quinta-feira, 13 de julho de 2017

ACREDITE NO SEU POTENCIAL - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ PINCHÁS 5777

BS"D
O E-mail desta semana foi carinhosamente oferecido pela Família Lerner em Leilui Nishmat de: 
Miriam Iocheved bat Mordechai Tzvi z"l
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ACREDITE NO SEU POTENCIAL - PARASHÁ PINCHÁS 5777 (14 de julho de 2017)

"Duas sementes descansavam, lado a lado, em um solo fértil. A primeira semente, mais corajosa e com a autoestima elevada, disse:
 
- Eu sou uma semente e quero mais da vida. Eu quero crescer! Quero enviar minhas raízes às profundezas do solo e fazer meus brotos rasgarem a superfície da terra. Quero abrir meus botões como bandeiras, anunciando a chegada da primavera. Quero sentir o calor do sol e a bênção do orvalho da manhã em minhas pétalas!
 
E assim ela fez. Teve suas dificuldades iniciais, mas se esforçou e se transformou em uma linda flor. Já a segunda semente, que não tinha coragem e uma autoestima muito baixa, disse:
 
- Tenho medo, eu sou só uma pequena semente, o que eu posso querer da vida? Se eu enviar minhas raízes às profundezas, não sei o que encontrarei na escuridão. Se eu rasgar a superfície dura, posso danificar meus brotos. Se eu deixar que meus botões se abram, um caracol pode tentar comê-los. Se abrir minhas flores, uma criança pode querer me arrancar do chão. Não, é muito melhor esperar até que eu me sinta segura.
 
E, como seus medos apenas aumentavam, ela esperou e esperou. Nunca era o momento certo, nunca era a hora ideal. Até que um dia uma galinha, à procura de comida, encontrou aquela semente que estava à espera de segurança e rapidamente a comeu..."
 
Moral da história: Aqueles que não acreditam em seu potencial, que se recusam a correr riscos para crescer, que se acomodam em sua zona de conforto, acabam sendo engolidos pela vida.

Nesta semana lemos a Parashá Pinchás, que começa descrevendo o ato heroico de Pinchás, neto de Aharon HaCohen, que zelou pela honra de D'us e conseguiu fazer cessar uma terrível praga que, apesar de ter matado 24 mil pessoas, poderia ter exterminado todo o povo judeu caso ele não tivesse tomado nenhuma atitude. Mas qual foi o motivo de mais esta terrível praga que atingiu o povo judeu no deserto?
 
Na Parashá da semana passada, o grande profeta Bilaam, contratado pelo rei de Moav, Balak, tentou por três vezes amaldiçoar o povo judeu, com o intuito de exterminá-lo, porém suas maldições se transformaram em Brachót (Bênçãos). Bilaam, um homem movido pela honra, ficou arrasado com seus sucessivos fracassos, mas não desistiu. Ele ensinou a Balak que a única maneira de vencer os judeus seria incitando-os a cometer graves transgressões, como relações ilícitas e idolatria. Com o auxílio do povo de Midian, foi montada uma "emboscada espiritual" para o povo judeu. Seduzidos por belas mulheres de Midian, muitos judeus transgrediram e terminaram inclusive fazendo idolatria ao deus Baal Peor, dando início a uma praga. Além disso, um príncipe da tribo de Shimon, Zimri, desafiou D'us, cometendo publicamente um ato de imoralidade com uma princesa de Midian, Cozbi. Foi então que Pinchás, em um ato de zelo pela honra de D'us, levantou-se e matou os dois transgressores, fazendo com que a praga, que já havia começado a matar os judeus, cessasse.
 
A Parashá então nos conta que D'us exigiu uma guerra de vingança contra Midian, como está escrito: "E disse D'us para Moshé: 'Ataque os Midianim e os destrua. Pois eles atacaram vocês, através da conspiração que eles conspiraram contra vocês no assunto de Peor, e no assunto de Cozbi, filha do líder de Midian" (Bamidbar 25:16-18). Porém, é interessante perceber que em nenhum momento D'us ordenou ao povo judeu atacar e destruir o povo de Moav. Por que esta diferença, se a lógica diria justamente o contrário, já que os principais orquestradores do ataque contra o povo judeu foram os habitantes de Moav, enquanto os Midianim foram meros "instrumentos" na queda do povo judeu?
 
Uma das respostas é que Moav tinha motivos para atacar o povo judeu. Balak, o rei de Moav, contratou Bilaam quando viu o povo judeu se aproximando de suas terras. Sabendo das vitórias esmagadoras anteriores dos judeus, ele teve muito medo e quis se defender. Já Midian não tinha nenhum motivo para atacar o povo judeu e o fez apenas por ódio gratuito. O ódio era tanto que eles não se incomodaram em utilizar suas próprias filhas em atos imorais, como "iscas" para atrair o povo judeu e causar com que os homens transgredissem. D'us não perdoou este ódio gratuito do povo de Midian e exigiu seu extermínio.

