BS”D
SHABAT SHALOM MAIL – PARASHÁ KI TAVÔ 5771 (16
de setembro de 2011)
O Rav Shlomo Kluger, que viveu há cerca de 150 anos, era um dos maiores
rabinos de sua geração. Certa vez ele foi honrado com um convite para ser o
Sandak (pessoa que segura o bebê) em um Brit-Milá, e chegou na casa da família exatamente
no horário marcado. Normalmente é comum que haja certo atraso no início do
Brit-Milá, algumas vezes porque o Mohel está vindo de outro Brit-Milá e se
atrasa, outras vezes porque a mãe e o bebê ainda não estão prontos. Mas daquela
vez o atraso estava exagerado e o Rav Kluger, cansado de esperar tanto, decidiu
perguntar para um dos familiares o que estava acontecendo.
O familiar explicou, com muita tristeza, que em um dos quartos daquela
casa estava o pai do bebê. Ele estava com uma doença gravíssima, em estágio
terminal, e havia sido completamente desenganado pelos médicos. Naquela manhã
ele havia acordado muito mal e já estava agonizando. Como o costume Ashkenazi é
não dar o nome de um pai que está vivo para o seu filho, a família estava
atrasando o começo do Brit-Milá para esperar o falecimento do rapaz e assim
poder dar ao bebê o nome do pai.
Quando o Rav Shlomo Kluger escutou o comportamento estranho da família,
ordenou ao Mohel que fizesse o Brit-Milá imediatamente. Após o Brit-Milá, o Rav
Kluger entrou pessoalmente no quarto do doente para desejar-lhe “Mazal Tov” e,
sob o olhar de dúvida de todos os presentes, explicou:
- Sei que vocês estão estranhando porque eu quis começar o Brit-Milá
imediatamente. A verdade é que eu não tenho força para trazer o anjo da cura
especificamente para curar este doente. Mas durante a cerimônia do Brit-Milá, D’us
manda um anjo, que fica ao lado direito do Mohel, para curar o bebê. Então, no
momento que o anjo já estava presente, eu rezei para D’us e pedi para que o
anjo entrasse também neste quarto e curasse o doente.
Para a surpresa de todos, depois de três dias o pai do bebê estava
saudável, caminhando com suas próprias pernas para a sinagoga. Esta é a força de uma Tefilá (reza). (História
Real)
********************************************
Nesta semana lemos a Parashá Ki Tavô, que foca principalmente em dois
assuntos: a Mitzvá de Bikurim, a oferenda das primícias da terra de Israel; e
as Brachót (bençãos) e Klalót (maldições) que podem recair sobre o povo judeu,
durante toda a história, de acordo com o nosso comportamento em relação ao
cumprimento das leis da Torá. Quando o povo judeu anda nos caminhos da Torá,
recebe muita Brachá e fartura. Já quando nos desviamos e abandonamos as
Mitzvót, as várias Klalót descritas na Parashá recaem sobre nós, como um tapa
de um pai que quer que seu filho rebelde volte aos caminhos corretos
A Mitzvá de Bikurim tinha como uma das principais funções ajudar as
pessoas a desenvolver a característica de “Hakarat Hatóv” (reconhecer as
bondades recebidas). Por isso, para cumprir a Mitzvá não era suficiente apenas
levar as primícias das frutas como oferenda ao Cohen no Beit-Hamikdash (Templo
Sagrado), era necessário pronunciar uma declaração de agradecimento, que
incluía as bondades de D’us desde a época em que éramos escravos no Egito e
fomos salvos, com mão forte e braço estendido, como está escrito: “Os egípcios
nos maltrataram e nos afligiram, e colocaram um trabalho duro sobre nós. Então
nós gritamos para Hashem, D’us dos nossos antepassados, e D’us escutou nossa
voz e viu a nossa aflição, nosso sofrimento e nossa opressão” (Devarim 26:5).
Desta declaração ficam duas perguntas: por que está escrito “gritaram”
para D’us e não “rezaram”, já que certamente esta é a verdadeira intenção do
termo “gritaram para D’us”? E, além disso, aparentemente a voz dos judeus foi escutada
imediatamente após o pedido. Mas vemos, no nosso dia-a-dia, que nem sempre
nossas rezas são atendidas imediatamente. Por que neste caso foi diferente e
eles foram escutados imediatamente?
