sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

PROTEÇÃO CONTRA O AIN HARÁ - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAIECHI 5784

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PARASHÁ VAIECHI 5784



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ASSUNTOS DA PARASHÁ VAIECHI
  • Doença e os últimos dias de Yaacov.
  • Brachá para Efraim e Menashé.
  • Brachá (e bronca) aos filhos.
  • Último pedido de Yaacov.
  • Falecimento e luto por Yaacov.
  • Yossef pede permissão para enterrar Yaacov em Israel.
  • O enterro de Yaacov.
  • Yossef tranquiliza seus irmãos.
  • A morte de Yossef.
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PROTEÇÃO CONTRA O AIN HARÁ - PARASHÁ VAIECHI 5784 (29/dez/23)
 
"O Rav Yaacov Yitzchak HaLevi Horowitz zt"l (Polônia, 1745 - 1815)
, mais conhecido como "Chozê MiLublin", foi um dos grandes rabinos de sua geração. Ele mereceu o título de "Chozê", que significa "visionário", devido aos seus grandes dons intuitivos. Por exemplo, ele tinha a capacidade de discernir o caráter de uma pessoa, seus atos passados ​​e a raiz de sua alma apenas olhando para sua face. Também era sabido que o Chozê MiLublin podia prever acontecimentos futuros, como se estivesse vendo as cenas passando diante dos seus olhos. No dia em que deixou o mundo, em Tishá be Av de 1815, ele "viu" que dentro de 100 anos os russos perderiam o domínio sobre a Polônia. E assim foi. Em 1915, exatamente no dia de Tishá be Av, os austríacos conquistaram Lublin, demonstrando o enorme poder visionário do Choze MiLublin. Mas de onde vinha este dom? O que ele fez de tão especial para merecer "enxergar" coisas que os olhos normais não enxergavam?
 
Desde sua infância, ele já era uma criança diferente. Ele se dirigia ao Beit Midrash com passos rápidos. Ele não queria ficar muito tempo nas ruas esburacadas, estava sempre com pressa para chegar ao lugar que sua alma mais amava, onde poderia se dedicar a estudar sua amada Torá. Mas havia algo que chamava a atenção de todos. Os olhos do jovem Yaakov Yitzchak estavam sempre cobertos com um lenço. Amarrado no rosto, este lenço permitia que Yaacov Yitzchak abrisse os olhos apenas um pouco, para que pudesse ver somente o lugar onde seus pés pisavam. Ele não queria ver mais do que isso na rua. Ele queria evitar qualquer visão que contaminasse seus olhos sagrados e puros. Somente quando ele se sentava no Beit Hamidrash, diante do livro do Talmud, ele tirava o lenço dos olhos e estudava sem parar.
 
Durante sete anos ele vendou os olhos, até que sua vista ficou muito fraca. Seus olhos sagrados acabaram perderam a visão física. Porém, D'us percebeu a devoção dele em proteger os olhos e o agraciou com uma visão espiritual incomum. Ele via coisas que os outros não viam. Eram visões únicas e profundas. Ele via as ações das pessoas e até mesmo seus pensamentos. Através desta visão única e especial, ele ajudou os judeus em tempos difíceis e os trouxe de volta em arrependimento, quando ele revelava a eles suas más ações e pensamentos."
 
Graças ao controle dos seus olhos, D'us deu a ele uma visão especial, com a qual ele conseguiu ajudar as pessoas. Todas as vezes que vencemos nossas más inclinações, D'us nos ilumina com uma luz especial, com a qual podemos crescer e ajudar a iluminar os outros também.

Nesta semana lemos a Parashá Vaiechi (literalmente "E viveu"), que fecha o primeiro livro da Torá, Bereshit. A Parashá descreve os anos finais da vida de Yaacov no Egito, após o reencontro com seu filho Yossef, e a Berachá final que ele deu a cada um dos seus filhos em seu leito de morte. Na verdade, estas Berachót continham muitas profecias relacionadas ao futuro de cada uma das Tribos de Israel.
 
Na Berachá de Yaakov a Yossef, ele disse: "Um filho encantador é Yossef, um filho encantador aos olhos; as mulheres se aproximavam para vê-lo" (Bereshit 49:22). O que significam estas palavras? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Yossef era tão bonito que as mulheres egípcias se esforçavam muito para conseguir simplesmente olhá-lo enquanto ele passava. Elas subiam nos muros para poderem contemplar sua beleza.
 
