sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

NÃO SEJA UM INGRATO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHEMOT 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
    Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ SHEMOT 5784



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ASSUNTOS DA PARASHÁ SHEMOT
  • O Crescimento do povo judeu.
  • O "novo" Faraó e a opressão.
  • Bebês jogados no Nilo.
  • Nascimento de Moshé.
  • Moshé sai para ver seus irmãos.
  • Moshé foge para Midian.
  • O arbusto ardente.
  • Moshé é apontado como salvador do povo judeu.
  • Moshé "discute" com D'us.
  • Moshé volta ao Egito.
  • Brit Milá do filho de Moshé.
  • Moshé e Aharon pedem ao Faraó a liberação do povo judeu.
  • O Faraó aumenta o trabalho do povo.
  • Os judeus reclamam com Moshé.
  • Moshé reclama com D'us.
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NÃO SEJA UM INGRATO - PARASHÁ SHEMOT 5784 (05/jan/24)
 
"O Rav Shalom Eizen zt"l (Israel, 1916 - 1987) tinha um traço de caráter marcante: a gratidão. Esse enorme reconhecimento pelas bondades recebidas tinha sido adquirida através da convivência com um de seus grandes mestres, o Rav Isser Zalman Meltzer zt"l (Bielorússia, 1870 - Israel,1953), um dos líderes da Yeshivá onde o Rav Shalom estudou. Este aprendizado ocorreu em especial em uma ocasião importante da vida do Rav Shalom.
 
Quando o filho do Rav Shalom chegou à idade de Bar Mitsvá, o Rav Isser Zalman já estava bem idoso e doente. Ainda assim, o Rav Shalom fez questão de convidar o Rav Isser Zalman para o Kidush festivo que seria oferecido no Shabat. Era o mínimo que poderia fazer, como demonstração de gratidão por tudo o que havia recebido do rabino. No entanto, ele não considerou que o grande sábio, já bem debilitado, conseguiria caminhar até tão longe.
 
O Kidush, com grandes rabinos presentes, acontecia no quarto andar de um edifício. De repente, todos os olhares se voltam para porta, quando surgiu a figura do Rav Isser Zalman, com um brilho especial do Shabat. Todos se levantaram em sua honra e não esconderam seu espanto. O Rav Shalom foi recebê-lo e perguntou:
 
- Rav, como você fez essa jornada cansativa e veio de tão longe? Achei que você não viria por causa do esforço!
 
- É verdade - respondeu o Rav Isser Zalman - essa caminhada estava muito acima da minha capacidade, mas eu tinha que vir, pela dívida de gratidão que eu tenho com você, já que você me trouxe um pensamento de arrependimento à minha mente.
 
Ao perceber a expressão de questionamento no rosto de seu aluno, o Rav Isser Zalman esclareceu:
 
- Quando você me convidou para o Bar Mitzvá do seu filho, um pensamento de reflexão passou pela minha cabeça: "Uau, ele já está celebrando a entrada do filho nas Mitzvót. Agora, o casamento dele está começando a se aproximar. Eu me lembro do Brit-Milá deste rapaz! Ah, como o tempo passa rápido, é preciso se apressar e fazer Teshuvá". Eu fiquei tão agradecido por este pensamento de Teshuvá que me senti endividado e obrigado a me esforçar acima do normal para poder participar desta alegria junto com você."

Nossos sábios nos ensinam até onde devemos chegar para reconhecer as bondades que recebemos dos outros.

 

Nesta semana iniciamos o segundo Livro da Torá, Shemot, que descreve como o povo judeu começou a ser moldado, inicialmente através das dificuldades da escravidão egípcia, e depois com a libertação e o recebimento da Torá no Monte Sinai. Este Livro nos ensina, portanto, que mesmo as dificuldades ajudam a nos moldar e contribuem para o nosso amadurecimento e crescimento. Yaacov havia descido ao Egito com apenas 70 pessoas, mas após pouco mais de dois séculos os judeus já tinham crescido e multiplicado tanto que já haviam se transformado em um povo.
 
E a Parashá desta semana, Shemot (literalmente "Nomes") descreve o que aconteceu com o povo judeu logo após a morte de Yossef, como está escrito: "E morreu Yossef e seus irmãos e toda aquela geração" (Shemot 1:6). A Parashá conta sobre o processo de escravização do povo judeu, uma escravidão brutal que durou mais de duzentos anos. Mas por que a Torá fez questão de falar sobre a morte de Yossef e seus irmãos antes de começar a descrever o início da escravidão egípcia?
 
Explicam nossos sábios que Yossef e seus irmãos eram grandes Tzadikim e tinham muitos méritos espirituais. Enquanto eles estavam vivos, estes méritos protegeram todo o povo judeu dos sofrimentos impostos pelos egípcios. Além disso, Yossef e seus irmãos eram modelos de retidão, trazendo influências espirituais muito positivas para o povo judeu. Enquanto eles estavam vivos, não houve assimilação e nem uma queda espiritual. Isto trouxe méritos para o povo e os protegeu de maus decretos. Porém, após o falecimento de Yossef e seus irmãos, o povo judeu começou a cair espiritualmente. A escravização contou, de certa maneira, com a própria ajuda do povo judeu. Eles quiseram sair de Goshen, onde Yaacov havia montado uma vida espiritual blindada das más influências egípcias. Os judeus quiseram fazer parte da sociedade egípcia. Eles queriam se emancipar, mostrar que poderiam ser bons egípcios. Isso culminou com o início da escravização do povo judeu.
 