Para responder a estas perguntas precisamos voltar ao livro de Shemot,
que nos detalha como foi a época de escravidão do povo judeu no Egito, para
entender historicamente o que estava acontecendo neste momento. Os judeus
estavam sob um intenso jugo egípcio, com sofrimentos inimagináveis. Castigos
físicos, humilhações diárias, bebês sendo atirados vivos no Rio Nilo ou sendo utilizados
como tijolos nas construções. Então a Torá diz que houve
uma troca de governante, como está escrito: “E eis que, durante estes muitos
dias, morreu o rei do Egito, e suspiraram os Filhos de Israel por causa do
trabalho. Então eles gritaram por causa do trabalho, e subiram seus prantos
para D’us. E D’us escutou suas lamúrias...” (Shemot 2:23,24). A Torá nos
revela, portanto, que este grito descrito na declaração dos Bikurim ocorreu
justamente após a troca entre dois faraós. Por que?
Explica o Rabino Israel Meir HaCohen, mais conhecido como Chafetz Chaim,
que na verdade existem dois tipos de reza: a Tefilá normal e a Tzaaká (grito).
O versículo que contém a declaração dos Bikurim nos ensina que os judeus não
apenas rezaram para D’us, e sim gritaram para Ele com todas as suas forças. Por
que justamente depois da morte do Faraó? Pois os judeus acreditavam que todos
os seus sofrimentos eram consequência da maldade do coração Faraó e tinham
certeza de que as dificuldades acabariam após a sua morte. Mas o Faraó morreu e
novo rei do Egito que assumiu se mostrou tão sanguinário e violento quanto seu
antecessor, jogando um verdadeiro balde de água fria na cabeça dos judeus. Eles
entenderam que não podiam se apoiar na salvação através de motivos “naturais”,
e então gritaram para D’us, colocando toda a sua Emuná (fé) em Sua salvação.
Explica ainda o Chafetz Chaim que todas as nossas Tefilót são escutadas
por D’us, mas muitas são respondidas depois de dias, meses ou até mesmo anos.
Já as Tzaakót são respondidas imediatamente. Foi por isso que os judeus, no
momento em que gritaram para D’us, foram escutados. E é por isso que, diante de
dificuldades e sofrimentos, devemos direcionar nossos corações diretamente para
D’us e gritar por Sua ajuda, sem esperar a salvação de nenhum outro lugar.
O Chafetz Chaim nos ensina outras
“dicas” espirituais para que as nossas Tefilót sejam aceitas e respondidas
rapidamente por D’us. Por exemplo, sempre que queremos pedir algo para nós
mesmos ou para outros, não devemos pedir para uma pessoa de forma isolada e sim
incluir o pedido dentre todos os necessitados do povo judeu. Por exemplo,
sempre que rezamos pela cura de alguém devemos mencionar “Que D’us mande a cura
para esta pessoa dentre todos os doentes do povo judeu”. Também quando
consolamos um enlutado dizemos “Que D’us possa trazer consolo para você junto
com todos os enlutados de Tzion e Yerushalaim”. Por que? Pois os méritos do
povo são maiores do que o mérito individual de cada um. Além disso, ao
vencermos o nosso egoísmo e nos preocuparmos com as outras pessoas necessitadas
do povo, despertamos a misericórdia de D’us.
Outra “dica” é sempre fazer pedidos depois de ter cumprido uma Mitzvá. É
muito comum que as mulheres façam pedidos pelos filhos logo após o acendimento
das velas de Shabat. Além disso, logo depois do Birkat Hamazon (reza que
fazemos após comer pão) costumamos rezar um trecho chamado “Harachamam”, no
qual pedimos Brachá para nossa casa e para nossa família. Nossos sábios tiveram
o cuidado de inserir esta Brachá apenas depois de cumprimos a Mitzvá de rezar o
Birkat Hamazon, para que nossos pedidos tenham mais efeito.
Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico, está se aproximando. Completamente
diferente do “Reveillon”, Rosh Hashaná é um dia de introspecção, no qual nos
questionamos sobre nossa conexão com D’us e nossa conduta em relação ao
cumprimento das Mitzvót, e fazemos planos para o próximo ano. Em Rosh Hashaná
tudo é decidido. Quem vai viver e quem vai deixar este mundo. Quem terá saúde e
quem ficará doente. Quem terá tranqüilidade e quem terá problemas. Quem terá um
bom sustento e quem terá dificuldades. Quem será honrado e quem será
envergonhado. Toda a humanidade passa diante de D’us, como um rebanho de
ovelhas, e todos os nossos atos são julgados. Como fazer para meritar e sair
vitorioso neste julgamento? Ensinam os nossos sábios: “3 coisas podem mudar um
mau decreto: Teshuvá (arrependimento sincero pelos nossos erros e o comprometimento
de não voltar a errar), Tefilá e Tzedaká (caridade)”. É nossa vida e a vida de
nossas famílias que está em jogo em Rosh Hashaná e, portanto, devemos gritar
para D’us e pedir para que Ele nos mande um ano bom, cheio de Brachót.
Mais uma vez o anti-semitismo aflora pelo mundo. Invasões e ataques nos
consulados de Israel em diversos países árabes. A mídia novamente atacando
Israel de forma vergonhosa. Nas “cartas do leitor” dos jornais, uma enxurrada
de comentários anti-semitas de pessoas que não tem nenhuma vergonha ou medo de
expressar seu ódio pelo povo judeu. E o que nós fazemos? Esperamos o apoio dos
EUA, nosso maior aliado político. Mas certamente não é de lá que vem a
salvação. A situação geopolítica muda de maneira muito rápida. Aliados viram as
costas em pouco tempo. Não temos que nos apoiar em pessoas ou governos aliados.
Temos que nos apoiar em D’us, gritar para que Ele nos salve e nos dê
tranqüilidade. Para que terminem as desgraças que vêm assolando o mundo. Para
que não escutemos mais notícias de mortes precoces e doenças. É Nele que
devemos confiar, e para Ele devemos voltar nossos olhos. Pois somente quando
fizermos a nossa Tzaaká, direcionando toda a nossa força e a nossa Emuná para
D’us, é que veremos nossos pedidos sendo imediatamente escutados.
“Sheticatev Vetechatem
Bessefer Chaim Tovim” (Que sejamos inscritos e selados no Livro da Vida).
SHABAT SHALOM
R’ Efraim Birbojm
**************************************************************************
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:
São Paulo: 17h42 Rio de Janeiro: 17h27 Belo Horizonte: 17h32 Jerusalém: 18h05
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:
São Paulo: 17h42 Rio de Janeiro: 17h27 Belo Horizonte: 17h32 Jerusalém: 18h05
**************************************************************************
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Ester bat Libi, Frade (Fanny) bat Chava, Chana bat Rachel, Léa bat Chana; Pessach ben Sima, Eliashiv ben Tzivia; Israel Itzchak ben Sima; Eliahu ben Sara Chava; Avraham David ben Reizel; Yechezkel ben Sarit Sara Chaya; Sara Beila bat Tzvia; Estela bat Arlete; Ester bat Feige; Moshe Yehuda ben Sheva Ruchel; Esther Damaris bat Sara Maria; Yair Chaim ben Chana; Dalia bat Ester; Ghita Leia Bat Miriam; Chaim David ben Messodi; David ben Beila; Léia bat Shandla; Dobe Elke bat Rivka Lie; Avraham ben Linda; Tzvi ben Liba; Chaim Verahamin ben Margarete; Rivka bat Brucha; Esther bat Miriam, Sara Adel bat Miriam, Mordechai Ghershon Ben Malia Rachel, Pinchas Ben Chaia, Yitzchak Yoel Hacohen Ben Rivka, Yitzchak Yaacov Ben Chaia Devora, Avraham Ben Dinah, Avraham David Hacohen Ben Rivka, Bracha Chaya Ides Bat Sarah Rivka, Tzipora Bat Shoshana, Levona Bat Yona e Havivah Bat Basia, Daniel Chaim ben Tzofia Bracha, Chana Miriam bat Chana, Yael Melilla bat Ginete, Bela bat Sima; Israel ben Zahava; Nissim ben Elis Shoshana; Avraham ben