Mas estas palavras representavam Yossef, uma pessoa tão reta que era conhecido como "Yossef HaTzadik"? Descrevê-lo como sendo alguém "lindo de morrer" era um elogio para alguém tão elevado espiritualmente? A Torá não está descrevendo um galã de cinema, que faz as mulheres desmaiarem ao vê-lo se aproximar! Qual é, portanto, o significado desta Berachá?
 
Rashi acrescenta outro entendimento em relação a este versículo, que pode nos ajudar a entender a verdadeira grandeza de Yossef. Ele explica que as palavras de Yaacov se referiam ao fato de que o "Ain Hará", o "mau olhado", não afetaria Yossef e sua descendência. De acordo com este entendimento, o versículo não está dizendo que o elogio a Yossef era o fato de ele ser tão bonito que as mulheres corriam para olhá-lo na rua. O ponto é que, apesar de todas quererem vê-lo, ele recebeu uma Berachá especial, para que o "Ain Hará" não tivesse efeito sobre ele. De acordo com essa interpretação, as palavras "Alei Ain", ao invés de serem traduzidas como "para os olhos", podem ser interpretadas como "estão acima do olho (ruim)", isto é, não podem ser afetados pelo mau olhado.
 
Em relação a esta capacidade de Yossef e seus descendentes, de estarem acima do Ain Hará, o Talmud (Berachot 20a) traz uma interessante história sobre o Rabi Yochanan, contando que ele costumava se sentar de noite perto da Mikve de imersão ritual das mulheres para que, quando as mulheres saíssem de sua imersão, olhassem para ele, que era excepcionalmente bonito, e também tivessem filhos bonitos. Ele fazia isso baseado em um conceito da Kabalá, de que uma criança concebida após a imersão da mulher na Mikve é impactada pela primeira coisa que a mulher vê após sua imersão. Porém, os companheiros do Rabi Yochanan questionaram se ele não estava preocupado com o Ain Hará que poderia recair sobre ele ao fazer tal ato, por estar, de certa maneira, se expondo e se vangloriando por sua beleza. O Rabi Yochanan respondeu que não estava preocupado com o Ain Hará, pois era descendente de Yossef, que era imune aos efeitos do Ain Hará.
 
Sabemos que as Berachót que Yaacov deu a cada um dos filhos foi com inspiração Divina. Por que justamente Yossef e seus descendentes teriam o mérito de estarem imunes ao Ain Hará? Deveria ser justamente o contrário, pois o fato de Yossef estar tanto em evidência e ser alguém que chamava constantemente a atenção das pessoas o tonava um candidato ideal para ser vulnerável ao Ain Hará, já que era o foco de atenção. Então qual era o mérito dele para ter uma Berachá justamente nesta área?
 
O entendimento da Berachá de Yaacov para Yossef é que um grande elogio estava sendo feito a ele.  O elogio é que quando todas as mulheres egípcias estavam olhando para Yossef, querendo apreciar sua beleza, ele não estava olhando para elas. Ele guardou seus olhos e, portanto, foi protegido do Ain Hará. Como Yossef não permitiu que seus olhos tivessem proveito do que não lhe pertencia, como quando foi tentado pela esposa de Potifar, medida por medida ele foi protegido do Ain Hará.
 
Isso também pode explicar o que o Rabi Yochanan quis dizer na história trazida pelo Talmud. Quando ele disse que era descendente de Yossef, talvez não quis dizer que necessariamente Yossef era seu ancestral biológico. Talvez ele estava se referindo a ser um discípulo espiritual de Yossef. Ele não estava preocupado com o Ain Hará, pois guardava seus olhos. Como ele sabia que não olhava para as mulheres quando elas saíam da Mikve, ele podia ter a confiança de que não houve falha de sua parte e que o Ain Hará também não o afetaria.
 
