quinta-feira, 20 de junho de 2024

GANHANDO E PERDENDO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5784



         São Paulo: 17h09                  Rio de Janeiro: 16h58 

Belo Horizonte: 17h06                  Jerusalém: 19h09
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MENSAGEM DA PARASHÁ BEHAALOTECHÁ

ASSUNTOS DA PARASHÁ BEHAALOTECHÁ
  • Acendendo a Menorá.
  • Inauguração dos Leviim.
  • Responsabilidade dos Leviim.
  • O primeiro Pessach no deserto (2º ano).
  • Pessach Sheni.
  • Sinais Divinos para iniciar as viagens.
  • As Trombetas.
  • Moshé convida Itró (Chovev) a se juntar ao povo judeu.
  • A Viagem do Sinai.
  • A Arca Parte (Nun invertido).
  • Queixas e o fogo Celestial.
  • Reclamação do Man e desejo por carne.
  • Moshé reclama com D'us do peso do povo e D'us escolhe 70 anciãos.
  • A Codorniz e a praga.
  • Lashon Hará de Miriam e Aharon sobre Moshé.
  • D'us ressalta o valor único de Moshé.
  • A Punição de Miriam (Tzaraat).
  • Miriam de Quarentena fora do acampamento e o povo espera.
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GANHANDO E PERDENDO - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5784 (21/jun/24)
 
"Certa vez, quando o Rav Yechiel Mordechai Gordon zt"l (Lituânia, 1882 - Israel, 1964) estava em Londres, ele recebeu uma carta de sua filha, Frida Chaia, que estava noiva. Assim que acabou de ler a carta, ele imediatamente desmaiou. Quando o rabino voltou a si, explicou que aquela carta era a resposta de uma carta que ele havia enviado à sua filha alguns dias antes. Em sua carta, o rabino havia prometido à sua filha que quando chegasse aos Estados Unidos, tentaria conseguir um empréstimo de quinhentos dólares de seus parentes. Esse valor seria enviado para que a filha pudesse se casar com seu noivo, o Rav Aisic, e não precisasse adiar a data do casamento.
 
Em sua carta, a filha contava sobre uma de suas amigas, que estava muito angustiada. Ela também havia recentemente se comprometido com um bom rapaz, mas seria obrigada a desfazer o noivado. A razão para isso era que o pai da amiga havia prometido como dote a quantia de quinhentos dólares, mas havia emprestado o dinheiro para uma Yeshivá, e a Yeshivá não conseguia pagar a dívida. A filha do Rav Gordon pedia ao pai que todo o dinheiro arrecadado fosse dado para a amiga, para não precisar desfazer o noivado. Ela ressaltava na carta que esta decisão era dela e do noivo, e eles se contentariam em se casar e iniciar a vida com o pouco que tinham.
 
A carta dela tocou o coração do Rav Gordon e de todos os que a liam. Quando o conteúdo da carta foi levado ao conhecimento de seu amigo, o Rav Yechezkel Avramski zt"l (Império Russo, 1886 - Israel, 1976), ele decidiu que faria todos os esforços para arrecadar a quantia necessária. Depois de alguns dias, o Rav Avramsky correu para acalmar o Rav Gordon e informar-lhe que ele estava assumindo a responsabilidade de conseguir o dinheiro. Ele também recebeu sobre si ir pessoalmente ao correio enviar a carta com o cheque. O Rav Gordon disse que não era necessário, ele mesmo poderia levar o cheque ao correio. Porém, o Rav Avramsky disse:
 
- Querido rabino, há algum tempo ouvi uma história incrível. A esposa do Gaon MiVilna e uma amiga prometeram uma à outra que a primeira delas que falecesse voltaria ao mundo em até trinta dias após sua morte para contar à outra o que havia acontecido no Julgamento Celestial. Quando uma delas faleceu, cumpriu a promessa e, no trigésimo dia, disse à amiga: "Meu Olam Habá é muito grande, mas o seu será ainda maior. Você se lembra que uma vez fomos arrecadar dinheiro para uma causa e vimos ao longe uma certa senhora muito rica? Você acenou com a mão para que ela nos esperasse e pudéssemos pedir a ela ajuda para nossa causa. Este aceno de mão está gravado no céu em seu mérito, e por isso seu Olam Habá será ainda maior que o meu!".
 
