quinta-feira, 5 de setembro de 2024

DISTRAÇÕES NO SERVIÇO DIVINO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHOFTIM 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

--------------------------------------------------------

O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Camille bat Renée z"l    
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

--------------------------------------------------------

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
NEWSLETTER R' EFRAIM BIRBOJM
NEWSLETTER EM PDF
NEWSLETTER EM PDF
AYN TOVA 1
AYN TOVA 1
AYN TOVA 2
AYN TOVA 2
FOLDER
FOLDER
 
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


PARASHÁ SHOFTIM 5784



         São Paulo: 17h38                  Rio de Janeiro: 17h25 

Belo Horizonte: 17h28                  Jerusalém: 18h20
Facebook
Facebook
Instagram
Instagram
YouTube
YouTube
Twitter
Twitter
Spotify
Spotify
Ayn Tová
Ayn Tová

MENSAGEM DA PARASHÁ SHOFTIM

ASSUNTOS DA PARASHÁ SHOFTIM
  • Estabelecimento de Tribunais de Justiça.
  • Proibição de colocar árvores e pilares perto do Mizbeach.
  • Sacrifícios com defeito.
  • Castigos por idolatria.
  • Juiz rebelde.
  • Escutando os sábios de cada geração.
  • O rei de Israel.
  • A porção dos Cohanim.
  • Adivinhação e Astrologia.
  • Profecia.
  • Cidades de Refúgio.
  • Assassino intencional.
  • Preservando os limites das terras.
  • Testemunhas.
  • Preparando para a guerra.
  • Cohen de guerra.
  • Pessoas dispensadas da guerra.
  • Abertura para a paz.
  • Bal Tashchit (Destruição de árvores frutíferas).
  • O Assassinato não-solucionado.
ARQUIVO EM PDF
ARQUIVO EM PDF
BLOG
BLOG
INSCREVA-SE
INSCREVA-SE
BS"D
DISTRAÇÕES NO SERVIÇO DIVINO - PARASHÁ SHOFTIM 5784 (06/set/24)
 
"O Rabi Chanania ben Hachinai estava partindo em seu caminho para o Beit Midrash (Centro de estudos) de outra cidade, onde pretendia passar seus próximos 12 anos estudando, conforme era o costume na época dos "Tanaim", os grandes sábios da Mishná. Antes de viajar, ele passou para se despedir de seu Chavruta (companheiro de estudos), o grande Rabi Shimon bar Yochai, o rabino que foi responsável por revelar muitas fontes místicas profundas da Torá. O Rabi Shimon bar Yochai havia recém casado e ainda estava nos "Sheva Brachót", os sete dias de festividades após o casamento. Vendo que o Rabi Chanania já estava com tudo pronto para partir, o Rabi Shimon bar Yochai falou:
 
- Me espere até que eu termine meus sete dias de comemoração do casamento para que possamos viajar juntos para o Beit Midrash.
 
Porém, para a surpresa do Rabi Shimon bar Yochai, o Rabi Chanania se recusou a esperar. Vendo a expressão de decepção no rosto de seu Chavruta, o Rabi Chanania explicou:
 
- Infelizmente não posso te esperar. Não quero perder nem mesmo um dia de estudos na minha vida.
 
Imediatamente ele pegou suas coisas e partiu para o Beit Midrash" (História retirada do Talmud, Ketubot 62b)
 
O que mudariam alguns dias para alguém que passaria 12 anos estudando? Do Rabi Chanania aprendemos que não existe perigo maior do que deixar a espiritualidade para depois. Não podemos deixar a nossa espiritualidade "esfriar" com a falta de constância e as muitas distrações que nos afastam do nosso objetivo verdadeiro.

Nesta semana lemos a Parashá Shoftim (literalmente "Juízes"), que traz muitas leis de conduta do povo judeu. Moshé novamente ressaltou os perigos da idolatria e de buscarmos fontes para saber o futuro, como a astrologia, as adivinhações e os falsos profetas. Moshé também começou a preparar o povo para as guerras de conquista de Israel, nas quais eles enfrentariam fortes e poderosos exércitos, e ressaltou a importância da Emuná de que D'us estaria sempre ao lado deles e os ajudaria nas batalhas, como realmente ocorreu sob a liderança de Yehoshua.
 
