sexta-feira, 11 de março de 2022

SEJA UMA LUZ SENDO VOCÊ MESMO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYIKRÁ E PURIM 5782

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
 
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PARASHÁ VAYIKRÁ



         São Paulo: 18h05                  Rio de Janeiro: 17h52 

Belo Horizonte: 17h53                  Jerusalém: 17h08
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VÍDEO DA PARASHÁ VAYIKRÁ
ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYIKRÁ
  • D'us chama Moshé
  • D'us ensina a Moshé as regras gerais dos Korbanót
  • Korban de gado, rebanho e pássaros (Olá)
  • Oferenda de farinha - Oblação (Minchá).
  • Oferenda cozida, da frigideira, frita na panela.
  • Pacto de sal
  • Oferenda dos primeiros grãos (Bikurim).
  • Oferendas de Pazes de gado, rebanho e cabras (Shelamim).
  • Oferendas de Pecado para o Cohen Gadol, Comunidade, Rei, Indivíduos comuns (Chatat).
  • Cordeiros como Oferendas de Pecado (Chatat).
  • Oferenda de Culpa Ajustável (Ole VeIored).
  • Oblação por Culpa (Chatat).
  • Sacrifício da Malversação.
  • Oferenda por Culpa Questionável (Asham Talui).
  • Oferendas por Desonestidade.
BS"D

SEJA UMA LUZ SENDO VOCÊ MESMO - PARASHÁ VAYIKRÁ E PURIM 5782 (11/Mar/22)

 
Há alguns anos Rogério ficou "preso" em um ônibus, cruzando a cidade de Nova York durante a hora do rush. O tráfego mal se movia. O ônibus estava cheio de pessoas cansadas, irritadas umas com as outras e com o mundo. No fundo do ônibus, dois homens discutiam sobre um empurrão provavelmente nem intencional. Uma mulher grávida subiu e ninguém lhe ofereceu um assento. A raiva pairava no ar. Mas, quando o ônibus se aproximou da Sétima Avenida, o motorista pegou o interfone e disse:

- Pessoal, eu sei que vocês tiveram um dia difícil e estão frustrados. Não posso fazer nada sobre o clima ou o trânsito, mas há algo que eu posso fazer. Quando cada um de vocês descer do ônibus, estenderei minha mão. Enquanto você passar, coloque seus problemas na palma da minha mão. Não leve seus problemas para casa, para suas famílias, apenas deixe-os comigo. Meu caminho passa direto pelo rio Hudson e, quando eu passar por lá mais tarde, abrirei a janela e jogarei todos os problemas na água.

Foi um momento mágico. Todos começaram a rir. Os rostos brilhavam de surpresa. Pessoas que fingiam não perceber a existência uns dos outros de repente estavam sorrindo com eles.

Então, na parada seguinte, conforme prometido, o motorista estendeu a mão e esperou. Um por um, todos os passageiros que saíam colocavam suas mãos logo acima da dele e imitavam o gesto de deixar algo cair. Algumas pessoas riram, outras choraram. O motorista também repetiu o mesmo adorável ritual na parada seguinte. E na próxima. O caminho todo, até chegar no rio Hudson.

Vivemos em um mundo difícil. Às vezes você tem um dia ruim. Outras vezes você tem um dia ruim que dura muito tempo. Você luta e falha. Você perde empregos, dinheiro, amigos e amores. Você testemunha eventos horríveis no noticiário e fica com medo. Há momentos em que tudo parece envolto em trevas. Você anseia pela luz, mas não sabe onde encontrá-la.
 
Mas, e se você for a luz? E se você for o agente de iluminação que uma situação escura precisa? É isso o que esse motorista de ônibus nos ensina: qualquer um pode ser a luz, a qualquer momento. Ele não era um sujeito poderoso, um líder espiritual ou um influenciador. Ele era um motorista de ônibus, um dos trabalhadores mais "invisíveis" em nossa sociedade cheia de rótulos. Mas ele possuía um poder real, e o usou para o benefício de muitos.

