exílio grego está associado com a escuridão pois os gregos escureceram os olhos de Israel com um terrível decreto, segundo o qual todos os judeus deveriam escrever no chifre dos seus bois: "Não temos nenhuma parte com o D'us de Israel".
 
Porém, há um grande questionamento em relação a este Midrash. O exílio grego foi uma época de muitos decretos. Os gregos nos proibiram de cumprir o Shabat, de fazer Brit Milá nos nossos filhos, de fazer o Kidush HaChodesh (Santificação do novo mês) e de estudar Torá. Pessoas que eram pegas cumprindo Mitzvót eram sumariamente punidas com a morte. Foi uma época de muitas dificuldades para o povo judeu. Então por que o Midrash aponta justamente o decreto do chifre do boi como sendo a fonte da "escuridão" dos gregos?

Além disso, é difícil compreender qual foi exatamente a intenção dos gregos. Entendemos o motivo de proibir o cumprimento de Mitzvót e o estudo da Torá, pois isto arrancaria a conexão do povo judeu com a Torá e suas Mitzvót. Porém, de que adiantava forçar o povo judeu a escrever no chifre de seus touros "Não temos nenhuma parte com o D'us de Israel", se era algo que certamente eles não acreditavam?

Explica o Rav Meyer Yedid que a resposta está em um impressionante ensinamento de Shlomo Hamelech: "De todas as coisas que devemos cuidar, cuide do seu coração, pois dele sai os resultados da vida" (Mishlei 4:23). Shlomo HaMelech, o mais sábio de todos os homens, está nos ensinando uma regra de prioridades na vida. Do que mais cuidamos? Em geral, das coisas mais preciosas e de maior valor. Portanto, deste versículo aprendemos que não há nada mais valioso do que o nosso coração. Neste versículo, a palavra "coração" está sendo utilizada como uma alusão ao nosso intelecto, pois nosso coração é alimentado justamente pelos nossos pensamentos. Ter sabedoria no coração é justamente o primeiro pedido que fazemos na Amidá todos os dias. Mesmo uma pessoa que é milionária, se ela não sabe utilizar seu dinheiro com uma boa cabeça, então é como se ela não tivesse nada. Portanto, acima de tudo, precisamos cuidar do nosso intelecto.

Nossa cabeça não é apenas valiosa, ela também é muito "frágil", pois é muito influenciada por tudo o que vemos e ouvimos. Na verdade, nunca mais esquecemos o que vemos e ouvimos. Não existe esquecimento, somente às vezes é difícil "tirar" as informações de onde elas ficaram guardadas, mas elas estão ali. Por exemplo, quando dois amigos de infância se reencontram, em um primeiro momento um deles nem se lembra quem é o outro. Mas basta o amigo mencionar seu nome para que todas as lembranças do passado voltem, com todos os detalhes.

Quando vemos algo, imediatamente fazemos um julgamento. Portanto, até o que vemos depende das nossas cabeças. Pessoas diferentes veem as situações de forma diferente, pois de acordo com as imagens que vimos e com as experiências que vivemos, assim nos comportamos. É por isso que os nossos sábios ensinam que, para adquirimos sabedoria, a melhor forma é andando com alguém sábio, como está escrito: "Aquele que anda com os sábios fica sábio" (Mishlei 13:20). Por que Shlomo Hamelech não escreveu "aquele que estuda com os sábios fica sábio"? Pois aquele que anda com o sábio olha todos os atos dele e aprende. Cada detalhe da vida de um sábio é um ensinamento e aquele que vê acaba trazendo isto para a sua vida.
 
Absorvemos tudo o que vemos e escutamos, as imagens e ideias ficam guardadas na nossa cabeça. Portanto, devemos cuidar muito do que entra nas nossas cabeça, pois, em última instância, somos o que vemos e o que escutamos. O ser humano é construído assim, pelas suas experiências, pelo que vê e escuta no seu cotidiano. É por isso que devemos escolher muito bem os ambientes onde frequentamos e as pessoas com quem temos contato. Um dos maiores erros que cometemos é pensar "Não tem problema eu ver coisas erradas, pois isto não me afeta".  
 
Este é o grande segredo que está por trás das propagandas. Por exemplo, a propaganda de um refrigerante mostra uma pessoa triste, dirigindo seu carro velho, sem rumo na vida. Então esta pessoa bebe o refrigerante e, de forma mágica, tudo se transforma. A pessoa fica feliz, seu carro se transforma em uma Ferrari e sua vida se torna imediatamente um conto de fadas. Em nenhum momento a propaganda apresenta as qualidades da bebida que está sendo oferecida. Porém, as pessoas não são tontas, é óbvio que ninguém acredita que isto é realidade. Então por que as empresas gastam tanto com propagandas? Pois os fabricantes sabem que, quando alguém assiste muitas vezes a mesma coisa, isto se torna parte dela. Isto significa que, após assistir muitas vezes a propaganda do refrigerante, a pessoa vai começar a associar o refrigerante com a alegria e, por isto, vai comprar mais.

Os gregos sabiam deste efeito das propagandas e esta é justamente a escuridão representada por eles. Eles sabiam que, ao proibirem o Shabat e o Brit Milá, o povo judeu não aceitaria os decretos. Mesmo com o risco de receberem pena de morte, os judeus continuariam escondidos cumprindo as Mitzvót e estudando Torá. Porém, ao decretar que eles escrevessem no chifre dos touros "Não temos nenhuma parte no D'us de Israel", os judeus achariam que não havia problema nenhum, já que eles não acreditavam naquilo. Esta é a escuridão grega, pois o que vemos constantemente vai entrando na nossa cabeça, mesmo quando não acreditamos, e fica lá para sempre.
 
Em geral, as pessoas estão sempre reclamando de tudo. Falta de dinheiro, problemas de saúde, problemas familiares. Devemos fugir de pessoas assim, pois constantemente escutar este tipo de coisa nos derruba também. Devemos procurar nos relacionar com pessoas felizes, que estão de bem com a vida. Crianças que crescem vendo sorrisos e agradecimentos crescem felizes. Já em uma casa com nervosismo, reclamações e tristeza, esta realidade negativa entra na vida de cada membro da família. Precisamos tomar muito cuidado para manter nossas casas sempre com influências positivas. Por isso, temos que nos cuidar quando lemos notícias no jornal. Notícias quase não falam sobre coisas boas e alegres. Notícias não falam sobre jovens que honraram seus pais ou sobre as bondades que as pessoas fizeram. As notícias falam sobre roubos, assassinatos e traição. As notícias mostram um mundo cinzento e triste. Isto vai nos influenciando, devagar e silenciosamente.

Vencemos uma batalha, mas a guerra continua. A escuridão atual são as más influências da "rua", as coisas que vemos e ouvimos. Mesmo o que não envolve proibições da Torá muitas vezes nos influencia negativamente. Como diz Shlomo HaMelech, do cuidado com o coração dependem todos os "resultados da vida". Precisamos ter responsabilidade, cuidar do que entra em nossas casas, em nossas vidas, não achar que estamos acima das influências externas. Cada geração trava uma nova batalha contra os gregos, e esta é, certamente, a nossa batalha. Que as luzes de Chanuká possam nos iluminar, para vencermos para sempre esta difícil guerra.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT MIKETZ 5779:

São Paulo: 19h24  Rio de Janeiro: 19h09  Belo Horizonte: 19h06  Jerusalém: 16h00
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Chana Mirel bat Feigue, Eliezer ben Shoshana.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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