sexta-feira, 16 de maio de 2025

APROVEITE A OPORTUNIDADE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ EMOR 5785

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PARASHÁ EMOR 5785



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VÍDEO DA PARASHÁ EMOR 5785
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  • As Leis Sacerdotais.
  • Cohen Gadol.
  • Cohanim Defeituosos.
  • Pureza dos Cohanim.
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  • Kidush Hashem e Chilul Hashem.
  • Dias Especiais: Shabat, Pessach, Omer, Contagem, Shavuót, Rosh Hashaná, Yom Kipur, Sucót, Shemini Atseret.
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APROVEITE A OPORTUNIDADE - PARASHÁ EMOR 5785 (16/mai/25)

"Durante os tempos de perseguição religiosa na União Soviética, o Rav Yitzchak Zilber zt"l (Rússia, 1917 – Israel, 2004) foi preso e enviado para um campo de trabalhos forçados na Sibéria por manter sua prática religiosa e ensinar Torá em público, algo que era considerado ilegal. Mesmo sob condições extremas de frio, fome, falta de sono e trabalhos pesados, ele nunca desistiu de cumprir as Mitzvót. E, apesar do risco de vida que isso envolvia, ele fazia questão de rezar com Minian sempre que possível. Ele organizava Minianim com outros prisioneiros judeus, mesmo que precisassem se reunir em segredo, à noite, e às vezes com pessoas que nem sabiam rezar direito. Ele os ensinava para que pudessem completar o Minian.
 
Em certa ocasião, alguns guardas descobriram o Minian e ameaçaram severamente os envolvidos. Um dos participantes quis recuar, o que causaria com que faltasse um homem, mas o Rav Zilber disse para ele:
 
- A Tefilá BeTsibur (com Minian) é nossa alma aqui. Se tirarmos isso de nossas vidas, estaremos tirando o que nos faz continuarmos vivos.
 
Isso foi suficiente para convencer o homem a voltar ao Minian, mesmo sob risco de vida. E o mais incrível foi que todos aqueles que participaram do Minian sobreviveram ao campo de trabalhos forçados. Já outros, que se afastaram das rezas e não quiseram participar do Minian, não resistiram. O Rav Zilber considerava a Tefilá BeTsibur um dos pilares que sustentaram sua vida espiritual, e até física, durante aquela época infernal."
 
A Tefilá BeTsibur tem uma força espiritual que ultrapassa o entendimento humano. Mesmo em situações de risco extremo, Tzadikim a valorizavam tanto que estavam dispostos a arriscar tudo por ela. Há um poder na Tefilá feita com sinceridade e com Minian que, segundo o Talmud (Brachót 8a), "nunca é rejeitada".

Nesta semana lemos a Parashá Emor (literalmente "Diga"), que começa a descrever algumas leis especiais referentes aos Cohanim e ao Cohen Gadol, nos ensinando que conforme aumenta o nível espiritual de uma pessoa, assim também aumentam suas responsabilidades. Por isso, em muitos aspectos, os Cohanim devem se comportar com mais santidade do que o resto do povo, pelo importante papel espiritual que representam, em especial por serem os responsáveis por oferecer os Korbanót.
 
Desde a destruição do Beit Hamikdash o Serviço dos Korbanót não pôde mais ser realizado e foi substituído pelas nossas Tefilót. Podemos entender, portanto, a responsabilidade que temos diante de nós quando fazemos Tefilá diariamente, que se compara com a oferenda de um Korban.
 
