quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

SE IMPORTANDO DE VERDADE COM OS OUTROS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHEMOT 5778






BS"D

O E-mail desta semana foi carinhosamente oferecido pela Família Lerner em Leilui Nishmat de:
Miriam Iocheved bat Mordechai Tzvi z"l


Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.

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SE IMPORTANDO DE VERDADE COM OS OUTROS - PARASHÁ SHEMOT 5778 (05 de janeiro de 2018)
"Em um rigoroso dia de inverno, um pequeno garoto de rua estava parado, descalço, em frente a uma loja de sapatos, tremendo de frio. As pessoas que passavam pela rua ignoravam o menino, como se ele não existisse. Mas um homem, vendo aquele menino tão pouco agasalhado, se aproximou e começou a conversar com ele:

- Meu pequeno amigo, por que você está olhando tanto para esta vitrine?

- Eu estou pedindo a D'us para que Ele me dê um par de sapatos ou uma blusa, pois estou com muito frio - respondeu o garoto, com sinceridade.

O homem tomou-o pela mão, levou-o para dentro da loja e pediu a um funcionário uma blusa de frio, meia dúzia de pares de meias e um par de sapatos para o menino. Perguntou também se podia usar uma bacia de água e uma toalha. Levou a criança para os fundos da loja e começou a limpar seus pezinhos sujos. Depois, colocou nele a blusa, as meias e os sapatos. Quando terminou, fez um carinho na cabeça do garoto e disse:

- Sem dúvida, pequeno amigo, você deve estar se sentindo mais aquecido e confortável agora.

Quando o homem pagou e se virou para sair, a criança, muito feliz, estendeu a mão e pegou a mão dele. Olhando para ele com lágrimas nos olhos, perguntou:

- Você é D'us, senhor?

O homem, pego de surpresa pela pergunta daquele pequeno menino, deu um sorriso e respondeu:

- Não, meu querido, eu não sou D'us. Sou apenas uma pessoa agradecida por tudo que Ele me deu na vida"
Como estaria o mundo se a preocupação com o próximo fosse algo mais comum? Se, ao invés de ignorarmos as pessoas necessitadas, nós realmente nos importássemos com elas? Certamente o mundo estaria bem diferente.


Nesta semana começamos a ler o segundo livro da Torá, Shemót, que trata principalmente da escravidão do povo judeu e sua libertação, com grandes sinais e milagres de D'us. E a Parashá Shemot (literalmente "Nomes") começa a descrever detalhes da vida de Moshé, o maior líder da história do povo judeu. Apesar das enormes dificuldades que enfrentou na vida, ele conseguiu se tornar uma pessoa completa em todas as áreas.

As dificuldades de Moshé já começaram logo após o seu nascimento. Quando os magos egípcios revelaram ao Faraó que haviam visto nas estrelas que o salvador do povo judeu estava para nascer, o Faraó decretou que todos os bebês fossem atirados no rio Nilo. Amram e Yocheved, tentando salvar a vida de seu pequeno e indefeso bebê, colocaram Moshé em uma cestinha revestida e deixaram que as águas do Nilo o levassem, na esperança que alguém o encontraria e teria misericórdia dele. A Providência Divina fez com que Batia, a filha do Faraó, encontrasse o bebê e tivesse misericórdia dele. Apesar de saber que o bebê era do povo judeu, ela enfrentou o decreto de seu próprio pai e o criou dentro do palácio do Faraó.

A irmã de Moshé, Miriam, que na época tinha apenas 5 anos, foi acompanhando à distância a cestinha para ver o que aconteceria com o bebê. Ela viu quando Batia, após encontrar o bebê, pediu para que mulheres egípcias o amamentassem, mas o bebê se recusava a aceitar o leite delas. Miriam então, com muita astúcia, ofereceu os serviços de sua mãe como "ama de leite" enquanto o bebê fosse pequeno e precisasse de amamentação. Portanto, nos seus primeiros anos de vida, Moshé cresceu em contato muito próximo com sua família, em especial seu pai, Amram, que era o líder espiritual do povo judeu. Moshé tinha plena consciência de que era judeu e das dificuldades que seus irmãos passavam por causa dos maldosos decretos do Faraó.

É neste contexto que o versículo diz: "E o menino cresceu e foi trazido para a filha do Faraó, e ele foi um filho para ela" (Shemot 2:10). Quando Moshé chegou à idade de ser desmamado, ele foi levado para morar com Batia, no palácio do Faraó. Porém, o que nos intriga é que no próximo versículo, de maneira aparentemente redundante, a Torá afirma que "Moshé cresceu e saiu para ver seus irmãos e observar sua opressão" (Shemot 2:11). Por que repetir, logo em seguida, que Moshé cresceu?

Além disso, há também outro ponto deste versículo que nos chama a atenção. Rashi (França, 1040 - 1105) explica que as palavras "saiu para ver seus irmãos" significam que Moshé colocou seus olhos e seu coração para dividir com eles o sofrimento. Porém, se Moshé havia sido criado na casa de seus pais, certamente ele já sabia de toda a dificuldade e dos sofrimentos que atingiam o povo judeu. No judaísmo não há nenhuma Mitzvá da pessoa se autoflagelar e causar sofrimentos a si mesma. Então por que o versículo diz que Moshé saiu para ver e sentir o sofrimento junto com seus irmãos? O que mudou, para Moshé e para o povo judeu, ele ter visto de perto o sofrimento do povo, se ele já sabia de tudo o que estava acontecendo?