Explica o Rav Yssocher Frand que as aquisições espirituais de uma pessoa são benéficas para ela e para os seus descendentes. Os efeitos espirituais eternos de guardar os olhos podem ser observados em um impressionante ensinamento envolvendo os Templos Sagrados das diferentes épocas do povo judeu. Enquanto o povo estava no deserto, D'us ordenou que Moshé construísse o Mishkan, um Templo Móvel que acompanhou o povo por quase 40 anos. Quando o povo entrou na Terra de Israel, sob o comando de Yehoshua, o Mishkan ficou montado durante 14 anos em Guilgal, o primeiro acampamento do povo judeu dentro de Israel, enquanto conquistavam e dividiam a terra. Depois disso, o Mishkan foi montado na cidade de Shilo, onde recebeu paredes de pedra, mas ainda tinha coberturas removíveis, e existiu por 369 anos. Finalmente, o Mishkan ainda foi montado provisoriamente por 57 anos nas cidades de Nov e Guivon, até ser oficialmente "aposentado" com a construção do Beit Hamikdash de Jerusalém, por David HaMelech e seu filho Shlomo. O Midrash menciona uma característica especial do Mishkan em Shilo. Normalmente, as carnes dos Korbanót "Kodshei Kalim" (com menos santidade) e o Maasser Sheni (parte da produção que era separada e tinha santidade) deveriam ser consumidas em algum lugar sagrado. Por exemplo, na época do Beit Hamikdash elas somente poderiam ser consumidas dentro das muralhas de Jerusalém. No entanto, o Mishkan Shilo tinha uma característica diferente. Era permitido consumir a carne dos Korbanót "Kodshei Kalim" e o Maasser Sheni em qualquer lugar de onde o Mishkan pudesse ser visto. Por que esta diferença? O Midrash explica que o Mishkan de Shilo foi construído no território de Yossef (representado pelo seu filho Efraim). Da mesma forma que Yossef guardou a santidade dos seus olhos, mantendo-os sempre sagrados, a santidade do Mishkan de Shilo se estendia a todos os lugares onde ele podia ser visto.
 
Muitas pessoas se preocupam muito com os efeitos do "Ain Hará" em nossas vidas. Mas a Torá está nos ensinando uma maneira de nos protegermos dele. Quando cuidamos dos nossos olhos, para que não divaguem e não vejam o que não deve ser visto, então não seremos afetados pelos olhares das outras pessoas também.
 
O controle dos olhos é certamente um dos grandes testes da nossa geração. As novas tecnologias acabam abrindo caminho para que nossas casas sejam invadidas por imagens impróprias, não adequadas com a santidade da nossa alma. Além disso, parece que as pessoas perderam completamente a vergonha de expor seus corpos em público. Portanto, devemos estar ainda mais preparados para os desafios atuais. Isso não se aplica apenas aos homens, mas também às mulheres, que devem cuidar dos olhos para que não vejam nenhuma imagem que contenha impurezas espirituais. Nossos sábios explicam que os olhos são o portão da alma. Que possamos utilizar nossos olhos apenas com santidade, trazendo luz para o mundo inteiro.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

LÁGRIMAS DE ALEGRIA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYIGASH 5784

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MENSAGEM DA PARASHÁ VAYIGASH

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYIGASH
  • Yehudá enfrenta o "vice-rei".
  • Yossef manda todos saírem da sala.
  • Yossef se revela.
  • Irmãos de Yossef voltam para casa, para buscar famílias.
  • Yossef manda presentes a Yaacov.
  • A família de Yaacov prepara-se para ir ao Egito.
  • Genealogia dos filhos de Yaacov.
  • O reencontro de Yaacov e Yossef.
  • O encontro de Yaacov e o Faraó.
  • A fome no Egito fica cada vez mais dura.
  • Yossef compra todo o Egito.
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LÁGRIMAS DE ALEGRIA - PARASHÁ VAYIGASH 5784 (22/dez/23)
 
"Um rabino e sua esposa receberam a missão de reabrir uma sinagoga nos arredores do Brooklyn, fechada há algum tempo. Os dois chegaram animados, mas quando viram a sinagoga, ficaram assustados. Ela estava muito mal cuidada, precisando de reforma. Eles chamaram um empreiteiro, verificaram o que precisava ser consertado e estabeleceram o cronograma para terminar as obras de forma a realizar a inauguração na noite de Purim.
 
Faltando cinco dias para Purim, uma tempestade de neve castigou a cidade por dois dias seguidos. O rabino foi à sinagoga e, para o seu desespero, viu que o telhado havia vazado. Uma parte do gesso, bem na frente do Aron Hakodesh, havia caído. Com muita tristeza, ele imaginou que precisaria adiar a inauguração.
 
Ele decidiu voltar para casa caminhando, para pensar em alguma solução. No caminho, passou por um bazar beneficente e decidiu entrar. Lá, encontrou uma bela toalha de mesa marfim, bordada com um trabalho maravilhoso e uma Maguen David no centro. O rabino comprou a toalha e voltou para a sinagoga, esperançoso. O mais incrível foi descobrir que a toalha era exatamente do tamanho necessário para cobrir o buraco no teto.
 