A Torá muitas vezes traz ensinamentos diretos e explícitos. Porém, outras vezes, ela nos transmite ensinamentos importantes de forma indireta. Há, por exemplo, uma transmissão oral de certas leis que aprendemos de um assunto para outro na Torá através do uso de uma palavra em comum em ambos os versículos. É o que ocorre em um versículo da nossa Parashá: "E Eu serei santificado no meio dos Filhos de Israel" (Vayikrá 22:32). Este versículo é trazido logo após a Torá ensinar leis sobre os Korbanót. O Talmud Yerushalmi (Berachot 7:3) ensina que a expressão "Filhos de Israel" também aparece em outro versículo: "Então os filhos de Israel foram comprar entre os que tinham vindo, porque havia fome na terra de Knaan" (Bereshit 42:5). Este versículo se refere aos irmãos de Yossef indo ao Egito comprar comida. O Talmud ensina que da mesma forma que lá eram 10 pessoas, já que eram 12 irmãos, mas Yossef estava no Egito e Biniamin havia ficado em casa, e está escrito "Filhos de Israel", então no nosso versículo, que também está escrito "Filhos de Israel", implica que são dez pessoas. O Talmud conclui que daqui aprendemos que coisas sagradas, como Kadish e Kedushá, não podem ser ditas com menos de dez pessoas. Por isso, algumas partes da Tefilá somente podem ser pronunciada quando há um Minian.
 
O Rav Isroel Meir HaCohen zt"l
(Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim, explica que, além do fato de que na Tefilá BeTsibur a honra de D'us é muito mais elevada do que na Tefilá individual, a pessoa também tem o mérito de cumprir muitas outras Mitzvót, tais como responder "Amén" e "Yehei Shemei Rabá", entre outras. Essas Mitzvót são extremamente preciosas aos olhos de D'us e não podemos nem mesmo medir sua importância. Há algumas fontes dos nossos sábios que nos ajudam a ter ao menos uma vaga noção do impacto que uma Tefilá BeTsibur causa nos mundos espirituais.
 
O Midrash traz palavras incríveis: "Quando D'us vê os judeus rezando BeTsibur, Ele diz: 'Pois Eu não sinto prazer em todo o Meu mundo como naquele momento em que os olhos deles estão voltados aos Meus olhos, e Meus olhos estão voltados aos olhos deles, quando dizem 'Kadosh'. Pois o sopro que sai da boca deles nesse instante sobe e se eleva diante de Mim como um aroma suave'".
 
Sobre o que ocorre nos Céus no momento em que o povo judeu responde "Amén, Yehei Shemei Rabá" no Kadish, conta o Talmud (Brachót 3a): "Disse Rabi Yossi: Certa vez eu andava pelo caminho e entrei em uma das ruínas de Jerusalém para rezar. Veio Eliahu Hanavi e guardou a entrada... Quando terminei, ele me perguntou: "Meu filho, o que voz você ouviu nesta ruína?" E eu lhe respondi: "Ouvi uma Voz Celestial, como o gemido de uma pomba, dizendo: 'Ai dos filhos que, por causa de seus pecados, destruí Minha casa, queimei Meu Santuário e os exilei entre as nações'. E o Eliahu Hanavi me disse: 'Não é apenas neste momento que esta Voz Celestial diz isso, mas todos os dias, três vezes por dia. E não apenas isso, mas quando o povo judeu entra nas sinagogas e nas casas de estudo e diz: "Yehei Shemei Rabá", D'us balança a cabeça e diz: 'Felizes os filhos do Rei que O louvam assim em Sua casa! Coitado do Pai que exilou Seus filhos e coitado dos filhos que foram exilados da mesa de seu patriarca Avraham'" (Brachót 3a). Segundo o Rav Elazar Rokeach zt"l (Polônia, 1665 - Israel, 1742) há uma continuação das palavras do Rabi Yossi. A Voz Celestial acrescentou: "Quando retornarei ao Meu Santuário? Quando reunirei o restante do Meu povo, de entre as nações idólatras, para que Me glorifiquem e santifiquem o Meu grande Nome? Tudo isso ocorre nos Céus no momento em que dez judeus estão reunidos na sinagoga dizendo: 'Yehei Shemei Rabá'". Isso significa que nossa Tefilá BeTsibur traz para D'us um pouco de consolo pela destruição do nosso Beit Hamikdash e apressa a sua reconstrução.
 
