sexta-feira, 31 de maio de 2019

ENXERGANDO A SUPERVISÃO DIVINA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT BECHUKOTAI 5779

BS"D
O E-mail desta semana foi oferecido em elevação da alma do meu querido avô

Meir ben Eliezer Baruch z"l


Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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ENXERGANDO A SUPERVISÃO DIVINA - PARASHAT BECHUKOTAI 5779 (31 de maio de 2019)

 
"Um rico carpinteiro, chamado Avraham, vivia em Jerusalém. Certa noite, um ladrão entrou em sua casa e roubou uma grande quantidade de moedas de ouro. O ladrão pegou as moedas e fugiu para Ein Gedi. Porém, por causa do forte calor naquele dia, ele se desidratou, desmaiou e acabou morrendo.
 
Um jovem chamado Efraim, que por acaso estava naquela região, encontrou o corpo. Depois de dar um enterro digno àquele indigente, ele pegou as moedas de ouro. Pouco tempo depois, Efraim soube que seu pai estava doente. Ele foi visitá-lo em sua cidade natal e escondeu as moedas de ouro em uma árvore oca no quintal. Alguns dias depois, o pai de Efraim infelizmente faleceu. Durante a semana de Shivá (sete dias iniciais de luto), uma tempestade atingiu a região, arrancando muitas árvores, incluindo a árvore oca com as moedas escondidas.
 
Um homem chamado Yssachar encontrou a árvore e levou-a com ele quando foi para Jerusalém. Lá, ele a vendeu para ninguém menos que Avraham, o rico carpinteiro. Enquanto cortava a árvore para transformá-la em um lindo móvel, Avraham encontrou as moedas e as reconheceu como sendo as que haviam sido roubadas dele.
 
Nesse meio tempo, Efraim chegou a Jerusalém procurando trabalho. Eventualmente, ele encontrou um emprego como aprendiz de carpinteiro com ninguém menos que Avraham. Um dia, durante uma pausa no trabalho, Avraham contou a Efraim a história das moedas e de como elas haviam sido roubadas e depois voltado para ele dentro da árvore oca. Efraim contou que havia sido ele quem as escondeu na árvore. Avraham quis imediatamente recompensá-lo, mas Efraim se recusou a aceitar. Avraham então bolou um plano. Ele pediu à esposa que fizesse um pão e escondesse algumas moedas de ouro dentro. Quando Efraim partiu para as férias, Avraham deu-lhe o pão para que levasse na viagem.
 
Porém, no caminho de casa, Efraim foi parado por um guarda de fronteira. Ao revistar seus pertences, encontrou o pão e perguntou se poderia comprá-lo. Efraim vendeu-lhe o pão, sem saber que as moedas estavam ali dentro. O guarda da fronteira então pegou o pão e foi para Jerusalém, para dá-lo de presente no casamento do filho de ninguém menos que Avraham, o rico carpinteiro. Efraim finalmente retornou a Jerusalém e Avraham ofereceu-lhe sua filha em casamento".
 
Esta incrível história foi contada pelo Ben Ish Chai
(Iraque, 1832 - 1909), como um exemplo de como funciona a nossa vida. Se conseguirmos seguir a trama, do começo ao fim, encontraremos uma enorme quantidade de Supervisão Divina.

Um dos principais pilares da filosofia judaica é o entendimento de que tudo é controlado por D'us, em cada pequeno detalhe. Além disso, tudo o que vem de D'us é sempre para o bem, pois o único propósito da criação do mundo foi D'us exercer a Sua bondade infinita. Isto pode ser percebido quando observamos a perfeição e a beleza do mundo que Ele criou. Porém, quando lemos a Parashat desta semana, Bechukotai (literalmente "Nos Meus estatutos"), surge um enorme questionamento. A Parashat começa trazendo uma lista de Brachót que recaem sobre o povo judeu quando escutamos os ensinamentos de D'us e estamos conectados às Suas leis. Porém, logo depois, a Parashat se alonga em uma enorme lista de punições que recaem sobre o povo judeu quando deixarmos de escutar D'us e cumprir Seus mandamentos. São advertências muito duras, que algumas vezes já se cumpriram durante a nossa história e nos deixaram marcas muito profundas e doloridas.
 
Por exemplo, um dos castigos previstos na Parashat é a desolação da Terra de Israel, como está escrito: "Eu tornarei a terra tão desolada que até seus inimigos que moram lá se surprenderão. E Eu espalharei vocês entre as nações" (Vayikrá 26: 32,33). Como podemos entender que isso é algo bom?
 
Além disso, mesmo que possamos entender que o povo judeu mereça um castigo por seu mau comportamento, aparentemente este versículo está nos ensinando que a terra também será castigada. Por que D'us transforma a Terra de Israel, que é extremamente fértil, em um deserto desolado enquanto o povo judeu está exilado e espalhado entre as nações do mundo?
 
Quando uma pessoa comete um erro contra seu companheiro, a pessoa prejudicada fará de tudo para se vingar e retribuir, se possível na mesma moeda. Esta vingança muitas vezes se tornará o objetivo de sua vida e, enquanto não cumprí-la, a pessoa não terá descanso. Quando finalmente a pessoa consegue colocar em prática sua vingança, ela se alegra com o sofrimento que consegue inflingir àquele que inicialmente fez mal a ela. Quando lemos a Parashat Bechukotai, é esta a impressão que aparentemente nos transmitem as advertências que D'us está nos dando. Parece que Ele está nos avisando de uma possível vingança, que nos causará sofrimento na mesma medida em que causamos sofrimentos a Ele com nossos maus atos.
 