A Parashá também traz um assunto interessante: as leis em relação ao "Melech Israel". O rei deve ser um exemplo para o povo e, por ser um grande líder, deve se cuidar ainda mais do que as outras pessoas. Por exemplo, ele não deve acumular cavalos para si, apenas o suficiente para sua carruagem. Não deve acumular muita prata e ouro para si, apenas o suficiente para prover o sustento de seus soldados. Também deve escrever para si um Sefer Torá e levá-lo consigo durante o tempo todo, inclusive quando sai para a guerra, quando se senta para julgar e quando se reclina para comer, como está dito: "E estará com ele, e ele o lerá todos os dias de sua vida" (Devarim 17:19).
 
Como continua este versículo? "para que ele aprenda a temer a Hashem, seu D'us". Aprendemos que se o rei quer desenvolver seu temor a D'us, não é suficiente apenas estudar a Torá de vez em quando. Mesmo que ele já seja um grande sábio, o versículo ressalta que ele deve estudar a Torá "todos os dias de sua vida". Escreve o Rav Moshe Chaim Luzzato zt"l (Itália, 1707 - Israel, 1746) que as distrações e a falta de constância são os maiores obstáculos para a aquisição do temor a D'us. Ele especifica que a fonte deste ensinamento é justamente o versículo que nos ensina as leis referentes ao rei de Israel. Com esta responsabilidade de não se distrair e não fazer interrupções todos os dias de sua vida, o Melech Israel aprenderá a temer a D'us.
 
O Rav Chaim Shmulevitz zt"l (Lituânia, 1902 - Israel, 1979) explica que, na realidade, este comando se aplica a qualquer pessoa, não apenas ao rei. Então por que ele é ensinado especificamente em relação ao rei? Pois o rei tem um motivo a mais para que a Torá cobre a constância dele. Ele está normalmente muito mais ocupado do que as outras pessoas, e é mais provável que acabe se distraindo com suas responsabilidades e afazeres. Porém, mesmo com todas as suas obrigações, ainda assim ele não está isento da constância no seu estudo da Torá. Mesmo que seja um excelente rei, se não tiver cuidado para manter a constância, não desenvolverá o temor a D'us necessário para o cargo. E se até mesmo um rei, que tem tantas responsabilidades e ocupações, não pode deixar de manter a constância em seu estudo de Torá, muito mais as pessoas comuns.
 
Podemos olhar nossos patriarcas e matriarcas como modelos de vida. Sobre Avraham Avinu foi dito: "E Avraham estava velho, e vinha com seus dias" (Bereshit 24:1). O que significa dizer que, no final da vida de Avraham, todos os dias estavam com ele? A cada dia Avraham acrescentava algo novo, ele estava sempre crescendo espiritualmente. Não houve nem mesmo um único dia no qual Avraham disse "Hoje estou cansado, só quero relaxar". Todos os dias ele se trabalhou para crescer, mesmo que fosse em um pequeno ponto. É por isso que Avraham se tornou um dos pilares do mundo. Em Sara também percebemos a mesma característica. O versículo diz: "E foram os anos da vida de Sara 127 anos, os anos da vida de Sara" (Bereshit 23:1). Por que esta repetição "os anos da vida de Sara"? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que todos os dias de Sara foram iguais em bondade. Isso significa que cada momento da vida de Sara foi dedicado ao trabalho espiritual, a fazer bondades, sem interrupção. Também Sara não disse em nenhum dia da sua vida "Hoje não farei bondades, descansarei um pouco". Por causa da constância e do foco, Sara alcançou um nível de profecia ainda maior que o de Avraham.
 
Nossos sábios comparam as distrações e a falta de constância com uma pessoa que coloca uma chaleira com água no fogo e, alguns instantes antes de a água ferver, ele tira a panela do fogo até que a água esfrie. A pessoa então novamente coloca a chaleira no fogo, mas antes de ferver ele a tira de novo. E ele repete isso toda vez que a água está prestes a ferver. O resultado é que, desta forma, a água nunca ferverá! Assim também é aquele que cai nas distrações e não mantém o foco no Serviço Divino, ele sempre precisará recomeçar seu crescimento.
 
