quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

NÃO ESQUEÇA DE OLHAR PARA BAIXO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT ITRÓ 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
   
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT

PARASHAT ITRÓ 5780:

São Paulo: 18h27                   Rio de Janeiro: 18h13 
Belo Horizonte: 18h11                  Jerusalém: 16h49
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ASSUNTOS DA PARASHAT ITRÓ
 
- Yitró escuta e vem se juntar ao povo judeu.
- Nome dos filhos de Moshé.
- Moshé conta a Ytró os detalhes do que ocorreu no Egito.
- O conselho de Yitró.
- Requerimento para a liderança.
- Chegada ao Monte Sinai.
- Preparação para receber a Torá.
- A revelação de D'us.
- Os Dez Mandamentos:

1º Mandamento: Eu sou D'us;
2º Mandamento: Não terá outros deuses;              
3º Mandamento: Não falar o nome de D'us em vão;
4º Mandamento: Guardar o Shabat;               
5º Mandamento: Honrar pai e mãe;
6º Mandamento: Não matarás;
7º Mandamento: Não cometer adultério;
8º Mandamento: Não roubar (não sequestrar);
9º Mandamento: Não dar falso testemunho;
10º Mandamento: Não cobiçar.

- Leis sobre a construção de um Altar.

NÃO ESQUEÇA DE OLHAR PARA BAIXO - PARASHAT ITRÓ 5780 (14 de fevereiro de 2020)

 
O Sr. Alberto era um homem orgulhoso e prepotente. Ele era muito rico e tinha uma linda esposa e três filhos. Mas apesar de tudo de bom que tinha na vida, ele possuía um coração egoísta e voltado apenas para si mesmo. Ele vivia em uma mansão luxuosa e possuía muitos empregados, mas os tratava muito mal. Também em sua enorme fábrica ele desrespeitava os funcionários, constantemente atrasando o salário deles e humilhando-os publicamente. Resumindo, o Sr. Alberto achava que era melhor do que os outros seres humanos.
 
Certo dia, ele e sua linda família foram a um grande supermercado próximo de sua residência. Em um momento de descuido, enquanto ele verificava com a esposa a lista de compras, sua filha mais nova, uma bebezinha, saiu do carrinho e, engatinhando, foi em direção ao banheiro do supermercado. Uma mulher encontrou aquela bebezinha linda e, com más intenções, raptou a criança e levou-a para sua casa.
 
Os pais procuraram desesperados pela filha por todo o supermercado. Pediram para anunciar no alto-falante, mas não adiantou nada. Foram na polícia, espalharam cartazes por toda a cidade e ofereceram uma enorme recompensa para quem trouxesse pistas sobre o paradeiro da filha, mas parecia que ela tinha evaporado.
 
Longe dali, a mulher que havia roubado a bebê estava radiante, pois agora ela tinha uma linda criança em seus braços. Com o passar dos anos, a criança cresceu e acreditou que aquela era sua verdadeira mãe. Na verdade, o Sr. Alberto e sua esposa já tinham perdido as esperanças de reencontrar a filha.
 