Rashi (França, 1040 - 1105), citando o Talmud (Baba Kama 38b), traz outra resposta interessante. Moav realmente merecia ser destruído, até mais do que Midian. Porém, como Ruth, a bisavó de David HaMelech, estava destinada a descender de Moav, então D'us "se conteve" e não destruiu o povo de Moav. Isto significa que, por causa de Ruth, que futuramente viria de Moav, o povo inteiro foi poupado.
 
Porém, desta explicação de Rashi surge um enorme questionamento. Se o ponto era apenas garantir o nascimento de Ruth, D'us poderia ter orquestrado outros cenários. Por exemplo, seria suficiente ter deixado apenas uma pequena parte do povo de Moav vivo, até mesmo apenas a família de Ruth, enquanto o resto do povo de Moav poderia ter sido morto, em vingança por todo o mal que eles causaram ao povo judeu. Então por que D'us fez desta maneira, mantendo vivo o povo inteiro de Moav apenas para garantir o nascimento de Ruth?
 
Responde o Rav Yochanan Zweig que, pelo fato de Ruth ser a progenitora da dinastia de David HaMelech, de quem sairiam todos os reis de Israel, era fundamental que ela própria fosse descendente da aristocracia e tivesse uma ascendência nobre. E assim realmente aconteceu, pois Ruth era uma princesa, filha de Eglon, o rei de Moav. Porém, para que Ruth fosse uma princesa, toda a nação de Moav precisava ser preservada, pois se o povo de Moav tivesse sido dizimado, Ruth teria nascido em uma família de refugiados, o que tornaria impossível a possibilidade dela ser criada em uma família nobre.
 
Há dois grandes benefícios de Ruth ter vindo de uma família nobre. Em primeiro lugar, a "base genética" da monarquia já estava sendo estabelecida através do nível pessoal alcançado por Ruth. Por ter vindo da nobreza, ela conseguiu a força necessária para vencer os desafios que surgiram em sua vida e posteriormente transmitiu este nível elevado aos seus descendentes. Além disso, nossos sábios ensinam que o Mashiach, o salvador do povo judeu, virá da dinastia de David HaMelech. Mas ele não virá apenas para o povo judeu, sua sabedoria e seus atos de retidão influenciarão toda a humanidade. Como há "traços" de uma monarquia não judaica dentro da dinastia de David HaMelech, isto facilitará com que o Mashiach tenha um impacto universal, não apenas em relação ao povo judeu.
 
Deste ensinamento da Parashá podemos aprender três pontos muito importantes para a nossa vida. Em primeiro lugar, podemos aprender lições até mesmo dos piores Reshaim (malvados) descritos na Torá. De Bilaam aprendemos que a chave do sucesso é nunca desistir dos nossos esforços, mesmo diante dos piores fracassos. Bilaam, apesar de infelizmente ter canalizado seu potencial para o mal, era uma pessoa que não desistia por causa das dificuldades. Por três vezes ele tentou amaldiçoar o povo judeu, mas não teve sucesso. Ele foi ridicularizado por Balak e humilhado em público. Qualquer pessoa teria desistido, mas Bilaam foi persistente e não desistiu. Se mesmo alguém que escolhe os caminhos do mal consegue ter sucesso graças à persistência, muito mais aqueles que querem fazer o bem. Se formos persistentes e não desistirmos, apesar das dificuldades iniciais, certamente conseguiremos obter sucesso em nossas empreitadas.
 
Além disso, podemos aprender como são complexos os julgamentos de D'us. Um povo inteiro de transgressores foi poupado da destruição pelo mérito de uma única Tzadeket (mulher justa) que futuramente viria ao mundo. Isto nos ajuda a entender que a resposta para a pergunta "Por que pessoas boas sofrem enquanto pessoas ruins têm sucesso na vida" não é simples, pois envolve cálculos muito profundos de D'us e o total domínio do passado, presente e futuro. Quando questionamos a bondade de D'us, certamente estamos fazendo isto com dados insuficientes, sem entender a real grandeza de Seus pensamentos e atos.
 
Finalmente, podemos aprender a importância da autoestima para alcançarmos o sucesso. Se Ruth tivesse sido criada como uma refugiada, nunca saberia seu verdadeiro valor e nunca teria desempenhado seu importante papel no mundo. Para ser a bisavó de David HaMelech, Ruth precisou nascer na aristocracia. Quando nem mesmo a própria pessoa acredita em seu potencial, certamente ela nunca se esforçará e não alcançará o sucesso. Quando a pessoa não tem autoestima, na primeira dificuldade ela já desiste de seus planos e sonhos na vida.
 
Não precisamos nascer na aristocracia para sabermos o nosso verdadeiro valor. Cada pessoa tem o seu potencial, cada um é único e especial. D'us criou cada ser humano com seu propósito na vida. Devemos estar orgulhosos de podermos fazer a nossa parte e, por isso, não precisamos ficar nos comparando com ninguém. Com a Emuná completa de que D'us direciona os nossos caminhos e com a coragem de acreditar no nosso verdadeiro potencial, poderemos dar a nossa contribuição para a construção de um mundo melhor.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm

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                   São Paulo: 17h17  Rio de Janeiro: 17h06                    Belo Horizonte: 17h13  Jerusalém: 19h11
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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