Não aprendemos isso apenas dos nossos patriarcas, mas também dos grandes sábios de Torá de cada geração. Por exemplo, há um ensinamento incrível em relação ao Rabi Akiva, que foi um gigante espiritual. Após ser incentivado por sua esposa a se dedicar ao estudo da Torá, ele foi a um Beit Midrash distante e voltou para casa apenas após 12 anos, já com uma grande quantidade de alunos e como um rabino de renome. Porém, antes de entrar em casa, ele escutou sua esposa dizendo: "Se meu marido pudesse me escutar agora, eu pediria para que ele ficasse no Beit Midrash por mais 12 anos". Quando ele ouviu isso, imediatamente retornou ao seu estudo, sem nem mesmo entrar em casa, nem por um instante. Porém, ele fez certo? Onde estava a gratidão pela sua esposa, que o havia incentivado tanto e havia ficado sozinha por 12 anos? Ele era um simples pastor ignorante e, graças aos incentivos dela, agora ele era o "Raban shel Israel". Por que, então, Rabi Akiva não entrou em casa pelo menos por alguns instantes, ao menos para alegrar o coração de sua esposa?
 
A resposta é que o Rabi Akiva conhecia a grande perda causada pelas interrupções. Ele sabia que o maior sonho de sua esposa era ele virar um grande sábio de Torá, e isso só seria possível com foco e constância. Por isso, imediatamente voltou ao Beit Midrash, onde passou mais 12 anos estudando, voltando finalmente após 24 anos de estudo contínuo e trazendo consigo 24 mil alunos. Rabi Akiva sabia que a soma de duas metades não era igual a um inteiro. Ele sabia que 12 anos mais 12 anos não equivaliam a 24 anos de estudo sem interrupções. Rabi Akiva foi um dos poucos rabinos que tiveram o mérito de entrar no "Pardess", isto é, ter contato com os níveis mais profundos e ocultos da Torá. Tudo o que ele conquistou foi através de anos de estudo contínuo, o que ele não teria conseguido se tivesse estudado de pouco em pouco.
 
Encontramos outra forma de perda através das distrações. Explica o livro Messilat Yesharim que quando chega o momento de cumprir uma Mitzvá, ou quando uma pessoa decide cumprir uma Mitzvá, ela não deve deixar de cumpri-la imediatamente, pois não há perigo espiritual maior do que este. Deixar a espiritualidade para depois pode significar, na maioria das vezes, deixá-la de lado para sempre, como ensinam nossos sábios: "Não diga 'quando tiver tempo estudarei', pois talvez nunca tenha tempo" (Pirkei Avót 2:4).
 
Talvez estes exemplos dos nossos patriarcas e grandes sábios de Torá nos soem como algo extremista. Porém, eles tinham a consciência do valor da constância, de não fazer interrupções, de não tirar a chaleira do fogo. É justamente por isso que chegaram a níveis espirituais incríveis. A falta de constância e de foco, com tantas distrações, é provavelmente o motivo de atualmente não alcançarmos grandes níveis espirituais. E até mesmo aqueles que estudam regularmente a Torá não alcançam a grandeza que poderiam por causa disso.
 
O grande desafio da nossa geração é certamente nosso smartphone e as outras distrações, que quebram a nossa constância. Não apenas no estudo de Torá, mas também nas nossas Tefilót e nas outras Mitzvót, inclusive nas Mitzvót "Bein Adam Lehaveiro", que muitas vezes dependem justamente de o outro sentir que nos importamos com ele de verdade. D'us não manda um teste que não podemos passar. Se este foi o teste que Ele escolheu para a nossa geração, é sinal de que temos a força para superar. Não precisamos deixar de usar o smartphone em nosso trabalho, mas que ele esteja desligado ao menos durante o nosso estudo e as nossas Tefilót, para não tirar o nosso foco. De acordo com a dificuldade de um teste, assim é a sua recompensa. Que possamos aproveitar o mês de Elul, o último mês do ano, a preparação para o nosso Julgamento de Rosh Hashaná, para tomarmos decisões que podem impactar positivamente em todo o nosso crescimento espiritual.

SHABAT SHALOM – QUE SEJAMOS INCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
--------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
--------------------------------------------

Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
Copyright © 2016 All rights reserved.


E-mail para contato:

efraimbirbojm@gmail.com







This email was sent to efraimbirbojm.birbojm@blogger.com
why did I get this?    unsubscribe from this list    update subscription preferences
Shabat Shalom M@il · Rua Dr. Veiga Filho, 404 · Sao Paulo, MA 01229090 · Brazil

Email Marketing Powered by Mailchimp