sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ CHAIEI SARA 5772

BS"D

 

HUMILDADE VERDADEIRA - PARASHÁ CHAIEI SARA 5772 (18 de novembro de 2011)

 

"A sinagoga estava completamente lotada. As pessoas estavam concentradas, aguardando o início das rezas de Yom Kipur, o Dia do perdão. Os homens se cobriam com seus Talitót e uma aura de santidade rodeava o ambiente. Do rosto de alguns homens e mulheres rolavam lágrimas de arrependimento.

 

De repente, querendo dar uma enorme demonstração de humildade diante de todos os presentes, o rabino da sinagoga se jogou no chão e começou a gritar: "Eu sou um nada, eu sou um nada!".

 

O presidente da sinagoga, ao ver aquela cena, imediatamente também se jogou no chão e gritou "Eu sou um nada, eu sou um nada!".

 

Entre os frequentadores havia um homem muito simples, que ia pouco à sinagoga, em geral apenas nas Grandes Festas. Impressionado com a demonstração de humildade do rabino e do presidente da sinagoga, ele também se jogou no chão e gritou "Eu sou um nada, eu sou um nada!".

 

O presidente da sinagoga ficou profundamente irritado com a cena. Cutucou o rabino e, apontando para o frequentador, disse:

 

- Como pode uma coisa destas? Este "zé ninguém", que mal freqüenta a sinagoga, está achando que já pode ser um nada..."

 

Uma das características mais importantes para o crescimento espiritual do ser humano é a humildade. Mas precisamos tomar o cuidado de constantemente verificar se nossa humildade é verdadeira ou é apenas algo externo e superficial.

 

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A Parashá desta semana, Chaiei Sara, começa contando sobre a morte de nossa matriarca Sara. Avraham, que na época vivia em Chevron, local habitado pelos Chititas, precisava de um local para enterrá-la. Após uma negociação, Avraham comprou de um Chitita chamado Efron um terreno no qual havia uma caverna, a Mearat Hamachpelá. Avraham fez os discursos de louvor, chorou e enterrou sua esposa.

 

Explica o Rav Eliahu Dessler, em seu livro "Michtav M'Eliahu", que a morte de Sara foi o teste mais difícil enfrentado por Avraham Avinu. Não apenas por toda a dor da perda de sua amada esposa, mas por todas as conseqüentes dificuldades que Avraham teve que vencer.

 

Uma das características que ajudou Avraham a vencer todos os seus testes foi a sua enorme humildade, como está escrito "Avraham respondeu e disse: E eis que eu quis falar com D'us, embora eu seja apenas pó e cinzas" (Bereshit 18:27). Mas a própria pessoa anunciar que é humilde é muito fácil, muitos orgulhosos também dizem, em sua falsa modéstia, que são muito humildes. Como sabemos que Avraham era realmente humilde? Como diferenciar a humildade verdadeira da falsa humildade?

 

Explica o livro Orchót Tzadikim que existem alguns sinais nos atos de uma pessoa que nos permitem identificar se ela é orgulhosa ou se possui uma humildade verdadeira. Um dos sinais é como a pessoa reage quando perde um ente querido ou uma quantidade muito grande de dinheiro, pois o orgulhoso reclama de D'us e se sente um injustiçado, enquanto o humilde aceita a vontade Divina sem questionamentos. Outro sinal é a forma como a pessoa lida com ofensas e agressões, pois o orgulhoso guarda rancor e espera o momento de se vingar, enquanto o humilde, mesmo tendo a possibilidade de se vingar, sabe perdoar e passar por cima das ofensas. Também é um sinal de humildade a forma da pessoa falar com os outros em momentos de tensão, pois o orgulhoso constantemente perde a cabeça quando está sob pressão, agredindo verbalmente e até fisicamente quando se sente acuado, enquanto o humilde fala sempre de maneira educada e comedida, sem se exaltar, mesmo quando há tensão. E finalmente a humildade pode ser verificada através da maneira como a pessoa se comporta após fazer bons atos, pois o orgulhoso se engrandece pelas suas virtudes e bons atos, se sente melhor do que os outros, enquanto o humilde não sente nenhum orgulho nem superioridade, pois sabe que poderia ter feito muito mais do que fez.