Quando a vida parece sombria ou quando nos sentimos impotentes diante dos problemas do mundo, pense nesse motorista e se pergunte: "O que posso fazer agora para ser a luz?" Não podemos acabar com todas as guerras, resolver o aquecimento global nem transformar pessoas ruins em criaturas dóceis e boas. Mas podemos influenciar todos aqueles que encontramos no nosso caminho, mesmo aqueles que nem sabemos seus nomes. Não importa quem você seja, onde esteja ou quão difícil sua situação possa parecer, podemos iluminar ao menos o nosso mundo. E a única maneira pela qual o mundo será iluminado é através de um pequeno e brilhante ato de bondade de cada vez.

Nesta semana começamos o terceiro livro da Torá, Vayikrá, que interrompe o estilo narrativo da Torá. Ao invés de continuar a descrever os acontecimentos mais importantes do povo judeu no deserto, que somente serão retomados no Sefer Bamidbar, o Sefer Vayikrá se dedica a assuntos mais espirituais, como pureza e impureza. E na Parashá desta semana, Vayikrá (literalmente "E chamou"), a Torá começa a nos ensinar vários detalhes relacionados aos Korbanót. Mesmo que atualmente não temos mais o Beit Hamikdash e nem os Korbanót, ainda assim podemos aprender dos detalhes dos Korbanót algumas lições muito importantes para a nossa vida.
 
Um dos detalhes está no versículo: "Todos seus sacrifícios devem ser oferecidos com sal" (Vayikrá 2:13). Além disso, o fermento e o mel não eram permitidos nos Korbanót oferecidos no Mizbeach, o Altar de sacrifícios, como está escrito: "Nenhuma oferenda de cereais que vocês oferecerem a D'us será feita levedada. Pois não fará queimar fermento ou mel como oferenda queimada a D'us" (Vayikrá 2:11). O que estes detalhes nos ensinam?
 
Para responder esta pergunta, antes de tudo precisamos entender as características do fermento, do mel e do sal. O fermento é algo que, ao reagir com a massa, a faz inchar e crescer. Porém, ao invés de acrescentar conteúdo, somente faz a massa se encher de ar. Já o mel, apesar de adoçar a comida, é um aditivo externo que acrescenta um gosto novo aos alimentos, algo que não existia. Em compensação, o sal tem um comportamento completamente diferente. Ele não traz um novo sabor aos alimentos, ele simplesmente realça o próprio sabor da comida, sem acrescentar nenhum gosto novo.
 
De acordo com o Rav Mordechai Gifter zt"l (EUA, 1915 - 2001), estes três elementos simbolizam princípios básicos e importantes relacionados aos assuntos espirituais. No nosso serviço a D'us, não devemos ser como o fermento, que apenas "incha" o pão, acrescentando ar ao invés de acrescentar um conteúdo real. Assim são aqueles que vivem de aparências, que cumprem as Mitzvót com capricho apenas quando os outros estão olhando. O fermento também representa o orgulho, aquele que se infla e se acha melhor que os outros, que faz as Mitzvót com um sentimento de soberba. D'us vê o coração de cada um e sabe das nossas intenções. Da mesma forma que o fermento distorce a realidade da massa, assim também se comportam aqueles que distorcem a realidade ao fingir ser o que não são. Normalmente o "teatro" não consegue se manter por muito tempo e, mais cedo ou mais tarde, as verdadeiras intenções da pessoa veem à tona, causando vergonha e manchando o Nome de D'us.
 
Também não devemos fazer o nosso serviço Divino como o mel. Apesar de ser doce, é algo externo, não é parte da essência do alimento. Muitas pessoas querem "forçar" certas características que não são intrínsecas a elas, e mesmo que seja com um intuito positivo, isso faz com que o serviço se torne pesado e, mais cedo ou mais tarde, a pessoa também não suportará viver desta maneira artificial.
 