- Se é assim que funciona - finalizou o Rav Avramsky - que até mesmo um pequeno feito, como acenar com a mão, tem tanto valor no Céu, então eu faço questão de ir pessoalmente levar a carta com o cheque no correio"
 
No meio de atos tão elevados de doação e dedicação ao próximo, pequenas atitudes fazem a diferença. Isso nos ensina o valor de cada pequena Mitzvá que fazemos na vida.

Nesta semana lemos a Parashá Behaalotechá (literalmente "Quando você acender"), que traz alguns assuntos importantes, tais como o acendimento diário da Menorá, o primeiro Pessach no deserto e algumas reclamações do povo, seguidas de grandes castigos aplicados por D'us.
 
A Parashá termina com um assunto muito importante, que nos transmite uma forte mensagem. Moshé estava em um nível de profecia que nenhum outro ser humano havia chegado, e falava com D'us o tempo todo. Por isso, ele queria estar sempre em um estado de pureza. Ele decidiu então se separar de sua esposa, Tsipora, o que deixou sua irmã Miriam incomodada. Por se preocupar com seu querido irmão, que talvez havia tomado uma atitude equivocada, ela comentou o ocorrido com seu outro irmão, Aharon. Porém, ela falou de uma forma que diminuiu a honra de Moshé. Isso foi considerado por D'us um Lashon Hará. Miriam foi imediatamente castigada com Tsaraat, precisando ficar sete dias isolada fora do acampamento, como está escrito "Então Miriam ficou sete dias confinada fora do acampamento" (Bamidbar 12:15). Se Miriam, que era uma grande Tzadiká, e falou sobre seu irmão com amor, sem desrespeitá-lo, por estar preocupada com sua decisão, e falou apenas com Aharon, e mesmo assim foi castigada de maneira tão dura, quão grande será o castigo daqueles que fazem Lashon Hará para muitas pessoas, com ódio no coração e com a intenção de machucar e causar danos?
 
Quando o povo judeu estava no deserto, o castigo de Tsaraat era ainda mais duro, pois caso o povo começasse uma viagem, a pessoa que estava fora do acampamento ficava para trás, precisando depois correr para alcançar o resto do povo. Mas não foi assim com Miriam, como diz a continuação do versículo: "e o povo não viajou até que Miriam entrasse". Mas por que este tratamento diferenciado com Miriam? Apesar de suas boas intenções, na prática ela fez Lashon Hará, e o castigo dela deveria ter sido igual ao de qualquer outra pessoa! Por que D'us fez com que o povo esperasse por ela e não viajasse durante os sete dias em que ela estava fora do acampamento?
 
Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que D'us concedeu a ela esta honra como recompensa por uma hora que ela permaneceu acompanhando seu irmão Moshé, como está escrito: "Sua irmã ficou de longe para saber o que lhe aconteceria" (Shemot 2:4). Quando Moshé foi colocado por sua mãe em uma cesta flutuando no Nilo, em uma tentativa desesperada de salvar sua vida, Miriam foi acompanhando de longe, para ver o que aconteceria. Apesar de isso ter acontecido aproximadamente 80 anos antes, D'us havia guardado para ela a recompensa "medida por medida". Da mesma forma que ela havia acompanhado seu irmão, o povo acompanhou Miriam.
 
