quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

O QUE TE FALTA NA VIDA? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAISHLACH 5786

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

Luna Rachel bat Sara


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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de:


Sr. Nelson ben Luiza zt"l (Nissim ben Luna) 

R' Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Sr. Avraham Favel ben Arieh z"l 

Sra. Rachel bat Luna z"l

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHAT VAISHLACH 5786



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ASSUNTOS DA PARASHAT VAISHLACH
  • Yaacov envia mensageiros.
  • Yaacov teve medo e se prepara para o reencontro com Essav.
  • Yaacov fica sozinho.
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  • Yaacov encontra Essav.
  • Chegada a Shechem, Diná é sequestrada e desonrada.
  • Shimon e Levi vingam a honra da irmã, Yaacov fica furioso.
  • Yaacov viaja para Beth El.
  • A morte de Rivka e Dvora.
  • D'us muda o nome de Yaacov para Israel.
  • Rachel tem mais um filho: Biniamin.
  • A morte de Rachel e o enterro no caminho, em Beth Lechem.
  • Reuven mexe na cama de seu pai.
  • A morte de Itzchak.
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O QUE TE FALTA NA VIDA? - PARASHAT VAISHLACH 5786 (05/dez/25)

"Certa vez, o Rav Levi Ytzchak MiBerditchev zt"l (Ucrânia, 1740 - 1809) visitou uma pequena aldeia judaica. As casas eram simples e a maioria das famílias vivia com muito pouco. Ele entrou na casa de um judeu pobre, que trabalhava duro o dia inteiro e mal tinha o que comer. Quando o Rav Levi Ytzchak perguntou como ele estava, o homem respondeu com um grande sorriso:
 
- Rav, só tenho a agradecer a D'us, pois tenho tudo o que preciso.
 
- Conte-me, meu filho, como você consegue estar feliz com tão pouco? - perguntou o rabino, impressionado com a serenidade daquele judeu.
 
- Rav, quando servimos a D'us com alegria, até a água fica doce - respondeu o homem com um sorriso - Mas quando a pessoa é amarga por dentro, nem todo o mel do mundo a satisfaz.
 
O Rav Levi Ytzchak ficou emocionado. Ao deixar a casa, encontrou um judeu rico que vivia na mesma aldeia, um homem que estava sempre insatisfeito, reclamando dos negócios e cheio de preocupações. O rico perguntou:
 
- Rav, você esteve na casa daquele pobre? Me diga, como ele consegue viver com tão pouco?
 
- Ele vive bem porque tem o que você não tem - respondeu o Rav Levi Yitzchak.
 
- Mas Rav, há algo errado aqui! - reagiu o rico, surpreso - Como pode ser? Eu tenho dinheiro, propriedades e empregados. Posso comprar o que eu quiser. O que ele tem que eu não tenho?
 
- Sabe qual é a diferença entre vocês dois? - respondeu o Rav Levi Ytzchak - Você tem dinheiro, enquanto ele tem riqueza. Pois a verdadeira riqueza é quando o coração sente que não falta nada."
 
Se a pessoa não sabe apreciar o que tem, mesmo que coma mel todos os dias, ainda assim seu coração continuará amargo. Mas aquele que confia em D'us, mesmo bebendo apenas água, sentirá um sabor doce.

Nesta semana lemos a Parashat Vaishlach (literalmente "E enviou"), que descreve o tão esperado reencontro entre os irmãos Essav e Yaacov, depois de mais de 34 anos de separação. E este reencontro, que caminhava para se transformar em uma luta sangrenta, no final terminou em um abraço e uma conversa cordial, e cada um seguiu seu caminho.
 
