sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A VOZ QUE SAI DO CORAÇÃO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ EKEV 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Camille bat Renée z"l    
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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MENSAGEM DA PARASHÁ EKEV

ASSUNTOS DA PARASHÁ EKEV
  • Recompensas pela obediência.
  • A garantia de D'us da vitória sobre os inimigos.
  • As lições do Man.
  • Perigos da prosperidade e advertência contra a idolatria.
  • Advertência contra autoconfiança demasiada.
  • Lembrança dos erros cometidos no deserto.
  • As Segundas Tábuas.
  • Seguindo o caminho de D'us.
  • A Terra de Israel exigente.
  • Jugo dos Mandamentos.
  • Promessa de vitória.
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A VOZ QUE SAI DO CORAÇÃO - PARASHÁ EKEV 5784 (23/ago/24)
 
"O Rav Levi Yitzchak MiBerditchev zt"l (Ucrânia, 1740 - 1809) certa vez estava conduzindo a Tefilá de Rosh Hashaná. De repente, ele parou e ficou completamente mudo por alguns minutos. As pessoas se entreolhavam. O que será que havia acontecido? Sabiam que o Rav Levi Ytzchak algumas vezes tinha visões espirituais. Será que ele tinha visto algo que o havia incomodado? Será que eram maus decretos? Algum tempo depois ele retomou a Tefilá normalmente. As pessoas ficaram curiosas e, no final da reza, foram questionar o que havia acontecido.
 
- Há um jovem rapaz judeu na cidade que é pastor - explicou o Rav Levi Yitzchak - Ele ficou órfão de pai e mãe quando era muito jovem e nunca teve a oportunidade de estudar. Ele não sabe nem mesmo ler hebraico. Hoje de manhã, quando ele viu todos caminhando em direção às sinagogas, ele ficou sabendo que hoje era o dia solene de Rosh Hashaná. Ele se sentiu muito mal por não poder se juntar aos outros na Tefilá, já que não sabia rezar e nem mesmo ler o que estava escrito no Machzor. O jovem rapaz, com o coração quebrado, saiu para o campo, levantou os olhos para o Céu e disse: "Querido D'us, eu nunca tive a oportunidade de aprender a rezar como os outros. Tudo o que sei são as letras do Alef-Beit. Recitarei as letras para que Você as junte aí no Céu e forme as palavras apropriadas". O rapaz então começou a recitar: "Alef, Beit, Gimel, Dalet, etc", até terminar o alfabeto.
 
- Enquanto o rapaz estava recitando o Alef-Beit - continuou o Rav Levi Yitzchak - D'us estava muito ocupado juntando cada letra para formar as palavras adequadas para ele. Por isso, achei melhor adiar nossas Tefilót até que o rapaz terminasse a Tefilá dele, para que D'us pudesse voltar a estar atento às nossas palavras."
 
É importante saber que a Tefilá não deve sair da nossa boca, e sim do nosso coração. A pessoa pode até ser analfabeta e não saber rezar, mas se seu coração estiver conectado, suas palavras certamente chegarão às alturas. O Rav Israel ben Eliezer zt"l (Ucrânia, 1698 - 1760), mais conhecido como Baal Shem Tov, ensinava: "D'us prefere a sinceridade do coração. Todos devem, é claro, tornar-se o mais fluentes possível na Tefilá. No entanto, a essência da Tefilá é o investimento emocional que se coloca nela. Quem não sabe o que pedir, mas está com o coração partido porque gostaria de rezar e não sabe como, sua Tefilá pode ser a mais preciosa de todas".

Nesta semana lemos a Parashá Ekev (literalmente "recompensa"), na qual Moshé continua seus discursos finais. Ele fala sobre temas importantes, tais como a recompensa pela obediência e a garantia de D'us da vitória sobre os nossos inimigos. Moshé também adverte o povo sobre os perigos da prosperidade e da autoconfiança demasiada.
 
A Parashá traz também o segundo parágrafo do Shemá Israel, que começa com as seguintes palavras: "E será, se você escutar Meus mandamentos que Eu te ordeno hoje, que ame Hashem, seu D'us, e que O sirva com todo o seu coração e com toda a sua alma" (Devarim 11:13). Este versículo reforça a ideia de que nosso relacionamento com D'us é baseado em reciprocidade. Quando cumprirmos as Suas Mitzvót, Ele nos recompensa com Suas Brachót. Na sequência, D'us também nos informa as consequências de nos desviarmos dos caminhos corretos.
 
Há algo neste versículo que nos chama a atenção. A Torá utiliza a expressão "servir a D'us com todo o coração". Mas o que significa isso? De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), o "Serviço do coração" refere-se à nossa Tefilá. Rashi inclusive questiona de onde aprendemos que Tefilá é um "Serviço", e traz como resposta as palavras do versículo: "Teu D'us, a quem você serve regularmente" (Daniel 6:17). Daniel viveu na época do exílio da Babilônia, após a destruição do Primeiro Beit Hamikdash. Então a que Serviço o versículo estava se referindo? À Tefilá. E assim também está dito em relação a David Hamelech: "A minha Tefilá será estabelecida como a oferenda de incenso diante de Você" (Tehilim 141:2). Da mesma forma que a oferenda de incenso é um Serviço, também a Tefilá é um Serviço.
 
O Rambam (Espanha, 1135 - Egito, 1204), nas leis sobre a Tefilá, também escreve: "Cumpra a Mitzvá de rezar todos os dias, como está dito: "E sirva Hashem, teu D'us". Este "Serviço" refere-se à Tefilá, como está dito: "que O sirva com todo o seu coração", o os sábios disseram: "Que tipo de Serviço é feito com o coração? A Tefilá" ".
 