 

Quando observamos o comportamento de Avraham durante os testes que vieram em consequência da morte de Sara, é possível enxergar todos estes sinais de humildade. Por que a Torá juntou os assuntos do sacrifício de Yitzchak, no fim da Parashá passada, e a morte de Sara, no começo desta Parashá? Rashi, comentarista da Torá, explica que quando Avraham voltou para casa e encontrou Sara morta, entendeu que a causa da morte havia sido a forte emoção da notícia de que seu único filho estava prestes a ser sacrificado. Avraham poderia ter questionado D'us, Quem havia lhe ordenado sacrificar o próprio filho. Pior ainda, Avraham poderia ter se arrependido da Mitzvá, com remorso de ter causado a morte de sua esposa. Mas Avraham não se alterou. A Torá diz que primeiro ele fez os discursos de louvor para sua esposa e somente depois chorou, para mostrar que, além de não ter se arrependido, aceitou a vontade de D'us com amor, sem questionamentos.

 

Com sua esposa morta à espera de um enterro digno, Avraham ainda teve que lidar com a zombaria dos Chititas. Ao saber que D'us havia prometido a terra de Israel a Avraham e seus descendentes, eles decidiram dificultar o enterro, proibindo a venda de qualquer propriedade para Avraham. Mesmo sofrendo, com sua esposa esperando para ser enterrada, Avraham foi educado e cordial, como está escrito "E levantou-se Avraham e curvou-se diante dos membros do conselho, do povo de Chet" (Bereshit 23:7). Avraham se curvou em uma demonstração de respeito, não como uma forma de bajulação.

 

Além disso, apesar de D'us ter prometido a Terra de Israel para Avraham, ele teve que pagar um preço absurdo pelo local do enterro, um total de 400 moedas de prata. Efron, o dono da terra, era um homem extremamente ganancioso, que se aproveitou do momento de dor de Avraham para cobrar um preço completamente injusto, o suficiente para comprar um estado inteiro. Efron ainda foi irônico, como está escrito "Entre eu e você, quanto isto significa?". E mesmo perdendo muito dinheiro, em nenhum momento Avraham questionou a bondade e a justiça de D'us.

 

Avraham, sob pressão, poderia ter perdido a cabeça. Poderia ter iniciado uma guerra contra os Chitim para pegar a terra à força, pois sabia que D'us estava do seu lado. Para salvar seu sobrinho Lót, Avraham havia conseguido, com um pequeno exército, destruir a coalizão dos 4 reis, a maior potência da época. Mas apesar da possibilidade de se vingar do povo que se esforçava para dificultar o enterro de Sara, ele foi muito educado, se portou com Derech Eretz (bons modos), não se exaltou em nenhum momento. Portanto, o comportamento de Avraham, em cada detalhe, demonstra que ele foi uma pessoa realmente humilde, não apenas da boca para fora. Este nível elevado foi resultado de muitos anos de trabalho, uma vida inteira de reflexão.

 

Será que nós também somos humildes? Aceitamos a vontade de D'us quando ocorrem coisas que não estavam nos nossos planos ou preferimos ficar reclamando e nos lamentando? Quando alguém faz algo que nos ofende ou vai contra nossa vontade, sabemos manter a cabeça no lugar ou explodimos? Falamos em voz baixa e num tom agradável mesmo quando estamos sob tensão ou somos ríspidos e agressivos? São perguntas que, se respondidas com sinceridade, podem nos ajudar a medir o quanto estamos longe da humildade verdadeira.

 

Qual a forma de chegar à humildade verdadeira? Refletindo. Em primeiro lugar, tentando entender e internalizar que tudo o que fazemos somente é possível com a ajuda de D'us. Desde nossa inteligência até o menor dos movimentos do nosso corpo, tudo depende da influência Divina. Portanto, não há nada para nos gabar em relação aos nossos bons atos e qualidades, pois tudo é um presente de D'us. Em segundo lugar, precisamos entender o quanto somos pequenos. Nossas bondades praticamente se anulam quando comparadas aos atos dos nossos patriarcas, que sabiam aproveitar seu potencial no limite. Mesmo quando fazemos algo bom, se compararmos com o que poderíamos ter feito, chegaremos à conclusão de que fizemos muito pouco. E em terceiro lugar, precisamos fugir da falsa modéstia, do sentimento enganoso de que somos humildes quando, na verdade, buscamos o tempo inteiro elogios e o reconhecimento das pessoas. Apenas quando tivermos a consciência de que não somos humildes de verdade é que poderemos começar a realmente construir nossa humildade.

 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

 

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