Porém, certo dia, tudo mudou. A mulher que tinha encontrado a menina ficou muito doente e precisou parar de trabalhar. Elas passaram a viver de forma bem precária e a pequena menina precisou ir para as ruas pedir esmolas para ajudar a alimentar a mulher e a comprar os remédios para que ela pudesse melhorar. Porém, apesar dos esforços, a mulher faleceu. A menina estava agora sozinha no mundo. Continuava sua vida miserável, a mendigar pelas ruas da cidade. Certo dia ela se deparou com o Sr. Alberto saindo da fábrica. Teve a impressão de que conhecia aquele homem de algum lugar. Foi até ele pedir alguns trocados, já que a fome estava apertando. Ele ignorou aquela menina suja, que ousava se dirigir a ele. A menina insistiu, mas como o Sr. Alberto continuou ignorando-a, ela segurou no braço dele. O Sr. Alberto, em um ato impensado, empurrou a menina ao chão de forma brutal. Com o golpe, ela caiu, bateu a cabeça e desmaiou. O Sr. Alberto não teve a dignidade nem mesmo de socorrer aquela criança que, na verdade, era sua própria filha. Os empregados da fábrica, ao verem aquela cena, correram para socorrer a menina. Levaram-na para o hospital e avisaram a esposa do Sr. Alberto sobre o ocorrido. A esposa, envergonhada com a atitude do marido, imediatamente comprou um buquê de flores e foi pessoalmente ao hospital entregar para a menina agredida. Qual não foi a sua surpresa ao se deparar com a menina dormindo e perceber que ela tinha um rosto conhecido. Olhando com atenção, percebeu a marca de nascença no lado direito do rosto, próximo à orelha. Foi quando constatou a realidade: aquela era sua filha desaparecida! Que enorme alegria. Abraçou a menina e levou-a de volta para casa. Porém, para o Sr. Alberto, aquele não foi um momento feliz. Para ele, foi uma enorme vergonha, que precisou carregar pelo resto da vida, a cada vez que olhava para a filha e se lembrava de como a havia tratado.
 
Aquela situação foi uma tapa na cara do Sr. Alberto, por toda a sua prepotência e arrogância. Finalmente a vida havia lhe dado uma tremenda lição. Que bom seria se as pessoas soubessem que ninguém é melhor do que ninguém. Somos todos iguais e precisamos respeitar nosso semelhante acima de tudo.

Nesta semana lemos a Parashat Itró, que traz três temas principais: a vinda de Itró, o sogro de Moshé, para se juntar ao povo judeu; a entrega da Torá no Monte Sinai; e as leis sobre a construção de um Mizbeach (Altar de sacrifícios). Porém, qual é a conexão entre estes três assuntos?
 
A Parashat se inicia com Itró vindo ao encontro de Moshé. Quando ele chegou ao acampamento, mandou a seguinte mensagem para Moshé: "Eu, seu sogro Itró, estou vindo ao seu encontro; com sua esposa e seus dois filhos com ela" (Shemot 18:6). Por que Itró fez esta "introdução", dizendo que além dele também estavam vindo a esposa e os filhos de Moshé? Não era suficiente avisar que ele tinha chegado?
 
Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Itró, com estas palavras, estava enviando a seguinte mensagem a Moshé: "Se você não quiser vir me cumprimentar, venha pela honra de sua esposa. E se você não quiser vir pela sua esposa, venha pelos seus dois filhos". Mas o que significam estas palavras de Rashi? Por que Itró considerou que Moshé não viria recebê-lo, e talvez nem para receber sua própria esposa?

Responde o Rav Simcha Zissel Ziv zt"l (Lituânia, 1824 - 1898), mais conhecido como Alter MiKelem, que Itró era um grande filósofo, um buscador sincero e honesto da verdade. Ele havia experimentado todas as formas de idolatria e, através do uso do seu intelecto, havia alcançado a consciência de que todas elas eram vazias e sem sentido. Finalmente, ele decidiu abraçar o monoteísmo ao constatar o poder de D'us. Porém, ele havia entendido D'us e a espiritualidade apenas em um nível intelectual. Antes de começar a estudar Torá, ele não sabia que era possível uma pessoa atingir um alto nível espiritual e, ainda assim, se manter conectado com as outras pessoas. Ele pensava que o material e o espiritual são dois objetivos opostos e, por isso, enviou a Moshé uma mensagem lembrando que ele deveria cumprimentar seu sogro. Caso ele não fosse suficientemente importante diante de alguém tão elevado espiritualmente, que viesse por sua esposa. Finalmente, se nem sua esposa fosse importante diante da grandeza de Moshé, que viesse pelos seus filhos. Ou seja, Itró estava sugerindo a Moshé: "Você pode ter atingido o ápice da espiritualidade, mas não esqueça de cumprir suas obrigações sociais".
 
