sexta-feira, 6 de outubro de 2023

UMA CONQUISTA, NÃO UMA HERANÇA - SHABAT SHALOM M@IL - SHEMINI ATSERET E SIMCHÁT TORÁ 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel

Avraham Yaacov ben Miriam Chava


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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  
Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 


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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
 
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UMA CONQUISTA, NÃO UMA HERANÇA - SHEMINI ATSÉRET E SIMCHÁT TORÁ 5784 (06/out/23)
 
"Um novo rei decidiu construir para si o castelo mais esplendoroso do mundo. Os ministros encontraram um arquiteto talentoso e pediram para que ele preparasse um projeto para o castelo real. Passado algum tempo, o arquiteto apresentou o projeto deslumbrante. O rei, maravilhado, aprovou o projeto e pediu para que ele iniciasse a construção imediatamente. Apenas uma exigência foi feita pelo rei: o castelo precisava estar pronto no prazo de um ano, quando o rei daria uma grande festa em comemoração ao seu primeiro ano de reinado.
 
Várias empreiteiras foram contratadas para realizar o serviço e, de fato, o castelo ficou pronto no prazo estipulado. O rei e todos os ministros ficaram deslumbrados com o castelo, que era mais belo do que qualquer outro já existente. Faltava apenas a pintura do grande salão real, e para esta tarefa foram contratados quatro pintores especialistas, um para cada parede.
 
Três pintores começaram imediatamente o trabalho, mesclando cores e criando desenhos magníficos, enquanto o pintor da quarta parede ficou sentado, tranquilo, sem mover um dedo. Ele era um pintor famoso por ser filho de um dos maiores artistas do reinado, e o rei estava apostando nos dons que ele havia herdado do pai. Porém, apesar das expectativas, ele ainda não havia demonstrando seus talentos.
 
- Por que você não começa a trabalhar? - perguntou um dos pintores - Se você não começar agora, não conseguirá concluir a tempo!
 
- Não se preocupe - respondeu o pintor preguiçoso - eu vou conseguir.
 
Após quase um mês de extenuante trabalho, os três pintores conseguiram concluir a pintura das três paredes, que ficaram belíssimas. No entanto, a quarta parede permanecia branca.
 
Um dia antes do prazo estipulado pelo rei para a inauguração do castelo, o quarto pintor chegou e preencheu a quarta parede com grandes espelhos que, ao refletirem as outras paredes, proporcionavam um belíssimo efeito. Ele sorriu, contente com sua enorme sabedoria. Havia feito o trabalho praticamente sem nenhum esforço.
 
Quando o rei entrou no castelo e observou o salão com suas lindas paredes, ficou tão feliz com o trabalho realizado pelos pintores que decidiu dar a eles uma recompensa imediata. Ele pediu para que seus serviçais lhe trouxessem três sacos repletos de moedas de ouro e joias. Ele então pediu para que os sacos fossem pendurados nas paredes pintadas, um em cada parede, e disse para os respectivos pintores que isto era uma apreciação pelo magnífico trabalho realizado por eles, e que cada um poderia pegar o saco pendurado em sua respectiva parede.
 
- E a minha recompensa? - perguntou o pintor preguiçoso, ao ver que não havia nada pendurado em sua parede.
 
- Sua recompensa é a maior de todas - respondeu o rei - são os três sacos de ouro e joias que estão também na sua parede, refletidos pelos espelhos…"
 
Assim também acontece em relação ao nosso estudo da Torá. Não importa se a pessoa é filho de alguém grande em Torá, não há nada garantido. Na Torá, se não há esforço, não há crescimento. Se não há constância, nunca chegaremos à grandeza espiritual. Se não há dedicação, não há recompensa verdadeira.

Nesta semana o Shabat coincide com a Festa de Shemini Atseret. Na verdade, esta é uma festa independente, já não associada à Sucá e aos Arbaat HaMinim, os símbolos de Sucót, mas que vem logo na sequência, como se fosse o "oitavo dia de Sucót". Neste dia (fora de Israel no dia seguinte) também comemoramos Simchat Torá, a alegria de completarmos o ciclo de leitura anual de toda a Torá, concluindo com a última Parashá, Vezot HaBerachá (literalmente "E está é a Berachá"), na qual Moshé, em suas últimas palavras, abençoa cada uma das Tribos de Israel.

A Parashá Vezot HaBerachá contém um versículo bem conhecido, justamente por ser o primeiro versículo de Torá que ensinamos aos nossos filhos quando eles aprendem a falar: "Torá Tsivá Lanu Moshé Morashá Kehilat Yaacov" (A Torá nos foi ordenada por Moshé, uma "Morashá" para a Congregação de Yaacov) (Devarim 33:4). Mas o que significa a palavra "Morashá", e o que Moshé estava nos ensinando?
 