Este fenômeno das boas influências dos nossos líderes se repetiu várias vezes durante a história. Por exemplo, quando o povo judeu entrou na Terra de Israel, eles estavam em um elevado nível espiritual sob o comando de Yehoshua. Enquanto Yehoshua estava vivo, eles não se assimilaram e não tiveram nenhum contato com os habitantes da terra. Porém, logo após a morte de Yehoshua, o povo começou a cair espiritualmente. Assim também ocorreu na época dos Shoftim. Sempre que um Shofet se levantava, com sua enorme retidão, o povo se arrependia de seus maus atos e passava a viver em um nível espiritual elevado. Porém, logo após a morte do Shofet, o povo voltava quase que imediatamente aos maus caminhos, sendo castigados por D'us através de outros povos que os subjugavam e causavam muito sofrimento a eles. Daqui aprendemos a importância dos grandes líderes, e o quanto sua própria existência e influência positiva trazem méritos para todo o povo.
 
Yossef, este grande líder, era querido não apenas pelo povo judeu, mas também pelos egípcios. Porém, apesar disso, há um versículo muito interessante no início da nossa Parashá: "Um novo rei se levantou sobre o Egito, que não conhecia Yossef" (Shemot 1:8). Se Yossef era um grande herói nacional, como tão pouco tempo depois já havia pessoas que não o conheciam? E por que a Torá achou importante transmitir esta informação?
 
Ao comentar este versículo, Rashi traz uma discussão entre dois grandes rabinos do Talmud, Rav e Shmuel. Quando a Torá fala sobre um "novo rei", trata-se literalmente de uma pessoa diferente, um rei novo que assumiu o cargo em substituição ao rei antigo, ou trata-se da mesma pessoa, mas que tinha renovado seus decretos, isto é, que começou a se comportar com uma nova atitude em relação ao povo judeu? O próximo comentário de Rashi explica que este Faraó "se comportou como se não conhecesse Yossef". Ele realmente conhecia Yossef e sabia de tudo o que ele havia feito pelo Egito, mas optou por ignorá-lo.
 
O Rav Yaakov Weinberg zt"l (EUA, 1923 - 1999) explica que o ponto da disputa entre Rav e Shmuel não é para determinar se o "novo rei" era um governante novo ou não, pois isso não teria tanta importância na prática. Possivelmente eles concordavam que tratava-se do mesmo Faraó. Então em que ponto eles discutiam? Se uma pessoa que havia conhecido Yossef pessoalmente poderia simplesmente esquecer tudo o que ele tinha feito. Como alguém poderia realmente negar tanta bondade recebida? Quanta ingratidão! Yossef havia salvado o país! Onde estava o agradecimento e o reconhecimento?
 
Rav e Shmuel trazem diferentes abordagens. Uma abordagem é dizer que havia um novo Faraó no poder, o que significava que o Faraó trabalhou sua cabeça e suas emoções a tal ponto que realmente havia se tornado uma nova pessoa, um tipo diferente de ser humano do ponto de vista das suas atitudes. De acordo com esta opinião, sem este tipo de "transformação" não seria possível negar as bondades e ser tão ingrato. Porém, de acordo com a outra abordagem, é possível para uma pessoa negar as bondades recebidas, até mesmo o bem que Yossef fez para o Egito. É possível tornar-se um perverso e um negador das bondades recebidas mesmo sem se transformar em uma nova pessoa. Em outras palavras, a discussão é sobre até onde chega a ingratidão humana. E o que percebemos na nossa Parashá é que não apenas o Faraó era ingrato, mas o povo egípcio inteiro. Após terem sido salvos por Yossef, perseguiram seus descendentes com satisfação e requintes de crueldade.
 
Mas como entender tamanha ingratidão? Como o ser humano consegue ser tão mal agradecido? Nos ensina o Rav Eliahu Dessler zt"l (Império Russo, 1892 - Israel, 1953) que o ser humano é governado basicamente por duas forças: "Koach HaNetiná" (força da doação) e "Koach HaNetilá" (força de pegar o que é dos outros). Todos os bons traços de caráter e as boas atitudes derivam da Koach HaNetiná, enquanto todos os maus traços de caráter e más atitudes derivam da Koach HaNetilá. Quando a pessoa é dominada pela Koach HaNetilá, torna-se egoísta, quer apenas receber e se recusa a dividir o que tem com os outros. Quando recebemos algo bom, imediatamente temos uma dívida, uma obrigação de retribuir. Portanto, o egoísta não quer reconhecer o que recebeu, para não se sentir endividado. Desta maneira, ele começa a ignorar todas as bondades recebidas.
 
Na atual guerra de Gaza, foram encontrados armamentos pesados em muitas residências de civis palestinos. Porém, algo chamou a atenção do exército israelense. Em uma das casas de Gaza, junto com as armas, havia um prontuário médico de um hospital israelense. Naquela casa vivia um garoto que havia sido curado, por médicos israelenses,  de um tumor no cérebro. Como o pai desta criança demonstrou seu "agradecimento"? Transforando-se em um terrorista, pronto para assassinar israelenses. Até mesmo vestígios de gratidão são apagados nos palestinos, através de uma educação na qual o ódio é colocado no coração deles desde a infância.
 
O oposto disso é o papel do povo judeu. Somos chamados de Yehudim graças à Yehudá, filho de Yaacov. Por que ele recebeu este nome? Pois Lea queria agradecer a D'us por ter recebido mais do que ela merecia. Esta é a essência de um judeu, o agradecimento e o reconhecimento. Somente desenvolvendo esta característica poderemos agradecer de verdade todas as bondades que as pessoas e que D'us nos fazem, o tempo inteiro.
 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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