O primeiro ponto que percebemos nos dois comentários é que o principal elemento da Tefilá é o coração, isto é, a Kavaná. A Tefilá é um serviço do coração, não um serviço da boca. Apesar de as palavras da nossa Tefilá terem muita santidade, principalmente por terem sido compiladas pelos "Anshei Knesset HaGuedolá", sábios muito puros e sagrados, ainda assim não é suficiente apenas falar as palavras sem nenhum tipo de sentimento para conseguir nos conectar verdadeiramente a D'us.
 
Além disso, tanto para Rashi quanto para o Rambam, a Tefilá é considerada uma "Avodá" para D'us. Porém, o Rav Ytzchak Pinchas Goldwasser shlita explica que, se pararmos para refletir sobre este conceito, um questionamento muito grande se desperta no nosso entendimento sobre o que significa a Tefilá. "Avodá" literalmente significa "Serviço". A palavra "Serviço" implica em servir, oferecer algo, doar de si ao outro. Porém, onde está a nossa doação na Tefilá? Ao contrário, na Tefilá estamos esperando receber coisas de D'us. Isto significa que a pessoa que reza, na verdade, está apenas preocupada consigo mesma, e não está fazendo absolutamente nenhum "Serviço" a D'us! Então por que a Tefilá é chamada de Avodá?
 
Para responder este questionamento, o Rav Moishe MiTrani zt"l (Grécia, 1500 - Israel, 1580), mais conhecido como Mabit, faz algumas perguntas interessantes sobre a nossa Tefilá e, através delas, nos ajuda a entender um pouco mais sobre sua essência verdadeira e qual deve ser o nosso foco. Em primeiro lugar, o Talmud (Brachót 34a) nos ensina que a Amidá, a reza silenciosa, é dividida em três partes. As primeiras Brachót são de louvor, as Brachót intermediárias são de pedidos e as Brachót finais são de agradecimento. O Talmud explica que as primeiras Brachót são como um escravo que derrama louvores diante do seu mestre. Já as intermediárias se assemelham a um escravo que pede recompensa ao seu mestre. Porém, isso não significaria que a Tefilá é um ato de bajulação, como um servo que elogia seu mestre antes de fazer algum pedido importante para influenciá-lo a atender seu pedido? Isso não seria uma forma de hipocrisia?
 
Além disso, em relação às últimas Brachót, que são de agradecimento, o Talmud diz que se comparam a um escravo que já recebeu a recompensa de seu mestre e se retira. Parece, pelas palavras do Talmud, que devemos fazer a Tefilá esperando que ela seja escutada e atendida imediatamente. Porém, isso não é verdade! Nossos sábios ensinam justamente o contrário, que todo aquele que espera que seus pedidos sejam atendidos imediatamente acabarão se decepcionando e se frustrando. Então o que significa esta comparação do Talmud?
 
E, finalmente, não deveria ser inadequado repetir o mesmo pedido várias vezes? Se uma pessoa viesse diante de um rei e ficasse repetindo diversas vezes diante dele o mesmo pedido, não seria considerado um desacato? Certamente o rei ficaria extremamente irritado, pois se ele quisesse atender o pedido, teria feito isso da primeira vez que escutou. A insistência parece ser algo que estraga o pedido. Da mesma forma, D'us sabe tudo e pode tudo. Ele já não escutou os nossos pedidos da primeira vez em que fizemos? Será que insistir não seria algo desagradável? Afinal, se Ele quisesse nos atender, já teria feito isso! Ao repetirmos todos os dias os mesmos pedidos na nossa Tefilá, de manhã, de tarde e de noite, isso não pode ser considerado inclusive uma falta de respeito com D'us?
 
Explica o Mabit que um dos fundamentos mais importantes da nossa Tefilá é que não devemos rezar com a expectativa e a intenção de que nossos pedidos serão atendidos imediatamente. Este não é o propósito da Tefilá. O verdadeiro propósito da Tefilá é internalizar o conceito de que não há no mundo nada e nem ninguém para quem devemos rezar e nos apoiar a não ser D'us. Também é o momento de reconhecermos que temos faltas e necessidades neste mundo, e não há ninguém que pode preenchê-las a não ser D'us. É por isso que devemos despejar diante Dele nossas necessidades, e repetidas vezes. Não buscando o atendimento imediato, e sim a internalização de que tudo vem Dele. No final, a recompensa virá, mas não porque a Tefilá tem como único objetivo alcançar o que pedimos. A pergunta prática que devemos nos fazer é: se eu soubesse que minha próxima Tefilá não será atendida, será que eu a faria do mesmo jeito? Se a resposta for "não", isso significa que talvez não entendemos o propósito verdadeiro da Tefilá, que é injetar Emuná no nosso coração.
 
Uma das principais intenções da nossa Tefilá, portanto, deve ser expressar a dependência total do ser humano em relação a D'us, reconhecer que somente Ele pode suprir nossas necessidades. Portanto, a essência da Tefilá é mais sobre a devoção e a honra a D'us do que sobre a satisfação dos nossos pedidos específicos. Desta maneira, o propósito da Tefilá não é pelo escravo, e sim pelo seu Mestre. Por isso ela é chamada de "Avodá".
 
Aprendemos da nossa Parashá, portanto, dois pontos muito importantes. O primeiro é a importância da Kavaná na nossa Tefilá, como ensinam nossos sábios: "Uma Tefilá sem Kavaná é como um corpo sem alma". Além disso, aprendemos que um dos propósitos da nossa Tefilá é colocar no nosso coração a certeza de que tudo vem de D'us e que Ele, e só Ele, pode nos ajudar a conseguir tudo o que precisamos.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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