O Talmud (Shabat 119b) descreve as palavras do Rabi Yehoshua ben Levi: "Aquele que responde 'Amén, Yehei Shemei Rabá' com toda força, isto é, com toda Kavaná, rasgam para ele o decreto do seu julgamento". De acordo com o Rabi Yohanan, mesmo que haja nele um traço de idolatria, ele é perdoado.
 
Finalmente, há outro Midrash que nos desperta para uma importante reflexão: "Há dezenas de milhares de anjos que estão diante de D'us e santificam o Seu grande Nome. Todos os dias, desde o nascer do sol até o pôr do sol, dizem: "Kadosh, Kadosh, Kadosh", e desde o pôr do sol até o nascer do sol dizem: "Baruch Kevod Hashem Mimkomo" (Bendita seja a honra de D'us em Seu lugar)". Quão envergonhado ficará o ser humano quando chegar ao Mundo Vindouro e ver o imenso estrondo que sai das bocas de dezenas de milhares de anjos sagrados, que santificam e louvam o Nome de D'us. E quando se lembrar que, durante sua vida no mundo material, D'us lhe deu essa oportunidade maravilhosa de santificar e exaltar Seu grande Nome como os exércitos Celestiais fazem, mas que, ao invés de aproveitar essa oportunidade sublime, ele foi negligente e a deixou de lado com indiferença, quanta vergonha cobrirá seu rosto! E, mais ainda, conforme explicado no Talmud (Chulin 91b), mesmo entre os anjos não é comum eles terem o mérito de recitar a Kedushá com frequência. Há anjos que só têm esse mérito uma vez por mês, outros apenas uma vez por ano, e há até os que só têm este mérito uma única vez em toda a sua existência! Mas nós recebemos o direito de recitar o louvor da Kedushá todos os dias de nossas vidas. Será que estamos aproveitando da forma adequada a oportunidade e o mérito que recebemos?
 
O Rav Shlomo Zalman era conhecido por sua humildade, sabedoria e devoção completa à Torá. Um de seus alunos certa comentou que tinha muito mais Kavaná quando rezava sozinho em casa. Ele perguntou se, nesse caso, não seria melhor ele rezar sozinho do que com Minian. O Rav Shlomo Zalman respondeu, com um sorriso: "Você sabe o que é Tefilá BeTsibur? Quando um judeu reza com Minian, a Tefilá sobe ao Céu junto com todas as demais, como uma só voz. Mesmo que sua Kavaná seja pequena, ela é elevada junto com a força do grupo. Porém, quando você reza sozinho, mesmo com muita Kavaná, é como alguém tentando empurrar uma pedra enorme sozinho. Pode ser que ela se mova um pouco, mas não chegará muito longe. A Presença Divina habita onde há um Minian. Isso por si só já é uma razão suficiente para nunca perder uma Tefilá BeTsibur". E ele não falava isso da boca para fora. O Rav Shlomo Zalman era tão cuidadoso com a Tefilá BeTSibur que mesmo quando tinha dores ou dificuldades, fazia questão de comparecer à sinagoga. Em certa ocasião, ele foi visto indo rezar mesmo com uma febre leve. Quando lhe disseram que ele poderia ter rezado em casa com mais Kavaná, ele respondeu: "Minha Kavaná não é mais importante do que a santidade da Tefilá BeTsibur".
 