O Tossafot, no Tratado de Sotá (11a), explica que quando Rashi utilizou a expressão "uma hora", não se referia a uma hora literalmente, isto é, 60 minutos. "Uma hora" se refere a algum tempo que ela se dedicou a acompanhar seu irmão. Provavelmente foi muito menos que isso. Talvez tenha sido algo como um terço de hora, ou vinte minutos, que ela acompanhou seu irmão até que ele foi encontrado por Batia, a filha do Faraó. Segundo o Tossafot, há um ensinamento muito importante neste pequeno detalhe. Sabemos que a Misericórdia Divina é 500 vezes mais forte do que a Sua Justiça estrita. Podemos ver isso na prática no caso de Miriam. Os 7 dias de recompensa totalizam 168 horas, que correspondem a 504 terços de hora. Isso significa que Miriam fez uma Mitzvá que durou um terço de hora, e recebeu uma recompensa 500 vezes maior, de 504 terços de hora! E os 4 terços de horas que estão sobrando? Explica o Siftei Chachamim que se refere à recompensa de Miriam por ter ido trazer a mãe de Moshé para amamentá-lo. Este acontecimento nos ensina a grandeza da recompensa das Mitzvót. Mesmo por uma Mitzvá pequena que a pessoa cumpre ela recebe uma enorme recompensa.
 
Há outro ensinamento na Parashá que também se relaciona com a recompensa das Mitzvót. Após o Lashon Hará de Miriam, a Torá escreve algo incrível sobre Moshé Rabeinu: "E eis que este homem, Moshé, era extremamente humilde, mais do que qualquer pessoa na face da terra" (Bamidbar 12:3). De todas as qualidades de Moshé, por que a Torá quis ressaltar justamente a sua humildade? Uma questão semelhante surge quando prestamos atenção em um dos ensinamentos dos nossos sábios: "Rabi Lavitas, um homem de Yavne, diz: Seja muito muito humilde" (Avót 4:4). Qual é a diferença entre a humildade e os outros traços de caráter, a ponto de ser necessário escrever de forma duplicada, "muito muito", quando se refere à humildade?
 
A resposta é que no orgulho e na busca de honra há algo que não aparece em nenhum outro traço de caráter. É sabido que não há neste mundo a possibilidade de mensurar o valor das Mitzvót, pois mesmo o mundo inteiro não seria suficiente para pagar a recompensa de uma única Mitzvá. As Mitzvót são tão importantes que nossos sábios ensinam que se alguém for forçado a fazer uma transgressão, ele deve estar disposto a gastar toda a sua fortuna para não transgredir. Paralelamente, em relação às Mitzvót positivas, também não temos como mensurar o valor de cada Mitzvá. De acordo com o Ramban (Espanha, 1194 - Israel, 1270), é por este motivo que não nos foi revelado a recompensa das Mitzvót positivas.
 
Mas por que uma Mitzvá não pode ser paga neste mundo? Pois os meios de pagamento existentes neste mundo são materiais e limitados. Portanto, através deles não é possível pagar pelas Mitzvót, que são espirituais e infinitas. Mas há algo no mundo que pode ser usado como pagamento das Mitzvót: a honra. Apesar de ser enganador, de qualquer maneira a honra é algo espiritual. Muitas pessoas gastam fortunas para receber uma pouco de honra, por causa da satisfação espiritual que ela oferece. Elogios e louvores que a pessoa recebe em público, por sua riqueza, grandes feitos ou sabedoria elevada, são como pagamentos espirituais que se materializaram.
 
Para que possamos evitar cair nesta armadilha, que causa com que méritos do nosso Mundo Vindouro sejam descontados neste mundo, nos advertiu o Rabi Lavitas de forma enfática, repetindo a expressão "muito" duas vezes, para nos lembrar do cuidado que devemos ter com esta "praga" que é a busca por honra. A honra, que é algo espiritual, pode ser recebida como pagamento espiritual pelo cumprimento das Mitzvót. E caso o pagamento seja recebido neste mundo, através dos elogios e dos louvores, a pessoa irá para o Mundo Vindouro completamente pobre e vazio de méritos, e não terá mais nada para receber por seus esforços feitos na vida.
 
O Rabi Lavitas estava dizendo, em outras palavras: fuja com todas as suas forças da honra, como alguém que foge do fogo, pois da mesma forma que o fogo pode destruir todos os nossos bens neste mundo, o orgulho e a honra podem destruir todos os nossos bens do Mundo Vindouro. Da nossa Parashá aprendemos, portanto, que por um lado é muito fácil ganhar recompensas, mesmo com pequenos bons atos, mas, ao mesmo tempo, é muito fácil perdê-las, se não tomarmos cuidado com a nossa busca por honra.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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