Porém, este é um entendimento completamente equivocado da bondade e da perfeição de D'us. As ações de D'us nunca são atos de vingança pelos erros que cometemos contra Ele. D'us não procura se afastar de nós, embora nós demonstremos, com os nossos maus atos, que desejamos nos afastar Dele. D'us é nosso Pai e age apenas por amor infinito. Por isso, como um pai que ama seu filho e quer o melhor para ele, mesmo quando D'us nos manda castigos, é para nos mostrar os erros que cometemos e nos ajudar a corrigí-los. Quando nos desviamos dos trilhos, colocando em risco a realização dos nossos objetivos, D'us então nos castiga, mas com o único intuito de nos trazer de volta, para que possamos cumprir a nossa missão neste mundo. Portanto, os castigos de D'us são uma demonstração de amor, um ato de bondade e preocupação de um Pai infinitamente misericordioso com Seus filhos, mesmo que muitas vezes eles se comportem com rebeldia.
 
Uma das provas de que mesmo os castigos de D'us estão completamente envolvidos em bondade e misericórdia está justamente nas palavras "Eu tornarei a terra desolada". Na realidade, este castigo é uma enorme Brachá que D'us está dando ao povo judeu, pois foi justamente a desolação da terra que desencorajou qualquer outra nação de habitá-la enquanto estávamos espalhados em outras terras, entre as nações do mundo. O que parecia inicialmente um castigo de vingança revelou-se um ato de bondade, necessário para o nosso eventual retorno à Terra de Israel, uma proteção da nossa terra para que os nossos inimigos não a desejassem.
 
De acordo com o Ramban (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270), este versículo trata-se, portanto, de palavras de consolo. É uma garantia ao povo judeu de que, mesmo quando estivermos no exílio, a Terra de Israel estará guardada e não será hospedável a outros povos que procurarem se estabelecer por lá. Isto sempre foi, durante toda a nossa história, uma das maiores provas da Providência Divina, já que a Terra de Israel é extremamente boa e fértil e, mesmo assim, ela realmente ficou desolada por séculos. Pelos últimos dois mil anos, a Terra de Israel, descrita na Torá como sendo a terra onde flui o leite e o mel, onde há fartura de frutas como tâmaras, romãs e figos, ficou sob o domínio de outros povos, como os romanos, os persas, os turcos e os ingleses. O que ela se tornou? Um local árido e deserto. Como D'us já havia profetizado na Torá, nenhuma grande comunidade floresceu na Terra de Israel durante nossa ausência e nenhuma cidade prosperou.
 
Imagine se os índios americanos, que foram expulsos de suas terras, tentassem reaver, por exemplo, a Ilha de Manhattan. Se eles quisessem comprá-la de volta, alguém aceitaria? Obviamente que não. Simplesmente a Ilha de Manhattan não tem preço. O mesmo teria acontecido se as civilizações que passaram pela Terra de Israel tivessem conseguido desenvolvê-la nos últimos dois milênios. Se no século 20 existissem em Israel grandes cidades, desenvolvidas e florescendo, não teria sido possível para o povo judeu recuperar sua terra. Foi somente através da Brachá de "Eu tornarei a terra tão desolada que até seus inimigos que moram lá ficarão surpresos" que nos foi possível recuperar a nossa terra e voltar para casa.
 
Há outra reflexão que nos leva a enxergar a incrível Providência Divina que ocorre na Terra de Israel. Como acontece a distribuição das reservas de petróleo no Oriente Médio? Além da Arábia Saudita, que é muito rica em petróleo, também os outros países árabes, como Iraque, Kuwait, Catar e até o Egito, têm a sua produção. Porém, da Terra de Israel não podemos espremer uma gota sequer de petróleo. Por que D'us fez isto? Pois se a Terra de Israel fosse rica em petróleo, não teríamos sido capazes de recuperá-la nunca mais. O que parecia algo extremamente negativo se tornou a nossa salvação. Isto significa que mais uma vez a Brachá da desolação preservou a terra para o povo judeu. Se abrirmos nossos olhos, veremos claramente a Providência Divina, como D'us guiou, e continua guiando, todo o povo judeu com muita bondade.
 
Esta lição pode ser trazida também para as nossas vidas. Muitas vezes as coisas não saem como planejávamos, outras vezes passamos por difículdades que não estávamos esperando. Neste momento, devemos parar e nos perguntar: "O que D'us está me ensinando?". As dificuldades que surgem em nossas vidas diárias não são problemas, e sim oportunidades de crescimento. Se olharmos para elas desta maneira, seremos capazes de ver a Mão de D'us em nossas vidas. Os atos de D'us nem sempre são compreendidos imediatamente, mas podemos ter a tranquilidade de saber que eles são sempre para o bem. Dentre de cada dificuldade há muita bondade e misericórdia escondidas. Portanto, se não há petróleo em sua terra, não se desespere. É D'us cuidando para que você tenha o melhor que precisa para sua vida.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT BECHUKOTAI 5779:

São Paulo: 17h08  Rio de Janeiro: 16h56  Belo Horizonte: 17h04  Jerusalém: 19h04
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Chana Mirel bat Feigue, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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