Portanto, é importante que cada pessoa se fortaleça e se cuide para não negligenciar a recitação da Kedushá e do "Amén, Yehei Shemei Rabá" diariamente. O Yetzer Hará, que conhece bem o valor e o mérito dessa santificação do Nome de D'us, faz de tudo para nos afastar dessa preciosidade e da recompensa imensa que a pessoa pode alcançar por meio desse Serviço sagrado. Por isso, a pessoa deve se apressar para afastar de si o Yetser Hará e aproveitar, com reverência e temor, esse maravilhoso presente dos Céus, enquanto tem oportunidade. Pois, quando passar o momento, se não tivermos aproveitado, sobrará só a vergonha e o arrependimento.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

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O BEM SEMPRE VENCE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT ACHAREI MÓT E KEDOSHIM 5785

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ACHAREI MÓT
  • Lembrança da morte dos filhos de Aharon, Nadav e Avihu.
  • O Serviço de Yom Kipur.
  • Sacrifício de animais fora do Mishkan.
  • Proibição de comer sangue.
  • Mitzvá de cobrir o sangue derramado na Shechitá.
  • Viva pelas Mitzvót
  • Não viver como os outros povos
  • Relacionamentos proibidos.
  • Idolatria de Molech
  • Outras Relações Proibidas.
  • Santidade de Eretz Israel.

 
KEDOSHIM
  • Leis de Santidade.
  • Honrar os pais.
  • Shabat.
  • Proibição de Idolatria.
  • Leis de Korbanót.
  • Ajuda aos necessitados (Leket, Shichechá e Peá).
  • Honestidade nos negócios.
  • Não desviar a justiça.
  • Ame ao próximo como a si mesmo.
  • Misturas proibidas (Kilaim e Shaatnez).
  • Orlá.
  • Proibição de fazer tatuagem.
  • Não envergonhar os estrangeiros.
  • Casamentos proibidos e castigos.
 
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O BEM SEMPRE VENCE - PARASHIÓT ACHAREI MÓT E KEDOSHIM 5785 (09/mai/25)

 
"Durante o início do século 20, após a Revolução Russa, o regime comunista soviético implementou uma campanha feroz contra a religião. Práticas religiosas, especialmente judaicas, foram proibidas, sinagogas foram fechadas, rabinos foram presos e o ensino da Torá virou um crime.
 
O Rebe Yossef Yitzchak Schneersohn zt"l (Rússia, 1880 - EUA, 1950), o sexto Rebe de Lubavitch, foi um dos líderes que mais resistiram a essa tentativa de "esfriamento espiritual". Ele organizou redes clandestinas de ensino da Torá, incentivou o cumprimento das Mitzvót e manteve viva a chama do judaísmo na União Soviética.
 
Ele acabou sendo preso pela polícia secreta soviética, a temível GPU, por "atividades contrarrevolucionárias", ou seja, por promover o judaísmo. Por esse "gravíssimo crime" ele foi sentenciado à morte. Porém, mesmo na prisão, o Rebe manteve sua dignidade e sua Emuná. Os soviéticos queriam que ele delatasse também outros líderes judeus e, para isso, constantemente o torturavam. Em um episódio famoso, um dos interrogadores soviéticos apontou uma arma para ele, de forma ameaçadora, e disse de forma irônica:
 
- É melhor você falar. Este brinquedinho já fez muitos homens falarem!
 
O Rebe respondeu calmamente:
 
- Este brinquedo só assusta aqueles que têm apenas um mundo e muitos deuses. Mas quanto a mim, que tenho apenas um D'us e dois mundos, isso não me amedronta.
 
Algum tempo depois a pena de morte foi milagrosamente trocada por exílio e, pouco depois, por causa da pressão internacional, ele foi libertado. O regime soviético, que parecia todo-poderoso, não conseguiu calar sua voz. Ele foi para os Estados Unidos, onde fundou escolas, sinagogas e centros judaicos, lançando bases para o renascimento do judaísmo pós-Holocausto em todo o mundo."
 
Mesmo quando os perversos parecem vencer, como no caso do regime soviético, que parecia ser onipotente, a verdade, a Emuná e a persistência triunfam. O Rebe sobreviveu, venceu e semeou um renascimento judaico global. O regime soviético, por sua vez, caiu. O bem sempre vence no final.