Explica Rashi que não há redundância nos dois ensinamentos sobre o crescimento de Moshé. No primeiro versículo, quando está escrito que o menino cresceu, está se referindo ao crescimento físico de Moshé, isto é, quando ele atingiu a idade de ser desmamado e foi levado para ser criado por Batia. Já o segundo versículo se refere ao crescimento de Moshé em seu status dentro do palácio. O versículo está descrevendo o momento em que Moshé foi nomeado comandante sobre toda a "Beit Paró" (literalmente "A casa do Faraó"). Mas o que Rashi quis dizer sobre este novo cargo de Moshé? Qual era exatamente sua função na casa do Faraó?

Explica o Rav Yohanan Zweig que a resposta está na Parashá Itró, que descreve a entrega da Torá no Monte Sinai. Assim está escrito no Primeiro Mandamento da Torá: "Eu sou Hashem, teu D'us, que te tirou da terra do Egito, da casa da escravidão" (Shemot 20:2). Rashi comenta que a expressão "Beit Avadim" (literalmente "A casa da escravidão") se refere à casa do Faraó, pois os judeus eram diretamente escravos do Faraó. Portanto, quando a Torá nos ensina que Moshé se tornou o responsável pela casa do Faraó, isto significa que o Faraó o havia apontado como "ministro dos assuntos judaicos", isto é, o responsável pelos escravos judeus.

Com esta explicação é possível entender os motivos da saída de Moshé para ver seus irmãos. Obviamente Moshé sabia de tudo o que estava acontecendo com os judeus, de toda a crueldade com a qual eles eram tratados pelo Faraó e pelos egípcios. Porém, agora que Moshé estava em uma posição na qual ele podia efetivamente ajudar seus irmãos, então ele saiu para ver o sofrimento deles de perto, para assim procurar na prática formas de aliviar as dificuldades do povo. Ao observar o trabalho dos judeus, Moshé procurou brechas onde poderia interferir para diminuir o sofrimento deles.

Há um interessante Midrash (parte da Torá Oral) que dá apoio a esta explicação. O Midrash afirma que Moshé, com sabedoria, após ver o trabalho exaustivo ao qual os judeus eram submetidos, sugeriu ao Faraó que fosse dado semanalmente um dia de descanso aos escravos, argumentando que, caso eles descansassem uma vez por semana, produziriam mais e melhor. Como o Faraó gostou da ideia, Moshé sugeriu que o descanso fosse no último dia de cada semana, isto é, justamente no Shabat. Assim, além de diminuir o peso do trabalho dos judeus, Moshé conseguiu que eles pudessem descansar no Shabat.

Desta atitude de Moshé aprendemos dois detalhes importantes sobre como fazer bondades. Em primeiro lugar, vemos a impressionante característica que Moshé desenvolveu de se preocupar com o próximo, quando ele poderia estar simplesmente aproveitando sua vida de luxos e tranquilidade no palácio do Faraó. Mas, além disso, Moshé não queria que sua preocupação com o povo judeu ficasse somente na teoria, ele se esforçou para que seu sentimento de misericórdia se transformasse em uma ajuda na prática. Ele saiu para ver seus irmãos, para pensar em como ajudar, para observar o que eles precisavam de verdade.

Este ensinamento da Parashá é de grande importância para nós, que vivemos em uma sociedade extremamente egoísta, na qual as pessoas estão preocupadas apenas com seus próprios problemas. Uma sociedade que se acostumou a achar normal pessoas dormindo nas ruas e crianças desnutridas pedindo esmola nos semáforos. E não precisamos chegar nem mesmo a situações tão extremas e trágicas. Quanto nos preocupamos de verdade com as outras pessoas? Quantas vezes na vida perguntamos a alguém "tudo bem?" realmente interessados em escutar a resposta? Até mesmo quando compramos um presente aos outros, quanto realmente nos esforçamos para ter certeza de que aquele presente é algo que a pessoa realmente necessita?

Quando damos dinheiro ao mendigo, não é porque achamos que isto realmente mudará a vida dele, mas porque o sentimento de dó nos incomoda e queremos nos livrar dele. Compramos presentes aos outros para "sair da obrigação". Mas de Moshé aprendemos que, se queremos ajudar alguém de verdade, precisamos nos esforçar. Quando a Torá diz que Moshé saiu para ver seus irmãos, não se refere apenas a ele ter saído fisicamente do palácio do Faraó. Moshé saiu do seu egoísmo, saiu do seu comodismo. Se quisermos fazer uma bondade completa, como Moshé, então precisamos sair do nosso egoísmo para pensarmos, de verdade, nos outros.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHÁ SHEMOT 5778:

                   São Paulo: 19h37  Rio de Janeiro: 19h23                    Belo Horizonte: 19h18  Jerusalém: 16h14
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com

(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).


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