Antes do reencontro, Yaacov fez algumas preparações, entre elas mandar de presente para Essav uma enorme quantidade de animais como uma forma de apaziguá-lo. Essav, em um primeiro momento, não quis aceitar, como está escrito: "E Essav disse: 'Tenho muito, meu irmão. Fique com o que é seu'" (Bereshit 33:9). Yaacov então insistiu, dizendo que não precisava daqueles animais todos, como está escrito: "Agora aceite o meu presente, que foi trazido para você, pois D'us me favoreceu, e eu tenho tudo" (Bereshit 33:11). Porém, esta parece ser uma conversa trivial. Por que D'us quis que ela ficasse registrada para toda a eternidade na Torá?
 
O Chafetz Chaim zt"l (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933) explica que tanto nas palavras que Essav dirigiu a Yaacov, "Tenho muito", quanto na resposta de Yaacov, "Tenho tudo", expressam-se as visões opostas que cada um deles tinha sobre o mundo material. Essav falou: "Tenho muito", querendo dizer que realmente tinha bastante, mas que nada para ele era suficiente, pois "quem tem cem deseja duzentos".  Já Yaacov disse: "Tenho tudo", ou seja, não me falta nada na vida. Enquanto Essav colocava seus olhos na busca constante de acumular riquezas e aproveitar os prazeres materiais e, por isso, nunca estava satisfeito, Yaacov estava contente com o que tinha.
 
Mas por que Yaacov disse "Tenho tudo"? Alguém pode ter tudo na vida? A mesma pergunta se aplica às incríveis palavras de David Hamelech: "Os que buscam D'us não carecem de bem algum" (Tehilim 34:10). O que David HaMelech estava nos transmitindo? Os Tzadikim não têm necessidades?
 
O Rav Elyahu Lopian zt"l (Polônia, 1876 - Israel, 1970), costumava explicar o versículo de Tehilim com a seguinte parábola: Um homem visitou seu amigo. O anfitrião então disse: "Venha, vou lhe mostrar algo de grande valor que adquiri, um verdadeiro tesouro". Ele abriu um armário cheio de remédios, e explicou que seu médico havia ordenado que ele tomasse todos aqueles medicamentos. Eram remédios muito caros, muitos deles importados, e na cidade inteira não havia ninguém que possuísse um "tesouro" tão valioso, por isso ele se orgulhava daquele armário. Mas enquanto o dono dos remédios se gabava de sua "riqueza", o amigo pensava consigo mesmo: "Feliz sou eu, que tenho saúde e não preciso de nenhum destes medicamentos".
 
Embora seja natural que uma pessoa sinta inveja da riqueza do seu companheiro, neste caso isso certamente não se aplica. Pelo contrário, a pessoa sentiria alegria e satisfação por não precisar daquele "tesouro". O Rav Elyahu Lopian explicava que assim também ocorre com aqueles que buscam D'us, isto é, que procuram uma vida de espiritualidade. A Torá não diz que eles possuem todo o bem, pois sabemos, pela própria realidade, que a maioria dos grandes Tzadikim vive de maneira bem modesta e certamente não possuem "todo o bem" material. Mas, por outro lado, esse "todo o bem" que o mundo deseja não lhes faz falta alguma, pois eles se alegram com sua porção.
 
E assim está escrito: "O Tzadik come para saciar sua alma, e a barriga dos perversos sente falta" (Mishlei 13:25).  "Come para saciar sua alma" nos ensina que o Tzadik está satisfeito com o que tem. Em contraste, "A barriga dos perversos sente falta" é como se lhes faltasse um segundo estômago para preencher seus desejos infinitos. E infelizmente vemos isso na prática. Há pessoas tão desequilibradas, sem controle sobre os seus desejos, que comem tudo o que têm vontade. Então, quando já estão com o estômago cheio e não conseguem comer mais, enfiam o dedo na garganta para esvaziar o estômago e poder comer novamente. Este é o sentido de "A barriga dos perversos sente falta", isto é, sempre falta espaço para suas vontades.
 
