| | MENSAGEM DA PARASHÁ BEHAR | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ BEHAR - Shmitá (O Ano Sabático).
- Yovel (Jubileu) e o toque do Shofar em Yom Kipur.
- Proibição de causar sofrimento (Onaát Mamon e Onaat Devarim).
- Venda e Resgate da terra em Israel.
- Casas em cidades muradas.
- Casas nas Cidades dos Leviim.
- Ajuda aos necessitados.
- Leis dos escravos.
- Resgate dos escravos que estão nas mãos de Goim.
| | | ADIVINHA QUEM ESTÁ NO COMANDO? - PARASHÁ BEHAR 5782 (20/Mai/22) Em um voo de New York para Miami, um rabino queria levar um Sefer Torá que seria usado nas Grandes Festas. Como é de se imaginar, viajar carregando um Sefer Torá é, por um lado, uma grande honra, mas também uma imensa responsabilidade. Na véspera do voo, o rabino tentou ligar para a companhia aérea, pois queria ter certeza de que eles permitiriam transportar o Sefer Torá dentro do avião, sem precisar despachá-lo como se fosse uma bagagem, pois junto com as outras malas a devida honra do Sefer Torá não estaria sob seu controle. Depois de esperar por quase uma hora na linha, não conseguiu falar com nenhum responsável. Ele decidiu que iria descobrir isso no próprio aeroporto na manhã seguinte. Na pior das hipóteses, um amigo o acompanharia até o aeroporto e levaria a Torá de volta caso a companhia aérea não permitisse o embarque com o Sefer Torá. Quando o rabino chegou ao aeroporto e fez o Check-in no celular, ele recebeu uma notificação, perguntando se gostaria de fazer um upgrade para a área "Comfort" do avião. Ele nunca havia recebido um upgrade antes e prontamente aceitou. E, de fato, logo seu assento foi alterado, de 26B para 11C, na área "Comfort". - Será que é por causa do Sefer Torá? - pensou o rabino, um pouco assustado com a "coincidência". Com o cartão de embarque na tela do celular, o rabino foi direto para a segurança, esperando que ninguém causasse nenhum problema com aquele enorme Sefer Torá. E assim aconteceu, ele passou sem absolutamente nenhum comentário dos seguranças, apenas uma rápida verificação no Raio-X. Logo o rabino estava se encaminhando ao portão de embarque. Naquele momento, só faltava mostrar o cartão de embarque, passar pelo funcionário que controlava o embarque e entrar no avião. Como o rabino estava sentado na área "Comfort", ele pôde fazer o embarque prioritário. Quando estava segurando o celular para que o código de barras fosse escaneado, ele percebeu que repentinamente o código de barras havia desaparecido! Um pouco nervoso, ele perguntou para a aeromoça o que havia acontecido. Ela também não sabia, mas informou que seria necessário reemitir o cartão de embarque. Quando o cartão foi reemitido, para a surpresa do rabino, um novo assento havia sido selecionado: 1B, na Primeira Classe, o primeiro assento do avião! Era o segundo upgrade, no mesmo voo, para uma pessoa que nunca havia recebido nenhum upgrade antes na vida. Naquele momento já não havia mais dúvidas, era óbvio: não era o rabino, era o Sefer Torá. O rabino então entendeu as duas mensagens Divinas. Em primeiro lugar, a Torá deve sempre viajar de Primeira Classe. Além disso, D'us controla cada pequeno detalhe das nossas vidas, até mesmo o lugar onde vamos viajar no avião. | | Nesta semana lemos a Parashá Behar (literalmente "Na montanha"), que traz algumas Mitzvót importantes, como a Shemitá (Ano Sabático), o Yovel (Jubileu), a proibição de causar sofrimentos ao próximo nas questões monetárias, a venda de terras em Eretz Israel e o escravo judeu. A Parashá começa com a enigmática Mitzvá de Shemitá, a obrigação do povo judeu de descansar suas terras a cada 7 anos. O descanso inclui a proibição de arar, semear, irrigar e outras atividades relacionadas com a agricultura, além da proibição de ter proveito financeiro de qualquer fruto do campo. À primeira vista, a Mitzvá de Shemitá parece ser uma restrição severa demais. Os judeus estavam sendo informados por Moshé que eles não poderiam trabalhar seus campos por um ano inteiro. Era uma época em que o principal sustento do povo vinha justamente do trabalho na terra. Além disso, o produto crescido na terra naquele ano não pertenceria por direito a nenhum indivíduo, pois todas as terras e seus produtos deveriam ser considerados "Hefker" (livres, sem dono), não sendo propriedade oficial de ninguém além de D'us. Mas qual é a motivação que está por trás desta enigmática Mitzvá? Além disso, por que está relacionada especificamente com o sétimo ano? E, finalmente, como os judeus se sustentariam durante o ano de Shemitá? Explica o Rav Mordechai Katz que a chave para a resposta de todos estes questionamentos está no significado do número sete. Este número aparece na vida judaica com grande frequência. Por exemplo, o Faraó sonhou com sete vacas gordas e sete vacas magras. Yehoshua circundou as muralhas da cidade de Yerichó sete vezes antes de conquistá-la. Vários sacrifícios exigiam que o Cohen mergulhasse o dedo no sangue e aspergisse sete vezes. O