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Acharei Mót (literalmente "Após a morte") e Kedoshim (literalmente "Sagrados"). A Parashá Acharei Mót fala principalmente sobre o Serviço de Yom Kipur, o dia mais sagrado do ano, o único dia em que o Cohen Gadol tinha permissão para entrar no Kodesh Hakodashim. Já a Parashá Kedoshim ensina o segredo da santidade. Porém, diferente do que esperaríamos, não trata de grandes atos de Messirut Nefesh (dar a vida por D'us). A Parashá está repleta de pequenas Mitzvót cotidianas, nos ensinando que a verdadeira santidade não está nos grandes atos, e sim nas pequenas atitudes do dia a dia.
 
A Parashá Kedoshim começa com o famoso versículo: "Kedoshim Tihiu" (Sejam sagrados). Mas por que devemos ser sagrados? O versículo continua: "Porque Eu, Hashem, sou Sagrado". Não basta sermos pessoas com valores morais, devemos almejar muito mais do que isso. Nossa meta na vida deve ser nos assemelharmos a D'us e, assim, nos tornaremos pessoas sagradas. Porém, isso parece uma exigência muito grande e uma orientação um tanto vaga. Como fazemos isso? A Parashá oferece formas práticas para alcançar a santidade.
 
Há um detalhe interessante na Parashá Kedoshim que chama a atenção. Diversas vezes, no final do versículo, a Torá diz: "Pois Eu sou D'us". Qual é a necessidade de terminar tantos versículos com esta expressão? O que D'us está nos transmitindo?
 
O conceito de "Kedushá" vem da ideia de ser "separado" ou "distinto". Pessoas que se comportam com santidade se destacam da multidão ao se esforçarem para viver com grandes ideais, elevando com isso todas as suas ações. Uma pessoa com santidade é sempre moral, mas nem toda pessoa moral é necessariamente uma pessoa com santidade, pois para alcançar a santidade não basta agir de forma ética, em conformidade com os mandamentos de D'us. A pessoa que quer ter santidade deve se trabalhar para que até mesmo suas intenções também estejam voltadas a imitar e a servir a D'us com sinceridade.
 
E como fazemos para atingir estes elevados níveis de intenções espirituais? As diretrizes éticas da Torá transformam a pessoa e a elevam pouco a pouco. Inicialmente, ela faz o que é certo por causa da sua consciência, pelo desejo de receber uma recompensa, pelo medo da punição ou porque entende intelectualmente que é o certo a se fazer. Mas, com o tempo, ela passa a agir assim porque isso reflete quem ela se tornou. Seu caráter se alinha cada vez mais às prioridades Divinas e ela passa a "falar a mesma língua" que seu Criador. Isso é Kedushá.
 
A Parashá revela quais são as atitudes que nos elevam. Encontramos alguns dos mandamentos éticos mais poderosos. Alguns são bem conhecidos, como a ordem de D'us de que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Também somos instruídos a deixar partes da colheita para os pobres, para que recebam seu sustento de forma honrosa. Além disso, a Torá nos diz que não podemos ficar passivos enquanto o próximo está em perigo. Não se tratam apenas de "boas ações". São parte da nossa obrigação, o motivo pelo qual fomos cridos.
 
Há também o mandamento contra a fofoca, a proibição de vingança e até mesmo de guardar rancor. É incrível perceber que D'us exige de nós um completo controle emocional. Além disso, somos orientados a não odiar uns aos outros e a oferecer críticas construtivas a quem estiver agindo de forma inadequada. A Parashá também nos ensina a nos levantar na presença de idosos e estudiosos da Torá, para internalizarmos o conceito de que devemos respeitar aquele que têm mais sabedoria do que nós. A Parashá também nos lembra que, assim como fomos convertidos no Egito, já que a aceitação da Torá no Monte Sinai é considerada uma conversão, devemos tratar os convertidos com o mesmo respeito e amor que qualquer judeu, e com isso trabalhamos a nossa empatia, sentir a dificuldade do próximo como se fosse nossa. Logo depois, a Parashá exige com veemência honestidade absoluta em nossos negócios. Finalmente, a Parashá reforça três Mitzvót que também são mencionadas nos Dez Mandamentos: honrar pai e mãe, guardar o Shabat e a proibição de fazer idolatria. Ao repeti-los, a Torá ensina que a santidade não vem apenas da observância mecânica das leis, apenas "cumprir para sair da obrigação". Ao subir a escada da santidade, é preciso elevar também a nossa compreensão do que a Torá exige de nós.
 