Quando ia pendurar a toalha, o rabino olhou pela janela e viu uma mulher idosa correndo, sem sucesso, para alcançar o ônibus que havia acabado de partir do ponto. Com dó dela, convidou-a para esperar dentro da sinagoga pelo próximo ônibus, já que estava muito frio. Ela aceitou, muito agradecida, sentou-se em um dos bancos e ficou aguardando, enquanto o rabino pendurava a toalha no local onde o gesso havia caído. Quando ele terminou, percebeu que a mulher estava com o rosto pálido e tremendo. Ao questionar se estava tudo bem, ela perguntou:
 
- Onde você conseguiu esta toalha?
 
O rabino contou sobre o bazar beneficente no caminho. Ela então pediu para que ele verificasse se as letras "EBG" estavam bordadas no canto direito da toalha. Para o assombro do rabino, ele viu que de fato as letras estavam lá! A mulher então começou a chorar. Muito emocionada, ela disse:
 
- Fui eu que fiz esta toalha, há 35 anos, na Polônia, antes da guerra começar. Eu e meu marido éramos pessoas abastadas, mas os nazistas tiraram tudo o que nós tínhamos e nos separaram. Depois disso, nunca mais nos vimos!
 
O rabino quis devolver a toalha para sua verdadeira dona, mas ela não aceitou. Ela estava feliz pela toalha estar agora embelezando uma sinagoga. Ela deixou seu endereço e telefone com o rabino, se despediram e ela partiu, levando no coração aquela triste lembrança do passado.
 
Na noite de Purim, a reinauguração foi um grande sucesso e a sinagoga estava lotada. No fim da noite, o rabino e sua esposa cumprimentavam todos na porta da sinagoga e agradeciam pela presença. Mas um senhor idoso continuou sentado em um dos bancos, olhando fixamente para a toalha na parede. Tomando coragem, ele perguntou ao rabino onde ele havia conseguido a toalha. Antes mesmo de o rabino responder, o senhor disse:
 
- Esta toalha é idêntica à que minha esposa havia bordado, há muitos anos, quando ainda morávamos na Polônia...
 
Quando o rabino ouviu aquelas palavras, entendeu que estava diante de um enorme milagre. Rapidamente pediu para que o senhor o acompanhasse, já que tinha uma surpresa. Ele levou aquele senhor para Staten Island, e foi ao encontro da "dona" daquela toalha. Quando se reencontraram, mal podiam acreditar. Foi como se tivessem voltado no tempo. A emoção tomou conta de todos quando eles se abraçaram e choraram durante muito tempo."
 
Após dificuldades, o sucesso vem com uma alegria muito maior. A "Mão Divina" fez uma história de dor e sofrimento terminar com um final feliz.

Nesta semana lemos a Parashá Vayigash (literalmente "E se aproximou"), que traz o desfecho de uma emocionante história que havia sido interrompida de forma abrupta. No final da Parashá da semana passada vimos que Yossef, que era o vice-rei do Egito e ainda não havia sido reconhecido pelos seus irmãos, mandou prender Biniamin. Acusado de roubo, Biniamin seria escravo no Egito para sempre. Era a forma de Yossef testar se seus irmãos haviam se arrependido de tê-lo vendido como escravo. Mas, para os irmãos, que não sabiam que tudo era parte de um plano, parecia um "beco sem saída" e a situação era desesperadora.
 
Yehudá, que era o líder entre os irmãos, sem outra opção, foi confrontar o poderoso vice-rei do Egito. Após falar de forma muito dura, acabou se oferecendo para ficar como escravo no lugar do irmão, principalmente por saber a dor que causaria a seu pai caso Biniamin não voltasse para casa. Ao ver a reação dos irmãos, Yossef não conseguiu mais esconder sua identidade e se revelou, acabando com 22 anos de sofrimentos para toda a família. A história, que parecia uma tragédia iminente, terminou com final feliz.
 
Porém, ainda faltava algo para que a felicidade estivesse completa: o reencontro entre Yossef e seu pai, Yaacov. Assim o versículo descreve este emocionante reencontro: "E ele (Yossef) apareceu diante dele (Yaacov), ele abraçou seu pescoço e chorou excessivamente em seu pescoço" (Bereishis 46:29). Porém, chama a atenção o fato de o versículo estar no singular, e não no plural. Por que não está escrito "Eles abraçaram... e choraram"? Além disso, qual dos dois chorou? Rashi
(França, 1040 - 1105) esclarece que foi Yossef que abraçou Yaacov e chorou, mas Yaacov não abraçou Yossef e nem chorou, pois estava recitando o "Shemá".
 