"Morashá" é uma palavra bem característica, que não é fácil de ser traduzida. É significativamente diferente da palavra "Yerushá", que significa "herança". A conotação é que alguém tem menos propriedade em um objeto que lhe foi dado como "Morashá" do que em um item que lhe é dado como "Yerushá", conforme nos ensina o Talmud Yerushalmi (Baba Batra 8:2): "Em todos os lugares em que encontramos a palavra "Morashá", isso denota um enfraquecimento da ideia de herança".

Ao trazer este ensinamento, o Talmud Yerushalmi não cita inicialmente o versículo da nossa Parashá, e sim um versículo na Parashá Vaerá: "E Eu a darei (a Terra de Israel) a vocês como Morashá, Eu sou D'us" (Shemot 6:8). O Yerushalmi ressalta que as pessoas a quem essa "promessa" foi feita nunca chegaram a entrar na Terra de Israel. Praticamente toda a geração que saiu do Egito morreu no deserto. Então como a Torá pôde fazer a afirmação de que ela seria dada a eles como uma Morashá?

O Yerushalmi traz isso como uma prova da diferença sutil entre "Yerushá" e "Morashá". Se a Torá tivesse prometido Eretz Israel àqueles que saíram do Egito como uma "Yerushá", ela teria pertencido a eles sem nenhuma condição. No entanto, a Torá usou a forma mais "fraca", "Morashá", o que significa que não necessariamente seria deles, apenas de forma condicional. E, na verdade, nunca se tornou deles. A Terra de Israel só se tornou "deles" na medida em que a passaram para seus filhos, que a conquistaram. Na verdade, esta é a principal conotação da palavra "Morashá". A palavra implica em "algo que é seu", às vezes literalmente, mas às vezes apenas na medida em que passamos aos nossos filhos, mesmo sem nunca termos tomado posse.

Com este entendimento da sutileza do conceito de "Morashá", o Talmud Yerushalmi questiona essa explicação ao citar nosso versículo, sobre a Torá ser uma "Morashá para a Congregação de Yaacov". O Talmud Yerushalmi responde que, de fato, esse entendimento de "Morashá" também se aplica à transmissão da Torá. O que isto significa? Que a Torá não é uma "Yerushá". Só porque o pai de uma pessoa tinha muito conhecimento de Torá, isso não significa que seus filhos também terão obrigatoriamente conhecimento de Torá. Às vezes, a pessoa só tem a Torá como "Morashá". Isso significa que, se uma pessoa se esforça na Torá, se dedica para entendê-la, com constância, durante as horas necessárias para dominar seus conhecimentos, então a Torá realmente se torna dela. Mas não há garantias. A Torá não é uma "Yerushá", uma herança sem condições. Sem o esforço e as horas de estudo, a Torá será apenas algo que a pessoa pode potencialmente passar para a próxima geração, mas não a adquirirá.

Nossos sábios ensinam uma tradição baseada no versículo "As palavras que Eu coloquei na sua boca, não se apartará da tua boca, nem da boca dos teus descendentes, nem da boca dos descendentes dos teus descendentes, de agora para sempre" (Yeshayahu 59:21). O Talmud (Bava Metzia 85a) explica que se três gerações se comprometerem a estudar Torá, então a Torá nunca mais abandonará a família dessa pessoa. O Talmud resume essa ideia com a expressão "A Torá retorna ao seu anfitrião".

Porém, todos nós conhecemos pessoas que descendem de muitas gerações de grandes estudiosos da Torá, mas que são completos ignorantes em relação à Torá. Infelizmente, vemos centenas de judeus que se encaixam nessa categoria, com nomes de família de grandes e prestigiosos estudiosos da Torá, mas que nem mesmo sabem como é a letra "Alef". O que significa então "A Torá retorna ao seu anfitrião"?

Explica o Chofetz Chaim que a analogia do Talmud é muito precisa. A Torá é como um hóspede que procura a casa do seu anfitrião. Às vezes, um hóspede bate à porta de alguém. Porém, se ninguém atender à porta, o hóspede não entrará. "A Torá retorna ao seu anfitrião" significa que, se a Torá esteve em uma família por três gerações, a Torá virá "batendo à porta dessa família" nas gerações futuras. Mas ainda assim a geração mais jovem também deverá abrir a porta para o hóspede. O hóspede ainda precisa ser convidado por cada nova geração.

Infelizmente, nem sempre isso ocorre. Há batidas na porta de cada geração, há oportunidades, mas a porta nem sempre é aberta. A Torá não é uma "Yerushá", é apenas uma "Morashá". Enquanto a primeira é automática, a última requer esforço. Se uma pessoa não faz o esforço, sua relação com a Torá pode ser apenas que ele a passará para as gerações futuras.
 
É por isso que, quando terminamos a leitura anual da Torá, imediatamente a recomeçamos, demonstrando nosso amor por ela. Dançamos com o Sefer Torá, com muita alegria, mostrando que ela não é um fardo em nossas vidas, e sim um motivo de alegria. E este sentimento devemos levar para o ano todo, para os momentos do dia em que formos estudar, para que a Torá seja a grande alegria em nossas vidas. Assim, ela será transmitida às futuras gerações, mas também será nossa, pois estará em nossos corações. 

SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
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