No geral, a Torá nos oferece orientações muito bonitas, importantes e sensíveis, que podem tornar o mundo um lugar verdadeiramente grandioso. E todos sabemos que, se vivêssemos de acordo com estas Mitzvót, seríamos pessoas melhores, muito mais felizes e os problemas do mundo estariam resolvidos. Então, por que não fazemos isso? Por que ainda vemos tantas pessoas afastadas dos valores éticos e morais, que não praticam o bem, se é algo lógico que o mundo consertado será melhor para todos?
 
Explica o Rav Simcha Barnett que uma possível razão é que, embora saibamos intelectualmente que esse padrão elevado é o que nós, e o mundo como um todo, realmente precisam, acabamos sendo afetados pela ideologia de que "o mundo é dos espertos", isto é, os espertos se dão bem e os bonzinhos perdem. Em um mundo puramente materialista, os vencedores só existem às custas de perdedores. Se eu estou ganhando, isto significa que o outro está perdendo. Quando três amigos dividem uma pizza, dois comem três pedaços e um fica com apenas dois. Em um mundo com uma única "pizza" física limitada, sempre haverá tensão entre dar e receber. Sentimos que é necessário pisar nos outros para crescer, que precisamos ser mais espertos que os outros. Se é para alguém ficar sem receber, que seja o outro, não eu. Fabricantes acham que somente terão sucesso se quebrarem seus concorrentes, e o mundo vira um "vale tudo".
 
Somente em um mundo onde existe um D'us que, no fim das contas, ajusta os saldos e garante que o bom vença, poderemos nos comportar como verdadeiros doadores. É por isso que em muitas Mitzvót desta Parashá, em sua grande maioria Mitzvót "Bein Adam Lehaveiro", aparece a frase "Eu sou D'us". Somente se os mandamentos que nos ensinam a fazer o bem estiverem baseados na verdade de D'us é que terão significado real. Rashi explica que a expressão "Eu sou D'us" significa que podemos confiar que D'us estará ao nosso lado se cumprirmos Seus mandamentos. Esse é o verdadeiro sentido do lema "Em D'us nós confiamos", que aparece escrito nas notas e moedas de dólar. Você pode "depositar" suas Mitzvót com a certeza de que D'us as pagará integralmente. Isso exige Emuná, uma confiança plena em D'us. Somente se acreditarmos que D'us, que deseja que imitemos Seus caminhos, nos dá força e nos eleva quando agimos corretamente, seremos livres para nos tornar as grandes pessoas que sempre quisemos ser.
 
É libertador saber que os bons, de fato, sempre vencem. Fazer a coisa certa quando parece que estamos perdendo é difícil, mas quando é D'us que nos dá essas orientações, então podemos confiar. E, se olharmos para o mundo, se estudarmos a história, perceberemos que isso não é apenas questão de Emuná, e sim de utilizar o nosso intelecto. Todos os impérios que eram "todo-poderosos" e queriam nos exterminar estão apenas nos livros de história. Os bons sempre vencem no final, não apenas nos contos encantados das crianças, mas na vida real. A ilusão do mundo material pode nos enganar por um tempo, mas quem quer ver a Mão de D'us conduzindo o mundo para o seu objetivo, de que o bem vai vencer no final, basta procurar de forma sincera e verdadeira.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

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