quinta-feira, 29 de outubro de 2020

REDEFININDO O QUE É PRAZER - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT LECH LECHÁ 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHAT LECH LECHÁ




São Paulo: 17h59                  Rio de Janeiro: 17h45 
Belo Horizonte: 17h43                  Jerusalém: 16h15
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VÍDEO DA PARASHAT LECH LECHÁ
ASSUNTOS DA PARASHAT LECH LECHÁ
  • 3º teste de Avraham: Abandonar tudo e ir a uma terra estranha.
  • 4º teste de Avraham: Fome em Eretz Knaan.
  • Avraham vai para o Egito.
  • 5º teste de Avraham: Sara é sequestrada pelo Faraó.
  • Avraham e Lot voltam com grandes riquezas.
  • Separação de Avraham e Lot.
  • A Guerra dos 5 reis contra os 4 reis.
  • Lot é sequestrado e Avraham é avisado.
  • 6º teste de Avraham: Luta contra os 4 reis.
  • O "Pacto entre as partes".
  • A promessa da Terra de Israel.
  • 7º teste de Avraham: D'us anuncia a Avraham o exílio dos seus descendentes.
  • Casamento com Hagar.
  • O nascimento de Ishmael.
  • 8º teste de Avraham: Brit-Milá.
BS"D

REDEFININDO O QUE É PRAZER - PARASHAT LECH LECHÁ 5781 (30 de outubro de 2020)

 
"O rabino Goldstein tinha uma rotina muito agitada. Todos os dias de manhã ele voltava rápido da Tefilá e corria para sua primeira aula na Yeshivá. Certa manhã, como fazia todos os dias, ele voltou rapidamente para casa depois da Tefilá. Mas, para seu desespero, percebeu na garagem que o pneu do seu carro estava quase totalmente murcho. O rabino não sabia o que fazer, pois não tinha nenhuma experiência e levaria horas para trocar aquele pneu furado. Vendo que ainda restava um pouquinho de ar no pneu, ele foi lentamente conduzindo o carro até um posto de gasolina próximo e pediu ajuda. Os frentistas foram muito atenciosos e, de forma muito rápida, ajudaram a trocar o pneu.
 
Quando terminaram, um dos frentistas entregou ao rabino um enorme prego que estava fincado no pneu furado. Provavelmente o rabino havia passado com o carro na frente de alguma obra e aquele prego havia furado o seu pneu. O rabino, curioso, perguntou ao frentista se ele tinha ideia de quanto tempo aquele prego estava fincado no pneu. O frentista, olhando o prego com atenção, disse:
 
- Veja, a cabeça deste prego está completamente desgastada. Isto quer dizer que provavelmente o senhor rodou muitos dias com este prego fincado no pneu do seu carro, sem perceber. O ar foi escapando aos pouquinhos, até o pneu ficar completamente murcho.
 
O rabino agradeceu, deu aos frentistas uma generosa gorjeta pelo excelente serviço prestado e entrou rapidamente no carro, pois já estava atrasado para começar a aula. Porém, durante todo o caminho, ele ficou pensando sobre qual lição poderia aprender daquele incidente. De repente, sua cabeça se iluminou. Aquele prego já estava no pneu há muito tempo e, sem que ele percebesse, foi fazendo com que o ar saísse aos poucos. O furo somente foi percebido quando o pneu já estava quase vazio, quando já era tarde demais. O rabino chegou à conclusão que o mesmo pode ocorrer com a nossa espiritualidade. Se não tomarmos cuidado com os "pregos" da vida, nossa espiritualidade pode ir esvaziando aos poucos, como um pneu furado."
 
Esta é uma lição incrível para nós. Estamos cheios de vitalidade, mais ainda nesta época do ano, quando acabamos de sair do mês de Tishrei, cheios de espiritualidade que acumulamos. Mas precisamos ser cuidadosos, pois ao longo do ano algum "prego" pode entrar e começa a esvaziar toda a nossa espiritualidade e empolgação. O grande problema é que não percebemos a perda gradual, apenas sentimos isto quando já estamos vazios, quando já é tarde. Temos que ficar alertas e prestarmos atenção quando alguma coisa tenta esvaziar a nossa espiritualidade. A dica é tirar o "prego" o mais rápido possível, para consertar o furo e manter o nosso "pneu" cheio ao longo do ano todo.

Nesta semana lemos a Parashat Lech Lechá (literalmente "Vá para você mesmo"), que começa a descrever em detalhes os testes aos quais Avraham Avinu foi submetido ao longo da vida. Foram testes duros, cuja dificuldade foi gradativamente aumentando, conforme ensinam os nossos sábios "Com 10 testes Avraham Avinu foi testado, e passou em todos" (Pirkei Avót 5:3).
 
O primeiro teste trazido na nossa Parashat é o teste de "Lech Lechá", quando D'us ordenou a Avraham que saísse da sua cidade, do seu conforto, da proteção da sua família, e fosse para uma terra estranha, sem nem mesmo saber para onde. De onde viria seu sustento? Quem seriam os moradores deste novo lugar? Seria um lugar próximo ou distante? Muitas perguntas e nenhuma resposta, apenas a ordem de D'us para partir em direção ao desconhecido.
 
Avraham, após muitos anos de reflexão, após buscar incessantemente o entendimento completo de quem era o Criador do mundo, havia conseguido construir uma Emuná plena. Ele entendia que tudo o que D'us pede de nós é, em última instância, para o nosso próprio bem. Aos seus olhos parecia um pedido estranho, era uma situação certamente difícil e desconfortável, mas Avraham entendia que havia uma sabedoria e uma bondade ilimitadas por trás daquele pedido. Sem nenhum tipo de questionamento, ele se levantou para cumprir a vontade de D'us.
 