O erro de Itró foi que ele ainda não havia entendido a verdadeira essência da Torá, que nos encoraja a alcançarmos altos níveis em ambas as esferas: nosso relacionamento com D'us e nosso relacionamento com o próximo. Não é uma tarefa fácil se destacar em ambas. É preciso muito esforço, mas esta é a nossa obrigação. D'us quis ressaltar isto ao nos entregar os 10 Mandamentos em duas Tábuas separadas, uma contendo Mitzvót "Bein Adam LaMakom" (entre a pessoa e D'us) e outra contendo Mitzvót "Bein Adam Lehaveiró" (entre a pessoa e seu semelhante). As duas Tábuas ficavam lado a lado, demonstrando que não é possível alcançar espiritualidade verdadeira deixando de lado os relacionamentos humanos. Mesmo que uma pessoa atinja um nível espiritual elevado, ainda assim ela deve lembrar-se de suas obrigações com o próximo.
 
De acordo com o Rav Zelig Pliskin, este ensinamento é novamente ressaltado no final da Parashá, quando a Torá nos ensina algumas leis referentes à construção de um Mizbeach (altar de sacrifícios). Assim está escrito: "E quando você fizer um altar de pedras para Mim, não o edificará com pedras cortada, pois se você erguer sua espada sobre ela, será desonrada" (Shemot 20:22). Isto significa que as pedras tornariam o altar impróprio para o uso nas oferendas dos Korbanót (sacrifícios) caso fossem cortadas com objetos de ferro. Rashi explica que, como o altar serve para estabelecer a paz entre o povo judeu e D'us, era proibido usar em sua construção instrumentos de ferro, que normalmente estão associados à violência, como as espadas, que causam a guerra e encurtam a vida das pessoas. Se até mesmo em relação às pedras, que não veem, não escutam e não falam, mas estabelecem a paz, a Torá disse que não devemos erguer uma espada sobre elas, muito maior é aquele que consegue trazer a paz entre um homem e seu semelhante.
 
Além disso, a Parashá também nos ensina que o acesso ao topo do Mizbeach não deveria ser feito através de degraus, e sim através de uma rampa, com uma inclinação gradual. Rashi explica que se houvessem degraus, os Cohanim precisariam alargar seus passos, revelando diante dos degraus a sua nudez. Embora não era uma revelação real das partes íntimas do Cohen, já que uma das vestimentas dos Cohanim era um calção de linho que ele usava sob a túnica, mesmo assim o alargamento de seus passos se assemelhava à revelação da sua nudez, e isto seria considerado um desrespeito com o altar. Se em relação às pedras do altar, que não têm entendimento nem sensibilidade, a Torá diz que não podemos agir em relação a elas de maneira desrespeitosa, muito maior deve ser o nosso cuidado com a honra das pessoas. Não podemos agir com desrespeito com nenhum ser humano, que foi criado à imagem e semelhança de D'us.
 
O Talmud (Shabat 31a) conta que, certa vez, um homem que queria se converter ao judaísmo aproximou-se do grande sábio Hilel e pediu para que ele falasse toda a Torá enquanto ele aguardava em um pé só. Sem precisar pensar muito, Hilel proferiu as famosas palavras: "O que te incomoda, não faça aos outros. Esta é toda a Torá, o resto são comentários". O respeito ao próximo é a essência da Torá, é a atitude que a Torá espera de cada ser humano. Devemos tratar nosso semelhante com mais respeito do que trataríamos o Mizbeach no Beit Hamikdash. Quem visita o Kotel (Muro das Lamentações), que tem menos santidade do que o Altar, sente imediatamente a noção de respeito. Se alguém viesse jogar lama no Kotel, certamente todos os presentes correriam para detê-lo. Muito maior é a nossa obrigação de impedir que alguém jogue "lama verbal", que pode "sujar" a honra de outra pessoa. Pois é muito importante crescermos espiritualmente e nos conectarmos cada vez mais a D'us. Porém, ao mesmo tempo, não devemos nos desconectar das outras pessoas. Por mais alto que você possa chegar na vida, nunca se esqueça de se olhar para baixo, para nunca pisar em ninguém.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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