Mas por que apenas Yaacov estava recitando o Shemá naquele momento? Se era o horário do cumprimento da Mitzvá de recitar o Shemá, por que Yossef não o estava recitando, já que existe o conceito de "Zrizim Makdimim LeMitzvót" (Os ágeis se antecipam para cumprir as Mitzvót), isto é, devemos cumprir cada Mitzvá o mais rápido possível. E se não era o horário de cumprir a Mitzvá, por que Yaacov estava fazendo o Shemá justamente naquele momento, ao invés de deixar para fazer mais tarde, após abraçar o filho?
 
O Rav Yehuda Loew zt"l (Polônia, 1525 - República Checa, 1609), mais conhecido como Maharal de Praga, responde que não era o horário de fazer o Shemá. No entanto, Yaacov sentiu uma gratidão avassaladora ao encontrar seu filho amado, são e salvo, tanto fisicamente quanto espiritualmente. Ele havia sentido muita dor e ansiedade durante os últimos 22 anos, pensando que Yossef estava morto. A alegria que Yaacov experimentou foi uma passagem muito rápida das trevas para uma grande luz, das profundezas da depressão para as alturas do êxtase. Isso aumentou o seu amor por D'us, que lhe havia feito esta grande bondade. Yaacov aproveitou assim a oportunidade para receber novamente o "Ól Malchut Shamaim" (a Realeza e reverência pelo Todo Poderoso), representado pelo Shemá, com ainda maior profundidade e intensidade do que tinha sido capaz de fazer até aquele momento da sua vida. Yaacov canalizou sua grande emoção ao amor e reverência por D'us e recitou, de forma instintiva e com grande emoção, o "Shemá Israel".
 
O Rav Yssocher Frand chama a atenção que, a partir da explicação do Maharal, entendemos que a alegria que Yaacov sentiu foi muito maior do que a alegria que Yossef sentiu. Mas por que esta diferença, se o evento foi o mesmo para os dois? Pois a alegria que vem depois de um grande sofrimento é muito maior do que a alegria que vem "do nada". Apesar de Yossef também ter passado por momentos de muito sofrimento, ele havia alternado a dor com momentos de grandeza e tranquilidade. Naquele momento ele já era, por dois anos, o poderoso vice-rei do Egito. Já Yaacov havia passado os 22 anos imersos na mais profunda tristeza e escuridão. Portanto, por Yaacov ter sofrido muito, ele experimentou uma felicidade maior do que Yossef e foi, portanto, quem recitou o Shemá.
 
O Rav Yitzchak Hutner zt"l (Polônia, 1906 - Israel,1980) questiona o fenômeno de Yossef ter chorado. Por que derramamos "lágrimas de alegria"? Choramos quando estamos tristes, mas também choramos quando estamos felizes. Isto não faz muito sentido! Por que as pessoas choram quando estão felizes? Qual é o significado disso?
 
Choramos no casamento dos nossos filhos. Choramos no nascimento de uma filha. Choramos no Bar Mitzvá do nosso filho. Por que? A resposta é que nos esforçamos tanto para criar os filhos que, quando finalmente chegamos a momentos especiais, como o Bar Mitzvá ou a Chupá, a alegria é imensa. Da mesma forma, quando alguém tem um filho, isso é precedido por meses de dificuldades e preocupações. Lágrimas de alegria são, portanto, o produto ou fruto das dificuldades que as precederam. Isso significa que as dificuldades potencializam a alegria.
 
Os "Portões das Lágrimas", que foram abertas durante o período das dificuldades que conduziram a esta fase feliz, não foram fechadas. Portanto, quando de fato ocorre a alegria, as lágrimas continuam. Os "Portões das Lágrimas" da dor e do sofrimento ainda permaneceram abertas. Já as alegrias que surgem do nada, que não envolvem nenhum tipo de esforço, dificuldade ou sofrimento, normalmente não provocam lágrimas.
 
Explicam os nossos sábios que "De acordo com a dificuldade, assim é a recompensa" (Pirkei Avót 5:23). Quanto mais nos esforçamos para construir algo, maior é a alegria da conquista. Isso também se aplica espiritualmente. Quanto maior a dificuldade de cumprirmos uma Mitzvá, maior a recompensa e a sensação de realização que vamos sentir. Por isso, ao invés de reclamar das dificuldades da vida, devemos olhá-las como potencializadores da nossa alegria. Pois é justamente através das dificuldades que a grande luz surgirá no final. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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