Margarita; Sharon Bat Chana; Rachel bat Nechama, Yehuda ben Ita, Latife bat Renee, Avraham bem Sime, Clarisse Chaia bat Nasha Blima, Tzvi Mendel ben Ester, Marcos Mordechai Itschak ben Habibe, Yacov Eliezer ben Sara Masha, Yossef Gershon ben Taube, Manha Milma bat Ita Prinzac, Rachel bat Luna, Chaim Shmuel ben Sara, Moshe Avraham Tzvi ben Ahuva, Avraham ben Ahuva, Miriam bat Yehudit, Alexander Baruch ben Guita, Shmuel ben Nechama Diná, Avracham Moshe ben Miriam Tobá, Guershon Arie ben Dvora, Mazal bat Miriam, Yadah ben Zarife, Shmuel Ben Chava, Mordechai ben Malka, Shmuel ben Chava, Chaim Dov Rafael ben Esther, Menachem ben Feigue, Shmuel ben Liva, Hechiel Hershl ben Esther, Shlomo ben Chana Rivka, Natan ben Sheina Dina, Mordechai Ghershon ben Malia Rochel, Benyomin ben Perl, Ytzchok Yoel haCohen ben Rivka, Sarah Malka ben Rivka, Malka bat Toibe, Chana Miriam bat Sarah, Feigue bat Guitel, Gutel bat Slodk, Esther bat Chaia Sara, Michael ben Tzivia, Ester bat Lhuba, Brane bat Reize, Chaya Rivka Bat Miriam Reizl, Frida bat Fany, Eliahu ben Haia Dobe Elke .
--------------------------------------------
Este E-mail é
dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô, Ben
Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L, que lutou toda sua vida para manter acesa a
luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possa ter
um merecido descanso eterno.
Este E-mail é
dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós,
Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos
inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas
como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso
eterno.
Este E-mail é
dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia,
Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é
dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Avraham ben Ytzchak, Joyce bat
Ivonne, Feiga bat Guedalia, Chana bat Dov, Kalo (Korin) bat Sinyoru (Eugeni),
Leica bat Rivka, Guershon Yossef ben Pinchas; Dovid ben Eliezer, Reizel bat
Beile Zelde, Yossef ben Levi, Eliezer ben Mendel, Menachem Mendel ben Myriam,
Ytzhak ben Avraham, Mordechai ben Schmuel, Feigue bat Ida, Sara bat Rachel,
Perla bat Chana, Moshé (Maurício) ben Leon, Reizel bat Chaya Sarah Breindl;
Hylel ben Shmuel; David ben Bentzion Dov, Yacov ben Dvora; Moussa ben Eliahou
HaCohen, Naum ben Tube (Tereza); Naum ben Usher Zelig; Laia bat Morkdka Nuchym;
Rachel bat Lulu; Yaacov ben Zequie; Moshe Chaim ben Linda; Mordechai ben
Avraham; Chaim ben Rachel; Beila bat Yacov; Itzchak ben Abe; Eliezer ben Arieh;
Yaacov ben Sara, Mazal bat Dvóra, Pinchas Ben Chaia, Messoda (Mercedes) bat
Orovida, Avraham ben Simchá, Bela bat Moshe, Moshe Leib ben Isser, Miriam bat
Tzvi, Moises ben Victoria, Adela bat Estrella, Avraham Alberto ben Adela,
Judith bat Miriam, Sara bat Efraim, Shirley bat Adolpho, Hunne ben Chaim,
Zacharia ben Ytzchak, Aharon bem Chaim, Taube bat Avraham, Yaacok Yehuda ben
Schepsl, Dvoire bat Moshé, Shalom ben Messod, Yossef Chaim ben Avraham, Tzvi
ben Baruch, Gitl bat Abraham, Akiva ben Mordechai, Refael Mordechai ben Leon
(Yehudá), Moshe ben Arie, Chaike bat Itzhak, Viki bat Moshe, Dvora bat Moshé,
Chaya Perl bat Ethel, Beila Masha bat Moshe Ela, Sheitl bas Iudl, Boruch Zindel
ben Herchel Tzvi, Moshe Ela ben Avraham, Chaia Sara bat Avraham, Ester bat
Baruch, Baruch ben Tzvi, Renée bat Itzchak, Menia bat Toube, Avraham ben Yossef, Zelda bat Mechel, Pinchas Elyahu
ben Yaakov.
--------------------------------------------
Para inscrever ou
retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat
(elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas
sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
(Observação: para
Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser
enviado o nome do pai).