Então, qual é o correto? Seja você mesmo, mas fazendo todo o possível para ser o melhor que puder. Esse é o modelo do sal, que representa tirar o melhor de si mesmo, utilizar todas as habilidades e talentos que D'us nos deu. Algumas pessoas nascem com aptidão para a música, outras para a comédia, outras têm o dom da oratória. Use suas ferramentas para se conectar cada vez mais à sua espiritualidade e ajudar outras pessoas. Aquele que gosta de música pode canalizar sua aptidão para criar ambientes alegres, como na mesa de Shabat. Aquele que tem facilidade para fazer os outros darem risada pode ajudar a criar situações de alegria. Assim devemos fazer com todas as ferramentas que D'us nos deu. Da mesma forma que cada um de nós tem uma impressão digital que não se repete em nenhum outro ser humano do universo, D'us nos deu características únicas, pois cada um de nós tem uma missão única e especial, uma contribuição que apenas cada um de nós pode trazer ao mundo.
         
O Rav Zelig Pliskin nos ensina que esta característica do sal nos é recordada constantemente, pois temos o costume de mergulhar o pão no sal no início da refeição, em lembrança dos sacrifícios que eram oferecidos com sal. Além de cumprirmos a Halachá, este ato também pode ser uma lembrança para sermos nós mesmos, sem viver de aparências e sem orgulho, nos esforçando ao máximo para atingir o nosso potencial.
 
Há outro ensinamento incrível em relação aos Korbanót. Há um Korban chamado "Korban Olê Vê Iored", literalmente "Sacrifício que sobe e desce". Por que ele recebe este nome tão estranho? Pois é um Korban do tipo "Chatat", oferecido por alguém que fez certas transgressões, mas cujo valor é flutuante, isto é, varia de acordo com as condições financeiras do transgressor. Para expiar seu erro, a pessoa deve oferecer uma ovelha ou uma cabra. Porém, se a pessoa não tiver condições, é suficiente que ela ofereça apenas dois pássaros. Se nem mesmo para isso a pessoa tiver condições, então ela pode oferecer apenas uma certa quantidade de farinha.  
 
Explica o Rav Israel Meir HaCohen zt"l (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim,  que este Korban demonstra a diferença que a Torá estabeleceu em relação às obrigações de uma pessoa rica e uma pessoa pobre. O sacrifício que uma pessoa rica traz deve ser mais caro que o sacrifício trazido por uma pessoa pobre. Se a pessoa rica trouxer um sacrifício com o valor referente ao sacrifício de uma pessoa pobre, sua oferta é invalida e ela ainda fica obrigada a trazer um sacrifício adequado à sua condição financeira.
 
Este mesmo princípio é aplicado em relação à nossa contribuição para Tzedaká. Quanto mais dinheiro a pessoa tem, quanto maior a Brachá que ela recebeu na vida, maior é a sua obrigação em relação à Tzedaká. Este conceito também se aplica a outros talentos e aptidões. Quanto maior o intelecto de uma pessoa, maior a obrigação de compartilhar sua sabedoria com os outros.
 
Na próxima quarta feira de noite (16 de março) é a Festa de Purim. O povo judeu fez um grande erro de ir à festa do rei Achashverosh, um homem perverso. E por que eles foram? Pois já não acreditavam mais em si mesmos, já não enxergavam a grandeza do povo judeu, não se sentiam especiais e únicos. Por isso quase foram exterminados. O povo judeu tem a obrigação de ser uma "Luz para as nações do mundo". Quando desistimos de usar nossas ferramentas para fazer um mundo melhor, perdemos nosso propósito no mundo.
 
Cada pessoa é cobrada de acordo com as suas possibilidades e com as ferramentas que recebeu de D'us. Por isso, devemos ser com o sal: use tudo o que D'us deu, seja você mesmo, sem se comparar com ninguém, se esforçando para ser o melhor que puder. Desta maneira estaremos sendo uma grande luz para o mundo inteiro.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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