Normalmente entendemos que um teste é uma situação de escolha difícil pela qual a pessoa passa na vida. Porém, logo após D'us ordenar a Avraham que se levantasse e abandonasse toda a sua estabilidade e tranquilidade, Ele disse: "E farei de você uma grande nação. Eu o abençoarei e tornarei seu nome grande, e você será uma bênção" (Bereshit 12:2). Em outras palavras, D'us estava garantindo para Avraham que ele ganharia muito ao cumprir o que Ele havia ordenado. Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Avraham recebeu a promessa de fama, fortuna e muitos filhos. Então, se D'us já havia avisado a Avraham a incrível recompensa que ele receberia, qual foi o teste? Quem não aceitaria uma proposta destas?
 
Além disso, Avraham já havia confiado em D'us a ponto de entregar sua própria vida para santificar o Nome Dele, quando o rei Nimrod o atirou em uma fornalha por sua crença em D'us. Portanto, certamente Avraham também seguiria a ordem de D'us de sair de casa, mesmo se não houvesse nenhuma promessa de recompensa. Então por que D'us achou necessário prometer a Avraham todos estes benefícios?
 
Finalmente, Rashi comenta que "Lechá" significa "para você mesmo", isto é, "para o seu prazer e benefício". Mas por que Avraham precisava ser informado que desfrutar da fama, fortuna e muitos filhos seria para o seu próprio prazer e benefício? Isto não é algo óbvio?
 
Poderíamos tentar explicar que Avraham foi informado das recompensas que o aguardavam pois o teste era justamente saber se a motivação dele para cumprir a vontade de D'us seria as recompensas prometidas ou o simples fato de D'us tê-lo ordenado. No entanto, é difícil explicar desta maneira, pois o propósito de um teste é que a pessoa cresça e desenvolva seu potencial. Testar a motivação de Avraham não seria uma forma de desenvolver seu potencial, e sim apenas uma maneira de verificar seu nível atual. D'us certamente não tem intenção de frustrar o ser humano, fazendo-o perceber que ainda não chegou no nível que gostaria. Além disso, o versículo diz "Lech Lechá", "vá para você mesmo", significando que D'us queria que Avraham fosse pelo seu benefício e prazer, não apesar deles.
 
Responde o Rav Yohanan Zweig que todos nós passamos a vida lutando para escolher o que é bom em vez do que é agradável. Refletimos se devemos comer alimentos saudáveis ​​ou alimentos não saudáveis que são​​gostosos. Pensamos se seria melhor entrar em um casamento, que implica em fidelidade e responsabilidade para criar os filhos, ou sermos livres para nos associarmos com quem quisermos, no momento em que quisermos. A razão pela qual lutamos é porque definimos prazer apenas como gratificação física. Porém, o ser humano não percebe que o maior prazer possível, um prazer que transcende a gratificação física, é o sentimento de preenchimento ao fazermos o que é correto. Não precisamos sofrer para fazer o que é certo, pois a escolha verdadeira não é viver corretamente ou viver com prazer. O sentimento de nos elevarmos por estarmos fazendo a vontade de D'us é um prazer que carregamos conosco por toda a vida. Devemos redefinir para nós mesmos o que é o verdadeiro prazer, o que realmente nos faz sentir bem.
 
Este era o teste que Avraham estava enfrentando: se seguir a vontade de D'us era, para ele, um peso e uma perda de prazeres, ou uma dificuldade que vinha junto com prazeres e benefícios. D'us estava testando Avraham para ver se ele considerava cumprir a Sua vontade como sendo a fonte verdadeira dos prazeres duradouros, não apenas para o Mundo Vindouro, mas também no mundo material. O teste era Avraham conseguir entender que o prazer de fazer o que é certo supera os prazeres proibidos que nos tentam.
 
Este é, provavelmente, um dos maiores testes do ser humano, que determinará se ele passará pela vida frustrado e infeliz por causa dos seus desejos não realizados, ou contente e realizado devido ao conhecimento de que está fazendo o que é certo. "Lech Lechá" foi um teste para determinar se o prazer na vida de Avraham vinha da fonte correta. As recompensas descritas na Torá, de fama e fortuna, ocorreriam apenas após Avraham cumprir o "Lech Lechá". Estes não eram o prazer e o benefício implícitos por D'us em "Lechá". O "Lechá" se referia ao prazer verdadeiro, o prazer de fazer o que é correto, o prazer de vencer os desejos proibidos, o prazer que a alma sente ao vencer os desejos sem freio do corpo.
 
É obvio que os prazeres do corpo trazem gratificação, mas é algo passageiro. Uma deliciosa comida proibida, por exemplo, nos dá prazer por poucos minutos. Já o prazer de vencer, de poder deitar a cabeça de noite no travesseiro tranquilos, sabendo que fomos honestos e que fizemos o bem e o correto, não tem preço e nem limites. Fazer o que é certo é o ar que enche o nosso "pneu". Os prazeres proibidos são os "pregos" que diminuem nossa motivação, que tiram nosso entusiasmo. São perigosos, pois pensamos que eles estão nos preenchendo quando, na realidade, estão nos esvaziando. Vencer os outros em uma competição é bom, mas vencer a nós mesmos, evitando tudo o que esvazia nossa espiritualidade, é muito melhor.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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