Em diversos lugares vemos que Yaacov Avinu estava completamente desconectado do desejo por riquezas materiais. O Rav Shlomo ben Aderet zt"l (Espanha, 1235 - 1310), mais conhecido como Rashbá, explica o versículo "E amarás Hashem, teu D'us, com todo o teu coração, com toda a sua alma e com todas as suas posses" de uma maneira surpreendente. Ele ensina que estas palavras se aplicam aos nossos três patriarcas: "Com todo o teu coração" se refere a Avraham, que foi testado na velhice e suportou a dificuldade dos testes por amor ao Criador. "Com toda a tua alma" se refere a Ytzchak, pois abrange suportar todo tipo de sofrimento, até mesmo estar disposto a entregar a própria vida, para cumprir as Mitzvót. "Com todas as suas posses" se refere a Yaacov, que estava pronto a abrir mão de todo o seu dinheiro, se isso fosse necessário, para servir a D'us. E foi justamente isso que Yaacov fez. Ele desprezou as riquezas da casa de seu pai e preferiu ser um "habitante das tendas", isto é, se sentar nas casas de estudo de Torá. Ele também disse a D'us: "Tudo o que Você me der, darei o Maasser (10%) a Você" (Bereshit 28:22). E Yaacov disse: "O túmulo que cavei para mim em Eretz Knaan, lá serei enterrado" (Bereshit 50:5). O Midrash nos ensina que a linguagem "o túmulo que cavei" se refere a Yaacov ter dado a Essav todos os bens que trouxe da casa de Lavan em troca do direito de ser enterrado na Mearat HaMachpelá.
 
E, justamente por Yaacov ter rejeitado as riquezas e não atribuir importância alguma ao dinheiro, ele pôde dizer a Essav de boca cheia: "Tenho tudo", personificando as palavras "Os que buscam D'us não carecem de bem algum". Este é o verdadeiro conceito de riqueza, como ensinam nossos sábios: "Quem é rico? Aquele que se alegra com sua porção" (Pirkei Avot 4:1).
 
Este conceito não é algo teórico, e sim uma forma de vivermos nossa vida, com mais significado, que traz leveza e nos ajuda a não afundarmos nas dificuldades e testes da vida. Certa vez o Rabi Shmelke de Nikolsburg zt"l perguntou ao seu mestre, o Maguid MiMezeritch zt"l, como entender o ensinamento do Talmud (Brachot 60b) "A pessoa deve abençoar pelo mal da mesma forma que abençoa pelo bem". O Maguid indicou que ele fosse ao Beit Midrash e perguntasse ao seu discípulo, o Rebe Zushia de Anipoli, pois ele ensinaria como cumprir essa Mishná, já que viveu toda a vida na pobreza extrema, com sofrimentos e dificuldades enormes. Mas o Rebe Zushia, após ser questionado, apenas respondeu: "É uma grande surpresa que o Maguid o tenha mandado perguntar justamente a mim. Esta pergunta deveria ser feita a alguém que passou por dificuldades, mesmo que por apenas um instante. Eu, porém, sempre tive apenas coisas boas, desde o dia em que nasci até hoje. Então como posso saber o que significa aceitar o mal com alegria?". Naquele momento o Rabi Shmelke entendeu o verdadeiro significado da obrigação de abençoar pelo mal da mesma forma que abençoamos pelo bem: a pessoa deve estar tão plena de alegria e aceitação que sequer percebe o mal em sua vida.
 
A Torá não exige que vivamos na miséria, com a mesa vazia, vivendo em uma casa mofada e dirigindo um carro caindo aos pedaços. O que a Parashá está nos ensinando é que não devemos ser dependentes do mundo material, pois o materialismo vira uma doença e, como medicamentos, pode causas dependência. A felicidade verdadeira está em justamente usar de maneira equilibrada o mundo material, lembrando sempre do nosso foco espiritual e nos alegrando com o que temos. A meta na vida é controlar as nossas riquezas, e não ser controlado por elas.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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