noivo e a noiva comemoram seu casamento com sete bênçãos ("Sheva Berochót"), e o enlutado se abstém de atividades públicas por sete dias, quando permanece em casa, um período conhecido como "Shivá". Porém, talvez o principal exemplo da importância do número sete no judaísmo é o Shabat, que ocorre no sétimo dia da semana. Isso é baseado no fato de D'us ter criado o mundo em seis dias e ter "descansado" no sétimo dia. Em reconhecimento que Ele é o Criador do mundo e tem controle sobre todas as áreas, nós descansamos no sétimo dia, isto é, deixamos de fazer atividades criativas. Isso nos relembra que nossas almas são de natureza espiritual e que nosso objetivo é retornar ao nosso estado original de descanso espiritual. A Shemitá, o descanso do sétimo ano, tem uma natureza semelhante. Permitimos que a terra descanse e permaneça em repouso no sétimo ano como um reconhecimento de que todas as nossas posses materiais, como terras, casas, dinheiro e até mesmo nossa própria liberdade pessoal, todos estão, em última instância, sob o controle de D'us. Nunca devemos nos deixar iludir e pensar que realmente possuímos algo e que temos controle total sobre nossas vidas. Afinal, não levaremos nada conosco quando partirmos deste mundo. Tudo o que possuímos nos é dado como uma posse temporária, para utilizarmos ao máximo para o bem. Nos é confiado dinheiro, mas apenas como um empréstimo, e devemos utilizá-lo para cumprir Mitzvót, manter a Torá e ajudar os pobres. Nos é permitido adquirirmos terras, mas é apenas uma propriedade passageira, e devemos dividir nossas colheitas com os necessitados. Se nos esquecermos de que somos apenas guardiões temporários das nossas posses, no final acabaremos esquecendo a Onipotência de D'us. O ano de Shemitá, durante o qual renunciamos à nossa propriedade sobre a terra, é uma garantia de que nos lembremos constantemente disso. Esta lição é repetida diversas vezes na nossa Parashá. Quando falamos sobre a venda de terras em Israel, na verdade trata-se de uma venda temporária, pois no ano do Yovel as terras voltam aos seus donos originais, como está escrito: "A terra não deve ser vendida de forma definitiva, pois a terra é Minha" (Vayikrá 25:23). Além disso, os escravos judeus comprados também deveriam ser libertados após 6 anos de trabalho ou quando chegava o ano do Yovel. Era novamente o ensinamento de que nenhuma posse do mundo material é definitiva, tudo é passageiro. Mas o que a pessoa deve fazer durante este ano de Shemitá? Se ela não tem a posse do seu campo e dos produtos que crescem dele, como fará para viver? De onde virá o seu sustento? No ano de Shemitá o ser humano chega à conclusão de que seu sustento precisa vir da única fonte de onde todo o sustento realmente vem: de D'us. O crescimento das colheitas durante os seis anos também foram consequência da bondade de D'us. A Torá garante que, se a pessoa merecer, a produção do sexto ano será tão farta que será suficiente para alimentá-lo também no sétimo e no oitavo anos. A Emuná da pessoa, sua confiança plena em D'us, lhe dará a paz de espírito para saber que a ajuda chegará. Alguém que realmente acredita no controle de D'us sobre o mundo não terá dificuldade em acreditar na habilidade Dele de lhe fornecer sustento. Explicam nossos sábios que o mundo inteiro é sustentado pela benevolência de D'us. Infelizmente, nem todos desenvolvem este senso de Emuná. Nossa falta de Emuná pode ser comparada a um homem rico que pediu a certo rabino que verificasse se sua vaca havia sido abatida da forma correta. O rabino verificou e aprovou o abate, e o homem rico confiou na autoridade do rabino para consumir a carne daquele animal. Algum tempo depois, o mesmo rabino visitou aquele homem para pedir-lhe uma Tzedaká para uma viúva com três crianças que precisavam de dinheiro para continuar vivendo. O homem, apesar de ter muito dinheiro, acabou não ajudando nada. Ele confidenciou a um amigo que não havia ajudado pois não tinha certeza se a história do rabino era realmente verdadeira. O amigo disse com tristeza: "Você confiou nas palavras dele quando ele disse que a carne era kasher, mas você tem dúvida quando ele pede ajuda aos pobres? Afinal, você confia nele ou não confia?". Da mesma forma, nós também não podemos ser hipócritas. Não podemos dizer que acreditamos que D'us criou e controla todo o mundo e, ao mesmo tempo, duvidar que Ele nos ajudará a termos sustento se merecermos. Aquele que tem Emuná em D'us deve demonstrá-la em todos os momentos, em especial quando somos testados. Nenhum homem levanta um dedo aqui embaixo sem uma proclamação prévia vinda lá de cima, como nos ensina David HaMelech: "Os passos do homem são direcionados por D'us" (Tehilim 37:23). Se tivermos esta confiança, viveremos mais tranquilos, sem questionamentos e angústias, pois saberemos que o Dono de tudo está cuidado de nós a cada instante, e nos mandando sempre o melhor. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |